Executivos do BB são recebidos pelo presidente do TJAP em visita institucional

Publicado em: 17/04/2019

No final da manhã desta terça-feira (16), o desembargador-presidente do TJAP, João Lages, recebeu uma comitiva de executivos do Banco do Brasil, em visita institucional à Corte de Justiça. Integraram a comitiva: Marcelo Reali Andreola, gerente geral da Agência Setor Público do BB; Antônio Leônidas Valente Junior, Superintendente Comercial de Varejo Macapá e Adilson Raulino Pfleger, superintendente regional de governo da instituição bancária. Também estiveram presentes à reunião o diretor-geral do TJAP, Alessandro Rilsoney; o chefe de gabinete, Veridiano Colares e o diretor-financeiro, Gláucio Bezerra.

“O Banco do Brasil é um parceiro histórico do Poder Judiciário, com o qual temos avançado em muitos aspectos que visam melhorar a prestação jurisdicional, como é o caso do Alvará Eletrônico, processo que está em curso e que irá permitir o pagamento de alvarás de forma direta nas contas dos favorecidos, sem que estes precisem se deslocar até uma agência bancária”, destacou o desembargador-presidente.

Saudar o novo presidente e desejar sucesso na sua gestão foi a primeira manifestação de Marcelo Reali, que falou em nome dos executivos. “Nosso objetivo é aprimorar e aperfeiçoar as estruturas e as relações já existentes entre o TJAP e o Banco do Brasil e colocar à disposição nossa equipe, seja para atendimento no âmbito das necessidades do Tribunal, como das necessidades dos magistrados e serventuários”, enfatizou o gerente geral.

Fonte: Tribunal de Justiça do Amapá

Gerente-geral do BB ainda pode ser chamado de gestor?

Publicado em: 12/04/2019

O cargo de gerente-geral em uma instituição financeira sempre teve muita relevância, especialmente em cidades do interior do país. Em uma agência do Banco do Brasil, então, sempre foi um cargo muito respeitado e importante não só na própria instituição, mas muitas vezes em toda a comunidade onde estava instalada. Em histórias de funcionários aposentados, era comum ouvir falar das três pessoas mais importantes do município: o prefeito, o padre e o gerente do BB. Esse último tinha, de fato, o poder de interferir no desenvolvimento e progresso daquele local.

Hoje, infelizmente, a realidade mudou. Diariamente, é possível observar o esvaziamento das atribuições do gerente-geral e seus reflexos são percebidos desde a redução de sua força e influência nas negociações de taxas com clientes e, consequentemente, na queda nos resultados das agências do BB.

Além de não poder mais decidir quais serão os focos a serem trabalhados por sua agência, ficando sempre refém das necessidades da Regional ou até mesmo da Super, o gerente-geral já não tem mais em suas mãos o poder para uma simples autorização de hora extra para funcionários ou mesmo uma migração de orçamento de metas entre as carteiras de sua própria agência.

Uma reclamação recente que tem chegado até a AGEBB, oriunda de associados que ocupam o cargo de gerente-geral, é quanto ao fato de hoje ele sequer poder escolher aqueles que farão parte de sua equipe. A alegação para tal ocorrência vem do fato de que, com os recentes descomissionamentos que têm assombrado os funcionários, essas vagam acabariam ficando abertas e à disposição da Super ou da Regional, para que o preenchimento pudesse atender a uma ou outra demanda dessas superintendências. Assim, o gerente acabaria apenas recebendo o nome da pessoa que seria nomeada para a vaga em sua agência.

Pela lógica, imagina-se que como esse funcionário a ser comissionado ficará sobre as ordens do gerente-geral, e trabalhando em sua equipe, que no mínimo, esse faça parte de todo o processo de seleção e que caiba a ele a palavra final sobre a nomeação. Infelizmente não é isso que acontece no BB atualmente.

A diretoria da AGEBB entende que alguns casos pontuais podem ocorrer e isso é comum dentro de uma organização do porte do BB. Porém, se a medida tornar-se uma regra, pode gerar entre as equipes uma situação incômoda para o gestor, onde o mesmo teria pessoas mais qualificadas para ocupar a posição e acabar aceitando a outra por uma imposição superior.

A AGEBB espera que o BB reveja essas práticas e possa devolver ao gerente-geral a última palavra em relação aos comissionamentos. Caso contrário, como aponta a diretoria da associação, o banco acabará criando conflitos desnecessários dentro de suas próprias unidades.

Fonte: AGEBB

Mandato não é privatizar, mas tornar BB mais eficiente, diz Luiz Fernando Figueiredo

Publicado em: 11/04/2019

Ex-diretor do Banco Central e fundador da gestora de recursos Mauá Capital, Luiz Fernando Figueiredo foi convidado pela equipe economia do governo para assumir a presidência do conselho de administração do Banco do Brasil.

Será a primeira vez, segundo Figueiredo, que o conselho do BB será comandado por alguém vindo do mercado. E o que isso significa na prática? Que haverá um plano para tornar o BB mais eficiente e capaz de brigar de igual para igual com os concorrentes privados – o que, diz ele, não acontece hoje.

“O Banco do Brasil tem profissionais excelentes, mas, por ser uma estatal, também tem uma série de amarras. Entra na disputa por mercado com um braço para trás, enquanto os bancos privados competem com tudo o que têm”, afirmou, durante uma palestra online exclusiva para alunos do MBA em Investimentos e Private Banking, feito pelo InfoMoney em parceria com o Ibmec.

Sem dar muitos detalhes de como será sua atuação no BB – já que ainda não foi formalizado no cargo –, Figueiredo disse que seu mandato é “ajudar, com minha experiência, a tornar o banco melhor e mais eficiente”.

É preciso privatizar o BB para isso? “O que sei sobre esse assunto é o que está público: o banco não será privatizado”, disse Figueiredo. “Meu mandato não é esse.” Ele defendeu a atuação pública da instituição, mas disse que os custos dessa atividade não precisam ser pagos pelo BB – poderiam, por exemplo, estar previstos no orçamento da União.

“Montar uma agência numa área remota da Amazônia pode não fazer sentido econômico, mas tem uma função pública, e o Banco do Brasil deve estar atento a isso. Mas os recursos poderiam vir do orçamento público”, afirmou.

Sobre a chance de haver conflito de interesse entre sua atuação como presidente da Mauá e o comando do conselho do BB, Figueiredo diz que esse problema não existe. “Sou criterioso e, antes de aceitar o convite, também consultei advogados. Não existe conflito.” Segundo ele, Mauá e BB não são concorrentes diretos e, além disso, ele não faz parte do comitê que decide onde serão investidos os recursos dos fundos da gestora.

Trilhões fora da bolsa

Durante a palestra, em que respondeu perguntas dos alunos do MBA, Figueiredo também fez uma análise sobre a situação atual do país e disse acreditar na aprovação da reforma da previdência, “o que abriria espaço para um grande avanço do país”. “Os ativos financeiros vão mudar de preço”, acrescentou.

Para o gestor, a bolsa é o mercado com o maior potencial de valorização nesse cenário. Ele lembra que, atualmente, menos de 10% do patrimônio total do setor de fundos (que beira os R$ 5 trilhões) está aplicado em ações. A média internacional é de cerca de 50%. Se o Brasil se tornar um país mais “normal”, com uma perspectiva de crescimento de longo prazo, “a migração para a bolsa tende a ser enorme”, afirma.

Figueiredo acredita ainda que o câmbio esteja “fora do lugar” – ou seja, o real está desvalorizado demais frente ao dólar. “Mesmo sem a entrada de mais capital estrangeiro, o balanço de pagamentos é superavitário. Se a reforma for aprovada, não sei quem vai comprar tudo isso de dólar”, disse ele.

Fonte: Infomoney

Agentes do mercado vão controlar Banco do Brasil

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O Banco do Brasil (BB) convocou assembleia geral ordinária e extraordinária para 26 de abril. Entre outros pontos, será votada a composição do conselho de administração. Foram indicados seis novos representantes do mercado financeiro para o conselho, o que reforça o direcionamento privatista e neoliberal que o banco público está adotando no governo Bolsonaro.

Além disso, os indicados são ligados a outras instituições financeiras privadas e fintechs, o que gera conflito de interesses e pode prejudicar a instituição pública.

Guilherme Horn (Accenture), Luiz Fernando Figueiredo (Mauá Capital), Luiz Serafim Spinola Santos (UBS Capital e Bank of Boston), Marcelo Serfaty (G5 Partners, Pactual, Fiducia Asset), Ricardo Reisen de Pinho (Oi e Petrobras) e Waldery Rodrigues Junior (Secretário da Fazenda) são os indicados.

“O Guilherme Horn é totalmente conflitado. Ele é conselheiro de outras fintechs que concorrem diretamente com o Banco do brasil. É um conflito grave. Onde está a Comissão de Valores Mobiliários que não vê essas coisas?”, questiona João Fukunaga, secretário de Assuntos jurídicos do Sindicato dos Bancários de Osasco e Região e funcionário do Banco do Brasil.

Walderly já indicou que a intenção do governo é abrir mais espaço para a atuação de instituições financeiras privadas e para o mercado de capitais. “Queremos fazer com o BB o que estamos fazendo com o BNDES (…)”, disse.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, autorizou Waldery a redigir ofício exigindo R$ 100 bilhões do BNDES até o fim do ano, segundo o Estado de S. Paulo. Também defendeu a venda de ativos do Estado.

Hoje, o Banco do Brasil responde por 60% do crédito agrícola. É responsável por financiar a agricultura familiar por meio do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), que representa 70% da produção de alimento consumido pelos brasileiros, a juros módicos, que variam entre 2,5% e 5,5% ao ano. Sem o Pronaf, os agricultores teriam de pagar até 70% a mais de juros nos bancos privados.

Fechamento de capital

O novo estatuto que será votado também prevê alienação do controle acionário do banco; e fechamento de capital.

“Definitivamente estão entregando o Banco do Brasil para a iniciativa privada e para pessoas acostumadas a gerir fundos de investimento que dão resultado no curto ou curtíssimo prazo, e não para pessoas que pensam essas instituições de forma estratégica para o Brasil. Para a função social dos bancos públicos essa visão é mortal”, afirma Fukunaga.

Saída do Novo Mercado

Será incluída também seção específica para tratar de eventual saída do Novo Mercado, segmento destinado à negociação de ações de empresas que adotam, voluntariamente, práticas de governança corporativa adicionais às que são exigidas pela legislação brasileira. A listagem nesse segmento especial implica a adoção de um conjunto de regras societárias que ampliam os direitos dos acionistas, além da divulgação de políticas e existência de estruturas de fiscalização e controle.

“Novo Mercado é o que há de melhor nos termos de governança e transparência. Por que a gestão do Banco do Brasil apresenta uma proposta de mudanças no estatuto para sair do Novo Mercado? Isso é outro problema. As empresas se esforçam para fazer parte do Novo Mercado e o Banco do Brasil quer sair? É ir na contramão do que todo mundo está fazendo, o que é um sinal muito negativo”, avalia Fukunaga.

Empréstimos para diretores e membros do CA

Além dessas mudanças, o novo estatuto prevê que membros do conselho de administração e da diretoria executiva poderão tomar dinheiro emprestado do Banco do Brasil.

“O cara que é ligado a Accenture, G5, Mauá, vai poder tomar empréstimo do Banco do Brasil? Eles vão poder assaltar o Banco do Brasil internamente? Os membros da diretoria executiva e do conselho de administração eram proibidos de tomar empréstimo do banco. Então por que agora será liberado? Os trabalhadores devem estar atentos a todos esses movimentos que atacam frontalmente o caráter público e social do Banco do Brasil”, afirma Fukunaga.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Cassi, plano de saúde do BB, tem prejuízos de R$ 377,7 milhões

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Maior operadora de planos de saúde de autogestão do país, a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) está em uma situação bastante difícil.

Relatório financeiro divulgado no fim de março mostra que, em 2018, a Cassi registrou prejuízo de R$ 377,7 milhões, rombo 83% maior do que o computado em 2017 (R$ 206,1 milhões). Quando comparadas ao resultado de 2016 (R$ 159,4 milhões), as perdas mais que duplicaram.

A saúde financeira da Cassi só não está pior por causa dos pagamentos extras que estão sendo feitos pelos associados aos planos e pelo Banco do Brasil, patrocinadora da empresa. Os usuários dos convênios pagaram, além das mensalidades normais, R$ 226,5 milhões a mais à Cassi. Já o BB fez um aporte de R$ 301 milhões.

Para especialistas, se continuar nesse caminho, operando com prejuízos crescentes, a Cassi poderá sofrer intervenção da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), responsável pela regulação e pela fiscalização do setor. A Cassi está operando com patrimônio líquido negativo superior a R$ 100 milhões. Ou seja, se fechasse as portas e vendesse tudo o que tem, ainda assim deixaria esse rombo no mercado.

Em nota, a Cassi informa que o deficit registrado em 2018 decorreu do descasamento entre os valores arrecadados e os gastos com o pagamento das despesas assistenciais. “Essa situação está detalhada no relatório de administração e gestão, amplamente divulgado pela instituição desde o dia 29 de março e disponível para consulta em www.cassi.com.br.”

Eleições na Unidas

Apesar dos péssimos resultados da Cassi, Anderson Mendes, gerente de Negociações da empresa, está se movimentando no mercado para formar uma chapa a fim de disputar o comando da Unidas, associação que reúne as operadores de saúde de autogestão. As eleições estão marcadas para 28 de abril.

Mendes vinha se articulando com representantes da Geap, responsável pelos planos de saúde dos servidores públicos, para formar uma chapa com boas chances de vitória. Mas, nesta semana, toda a diretoria da Geap caiu, depois de uma intervenção do Palácio do Planalto. Juntas, Cassi e Geap têm quase 1,2 milhão de associados.

Quem acompanha de perto esse mercado de planos de saúde de auto-gestão garante que o quadro é preocupante. Como os custos dos convênios subiram muito, mas as empresas patrocinadoras têm reduzido o número de funcionários, o público pagante está diminuindo. Em 2017, a Cassi tinha 695.123 associados. Em 2018, esse número recuou para 683.737.

Fonte: Blog do Correio Braziliense

Quem passar em concurso no BB pode ficar sem plano de saúde ao se aposentar

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Diante dos gastos cada vez maiores com planos de saúde de seus funcionários, o Banco do Brasil está negociando com o Sindicato dos Bancários um acordo para não pagar os convênios de futuros empregados da instituição quando eles se aposentarem.

Segundo informou o BB ao Blog, as negociações já vêm se estendendo por um bom período e fazem parte de uma Resolução baixada pelo antigo Ministério do Planejamento, em janeiro de 2018. Por meio desse documento, nenhuma estatal poderá honrar planos de saúde de novos funcionários após a aposentadoria. Hoje, o banco arca com mais da metade do valor dos planos de saúde de funcionários e de dependentes mesmo depois da aposentadoria.

O BB ressalta que o que está sendo proposto só valerá para os futuros funcionários. Para quem já está no banco, nada mudará. Pelo menos por enquanto. O BB diz que o convênio médico é um atrativo importante para quem faz concurso para a instituição.

Cassi

O funcionários do Banco do Brasil são atendidos pela Caixa de Assistência, a Cassi. A operadora, no entanto, enfrenta sérias dificuldades financeiras. Em 2018, registrou prejuízos de R$ 377,7 milhões, rombo 83% maior do que o do ano anterior.

O buraco no caixa só não foi maior graças aos R$ 226 milhões que os funcionários pagaram a mais por meio de uma contribuição extra, instituída desde o fim de 2016, que vigorará até dezembro de 2019, e pela antecipação de receitas futuras referentes a 13º salário feitas pelo BB, de R$ 301 milhões. Essas receitas seriam recolhidas à Cassi até 2021.

A grande pergunta que se faz dentro do banco é até quando a Cassi continuará operando no vermelho. Mais: até que ponto o BB está disposto a ficar antecipando receitas para cobrir os constantes prejuízos.

Bradesco

Há que diga, dentro do BB, que, mantidos esses resultados ruins, a Cassi poderia ser incorporada por outra operadora de planos de saúde, mais precisamente pela Bradesco Seguros. O Banco do Brasil assegura que não existe tal possibilidade.

De qualquer forma, será preciso pôr em prática um grande programa de recuperação da Caixa de Assistência dos Empregados do Banco do Brasil.

A contribuição dos funcionários para o plano de saúde passou de 3% para 4% dos salários (o percentual extra cairá a partir de 2020). E todos estão tendo que bancar, desde janeiro deste ano, 40% de toda as consultas e 20% dos exames. Até o ano passado, essas contribuições eram de 30% e 10%, respectivamente.

Fonte: Blog do Correio Braziliense

BB diz que proposta para Cassi é a última; sindicato orienta aprovação

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Na última quinta-feira 27, o Banco do Brasil apresentou sua proposta final na mesa de negociação da Cassi. Fruto de longo e duro processo negocial, a proposta é definitiva. Os negociadores do BB informaram que o banco não vai mais fazer qualquer alteração no documento apresentado, uma vez que a proposta – que traz avanços em relação à de 2018, rejeitada em consulta pelos associados – já foi votada pelo Conselho Diretor do BB.

“Na atual conjuntura política, na qual o governo federal tem postura extremamente privatista, que se alinha ao discurso do presidente do BB, Rubem Novaes, a proposta, mesmo não sendo a ideal, permite resguardar o plano de saúde dos funcionários, da ativa e aposentados”, avalia o diretor do Sindicato e membro da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, João Fukunaga.

“Nesse cenário de ameaças como uma possível intervenção da ANS (Agência Nacional de Saúde) na Cassi e de tentativas de retirada de direitos dos trabalhadores com privatizações, aprofundamento da reforma trabalhista, proposta nefasta de reforma da Previdência e cortes orçamentários na saúde pública, a prioridade deve ser preservar o futuro da Cassi”, acrescenta.

Ameaças essas que se agravam na eminência de um novo Conselho de Administração, composto por nomes mercado. De acordo com matéria do Valor Econômico, recentemente foram indicados seis novos nomes do mercado para o Conselho de Administração do BB, o que reforça o caráter privatista e adverso aos trabalhadores da atual conjuntura política: Guilherme Horn (Accenture), Luiz Fernando Figueiredo (Mauá Capital), Luiz Serafim Spinola Santos (UBS Capital e Bank of Boston), Marcelo Serfaty (G5 Partners, Pactual, Fiducia Asset), Ricardo Reisen de Pinho (Oi e Petrobras) e Waldery Rodrigues Junior (Secretário da Fazenda).

Na avaliação do Sindicato, a recusa da proposta seria jogar os interesses dos associados da Cassi em uma verdadeira arena de leões. Por considerar que apresenta avanços e visa à sustentabilidade da Cassi, apesar de não ser a ideal, a entidade orienta pela aprovação da proposta em consulta ao corpo social.

Pontos centrais da proposta:

– Mantida a relação contributiva: BB 60% e associados 40% até 2022. A parte do banco no custeio contemplará 4,5% sobre a folha de pagamento de ativos e aposentados, 3% para cada dependente de funcionário ativo, mais 10% sobre as contribuições dos ativos a título de taxa de administração, retroativos a janeiro de 2019;

– A parte dos associados da ativa no custeio será de 4% sobre as verbas salariais, mais 1% para o primeiro dependente, 0,5% para o segundo e 0,25% a partir do terceiro, com piso de R$ 50,00 e teto de R$ 300,00 por dependente;

– A parte dos aposentados e pensionistas no custeio será de 4% sobre a soma dos benefícios do INSS mais Previ, acrescido de 2% para o primeiro dependente, mais 0,5% a partir do segundo dependente;

– Fica mantida a mesma forma de custeio para os atuais funcionários ativos e aposentados;

– O Plano Associados será reaberto e os novos funcionários admitidos deste 01/01/2018 podem manter a Cassi após a aposentadoria, desde que assumam o pagamento da parte pessoal e patronal;

– Será instalada mesa de negociação para integrar à Cassi os funcionários dos bancos incorporados em até 30 dias a partir da aprovação do novo Estatuto;

– Não altera o modelo de governança no Conselho Deliberativo, Conselho Fiscal e Diretoria. Não se aplica voto de minerva nos conselhos em nenhuma matéria;

– As diretorias dos eleitos e dos indicados permanecem com as mesmas atribuições, com duas alterações: a parte de atuária é dividida entre a Diretoria de Finanças (indicada) e a atual Diretoria de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes (eleita). Fica estabelecido voto de qualidade para o Presidente somente para algumas questões operacionais de competência exclusiva da Diretoria. Não pode ser usado voto de minerva para alterar direitos, benefícios, regulamentos, estatutos, dentre outras questões.
Histórico das Negociações:

– 23/01 – Reunião entre BB, Cassi e entidades define retomada da mesa de negociação. Restabelecimento da Mesa de Negociação da Cassi foi reivindicação principal.

– 31/01 – Entidades e Banco do Brasil retomam as negociações da mesa da Cassi. As entidades cobraram do banco a apresentação de uma proposta de custeio para ser levada a debate com as entidades e os associados.

– 07/02 – Negociação da mesa da Cassi tem discussões sobre governança e custeio. Entidades representativas dos funcionários apresentam contraproposta de governança.

– 19/02 – Entidades cobram mais dados da proposta para a Cassi e apresentam sugestões. Números globais e dados detalhados foram pedidos para divulgação aos associados.

– 25/02 – BB detalha nova proposta para a Cassi.

– 27/02 – Entidades recusam proposta por ser pior que a proposta rejeitada na votação.

– 01/03 – Contraf-CUT disponibiliza boletim sobre negociações da Cassi e convoca Jornada de Lutas pela Cassi.

– 08/03 – Entidades reafirmaram premissas sobre governança e pedem mais dados de custeio.

– 17 a 22/03 – Entidades ficam em regime de esforço concentrado nas negociações durante toda a semana em Brasília.

– 18/03 – Entidades apresentam contraproposta de governança, debates sobre custeio e ampliação da Estratégia Saúde da Família (ESF).

– 20/03 – Debates sobre governança.

-22/03 – Encerrada a semana de estudos e simulações de custeio incluindo a área técnica da Cassi.

– 27/03 – Apresentada Proposta.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Banco do Brasil adquire carteira de crédito do Banco Votorantim por R$ 1,4 bi

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O Banco do Brasil comprou nesta segunda-feira (08) uma carteira de crédito do Banco Votorantim por R$ 1,393 bilhão. O contrato para a cessão de direitos creditórios foi firmado no dia 27 de março.

De acordo com o Banco do Brasil, a coobrigação que foi assumida pela Votorantim prevê o pagamento dos vencimentos, mesmo com a inadimplência da carteira, por meio do mecanismo de “first loss”. Além disso, há uma cláusula de mandato que prevê cobranças e recebimentos dos clientes devedores pelos cedente.

Ademais, outra cláusula prevê a recompra de operações liquidadas antecipadamente por devedores, que incluem operações inadimplentes ou que sejam objeto de falhas ou vícios de contratação. Há ainda uma cláusula de depósito.

De acordo com o Banco do Brasil, o negócio com o Votorantim “decorre da sinergia estratégica entre as instituições”. “Os procedimentos e medidas adotadas seguem os padrões do mercado de cessões de créditos, sendo formalizadas por intermédio de contratos de cessões de direitos creditórios e validadas e liquidadas na C3 (central de registro de contratos de crédito) a preço de mercado”.

Desinvestimento no Banco do Brasil

O banco vem passando por uma série de desinvestimentos. Na semana passada, o banco anunciou a venda da sua participação na Neoenergia. O negócio deverá ocorrer por meio de uma IPO (oferta pública de ações).

De acordo com o presidente do BB, Rubem Novaes, a venda envolvendo o Banco do Brasil acontecerá no primeiro semestre deste ano. Em março, a Neoenergia confirmou que planeja abrir o capital da empresa.

A estatal possui 9,34% de participação da Neoenergia. Além disso, a Previ, fundo de pensão dos funcionários do banco, é dona de 38,21% da companhia. O resto pertence ao grupo espanhol Iberdrola. A negociação da venda da fatia do Banco do Brasil faz parte da nova diretriz de estimular uma série de desinvestimentos.

Fonte: Suno Research

Só 20% dos poupadores inscritos em acordo recebem indenização dos bancos

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Dez meses após a implementação da plataforma on-line para pagamento das indenizações dos bancos a poupadores por perdas nos planos econômicos (Bresser, Verão e Collor II), apenas 20% dos 148.431 consumidores que se habilitaram conseguiram receber, integral ou parcialmente, os valores devidos. Segundo a Frente Brasileira pelos Poupadores (Febrapo) a expectativa era que pelo menos 50% dos habilitados tivessem recebido até agora. Afinal, já passou metade do prazo para a adesão ao acordo, de dois anos contados a partir da homologação pelo Supremo Tribunal Federal (STF), feita em março de 2018.

A última fase do calendário de pagamento, aliás, começou no mês passado, no dia 18, quando a plataforma passou a receber adesões de quem ingressou na Justiça em 2016.

Assinado por Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Febrapo e Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), o acordo teve como objetivo colocar um ponto final na briga judicial iniciada ainda nos anos 1990. Já a plataforma, que entrou no ar em maio de 2018, foi criada para agilizar o processo de indenização.

— O objetivo da plataforma era simplificar, mas acabou virando um complicador. O consumidor cai em exigência por uma procuração ilegível, apesar de o banco ter o documento em seu processo — conta o presidente da Febrapo, Estevan Pegoraro.

Segundo ele, a federação já recebeu três mil reclamações de poupadores. A maior parte das queixas diz respeito à plataforma administrada pela Febraban.
Para Walter Moura, advogado do Idec, a plataforma da Febraban falhou:
— Se os bancos identificaram os poupadores que devem ser ressarcidos e a plataforma falhou, já passou da hora de procurarem diretamente esses consumidores para cumprir o acordo.

Mudanças na plataforma

Até a semana passada, diz Moura, Banco do Brasil (BB), Bradesco, Santander e Safra não haviam pago nem a um único associado do Idec.

A engenheira aposentada Maria Carolina Rodrigues Silva, de 67 anos, faz parte desse grupo. Ela aguarda, desde outubro, os R$ 3 mil que tem para receber do BB, referente à diferença da remuneração da sua caderneta de poupança no Plano Verão.

— Não consigo acessar a plataforma para acompanhar o caso. Já estamos quase em abril e ainda não recebi nada. Tivemos um deságio de 70% na indenização, mas nem assim consigo receber — queixa-se Maria Carolina, que na época economizava para comprar a casa própria.

Consultados, BB, Bradesco, Santander e Safra informaram que a Febraban responderia por eles.

Mais mutirões

A Febraban, por sua vez, afirma trabalhar em parceria com Febrapo e Idec para corrigir eventuais dificuldades no processo de adesão ao acordo dos planos econômicos e no pagamento dos valores devidos. Segundo a instituição, foram feitas 25 melhorias na plataforma e “restam apenas exigências indispensáveis para a efetivação dos acordo” e “necessárias para evitar fraudes e pagamentos indevidos”.

Perguntada sobre o número total de queixas e os problemas relatados pelos usuários da plataforma, a Febraban informou não dispor “de levantamento estatístico relativo ao tema, que vem sendo tratado pelos bancos, individualmente, caso a caso, no menor prazo possível.”

Fora da plataforma, dez mil pessoas obtiveram a indenização prevista no acordo por meio de mutirões realizados desde outubro pela Febraban em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Perguntado sobre as críticas das entidades sobre o desempenho da plataforma, o CNJ diz que vai intensificar o atendimento presencial este ano, mas não divulga o calendário. Segundo a Febraban, devem ser feitos mutirões, a partir deste mês, em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Espírito Santo e Minas Gerais.

Procurada, a Advocacia-Geral da União (AGU), que intermediou o acordo, pediu para entrar em contato com a Febraban.

Quem não conseguir receber as indenizações dentro do prazo de acordo não perde o direito ao ressarcimento, ressalta Luciana Telles, subcoordenadora Cível da Defensoria Pública do Rio:

— Passado o prazo, o STF fará o julgamento final. E se o posicionamento do Superior Tribunal de Justiça for mantido, quem esperar pode até fazer jus a uma indenização maior. Há assistidos da Defensoria que preferiram não aderir ao acordo, decidiram aguardar o julgamento final — diz.

Entenda como se deu o acordo para a indenização de perdas

1987 a 1991 – Planos econômicos
Na implementação dos planos econômico Bresser (1987), Verão (1989) e Collor II (1991), os brasileiros que tinham recursos depositados em conta poupança tiveram uma correção no saldo inferior à devida.

1990 – Primeiras ações
Em 1990, o Idec entrou com a primeira ação coletiva sobre o tema para reparação dos prejuízos. Em 1993, foi impetrada ação civil pública contra o Plano Verão.

2001 – Relação de consumo
O Superior Tribunal de Justiça (STJ ) reconhece que se trata de uma relação de consumo e que é legítimo, portanto, que órgãos de defesa do consumidor representem os poupadores.

2016 – Juros remuneratórios
O STJ acata pedido dos bancos e retira a aplicação de juros remuneratórios nos processos em que a sentença não prevê expressamente a sua incidência, reduzindo o valor da indenização em até 70%. Acordo entre poupadores e bancos é enviado para homologação do STF.

2018 – Acordo homologado
O STF homologa o acordo de planos econômicos em março. É criada uma plataforma para adesão, coordenada pela Febraban, em maio, e a habilitação e os pagamentos começam a ser feitos.

Saiba como funciona a habilitação

Quem pode se beneficiar?
Todos os poupadores ou herdeiros que ajuizaram ações individuais ou coletivas até 31 de dezembro de 2016. Quem não recorreu à Justiça não tem direito ao acordo.

Como faço para aderir?
A adesão pode ser feita pelo poupador, desde que tenha todos os dados, inclusive os do advogado. Para concluir a habilitação, é obrigatório que o advogado assine o termo de adesão por meio de certificado digital. A exceção são os casos de Juizado Especial Cível, quando o poupador não constituiu advogado. A adesão pode ser feita até março de 2020.

Como é feita a análise:
Após o recebimento do pedido de habilitação, o banco fará a análise em 60 dias. No caso de o pedido ser instruído por declaração de IR, em vez de extrato, o prazo será dobrado. Todas as fases da análise serão comunicadas por e-mail.

Fonte: O Globo

TRT-18 e Banco do Brasil vão implantar sistema para emissão de alvarás

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O Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (Goiás) e o Banco do Brasil discutiram na tarde de terça-feira (2/4) a implantação do Sistema de Controle de Depósitos Judiciais (SisconDJ) para a emissão de alvarás de levantamento de depósitos judiciais nas unidades de primeiro grau. A expectativa é que a interligação bancária das Varas do Trabalho com o BB seja feita até o fim do semestre.

Para a implantação do sistema, Goiás conta com o apoio técnico do TRT de São Paulo, que inaugurou a interligação com o BB, e com os técnicos do banco. Além de SP, mais dois regionais trabalhistas já utilizam a interligação: o TRT-20 (Sergipe) e o TRT-21 (Rio Grande do Norte).

Uma vez implantado, o sistema permite que as partes recebam seus créditos diretamente nas contas indicadas no processo, evitando o comparecimento ao banco ou à vara do trabalho.

De acordo com dados do Banco do Brasil, o mês de março fechou com um saldo de R$ 118 milhões aproximadamente em depósitos judiciais relativos a processos que tramitam na Justiça do Trabalho em Goiás. Com informações da Assessoria de Imprensa do TRT-18.

Fonte: Consultor Jurídico

Banco do Brasil será usado para entrega da TAG a franceses

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Cerca de dois terços de US$ 8,6 bilhões (equivalente a R$ 32,6 bilhões) a ser pago pela privatização da Transportadora Associada de Gás (TAG), da Petrobrás, serão financiados por seis bancos estrangeiros e três brasileiros. O anúncio da entrega de 90% da transportadora para um consórcio formado pela multinacional francesa Engie e o fundo canadense Caisse de Depôt et Placement du Québec (CDPQ) foi feito no dia 5.

O holandês ING, os franceses Crédit Agricole e BNP Paribas e os japoneses Sumitomo, Mizuho e MUFG entrarão com o equivalente em dólares a R$ 9,5 bilhões. Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil vão entrar com R$ 13,5 bilhões, divididos em partes aproximadamente iguais.

Isso significa que os bancos financiarão o equivalente a cerca de R$ 23 bilhões. As informações são do jornal Valor Econômico.

O financiamento dos bancos terá como garantia os contratos de transporte de gás com a Petrobrás. Ou seja, risco zero para os bancos e lucro garantido para consórcio estrangeiro que empalmou a TAG.

“Já está tudo negociado e todos os financiamentos garantidos. Mais do que garantidos. São 100% baseados nas receitas dos contratos com a Petrobrás”, afirmou o presidente da Engie no Brasil, Maurício Bähr.

Mau negócio para a Petrobrás e prejuízo para o Brasil, em todos os sentidos. Também, o presidente da Petrobrás, Roberto Castelo Branco, abriu a alma e asseverou que o seu sonho é ver a estatal privatizada.

A TAG é uma empresa fundamental para o país. Tem uma capacidade contratada de movimentação de cerca de 74,7 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia. É a garantia de transporte do gás natural da região de Urucu (AM) para várias cidades da Região Norte, além de garantir o transporte de gás natural das bacias de Campos (RJ) e de Santos (SP) para a Região Nordeste.

Segundo a Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet), “a privatização da TAG sem licitação não é apenas ilegal e inconstitucional”. Conforme a entidade, “as receitas da TAG são reconhecidas com base nos contratos de transporte de gás natural, que inclui cláusulas de ship or pay, na qual a Petrobrás (carregadora) se obriga a pagar pela capacidade de transporte contratada, independentemente do volume transportado”.

A receita da TAG está garantida pelos contratos de serviços de transporte, regulados pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). A Aepet resumiu:

– Malha Nordeste para 21,6 milhões de metros cúbicos por dia, com prazo de duração de 20 anos e vigência até dezembro de 2025;

– Sistema Gasene para 20,0 milhões de metros cúbicos por dia no trecho sul e 10,3 milhões de metros cúbicos por dia para trecho norte, com prazo de duração de 25 anos e vigência até novembro de 2033;

– Urucu-Coari-Manaus para 6,3 milhões de metros cúbicos por dia, com prazo de duração de 20 anos e vigência até novembro de 2030;

– Pilar Ipojuca para 15 milhões de metros cúbicos por dia, com prazo de duração de 20 anos e vigência até novembro de 2031.

Na avaliação da Aepet, a venda da TAG pode representar para a Petrobrás uma despesa cujo valor presente líquido (VPL), para um período de 25 anos, seria de US$ 13,82 bilhões (R$ 52,5 bilhões). Com a venda de 90% das ações, o VPL seria de US$ 12,44 bilhões (R$ 47,8 bilhões).

“Desse modo, é temerário que a Petrobrás venda 90% de sua participação acionária na TAG por valor inferior a US$ 12,44 bilhões (R$ 47,8 bilhões)”, conclui a entidade dos engenheiros da estatal.

Fonte: Hora do Povo

BB é condenado a pagar R$ 10 mil a cliente que foi barrada em porta giratória

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O Banco do Brasil foi condenado pela Justiça a indenizar, por danos morais, uma cliente em R$ 10 mil, no município de Fazenda Nova, a 206 km de Goiânia. Na decisão, dada pelo juiz Eduardo Perez de Oliveira, consta que a mulher, correntista da agência e comerciante na cidade, foi barrada várias vezes na porta giratória e teve que deixar a bolsa do lado de fora para depositar 13 mil.

Segundo o magistrado, a pequena cidade, com seis mil habitantes, onde aconteceu o fato, deu a tônica dos fatos: todos se conhecem, inclusive funcionários da instituição bancária e correntistas.

A assessoria de imprensa do Banco do Brasil informou que a instituição ainda analisa o teor da sentença para decidir sobre eventuais providências. No entanto, informou que a porta giratória detectora de metais é um dos equipamentos de segurança exigidos pela Polícia Federal. (veja a nota abaixo na íntegra)

“A parte ré, como único banco de toda a comarca, deve adaptar seu atendimento à realidade local na medida do possível. Não se propõe aqui um regramento novo do banco para cada cidade, mas um tratamento (diferente de regramento) que permita contemplar as peculiaridades dos costumes locais, sem ferir a lei ou as normas de segurança”, afirmou o juiz.

Para Eduardo Perez de Oliveira, o fato ter acontecido na pequena cidade do interior goiano, é repleto de particularidades, principalmente pela falta de anonimato.

“Um caso julgado em Fazenda Nova, embora fundando-se nos mesmos dispositivos, pode não ter o mesmo resultado do que um julgado em Goiânia ou São Paulo, dadas as características próprias de cada urbe. Por ser uma cidade pequena, em que todos se conhecem e onde a parte autora é também conhecida, o tratamento dispensado pela parte ré deveria ter sido diverso. Tal proceder já seria abusivo em cidades grandes, não pela negativa, mas pela orientação de abandonar a bolsa no chão na parte externa, que dirá em uma pequena urbe”, disse o magistrado.

Na petição, ela alegou que se sentiu humilhada na frente dos demais clientes, já que teria retirado todos os seus pertences pessoais da bolsa, deixando apenas a quantia, e mesmo assim não conseguiu passar. Ela contou que pediu ao segurança, em vão, para que ele olhasse o interior de sua bolsa e chamou pelos gerentes, mas não adiantou.

Risco para a cliente

Segundo Eduardo Perez, não é admissível é que o cliente seja orientado a “retirar um bolo robusto de notas, diante dos demais clientes, e abandonar seus pertences do lado de fora da agência para só então ser atendido”.

“A agência colocou a própria cliente em risco, pois, ao fazê-la ingressar na agência com grande quantidade de dinheiro em mãos, deixou claro a todos que se trata de pessoa que vai ao banco com somas elevadas. Diante do tamanho da cidade, a informação já deve muito certamente ter sido difundida, o que pode significar mal futuro para a parte autora, colocando-a e aos seus em risco, pois trata-se de pessoa conhecida”.

Veja a nota do BB:

“A porta giratória detectora de metais (PGDM) é um dos equipamentos de segurança exigidos pela Polícia Federal e visa preservar a segurança do ambiente e das pessoas ao restringir o acesso de armas de fogo ou objetos que venham a viabilizar investidas criminosas. As regras para triagem e acesso às agências do Banco do Brasil são definidas, única e exclusivamente, em função da proteção que o Banco deve oferecer aos seus usuários e funcionários. O Banco do Brasil ainda analisa o teor da sentença para decidir sobre eventuais providências”.

Fonte: Portal G1

Brasileirinho Delivery firma parceria com BB para financiamento de franquias

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O Brasileirinha Delivery, que oferece comida típica brasileira em box, anuncia a parceira com o Banco do Brasil para investimento em sua franquia, em que uma unidade requer investimentos a partir de R$ 130 mil. “Os custos são bem mais altos para franquias de alimentação, onde o cuidado deve ser redobrado. É impossível atuar através do homeoffice, por exemplo, então sempre existirá esse custo de ter um lugar físico para as operações, por menor que o espaço seja”, explica Jhonathan Ferreira, diretor executivo do Brasileirinho Delivery. Outras particularidades do mercado de alimentação, continua o executivo, também encarecem o preço da franquia, como amplo espaço para cozinha, equipamentos de qualidade, equipe completa para trabalhar na produção das refeições e no atendimento, entre outros.

Segundo Ferreira, cerca de 80% dos clientes que realizam cadastro para se tornarem franqueados da rede não possuem capital suficiente para investir na franquia. “As pessoas sempre perguntam se existem linhas de crédito, pois muitos possuem metade do investimento e não conseguem levantar o restante, nem identificar um sócio para entrar com esse capital. Por isso, é comum que alguns interessados desistam da ideia de abrir uma unidade”.

A parceria do Banco do Brasil com o Brasileirinho garante ao investidor financiamento de até 80% do capital necessário com 72 meses de prazo de pagamento. A carência para começar a pagar as prestações é de um ano após a aprovação do crédito. “Nossa média é de 200 mil pedidos por mês, isso passa uma segurança para o banco, que confia no nosso trabalho e sabe que nossos modelos já foram testados e aprovados pelo mercado”, garante Ferreira.

Para o executivo, essa é uma grande oportunidade de alcançar as metas da rede em menos tempo, inclusive ainda neste ano: “O prazo para pagamento, os juros mais baixos e o tempo de carência oferecidos pelo Banco do Brasil são um grande incentivo para quem deseja ter seu próprio negócio, uma vez que possibilita aos investidores um fôlego maior para a manutenção da unidade”. O Brasileirinho Delivery possui 90 unidades franqueadas em todo o Brasil e projeta um incremento de até 50% em novos negócios impulsionados pela iniciativa.

Fonte: Novarejo

Rentabilidade de bancos é a maior em 7 anos e lucro bate recorde, revela BC

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A rentabilidade dos bancos brasileiros terminou 2018 no maior patamar em sete anos, de acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira (11) pelo Banco Central.

O chamado retorno sobre o patrimônio líquido do sistema bancário nacional alcançou 14,8% em dezembro do ano passado. Ao final de 2011 estava em 16,5%.

“Sistema brasileiro não é o mais rentável e nem o menos rentável [do mundo]. Está na média. Está bem próximo dos países emergentes”, afirmou o diretor de Fiscalização do BC, Paulo Souza.

De acordo com o BC, o sistema bancário manteve a trajetória de aumento da rentabilidade no segundo semestre de 2018, alcançando níveis pré-crise.

“Nos últimos dois anos, os bancos públicos apresentaram um ritmo mais rápido na evolução dos resultados, atingindo níveis de rentabilidade mais próximos aos dos bancos privados”, informou o a instituição, no relatório de estabilidade financeira.

Segundo o BC, o aumento da rentabilidade aconteceu, em 2018, apesar da “redução dos resultados de tesouraria [com títulos públicos], e da estagnação das carteiras de crédito corporativas [empréstimos para empresas]”.

Acrescentou que essa alta da rentabilidade pode ser explicada, principalmente, pela redução das despesas de provisão (recursos que têm de ser apartados por conta de inadimplência) e dos custos de captação (queda da taxa Selic), e, também, pelos ganhos de eficiência operacional.

O Banco Central avaliou, entretanto, que há “perspectiva de estabilização das despesas de provisão e do custo de captação” e, por isso, “a trajetória de aumento da rentabilidade tende a perder força”.

Lucro do sistema financeiro

De acordo com o relatório do BC, o lucro líquido dos bancos somou R$ 98,5 bilhões no ano passado e, com isso, bateu recorde da série histórica, que começa em 1994.

“Em termos nominais, é o maior lucro com certeza”, afirmou o diretor de Fiscalização da instituição, Paulo Souza. Segundo ele, o patrimônio do sistema financeiro está na faixa de R$ 800 bilhões.

O diretor explicou que o aumento do lucro líquido dos bancos, no ano passado, está relacionado com o crescimento da carteira de crédito e, principalmente, “com melhora na redução das despesas de provisão, redução na margem com juros na carteira como um todo”.

“O principal fator é de uma redução de R$ 20 bilhões em despesas com provisão [recursos que têm de ser mantidos em caixa para fazer frente a eventuais perdas com inadimplência]”, concluiu.

No ano passado, o lucro dos maiores bancos do país cresceu. É o caso do Bradesco, do Itaú, do Santander, e do Banco do Brasil.

Juros bancários e lucro do sistema financeiro

O aumento da rentabilidade dos bancos brasileiros acontece em um cenário de juros bancários elevados. Apesar de a taxa básica de juros, a Selic, estar no menor patamar da história (6,5% ao ano), as instituições financeiras ainda cobram taxas elevadas.

Em algumas linhas de crédito, os juros são próximos de 300% ao ano. A redução dos juros bancários é considerada um dos desafios da nova equipe econômica.

Bancos

Dados do BC mostram que os quatro maiores conglomerados bancários do país detinham, no fim de 2017, 78% de todas as operações de crédito feitas por instituições financeiras no país. Essas informações sobre concentração bancária ainda não foram atualizadas para o ano de 2018.

Em fevereiro, durante audiência pública no Senado Federal, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o sistema bancário brasileiro não é mais “concentrado” do que em outras economias desenvolvidas, e acrescentou que os bancos do país também são competitivos.

Para ele, inadimplência (35% do spread), os custos operacionais (25%) e os custos financeiros (25%) têm mais peso, no preço dos serviços oferecidos pelos bancos, do que o lucro dos bancos. O presidente do BC declarou que vai “trabalhar fortemente” para reduzir o “spread” e os juros bancários.

Sistema financeiro robusto

Segundo o relatório de estabilidade financeira, o sistema bancário dispõe de capital robusto, em nível e em qualidade, plenamente aderente às regras de Basileia III (nível de capital próprio para poder continuar emprestando recursos a clientes e financiando projetos) e com capacidade para suportar o crescimento da demanda por crédito.

“Os resultados dos testes de estresse de capital [simulações feitas pelo BC de piora do cenário econômico] seguem confirmando a resiliência do sistema bancário, que se mostra capaz de absorver as perdas estimadas em todos os cenários simulados”, acrescentou a instituição.

De acordo com o BC, pesquisa realizada com instituições financeiras demonstra que o mercado “permanece confiante na robustez e na capacidade de o sistema financeiro absorver choques, porém mantém elevada a preocupação com os riscos relacionados ao cenário internacional e à aprovação das medidas necessárias para o equilíbrio fiscal”.

Fonte: Portal G1

Mais três capitais recebem a apresentação do resultado de 2018 da Previ

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A Diretoria Executiva da Previ esteve em São Paulo, Brasília e Belo Horizonte para apresentar os resultados de 2018 do Plano 1 e do Previ Futuro. No total, compareceram 563 associados do Plano 1 e 325 do Previ Futuro para acompanhar a prestação de contas e a divulgação de informações relevantes sobre cada plano de benefícios.

A equipe de atendimento do Previ Itinerante esteve presente para esclarecer dúvidas e orientar os associados sobre pecúlio contribuições, benefícios, cadastro, empréstimo simples e financiamento imobiliário. Ao todo, foram realizados 133 atendimentos para os participantes do Plano 1 e do Previ Futuro e foram recebidas 33 propostas entre inscrições e alterações da Capec.

Novas apresentações

Até o final do ano a Diretoria estará presente nas seguintes capitais: Porto Alegre, Salvador, Vitória, Curitiba, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Recife e Fortaleza, Campo Grande e Belém, onde apresentará os principais números e fatos de destaque sobre a Previ. Em breve serão divulgadas programação e locais dos eventos.

Para participar, é necessário efetuar a inscrição por meio dos endereços de e-mail indicados para cada local e aguardar a confirmação da sua participação.

Fonte: Previ

BB está preparado para navegar no marasmo da economia, diz Rubem Novaes

Publicado em: 03/04/2019

O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, confirmou nesta terça-feira (2) que a companhia vai vender a sua participação na Neoenergia “através de um IPO” (oferta pública de ações, na sigla em inglês). A negociação deve ocorrer no primeiro semestre deste ano, segundo o executivo. A operação vai ser liderada pelo BB Investimentos, JP Morgan e Bank of America, segundo Novaes.

Novaes também disse que o Banco Brasil está preparado para navegar num quadro de “marasmo da economia”. Num cenário em que as projeções para a economia brasileira estão desapontando, o executivo reconheceu que as perspectivas para o BB podem ser melhores se a atividade econômica passar para um patamar melhor.

Nesta semana, os analistas consultados pela pesquisa Focus, do Banco Central, reduziram, pela primeira vez, a projeção do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano para menos de 2% – no fim de 2018, alguns analistas chegaram a projetar que a economia brasileira poderia ter um crescimento próximo de 3% em 2019.

“Se a economia deslanchar, os resultados serão bem melhores, mas estamos preparados para navegar neste mundo em que há um certo marasmo na economia”, afirmou Novaes ao participar de evento em São Paulo.

No ano passado, o Banco do Brasil teve lucro líquido contábil de R$ 12,8 bilhões em 2018. O resultado representa um aumento de 16,8% na comparação com 2017. A carteira de crédito avançou 1,8%.

“Com a economia crescendo 1,5%, 2%, não estamos sendo muito agressivos na política de crédito”, afirmou Novaes. “Se tentar expandir o crédito e a demanda não estiver crescente, vai dar bobagem.”

Novaes disse que o país enfrenta um quadro binário. Se a reforma da Previdência, considerada fundamental para o acerto das contas públicas for aprovada, a atividade economia deve se fortalecer, avalia. Se, no entanto, a reforma não sair do papel, o Brasil “pode entrar no quadro muito ruim”.

Fonte: G1

BB convoca assembleia para eleição do conselho de administração

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O Banco do Brasil (BB) convocou assembleia geral ordinária e extraordinária para 26 de abril. Entre outros pontos, será votada a composição do conselho de administração.

A proposta é eleger para o colegiado: Beny Parnes, Débora Cristina Fonseca, Guilherme Horn, Luiz Fernando Figueiredo, Luiz Serafim Spinola Santos, Marcelo Serfaty, Ricardo Reisen de Pinho, Rubem de Freitas Novaes e Waldery Rodrigues Junior.

Também serão votadas uma série de mudanças no estatuto. Uma delas é no artigo 4, inciso II, para passar a permitir a concessão de empréstimos para membros do conselho de administração e da diretoria executiva. A mudança visa adequar o estatuto à resolução CMN 4.693/2018, que passou a permitir a realização de operações de crédito com esse tipo de funcionário, respeitadas as condições e limites previstos na referida regra.

Também será elevado o porcentual de membros independentes no conselho de administração, passando de 25% para 30%, ajustando assim o estatuto ao que é exigido pelo Programa Destaque em Governança de Estatais (PDGE).

Foi incluído ainda um inciso no artigo 49, para estabelecer que o banco realizará, em até cinco dias úteis após a divulgação dos resultados trimestrais, apresentação pública sobre as informações divulgadas, a ser realizada presencialmente ou por meio de teleconferência, videoconferência ou qualquer outro meio que permita a participação a distância dos interessados.

Será incluída também seção específica para tratar de eventual saída do Novo Mercado.

Fonte: Valor Econômico

Banco do Brasil vai vender participação da Neoenergia

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O Banco do Brasil (BB) vai vender a sua participação da Neoenergia, confirmou o presidente do BB, Rubem Novaes, nesta terça-feira (02). A venda deverá ocorrer por meio de uma IPO (oferta pública de ações). De acordo com o executivo, o negócio envolvendo o Banco do Brasil acontecerá no primeiro semestre deste ano. Em março, a Neoenergia confirmou que planeja abrir o capital da empresa.

O banco possui 9,34% de participação da Neoenergia. Além disso, a Previ, fundo de pensão dos funcionários do banco, é dona de 38,21% da companhia. O resto pertence ao grupo espanhol Iberdrola. “Isso já está acertado com o nosso sócio e proximamente vamos sair da Neoenergia através de um IPO“, afirmou Novaes, durante participação em evento em São Paulo. A negociação da venda da fatia do Banco do Brasil faz parte da nova diretriz de estimular uma série de desinvestimentos. De acordo com Novaes, a operação deverá ser liderada pelo BB Investimentos, JP Morgan e Bank of America. Economia Novaes disse que o Banco do Brasil está preparado para navegar em um quadro de “marasmo da economia”. Para o executivo, as condições da instituição poderiam ser melhores se a atividade econômica contribuísse.

Nesta semana, analistas consultados pela pesquisa Focus, do Banco Central, diminuíram a projeção do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). O relatório rebaixou as expectativas do PIB para menos de 2%. “Se a economia deslanchar, os resultados serão bem melhores, mas estamos preparados para navegar neste mundo em que há um certo marasmo na economia”, afirmou Novaes ao participar de evento em São Paulo. Em 2018, o BB obteve lucro líquido contábil de R$ 12,8 bilhões. O resultado é 16,8% maior que na comparação com 2017. A carteira de crédito avançou 1,8%.

“Com a economia crescendo 1,5%, 2%, não estamos sendo muito agressivos na política de crédito”, afirmou o presidente do Banco do Brasil. “Se tentar expandir o crédito e a demanda não estiver crescente, vai dar bobagem.”

Fonte: Suno Reach

Presidente do BB diz ter medo de aumentar concessões de crédito

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Resultados do Banco do Brasil poderiam ser melhores se a economia deslanchasse, afirmou o presidente da instituição, Rubem Novaes. Ele disse ter receio de aumentar as concessões de crédito justamente pela fraqueza da economia e defendeu a reforma da Previdência. “A gente está disposto a acelerar [o crédito], mas primeiro precisamos ter certeza de que a economia está acelerando”.

Novaes, que participou de evento do banco Bradesco, acrescentou que o banco está preparado para “navegar nesse mundo de um certo marasmo da economia, com ela crescendo em 1,5 e 2% ao ano”, afirmou.

O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, afirmou que seu grande sonho é que o BB “se transforme em uma grande corporação privada. Tenho muito receio de expandir crédito se a demanda saudável por crédito não está crescendo. Vai acabar fazendo bobagem.”

Antes, ele havia criticado a decisão da gestão do governo de Dilma Rousseff (PT) de expandir o crédito para tentar deter a crise econômica, a partir e 2013. Acrescentou que o banco já se recuperou das perdas causadas naquela época.

Novaes afirmou que o banco deve reduzir participação no crédito agrícola, mas isso não ocorrerá por redução de apetite do banco pelo segmento, mas por aumento de competição. O Banco do Brasil é líder em crédito rural.

Ele disse, porém, que o subsídio deve diminuir. O presidente acrescentou ainda que o banco espera vender sua participação na Neoenergia em uma venda de ações em mercado, esperada para o primeiro semestre deste ano “se Deus quiser”.

O banco de investimento do BB, JP Morgan e o Bank of America são coordenadores da oferta. O plano está ligado à agenda liberal do ministro Paulo Guedes (Economia), de reduzir participação das estatais em áreas não diretamente relacionadas ao negócio principal da companhia.

Já a saída do Votorantim dependerá de propostas de consultorias contratadas, afirmou.

Novaes voltou a dizer que desejava que o país não tivesse empresas estatais, mas acrescentou que o país ainda não está preparado para isso. “Meu sonho é que o BB se transforme em uma grande corporação privada, mas acho que o Brasil não está preparado”, disse.

Fonte: Folhapress

Cassi: recuo das direções sindicais pode abrir caminho para derrubar conquista histórica da categoria

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Com o aprofundamento da crise capitalista, aumenta a necessidade dos patrões procurarem uma saída através de um maior ataque às já precárias condições de vida dos trabalhadores. Valendo-se de um recuo das direções sindicais no encaminhamento das lutas dos trabalhadores bancários, a direção do Banco do Brasil procura abrir caminho para derrubar uma conquista histórica da categoria, que foi fruto de muita luta de gerações passadas.

A Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil foi criada pelos os funcionários do banco em 1944, com o objetivo de dar assistência médica para todos os trabalhadores e seus dependentes. Muitos anos depois, em 1970, o Banco do Brasil ao invés de contratar um plano de saúde no mercado de âmbito nacional optou em patrocinar a CASSI, que já era de seus empregados, ou seja, a Cassi é um patrimônio construído pelos trabalhadores.

Com o advento da era neoliberal no País, no começo da década de 1990, do governo Collor até o governo do famigerado Fernando Henrique Cardoso (PSDB), havia uma determinação clara, de preparar o BB para uma possível privatização. Para que isso fosse levado à frente uma das medidas adotadas foi de reduzir as despesas com a saúde do trabalhador.

Em 1996, em plena era privatista de FHC (PSDB), contando, com a colaboração das entidades representativa dos trabalhadores, houve uma campanha de ameaças sistemáticas por parte do Banco de que a Caixa de Assistência estava na iminência de uma falência, que era necessário a mudança do estatuto da entidade para sanear os problemas financeiros. Depois de muitas falsas propagandas e ameaças de fim do plano de saúde acabaram aprovando a proposta que aumentava de 1% para 3% a contribuição do funcionalismo (200% de aumento) e de 2% para 3% da patrocinadora, ou seja, o Banco (50% de aumento); os funcionários que possuíam parentes como dependentes indiretos (pais, avós, tios, filhos maiores de 24 anos, etc.) passaram a ter que contratar um plano específico equivalente a qualquer outro existente no mercado.

A última mudança do estatuto da Cassi, se deu em 2007, também apoiada pelas direção das entidades representativas dos trabalhadores, junto com a direção do banco. A mesma gerou uma enorme manipulação em que o corpo social rejeitou a mudança em três consultas, só sendo aprovada apenas na quarta votação e, só após intensa campanha, o novo estatuto foi “aprovado”. A mudança estabeleceu, dentre outras questões, a cobrança, a título de “co-participação”, de 10% a 30% sobre eventos de diagnose e terapia não vinculados à internação hospitalar para o associado, e o investimento por parte do Banco em serviços próprios no valor de R$ 300 milhões na Cassi, que até hoje os trabalhadores não sabem onde foram parar, sendo que, o compromisso era que após a aprovação da reforma, esse recurso seria investido em serviços próprios. Ao contrário disso, o que aconteceu foi o fechamento e o abandono de ambulatórios, descaso em relação aos SESMTs etc.

Agora, no atual processo de uma nova consulta da mudança na Cassi, essas mesmas direções chamam os trabalhadores a aumentar a ofensiva do atual governo, eleito através da maior fraude eleitoral já vista no país, golpista, neoliberal privatista (recentemente o presidente do BB deu declaração se dizendo favorável à privatização do banco), para liquidar com o plano de saúde dos funcionários para entregar aos planos de saúde privados e fortalecer a política de privatização do banco.

O que as entidades chamam de avanço, na nova proposta do banco, na verdade é um ataque sem precedentes que visa liquidar com a Cassi. É tudo que os banqueiros querem. Quebram com o sistema de Solidariedade do plano (todos contribuem para o fundo em benefícios de todos, tanto da ativa quanto dos aposentados, que poderão ter um plano digno até a sua morte): a proposta de sustentabilidade financeira tem projeções apenas até 2021 onde se abre nova mesa de negociação para novas alternativas; está prevista a paridade contributiva entre associados e patrocinadora de 50%, hoje a empresa arca com 60% e associados com 40%; o fim da solidariedade não só obriga contribuição dos dependentes, mas estabelece que os novos funcionários assumam a contribuição patronal nas suas aposentadorias; e institui o voto de minerva, que será aplicado em vários casos.

Sob o argumento de “preservar o futuro e a sustentabilidade” há, no mínimo, informações distorcidas sobre a Cassi, com o intuito de impor mais um ônus aos trabalhadores.

Ao contrário das justificativas apresentadas: o “governo toma medidas drásticas contra os trabalhadores, tais como a privatização de várias empresas públicas, o aprofundamento da reforma trabalhista com corte de direitos, a proposta de destruição da Previdência Social, o corte de verbas para educação e saúde públicas” (Contraf 28/3/19), são medidas para colaborar com a direita golpista de liquidação do plano de saúde dos funcionários do BB.

É claro que está nos planos do governo privatizar o Banco do Brasil. Não é mera coincidência que os golpistas e os capitalistas “nacionais” e internacionais estão em uma intensa campanha para liquidar com a previdência pública que hoje tem um caráter solidário sendo substituído por um sistema de capitalização, obrigatório e individual.

Os bancários do Banco do Brasil devem dizer um sonoro não à tentativa de mudança no estatuto da Cassi, que é um patrimônio construído pelos trabalhadores e é a eles que cabem o seu gerenciamento e controle. É preciso denunciar e mobilizar contra este ataque e exigir que a Cassi seja colocada sobre o controle dos trabalahdores.

Cabe aos trabalhadores do BB barrar mais esse ataque do governo golpista e organizar a mobilização pelo controle, efetivo, do seu plano de saúde unicamente pelos trabalhadores.

A mudança do estatuto da Cassi abre sim o caminho da privatização do Banco do Brasil e a liquidação do plano saúde dos funcionários do BB.

Fonte: Causa Operária

Caiado quer que Goiás seja tratado como prioridade pelo BB e propôs “parceria total”

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O governador Ronaldo Caiado (DEM) esteve reunido na tarde desta quarta-feira, 27, com o superintendente estadual do Banco do Brasil, Felipe Zanella, quando teve acesso ao Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO) em Goiás e propôs “parceria total”.

Na visão de Caiado, Goiás merece ser tratado como prioridade pelo banco, por ter índice de inadimplência da 0,5%. A ideia dele é que o dinheiro do FCO chegue ao pequeno agricultor, ao produtor rual e aos empresários por todo Estado.

“Onde for identificada a necessidade, nós estaremos presentes levando informação, estrutura e recursos para que haja o desenvolvimento, seja rural ou urbano. O objetivo é o crescimento econômico do Estado e a melhoria de vida das pessoas”, disse o superintendente.

Diante do acesso ao FCO, o governador colocou como meta para 2019 o foco na aprovação de Cartas Consultas de empresas que estão, ou pretendem, se instalar em áreas menos desenvolvidas do Estado.

O objetivo seria levar investimento para o Norte e Nordeste goiano. A própria regulamentação do FCO, traz uma determinação de que pelo menos 12% do valor total do fundo sejam aplicados nas regiões Nordeste e Oeste.

Wilder Morais lembrou que a previsão orçamentária para este ano destinará cerca de R$ 3 bilhões para Goiás. Na reunião desta tarde, explicou, foram definidas as metas de investimento.

O FCO é um fundo de crédito destinado à região Centro-Oeste do país. Atualmente Goiás possui parcela de 33% do total. O restante é dividido da seguinte forma: 33% para o Mato Grosso, 24% para o Mato Grosso do Sul e 10% para o Distrito Federal. A previsão orçamentária para este ano é de R$ 7.031.694.949.

Fonte: Jornal Opção

Previ: gestão dos trabalhadores garante resultado positivo

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Os resultados positivos alcançados pela Previ em 2018 estão sendo apresentados aos associados. No ano passado o Plano 1 apurou rentabilidade de 18,82% (mais que o dobro da meta atuarial de 8,61%), acumulando um superávit de R$ 6,5 milhões, mesmo pagando R$ 12 bilhões em benefícios para 81.730 aposentados e 21.258 pensionistas. O Previ Futuro teve rentabilidade de 14,06%, com os ativos totais chegando a R$ 15 bilhões. O Plano 1 é exclusivo para os funcionários que começaram a trabalhar no Banco do Brasil antes de 1997.

“Da mesma forma que quando houve déficit nós dizíamos que a nossa carteira era boa e que o déficit era uma questão conjuntural, agora a gente mostra isso com números positivos. E isso é fruto de uma boa gestão e da governança na Previ, com a participação dos associados junto com os indicados pelo banco”, comemora Márcio de Souza, Diretor de Administração eleito pelos associados.

Para o diretor, os resultados de 2018 reforçam importância de manter representantes dos funcionários na direção do fundo. “O associado dentro das decisões da Previ além do trabalho técnico, é um fiscal para que a gestão seja feita da forma mais correta possível, porque ele está cuidando do futuro dele. É isso que faz uma diferença enorme na boa gestão da Previ”, avalia.

Cumprindo o compromisso de manter o diálogo e ampliar a transparência da gestão, os diretores da Previ estão percorrendo o país para apresentar os resultados, tirar dúvidas e debater com os associados. Na sexta-feira, 29 de março, os diretores apresentaram os números em São Paulo.

Previ avança na criação de plano para parentes de associados

A Previ também anunciou que está acelerando os preparativos para a implantação do novo plano de benefício voltado tanto para os próprios participantes como para os familiares até terceiro grau.

Para os associados, o novo plano – provisoriamente chamado de Previ Família – é mais uma alternativa de investimento de médio e longo prazos.

A Coluna do Broadcast, do jornal O Estado de São Paulo desta terça-feira 2, mostra dados de pesquisa da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp) informando que essa nova modalidade de plano de benefícios deve aumentar em 500 mil o número de participantes de fundos instituídos. Fortalecendo assim o segmento de previdência do qual a Previ faz parte.

“O nosso objetivo é oferecer aos nossos associados a possibilidade de eles contratarem plano de benefícios administrado pela Previ também para os seus queridos que por não serem funcionários do banco do brasil, não podem ter um plano de previdência com a qualidade de um plano gerido pela Previ. Agora, com o plano Previ Família, eles também vão poder usufruir desse bem estar proporcionado pela Previ”, opina Márcio.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Lucro conjunto de Petrobras, Eletrobras e BB bate recorde de R$ 51,9 bilhões

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As três maiores estatais brasileiras de capital aberto (com ações listadas em Bolsa de Valores) — Petrobras, Eletrobras e Banco do Brasil — tiveram lucro líquido conjunto de R$ 51,9 bilhões no ano passado, maior valor já registrado pelas três estatais na história, segundo pesquisa da empresa de informações financeiras Economatica.

O maior lucro conjunto anterior tinha sido de R$ 49,172 bilhões, em 2011. Esse resultado é nominal, ou seja, corresponde ao lucro anunciado naquele ano e não considera um eventual ajuste do número pela inflação acumulada entre 2011 e 2018. No ano passado, a Petrobras lucrou R$ 25,8 bilhões, a Eletrobras teve ganho líquido de R$ 13,2 bilhões, e o Banco do Brasil registrou lucro de R$ 12,9 bilhões.

Em contrapartida, no período de 2014 a 2017 o balanço combinado das três empresas resultou em prejuízo líquido. O pior momento ocorreu em 2015, quando o prejuízo conjunto atingiu R$ 34,9 bilhões. A Petrobras foi a principal responsável pelo resultado ruim naquele ano, com perda de R$ 34,9 bilhões, enquanto a Eletrobras teve prejuízo de R$ 14,4 bilhões e o Banco do Brasil lucrou R$ 14,4 bilhões.

Valor de mercado também bate recorde

Segundo a Economatica, o valor de mercado conjunto das três companhias alcançou a marca recorde de R$ 554,9 bilhões ontem (27). O valor de mercado considera o total de ações de uma companhia multiplicado pelo preço das ações.
A Petrobras registrou valor de mercado recorde de R$ 379,8 bilhões, o Banco do Brasil atingiu valor histórico de R$ 129,2 bilhões e a Eletrobras alcançou marca recorde de R$ 45,9 bilhões no fechamento do pregão de ontem.

Fonte: UOL

Banco do Brasil lança pulseira para comprar via débito ou crédito

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Clientes do Banco do Brasil poderão fazer pagamentos via débito ou crédito por meio de uma pulseira exclusiva, que funciona por aproximação. Com o acessório, não será mais preciso tirar a carteira do bolso e entregar o cartão para autorizar suas compras.

A pulseira Ourocard é o primeiro vestível lançado pelo BB, e, por enquanto, o único do país a oferecer essa vantagem. O acessório usa a tecnologia NFC (Near Field Communication), e as operações são realizadas por meio de um chip localizado na parte interna da pulseira. Quem opera a transação é o lojista, e o correntista ganha a facilidade de comprar mais rapidamente, além da segurança de não precisar exibir sua carteira em público.

À prova d’água, o wearable também visa oferecer conveniência aos clientes do banco, em especial naquelas situações de lazer, como em shows, na academia ou em barzinhos na praia. Para Rogério Panca, diretor de meios de pagamento do BB, a pulseira é um novo passo na transformação digital que o banco vem implementando no país.

“A chegada da Pulseira Ourocard representa um avanço importante no mercado de cartões brasileiro e complementa a estratégia do BB para ampliar o uso de soluções digitais pelos nossos clientes, fortalecendo nosso posicionamento #MaisQueDigital. O objetivo é evoluir cada vez mais para entregar a melhor experiência possível aos nossos portadores, oferecendo alternativas sustentáveis em relação ao uso do dinheiro em espécie”, destacou o executivo.

Fonte: Canaltech

BB divulga resultado do Edital de Cessão de Espaço dos CCBBs

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O Banco do Brasil divulga o resultado do Edital de Seleção Pública de Projetos Culturais, modalidade Cessão de Espaço, com os projetos que poderão compor a programação dos Centros Culturais no Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo e Belo Horizonte em 2019 e 2020. Ao todo, foram selecionados 71 projetos, dentre os 534 inscritos, para as áreas de Artes Cênicas, Cinema, Exposições, Ideias e Música. Para consultá-los, basta acessar o site: www.bb.com.br/cessaoespacoccbb.

Na modalidade Cessão de Espaço, as propostas selecionadas não recebem patrocínio financeiro do Banco do Brasil e devem possuir os recursos necessários para sua realização. Em outubro de 2018, o Banco do Brasil divulgou o resultado do Edital de Patrocínio 2019-2020 dos CCBBs, com a pré-seleção de 451 propostas, sendo 112 para realização e 339 para composição do banco de projetos.

Os projetos selecionados para a programação dos Centros Culturais foram avaliados pelas equipes técnicas de cada CCBB. A iniciativa permite garantir uma programação de qualidade para o próximo biênio, consolidando os CCBBs como centros de referência em arte e cultura no país, fortalecendo a imagem do Banco do Brasil como instituição que valoriza e investe no acesso e na formação cultural dos cidadãos brasileiros.

“Disponibilizar os espaços dos CCBBs, via Edital de Seleção Pública, reforça o compromisso do Banco em manter uma relação transparente com a sociedade, fomentar e democratizar o acesso à arte e à cultura”, afirma Karen Machado, gerente executiva da diretoria de Marketing e Comunicação do Banco do Brasil.

Somente em 2018, os Centros Culturais receberam mais de 4,36 milhões de visitantes.

Fonte: Banco do Brasil

Dez agências bancárias são autuadas por descumprirem ‘Lei das Filas’ em João Pessoa

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A Secretaria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) emitiu 10 autuações a seis agências bancárias da Capital, na ação de fiscalização aos bancos para cumprimento da Lei das Filas. A operação, que iniciou na última terça-feira (2) e se estenderá até a próxima semana, vai percorrer, em rodízio, os bancos públicos e privados.

A equipe de fiscalização do Procon-JP está em ‘visita’ diária aos bancos para cumprimento da Lei das Filas, que tem perído de atendimento previsto na lei municipal 8.744/1998 e na estadual 9.426/2011: até 20 minutos em dias normais, 30 minutos em dias de pagamento de funcionários públicos municipais, estaduais e federais, e em 35 minutos em dias atípicos, como véspera e o dia seguinte a feriados.

A Secretaria também está lavrando auto de constatação para os consumidores. Como explica o secretário Helton Renê, o auto de constatação funciona como uma anotação da hora do atendimento direto no caixa. “Alguns agências bancárias não estão fornecendo a senha da hora de chegada ao consumidor que vai ser atendido nos caixas. Nossos fiscais estão fornecendo o auto de constatação a quem estiver na fila”.

É prova

Quanto ao auto de constatação, o titular do Procon-JP chama a atenção do consumidor para o documento porque ele serve como prova de abertura de reclamação no Procon-JP e também de uma possível ação na Justiça, caso o consumidor constate o descumprimento da legislação e deseje levar o caso adiante. “O consumidor tem que entender que deve usar todas as instâncias que tem à disposição, a exemplo do Procon-JP e da Justiça. Mas, para que a punição possa ocorrer, ele tem que denunciar”.

Sanções

De acordo com Helton Renê, o descumprimento da legislação prevê pagamentos de multas e até o cancelamento do alvará de funcionamento da agência bancária, caso haja uma terceira reincidência. “O tempo que está previsto nas leis municipal 8.744/1998 e na estadual 9.426/2011 deve ser cumprido pelos bancos sob pena de sofrerem sanções. Vamos continuar a operação de fiscalização até cobrirmos, pelo menos, as agências mais reclamadas no Procon-JP”.

Fonte: WSCom

Bancos limitam bitcoin, e corretoras esperam decisão do Cade há quase um ano

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Já se arrasta há quase um ano uma disputa entre bancos e empresas que movimentam criptomoedas, como o bitcoin. A decisão sobre o caso está com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), que só deve se pronunciar em maio. Os bancos fecharam unilateralmente as contas correntes de diversas corretoras, impedindo o acesso delas ao sistema financeiro -o que afeta também os clientes.

A ABCB (Associação Brasileira de Criptomoedas e Blockchain) fez uma reclamação ao órgão em junho do ano passado pedindo que os bancos sejam proibidos de fechar ou de não aceitar a abertura de contas de corretoras e empresas que movimentam criptomoedas.

“A previsão inicial era que o Cade se pronunciasse até 18 de março. Mas o órgão pediu mais tempo para analisar o caso devido ao grande volume de informações anexadas ao pedido. A nova previsão é até 18 de maio. Estamos confiantes de que o Cade aceitará nosso pedido e abrirá um processo para punir o cerceamento da concorrência”, disse Fernando Furlan, presidente da ABCB e que já ocupou a presidência do Cade.

Decisão dos bancos é abusiva, diz associação

Segundo Furlan, a decisão dos bancos de não aceitar contas de corretoras e outras empresas que movimentam criptomoedas é abusiva, uma vez que as empresas precisam ter acesso ao sistema financeiro tradicional. Tal decisão tem prejudicado a expansão desse segmento, que apresenta potencial de concorrer com as instituições financeiras em alguns segmentos, como nos serviços de meio de pagamentos.

“Somos concorrentes e também somos usuários do sistema bancário. Os bancos não podem agir unilateralmente. Eles alegam que não é possível garantir que não há lavagem de dinheiro [envolvendo criptomoedas]. Entretanto, não apresentaram nenhum caso concreto [de corretora que serviu como meio para essa prática]”, disse Furlan.

“Outro argumento é que o faturamento das empresas não é compatível com o volume movimentado. Isso é óbvio. As corretoras movimentam recursos de terceiros, seus clientes. E o fato de uma empresa ter movimentações que aparentemente fogem ao padrão não significa que há coisa errada”, afirmou.

Mapeamento do setor

A ABCB, em conjunto com a ABCripto (Associação Brasileira de Criptoeconomia), entidade que reúne principalmente as grandes corretoras de criptomoedas do país, está preparando uma espécie de mapeamento do setor no Brasil.
“A ideia é fazer um raio-x do mercado. Descobrir quantas empresas trabalham com criptomoedas, quais são, qual o faturamento médio”, disse Pedro Damasceno, diretor de operações da ABCB.

“Queremos usar esses dados para mostrar ao IBGE a relevância do setor para que o instituto crie um CNAE específico para as empresas que operam criptomoedas. Hoje essas empresas estão classificadas em CNAEs diversos, como prestadoras de serviços de tecnologia ou de serviços financeiros”, afirmou Damasceno.

A criação de CNAEs (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) é de responsabilidade da Concla (Comissão Nacional de Classificação), órgão ligado ao IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Aproximação de associações

A criação de duas entidades de representação de empresas de criptomoedas, quase simultaneamente, chegou a ser vista pelo mercado como um sinal de racha dentro do setor. No entanto, Furlan negou que tenham ocorrido desavenças e disse que as duas entidades já estudam unir forças no futuro.

“Já criamos um comitê de aproximação com representantes da ABCB e da ABCripto. [Uma eventual fusão das duas entidades] é uma questão de tempo. Temos interesses convergentes.”

Frente Parlamentar

A ABCB está tentando acelerar o processo de regulamentação das criptomoedas no Brasil. Para isso, a entidade está apoiando a formação de uma frente parlamentar no Congresso com a finalidade de criar uma lei que trate do segmento. Entres os integrantes da frente estão os deputados Daniel Coelho (PPS-PE) e Mariana Carvalho (PSDB-RO) e o senador Rodrigo Cunha (PSDB-AL).

Uma das principais dificuldades para expansão do segmento de criptomoedas no Brasil é justamente a falta de uma regulamentação específica. Tanto o Banco Central (BC) como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) têm acompanhado as discussões de outros órgãos reguladores no exterior sobre o tema.

Ambos os órgãos regulatórios alertaram os investidores sobre a especulação envolvendo criptomoedas, mas ainda não definiram uma posição formal sobre as negociações de moedas digitais no país. A CVM deu permissão apenas para fundos realizarem investimento indireto em criptomoedas no exterior. A compra de bitcoins por fundos de investimento no Brasil segue proibida.

O único órgão governamental que sinalizou fiscalizar as negociações envolvendo criptomoedas no Brasil foi a Receita Federal. Porém, o objetivo do Fisco é cobrar Imposto de Renda sobre os eventuais ganhos de capital dos investidores e coibir eventual prática de lavagem de dinheiro. Anunciada há cerca de seis meses, a norma que trataria dessa fiscalização ainda não foi publicada pela Receita até o momento.

Estima-se que o número de investidores em criptomoedas no Brasil esteja na casa de 1 milhão de pessoas, número superior ao número de investidores de ações na Bolsa de Valores (cerca de 800 mil).

Fonte: UOL

Bancos não vão gerir regime de capitalização se for aprovado, diz Guedes

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou hoje que os bancos não serão responsáveis por gerir o regime de capitalização da Previdência, se ele for aprovado pelo Congresso Nacional. Segundo ele, os fundos de pensão, ou instituições semelhantes, serão os gestores desses recursos.

“Falou-se muito em bancos. O princípio inicial é que não são os bancos que vão gerir esse sistema. Não foram os bancos no Chile, e não serão aqui. Serão os fundos de pensão. Lá fora, houve a desculpa de não deixar banco quebrar, garantir os pagamentos de depositantes menores, porque geria recurso público. E usaram dinheiro de imposto para salvar esses bancos”, disse.

Guedes afirmou que os bancos brasileiros não se esconderão atrás dessa desculpa. Ele afirmou que as indústrias de capitalização e financeira são separadas. “Quem joga em uma liga não joga em outra. Se houver um sistema de capitalização, ele não estará nos bancos”, afirmou.

Fonte: UOL