Fundação Banco do Brasil e MDDF entregam doações em Santo André

Publicado em: 21/05/2020

Moradores de comunidades e conjuntos habitacionais de Santo André começaram a ser beneficiados com uma ação social promovida pela Fundação Banco do Brasil e o MDDF (Movimento de Defesa dos Direitos de Moradores em Núcleos Habitacionais), instituição que atua no município há mais de 30 anos em defesa de direitos e interesses da população em situação de vulnerabilidade social.

Ao longo desta semana, serão doadas 900 cestas básicas e kits de higiene e limpeza para mais de 3,5 mil pessoas que moram em 64 comunidades, totalizando cerca de 25 toneladas. Dentre as comunidades beneficiadas estão a Tamarutaca (Vila Guiomar), Favelinha do Amor (Vila Luzita), Morro do Kibon (Sítio Cassaquera), Ciganos (Utinga), Eucaliptos (Cata Preta), além dos conjuntos habitacionais Prestes Maia e Gonçalo Zarco (Vila Sacadura Cabral), Procópio Ferreira (Vila Humaitá), Guaratinguetá (Jardim Alzira Franco) e Jorge Beretta (Vila Curuça).

“Essa ação surgiu como uma demanda do Comitê das Comunidades, criado pelo MDDF para dar apoio a periferias neste momento de pandemia do novo coronavírus. As iniciativas governamentais ainda não conseguem atingir toda a população, por isso, como entidade da sociedade civil, buscamos alternativas para que as famílias tenham acesso a algum benefício e alimento na mesa”, explica o líder do comitê, Edinilson Ferreira dos Santos, 39.

A ação de assistência social foi possível com o apoio do Banco do Brasil, BB Seguros, Banco BV e Cooperforte, que investiram R$ 100 mil para ajudar pessoas mais atingidas pela crise da Covid-19. Outro parceiro foi o Sindicato dos Bancários do ABC, que ajudou no apoio logístico para montagem e distribuição das cestas.

Livro para alimentar a alma

As doações ainda contaram com um componente especial. A Rede Beija-Flor de Pequenas Bibliotecas Vivas, uma associação da sociedade civil de Santo André em defesa do direito à leitura e à literatura, doou 400 livros para alimentar a alma, trazer informações e entretenimento para adultos e crianças.

“Essas doações vão me ajudar muito porque a minha situação financeira ficou um pouco prejudicada. Vou aproveitar para ler o livro e me distrair”, afirma a costureira Maria das Graças Leite, 51, moradora do Conjunto Habitacional Prestes Maia, na Vila Sacadura Cabral.

Doações

A Fundação Banco do Brasil continua recebendo doações para apoiar ações de prevenção e combate ao novo coronavírus. Os recursos serão utilizados para assistência social, alimentação, cuidados com a saúde, aquisição de insumos e equipamentos hospitalares e repassados à sociedade por meio de entidades privadas sem fins lucrativos e com notória atuação nas áreas de assistência social e saúde.

Fonte: JRS Digital

Previ tem déficit de R$ 23,6 bilhões no primeiro trimestre, em meio à crise

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A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, teve um déficit de R$ 23,6 bilhões no primeiro trimestre de 2020. O resultado negativo em 12,39% reflete a crise gerada nos mercados pela pandemia do novo coronavírus, classificada pela instituição como “a maior crise do último século”. O dado é referente ao Plano 1, de benefício definido, onde a Previ tem a maior fatia de seus investimentos.

A fundação destaca que o segmento mais impactado no período de janeiro a março foi o da renda variável, com recuo de 26%. Embora significativo, ele foi menor que o do Ibovespa, que caiu 36,86% no primeiro trimestre.

Dados apurados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) mostram que os fundos de ações do mercado tiveram, em média, um desempenho negativo de 33,41%.

Já no Previ Futuro, plano de contribuição variável da Previ, as perdas foram de 12,41% no trimestre. “Numa situação adversa tão brutal como a que estamos presenciando, ter investimentos com rentabilidades que recuam menos que as do mercado são um sinal importante de resiliência das carteiras de ativos”, diz o fundo de pensão em seu boletim de desempenho.

A Previ lembra que já superou outras crises, como a de 2015, quando o país vivia uma recessão e o Plano 1 teve um déficit conjuntural de R$ 16,14 bilhões.

No boletim, a Previ afirma que mesmo com o choque intenso no curto prazo, os mercados vão se recuperar, ainda que lentamente. A fundação fala em monitorar constantemente o cenário e os investimentos para acompanhar o eventual impacto nas diferentes categorias de ativos e também “identificar e avaliar possíveis oportunidades que surjam”.

Fonte: IstoÉ Dinheiro

Durante a crise, bancos brasileiros são alvo de 336 propostas de lei

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Desde o início da crise deflagrada pela pandemia da covid-19, parlamentares já apresentaram ao menos 336 propostas de lei (entre projetos completos e emendas a outros textos) que têm como alvo o setor financeiro.

Embora de caráter temporário, essa “pauta bomba” –- como os bancos se referem às iniciativas -– inclui desde o tabelamento de juros em modalidades como o cheque especial e o cartão de crédito, até o aumento de impostos para o segmento.

As propostas de senadores e deputados aparecem em meio a críticas de vários setores sobre dificuldades de acesso ao crédito para manter suas operações. Nesse sentido, praticamente metade das medidas (161) tratam dessa questão. Mais especificamente, impõe restrições a empréstimos já contratados.

O principal alvo é o consignado, com desconto em folha. Outro tema em destaque é o tributário, com mais de 30 propostas de leis. Há ainda medidas que limitam a cobrança de tarifas por parte dos bancos, bem como as que embutem mudanças no processo de recuperação judicial pelas empresas.

Um dos projetos mais polêmicos é o que estabeleceum teto na cobrança de juros do cheque especial e do cartão, de autoria do senador Alvaro Dias (Podemos-PR). Também impede os bancos de mexerem nos limites de crédito dos clientes durante a crise. O tema estava para ser votado na sexta-feira passada, mas foi retirado da pauta, em meio à pressão dos bancos.

Efeitos. Para as instituições financeiras, o projeto pode causar “redução severa” na oferta de empréstimos, justamente em um momento de crise. O presidente do Itaú Unibanco, Candido Bracher, afirmou que as propostas de leis em andamento têm boas intenções sob a ótica dos tomadores de crédito, mas que há risco de “fragilizar” o sistema financeiro.

“Essas medidas, para conceder crédito abaixo da remuneração adequada ao risco, podem trazer duas consequências: uma, o crédito desaparecer e, outra, fragilizar o balanço dos bancos e o sistema bancário”, disse. “Temos uma crise de saúde, uma econômica e política. Certamente, não precisamos de uma crise no sistema financeiro.”

Os bancos dizem já ter desembolsado mais de R$ 540 bilhões em crédito novo, conforme dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O montante inclui contratações, renovações e suspensão de parcelas. “A liberação de recursos que a indústria bancária fez nos últimos 45 dias não foi vista nos últimos anos no Brasil”, disse o diretor de empréstimos do Bradesco, Leandro Diniz.

O risco de avanço dessas pautas aproximou os bancos do Congresso.A interlocução tem no comando o ex-BC e presidente da Febraban, Isaac Sidney. Na cadeira desde janeiro, ele tem procurado senadores e deputados para falar sobre possíveis impactos das propostas de leis para o crédito.

A força-tarefa dos bancos tem se refletido no andamento das propostas. O projeto de lei que limita os juros, por exemplo, não só foi retirado da pauta como foi alterado.

Conforme nova proposta do relator, o senador Lasier Costa Martins (Podemos-RS), o teto dos juros foi elevado de 20% para 30% ao ano. No caso das fintechs, o limite iria até 35%.

“Ainda assim, a conta não fecha. Se uma medida dessas passa, os pequenos entrantes serão destruídos. O setor não é somente formado por cinco grandes bancos”, diz Bruno Balduccinio, sócio do escritório Pinheiro Neto Advogados.

Do lado tributário, os bancos tentam negociar uma elevação temporária na CSLL. Há um total de dez propostas de lei sobre o tema no Congresso. Uma delas é do senador Weverton Rocha (PDT-MA), que defende a elevação da alíquota de 20% para 50% como uma forma de extrair recursos dos bancos.

Para evitar que o assunto ganhe corpo, as instituições negociam elevar a CSLL para 25%, como uma medida temporária durante a crise da covid-19.

Fonte: Confederação Nacional das Instituições Financeiras

Em meio à pandemia, desencontro de informações preocupam trabalhadores do BB

Publicado em: 15/05/2020

Em meio à pandemia do coronavírus, o movimento sindical vem recebendo muitas reclamações de funcionários do Banco do Brasil lotados nas unidades que estão sob subordinação da Unidade de Operações de Soluções (UOP), principalmente nas Plataformas de Suporte Operacional (PSO’s). A UOP é uma unidade do Banco do Brasil que tem característica de diretoria. Sob sua subordinação estão os CENOP’s e PSO’s. As PSO são responsáveis pelos caixas e tesourarias das agências de todo o país.

Uma das queixas aponta que alguns gerentes têm entrado em contato com colegas de declararam morar com pessoas do grupo de risco para Covid-19, oferecendo-lhes a possibilidade de retornar ao trabalho, caso haja mudança ou alteração da “situação” do afastamento. Esse tipo de consulta ao funcionário afastado por autodeclaração contraria as orientações que o Banco do Brasil tem divulgado aos seus gestores, e aos compromissos que o BB adotou com os funcionários nas negociações com o movimento sindical.

Há reclamações em relação a cobrança de metas de negócios, com insinuações de falta de comprometimento dos funcionários pelo não atingimento dos resultados, demonstrando falta de respeito e empatia, situação em que não se está levando em consideração a conjuntura social do país e a crise sanitária causada pelo combate ao coronavírus, indo na contramão do que o Banco do Brasil tem preconizado nas negociações com os sindicatos.

Uso irregular do banco de horas

Outra reclamação se refere ao fato de que, em algumas unidades, estão sendo utilizados o banco de horas positivo dos funcionários para abonar horas já flexibilizadas, em consoante com as medidas de contingenciamento e segurança para atendimento bancário, já adotadas em todas as unidades do banco. Ou seja, o BB já assegurou o abono, sem necessidade de utilizar o banco de horas, em negociação junto à Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, e no comunicado interno – Informe Coronavírus n.6.

“Achamos muito ruim criar alguma forma de punição para aqueles que estão na linha de frente atendendo a população com essa questão da utilização do banco de horas, e também vemos de forma muito negativa qualquer pressão para o retorno dos colegas que declararam que moram com pessoas dos grupos de risco e estão em casa, porque a ideia seria não colocar em risco a vida dos familiares desses colegas que se dedicam à empresa”, protestou João Fukunaga, coordenador da CEBB.

Reforço das orientações corretas

Na terça-feira (12), o movimento sindical se reuniu com a Administração da PSO, em São Paulo SP, a fim de buscar solução e ajustes para as denúncias. Na reunião, o Comitê de Administração da PSO assegurou que não há nenhuma maneira distinta de tratar esses assuntos longe do que o Banco do Brasil já vem adotando, como medida para proteger trabalhadores e cliente, mas se comprometeu a reforçar as orientações corretas do banco junto aos seus gestores, enquanto mantém canal permanentemente aberto para recepcionar as reclamações dos funcionários via sindicatos, no sentido de dar o devido tratamento e solução.

Nessa ocasião, foi solicitada, também, a atenção da administração da PSO quanto à possibilidade de se evitar utilizar as férias futuras dos trabalhadores ou, se o caso for imprescindível, fazê-la com a devida parcimônia, em períodos inferiores a 15 dias, a fim de assegurar algum tempo de descanso futuro para os funcionários.

“Consideramos um ato de maldade obrigar o trabalhador a cumprir, logo de imediato, o saldo futuro de 30 dias de férias para o período em aquisição, embora amparado na Medida Provisória 927 do governo federal e nas orientações do BB. Por esse critério, o funcionário ficará em torno de dois anos e meio ininterruptos sem férias, o que poderá comprometer sua saúde, causando esgotamento e perda de produtividade”, avaliou Getulio Maciel, dirigente sindical da Fetec-CUT/SP e representante da CEBB.

“O que nos causa mais estranhamento é o fato de que, principalmente, não há nenhuma orientação oficial de qualquer diretoria do Banco do Brasil sobre a forma de tratar esses assuntos”, ressaltou Fukunaga.

“O fato é que, a Diretoria de Gestão de Pessoas do BB já tem conhecimento dessas situações e está buscando compreender essas denúncias para devida correção e alinhamento dos rumos que estão sendo tomados para salvaguardar o funcionalismo nesse momento de pandemia”, acrescentou o dirigente.

Qualquer reclamação de descumprimento dessas orientações devem ser encaminhadas para os sindicatos, para que os mesmos encaminhem as demandas ao banco, para a devida regularização, conforme acordado entre os sindicatos e as áreas de Gestão de Pessoas, PSO’s e o Comitê de Gestão de Crise.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região com CUT

AGEBB: nossa homenagem ao Gerente Bancário

Publicado em: 14/05/2020

Francisco Vianna de Oliveira Junior*

Meu amigo gerente bancário, hoje, 15 de maio, é o seu dia! Aliás, penso que todos os dias deveríamos homenageá-lo. Afinal, você, mais do que gerenciar uma agência, carteira de clientes ou contas bancárias, lidando com informações sigilosas e oferecendo serviços aos clientes, tem ainda imensas responsabilidades e desafios para motivar e inspirar pessoas, tornando-se figura fundamental para que toda a sua equipe gere e alcance resultados.

Diante de tantas pressões, especialmente por cobranças de metas diárias, algumas vezes absurdas e desumanas por parte de seus superiores, você continua firme em seus propósitos, com agilidade nas respostas e pronto para tomar decisões assertivas e estratégicas. Em um mercado que vive diariamente com a gangorra econômica, chama-me a atenção do seu comprometimento em manter o equilíbrio em lidar diante de tantas situações adversas com responsabilidade, mantendo a produtividade e a coesão de todo o time de atendimento.

Não por menos, podemos garantir que um gerente de sucesso é necessariamente também um bom líder. E que tamanha responsabilidade tem, como um bom administrador, em fazer cumprir metas e missões à frente da equipe, além de defender os interesses da empresa, sejam eles econômicos, políticos ou legais, com tamanha inspiração e ética.

Vivemos, porém, um novo tempo de desafios. O uso crescente das novas tecnologias facilitou a vida dos brasileiros ao mesmo tempo em que reduziu o número de agências físicas e de postos de trabalho. Até o final de 2018, tínhamos cerca de 450 mil trabalhadores no setor, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), milhares deles em cargos gerenciais. Em 1990, eram 732 mil bancários no país, ou seja, um corte de 282 mil vagas em 28 anos. E entre 2012 e 2018, só o Banco do Brasil e Caixa Econômica responderam por quase 64% do total de vagas eliminadas.

Novas reduções já estão ocorrendo e deverão se acentuar nos próximos anos. Mas não pense, gerente bancário, que a introdução acelerada de novas tecnologias e digitalização de processos acabarão com seu papel. Ledo engano: a sua empatia e a confiança que passa são únicas. O segredo para a verdadeira transformação está na junção da expertise e versatilidade humana com a eficiência da capacidade tecnológica.

Seja muito bem-vindo à nova realidade!

*É presidente da Associação dos Gerentes do Banco do Brasil

TCU aponta falhas do Banco do Brasil em processos de privatizações de subsidiárias

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O Tribunal de Contas da União (TCU) está contestando os procedimentos adotados pelo Banco do Brasil (BB) nos processos de privatização de subsidiárias. Os ministros da Corte apontaram uma série de problemas, entre eles a ausência de definição dos critérios claros de seleção do interessado no ativo e avaliação das propostas, de detalhes da escolha do assessor financeiro, a falta de publicidade dos dados do contrato como regra ou justificativa para o sigilo da contratação, entre outros. E determinaram que a instituição e os ministérios da Economia e Casa Civil sejam ouvidos sobre o tema.

O relator, ministro Bruno Dantas, em seu voto, levantou várias impropriedades na forma como o banco tem conduzido os processos. Houve uma inspeção na instituição em 2019 para o levantamento de informações sobre as ações de desinvestimento da instituição estatal.
Uma das principais críticas está na forma de seleção do eventual comprador da subsidiária e os critérios de escolha. “A sistemática do Banco do Brasil falha ao não detalhar o rito de seleção do interessado na alienação do ativo, além de não deixar claro os critérios de seleção… Além disso, não obstante existir margem para escolha da modalidade de alienação do ativo, deverá ser devidamente justificada eventual impossibilidade de realização de procedimento competitivo”, disse Dantas.

O texto aponta que o BB não cumpriu nem mesmo as próprias determinações, que constam de uma instrução normativa de abril 2019. “Insta destacar que não foi identificado, durante a inspeção em 2019, nenhum projeto então realizado nos moldes estabelecidos pela IN 941”, informou o relatório, ressaltando pontos como a necessidade de decisão colegiada.

A IN em si também foi criticada no relatório, principalmente por não fazer distinção entre os ritos a serem seguidos em operações de venda ou compra de ativos, parcerias ou fusões. Isso pode acabar levando à falta de ações para conter os riscos de diferentes negócios.

“Fato é que a condensação dos normativos de venda de ativos e de parcerias estratégicas, sob as mesmíssimas regras, pode tanto ignorar medidas mitigadoras para riscos típicos de cada operação (de venda ou de parceria), como, em inverso, tornar o processo mais ineficiente…”, diz. “Trata-se de falha grave. Uma norma regulamentadora deve ser baseada em riscos… a mescla genérica de uma ritualística para ambas não tem o condão de perfazer um compliance adequado nem para uma nem para outra sistemática.”

Outra crítica é à sistemática de avaliação de riscos. “Não há evidências da identificação, análise e avaliação de riscos, na seleção e implementação de respostas aos riscos avaliados, no monitoramento de riscos e controles, e na comunicação sobre riscos”, diz. “Verifica-se potencial falha da alta direção do BB — inclusive em sua alçada de Conselho de Administração — no adequado gerenciamento decisório relacionado aos riscos das participações societárias (por negócios estratégicos e materialmente relevantes), notadamente no que se refere à alienação desses ativos.”

Dantas ressalta que o BB pode fazer vendas de ativos sem ter que passar pelo Congresso, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), mas precisar realizar processos competitivos ao efetuar os desinvestimentos. “Nada obstante, a processualística de venda deve se pautar pelos princípios norteadores da administração pública. Significa, grosso modo, que embora se reconheça a impraticabilidade da utilização dos estritos ritos licitatórios dispostos na Lei das Estatais, há de existir uma sistemática que mitigue os principais riscos advindos desse procedimento de venda”, ressaltou.

O relatório aponta ainda que a instituição não possui um programa formal de desinvestimentos de ativos. “Cada desinvestimento é tratado de forma isolada; ou seja, não compõem um portfólio ou carteira de projetos estrategicamente relacionados”, diz, explicando que isso demandaria a aprovação do Conselho de Administração do banco.

Segundo o texto, hoje o processo inicia-se em uma diretoria e só passa pelo crivo do comando do banco e do conselho na etapa de aprovação do aprofundamento dos estudos e premissas preliminares da operação. “Ou seja, até chegar a esse estágio, despendem-se recursos com aprofundamento dos estudos para submissão posterior ao órgão estatutário, que pode entender que a operação não deve prosseguir, devido ao não alinhamento estratégico ou outra razão relevante, contrariando os princípios da economicidade e da eficiência”, diz Dantas.

Entre as operações de alienação de participações diretas e indiretas feitas em 2019 e outros negócios em andamento já divulgados pela instituição estão: IRB-Brasil Re, Neoenergia, Cibrasec, BB-BI, BBTur, Banco Patagônia e SBCE. Vale lembrar também que em 2020 outras operações estavam sendo preparadas, como a privatização da BBDTVM, por meio de parceria com algum investidor estrangeiro.

Procurado, o BB respondeu que o TCU realizou o acompanhamento dos desinvestimentos com o objetivo de avaliar a governança desses processos, sem se ater a uma operação específica. “O Banco do Brasil irá esclarecer os pontos levantados pelo TCU, dentro do prazo estipulado, e já mantém encontros de trabalho com técnicos do Tribunal para prestar informações e avaliar procedimentos”, disse a instituição em nota ao Valor.

O BB ressalta que suas operações são pautadas pelos princípios da boa governança e atendem aos critérios legais e dos órgãos reguladores e fiscalizadores. E que “aprimora permanentemente seus processos e procedimentos internos e entende que quaisquer sugestões são sempre bem-vindas” para o seu fortalecimento.

O ministro Bruno Dantas afirmou ao Valor que o objetivo principal da inspeção é identificar riscos e possibilidades de melhorias no processo de desinvestimentos. Ele vê como pouco provável uma eventual reversão de operações já concluídas. “O foco deste tipo de trabalho é a correção de rumos, por meio de determinações e recomendações ao banco para o aprimoramento da governança do processo de desinvestimento como um todo”, afirmou o ministro.

Segundo ele, a parte mais importante é avaliar a governança do plano de desinvestimento do BB, não se atendo, a princípio, a uma alienação específica. “Por tudo isso, considera-se razoavelmente mitigado o risco de que operações realizadas sejam revertidas”, disse.

Fonte: Valor Econômico

Sindicato dos Bancários indica aprovação do Relatório Anual da Cassi

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A votação do Relatório Anual da Cassi de 2019 termina na sexta-feira 15. Os associados, tanto da ativa, quanto aposentados, podem votar pelo site da entidade, que também disponibiliza o relatório na íntegra e um manual de votação. A votação também pode ser realizada pelo aplicativo da Cassi para celulares, pelos terminais de autoatendimento do Banco do Brasil e, quem é da ativa, pode votar pelo Sistema de Informações Banco do Brasil (SisBB).

O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Regiao e a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) indicam a aprovação do relatório por consideraram que o balanço e as contas do exercício de 2019, ambos aprovadas pelo Conselho Fiscal da entidade, refletem a realidade.

O resultado positivo do balanço só foi possível graças à negociação com o banco, feita pelas Sindicato e demais entidades sindicais e representativas, sob a coordenação da Contraf-CUT.

“O relatório deixa claro que a aprovação da reforma do estatuto salvou a Cassi quando se comparam as previsões e os números realizados por conta dos aportes advindos da alteração do estatuto. Em sua fala o presidente da Cassi alega que a aprovação pelo corpo social aconteceu porque há confiança na diretoria da Cassi. Vamos lembrar que a proposta apresentada pelos diretores retirava direitos e onerava absurdamente o associado, e isso só foi resolvido quando as entidades entraram no processo de negociação e conseguiram garantir uma boa proposta. Foi a confiança nas entidades representativas que levou os associados a aprovarem a alteração estatutaria”, enfatiza João Fukunaga, coordenador da CEBB, João Fukunaga

As negociações resultaram na reforma estatutária que foi aprovada por 2/3 dos associados e que garantiu o aporte pelo banco de mais de R$ 1 bilhão em 2019, sem a contrapartida dos associados. Caso contrário, a Cassi teria fechado no vermelho e a direção fiscal decretada pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar) não teria sido suspensa.

“Afinal, se fosse a confiança na diretoria indicada pelo BB e naqueles eleitos pelo banco, o associado teria aprovado a reforma estatutária de 2018 quando o banco rompeu as negociações e levou à votação um estatuto que retirava direitos dos associados, uma perda escrachante para o BB, para o atual presidente da Cassi e para o diretor eleito Samurai”, finalizou Fukunaga.

Apesar da indicação da aprovação do relatório anual porque os números apresentados refletem a realidade, vale ressaltar críticas: a omissão do relatório e a postura da diretoria da Cassi quanto às indagações dos associados e das entidades representativas.

O Sindicato critica as tentativas da maioria da diretoria e do conselho deliberativo da Cassi que, no início de 2019, aprovaram, à revelia dos associados, um aumento na coparticipação em consultas e exames em percentuais. Esses aumentos penalizam os menores salários e até hoje perduram.

Lembrando que o aumento de coparticipação somente onera o associado uma vez que o Banco do Brasil não é atingido por essa medida, assim fica fácil os indicados do banco votarem por esse aumento, mas não o eleito pelo associado. Outra crítica da Contraf-CUT é com relação à decisão do diretor eleito Satoru em retirar receitas da Cassi e assim reduzir o valor cobrado pelo programa de saúde ocupacional, desonerando o banco e reduzindo receitas da entidade.

“Na sua apresentação, o presidente mostra a diminuição no número de consultas, exames e internações, e apresenta o aumento no número de consultas a Clinicassi, sem apresentar detalhes desses números”, enfatiza a dirigente sindical e bancária do Banco do Brasil Ana Beatriz Garbelini.

“Isso é apresentado de forma ‘positiva’, mas sem os detalhes desses atendimentos na rede própria, não sabemos se houve aumento na participação ESF ou se é reflexo do aumento da co-participação e da redução da rede credenciada. Pelo conselho de Usuários, e também sentimos isso na base, acompanhamos inúmeras reclamações dos associados sobre a falta de prestadores, inclusive na cidade de São Paulo, em algumas cidades do interior a situação está caótica pela falta de rede credenciada. Não dá para fazer “resultado positivo” em cima do sacrifio do associado, ainda mais que, esse ano, ao negociar com o banco o contrato de prestação de serviço de PCMSO, a Cassi reduziu consideravelmente o valor do contrato a pedido do banco”, acrescenta a dirigente.

Estratégia Saúde da Família

O relatório é omisso quanto à expansão ou não da Estratégia de Saúde da Família e quanto ao Modelo de Atenção Integral à Saúde. “Esperamos que a diretoria e conselho deliberativo da Cassi defendam de fato os associados e entendam que este modelo é a única salvação da Cassi, como sempre apontou vários diretores eleitos e inclusive a consultoria Accenture, contratada pelo BB e que validou esses programas”, afirmou Fukunaga. “Não podemos nos curvar a entender a saúde como despesa a ser cortada, mas sim um programa de prevenção a ser ampliado. Não podemos cair nos interesses do banco, cair na tentação da redução de custos e abandonar estes serviços, que contribuem para a manutenção da saúde dos associados e seus dependentes”, ponderou Fukunaga.

O coordenador da CEBB também constatou a redução do Programa de Assistência Farmacêutica, com corte radical na lista de medicamentos cobertos pelo Programa. “O programa não deve ser considerado como benefício, mas como uma política de prevenção de saúde. O interessante que quem está cortando é um diretor eleito pelos associados”, observou.

Redimensionamento da rede assistencial

Fukunaga diz, ainda, que a Cassi revisou a rede de prestadores, alegando que o objetivo era elevar a qualificação da oferta de credenciados, considerando as necessidades dos participantes em relação aos serviços de saúde. A busca de parceiros alinhados ao modelo de atenção integral à saúde preconizado pela Caixa de Assistência e à sustentabilidade do plano resultou na inclusão de 1,1 mil novos prestadores e no descredenciamento de outros 3,8 mil. O ano encerrou com 30,7 mil credenciados.

“Não tem nada de elevar a qualificação da oferta. Trata-se de redução da rede. Existe uma meta de redução de rede fixada e cobrada dos gerentes de unidades. E, agora, estão com problemas, porque a covid-19 mostrou que a redução da rede é perigosa. Não há rede em várias cidades do interior e eles promoveram corte de credenciados, reduziram cerca de 5 mil credenciados. E não foi para buscar parceiros alinhados. Foi corte linear, sem critérios definidos, porque eles acham que a redução da rede diminui as despesas. E agora o corte de hospitais pode significar perda de leitos em tempos de covid”, criticou o coordenador da CEBB.

Cobrança de contribuições do BB

O relatório afirma que a Cassi iniciou, no final de 2019, um projeto piloto no Distrito Federal requerendo, em um grupo pré-definido de ações trabalhistas coletivas dos funcionários do Banco do Brasil, o direito de receber percentual referente às contribuições patronal (4,5%) e pessoal (4%) dos reclamantes, na hipótese de haver condenação em verbas incluídas no conceito de proventos gerais.

Fukunaga diz que não há a necessidade de piloto como vende o presidente da Cassi. “Bastaria a Cassi entrar na Justiça pedindo que o BB recolha a demanda, afinal é isso que se espera do presidente da entidade e não a vender favas”, disse.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Ação barata e carteira de crédito defensiva: os trunfos do BB no 1º trimestre

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Com um comportamento errático em uma sessão de forte volatilidade para o Ibovespa, olhar o desempenho das ações do Banco do Brasil (BBAS3) pode não ser o ideal para entender se a instituição estatal registrou um resultado positivo no primeiro trimestre de 2020. As ações chegaram a subir até 1,70%, mas passaram a ter queda durante a tarde, chegando a ter perdas de mais de 3% e fechando em queda de 2,70%, a R$ 26,26.

A queda do lucro por conta das provisões de devedores duvidosos já era esperada, principalmente após os concorrentes do setor privado Bradesco e Itaú divulgarem seus números – e foi o que aconteceu.

O lucro líquido ajustado totalizou R$ 3,395 bilhões no primeiro trimestre, queda de 20,1% frente igual período de 2019, decepcionando ao vir 25% abaixo do esperado por analistas de mercado, com as provisões para possíveis calotes (créditos de liquidação duvidosa) atingindo R$ 2,0 bilhões.

Além disso, houve maiores custos de crédito que vieram em R$ 5,5 bilhões (versus R$ 3 bilhões no quarto trimestre e R$ 3,1 bilhões no primeiro trimestre) e uma maior taxa efetiva de imposto em 25% (versus um percentual entre 16% e 17% nos mesmos períodos).

O resultado, desconsiderando imposto e provisões, veio 16% maior anualmente e 10% maior trimestralmente.” Porém, destacamos que o maior nível de provisionamento não foi prospectivo, uma vez que o índice de cobertura – relação entre empréstimos inadimplentes e provisões -permaneceu trimestralmente em cerca de 200%”, ressalta em relatório Marcel Campos, analista da XP Investimentos. Não obstante, os administradores suspenderam o guidance devido às incertezas causadas pela pandemia da Covid-19.

A XP Investimentos destacou que o lucro desapontou as estimativas. Mas, embora o lucro tenha decepcionado, o banco estatal está reforçado para os eventuais desafios criados pela pandemia. Marcel Campos, analista da XP, destaca três pontos: i) cobertura de inadimplência de 200%; ii) maior índice de capital nível I (que engloba o patrimônio dos acionistas e os lucros retidos) entre os bancos incumbentes em 13,9%; e iii) uma carteira de crédito defendida, com 40% entre crédito consignado e rural.

Conforme aponta o analista, ainda houve surpresas positivas, com destaque para as despesas de pessoal subindo abaixo da inflação anualmente em 1% e caindo 11% trimestralmente pra R$ 4,9 bilhões. Outras despesas administrativas também apresentaram boa queda de cerca de 20% anualmente e trimestralmente para R$ 3,6 bilhões, uma vez que provisões para processos de clientes e funcionários tiveram baixa considerável de R$ 2,1 bilhões no segundo trimestre de 2019 para R$ 700 milhões no primeiro trimestre. O banco está trabalhando com 360 menos agências e 4 mil funcionários a menos desde o primeiro trimestre do ano passado.

O BB afirma que a chegada da epidemia do coronavírus acelerou o uso do aplicativo do banco a partir de março, com 1,5 milhão de novos usuários na plataforma, que chegou a 15,8 milhões de clientes. “Em abril, a média diária de clientes que passaram a usar o app foi 358% superior aos últimos seis meses”, informou o banco.

Também em destaque, a XP ressalta que, embora as receitas de serviço como um todo tenham vindo em linha com estimativas em R$ 7,1 bilhões, houve surpresa nas receitas de gestão de recursos do BB, que vieram 7% maior trimestralmente em R$ 1,6 bilhão (já desconsiderado intercompany), uma vez que o banco diminuiu suas taxas e a performance do mercado não foi positiva no período, com os ativos sob gestão inclusive baixando R$ 75 bilhões no trimestre, para R$ 1 trilhão.

Se não fosse o coronavírus…

Conforme destaca o Bradesco BBI, depois de muitos investidores esperarem por resultados melhores nos últimos trimestres, o banco deveria finalmente atender às expectativas neste período.

Afinal, a rentabilidade do BB vinha melhorando até então como resultado da estratégia de atuar em segmentos com melhores margens. No entanto, o coronavírus acabou por adiar os planos.

Assim, aponta Victor Schabbel, analista do BBI, se não fosse pelo maior custo de risco observado no trimestre, os resultados provavelmente teriam surpreendido positivamente, com margens financeiras líquidas (NIMs, na sigla em inglês) resilientes e melhora da eficiência.

Outro ponto a se destacar é que, embora a inadimplência tenha aumentado apenas 10 pontos-base no trimestre, para 3,1%, o aumento de 7% na carteira de empréstimos escondeu um aumento de R$706 milhões no saldo de inadimplência.

O Bradesco BBI ainda apontou que, conforme publicado por seus pares do setor privado, a expectativa por maiores índices de inadimplência está crescendo à frente da deterioração esperada com a crise do Covid-19. “Isso pode ser uma indicação de que deve haver muito mais por vir e os bancos devem se preparar para uma deterioração relevante na qualidade dos ativos”. Assim, se no primeiro trimestre de 2020 o BB adicionou cerca de R$ 2,0 bilhões às provisões, o banco deve adicionar mais R$ 18 bilhões até o primeiro trimestre de 2021, afirma o analista. Consequentemente, as despesas de provisionamento devem permanecer altas.

Já em teleconferência para comentar os resultados, os executivos do banco destacaram que as lições aprendidas com crises anteriores fizeram o BB ficar mais preparado para cenários como o atual, o que o deixou em condições de prever um crescimento menor dos índices de inadimplência nos próximos meses.

“O BB tem uma posição relativamente privilegiada em relação aos demais bancos, considerando a origem de seus resultados”, disse Rubem Novaes, presidente-executivo da instituição.

A potencial vantagem reside na exposição relativamente baixa da carteira do banco a pequenas e médias empresas, público diretamente afetado pela crise atual; a forte fatia do consignado no crédito a pessoas físicas; e o fato de mais da metade do empréstimo do agronegócio ter mitigadores de risco, destacaram os executivos. O banco apontou que o índice pode subir, mas não deve ir muito além do pico de 4,11% atingido no meio de 2017.

Assim, a carteira de crédito mais defensiva é destacada como um ponto positivo dentro do setor. Neste cenário, e também apontando os múltiplos atrativos, a XP Investimentos coloca as ações do Banco do Brasil como top pick do setor, mantendo a recomendação de compra e um preço-alvo de R$ 43,00, com potencial de valorização de 59% frente o fechamento dos ativos de quarta-feira.

Na mesma linha, o Itaú BBA segue com a recomendação outperform, com preço-alvo de R$ 48 (potencial de valorização de 78%), destacando ver a ação negociada a níveis historicamente baixos. “É a ação mais barata entre a que cobrimos”, avalia o banco, apontando os resultados operacionais como sólidos, bons números de margens financeiras e redução de custos. O Morgan Stanley também segue com recomendação overweight para os ativos, com o mesmo preço-alvo.

Por outro lado, o Bradesco BBI, mesmo vendo os números como positivos e vendo a ação como descontada, mantém a recomendação neutra para a ação, esperando que mais provisões venham e pesem sobre os resultados. “Além disso, também somos cautelosos quanto ao risco de ter o Banco do Brasil desempenhando um papel mais anticíclico durante esta crise”, afirmam os analistas. O preço-alvo para o ativo BBAS3 é de R$ 35 (upside de 29%).

Assim, se de um lado, a carteira mais defensiva é um trunfo, o fato de ser uma empresa estatal acaba por pesar negativamente nesse ambiente de crise que leva a uma maior participação do estado na economia.

Fonte: Infomey

Prefeito da catarinense Maracajá cobra compromisso do BB

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Os três senadores, os três deputados federais do sul e o deputado estadual eleito pelo extremo sul catarinense receberam ofícios assinados pelo prefeito de Maracajá, Arlindo Rocha, nesta segunda-feira (11), requerendo seus esforços para que Maracajá volte a ter uma agência do Banco do Brasil e não apenas um posto bancário, vinculado a agência de Meleiro, com três caixas eletrônicos de autoatendimento.

O prefeito de Maracajá pondera que com o último processo de redução de custos e enxugamento da estrutura do Banco do Brasil, Maracajá foi seriamente prejudicada e com a pandemia da Covid-19 instalada no país, o atendimento ao público foi precarizado. ”Idosos, aposentados e pensionistas são os mais prejudicados, agravando os efeitos da pandemia”, define o prefeito.

Arlindo lembra que o Banco do Brasil é a única agência bancária do município

Arlindo lembra que “o Banco do Brasil é a única agência bancária do município e quando da incorporação do Besc, o compromisso assumido foi o de que situações como estas seriam respeitadas e os pequenos municípios teriam mantidas as sua agência, não postos bancários e é este compromisso do Banco do Brasil com Santa Catarina e com os catarinenses, que estamos cobrando”.

Ofício com estas ponderações foram encaminhadas aos senadores Jorginho Mello, Dário Berger e Esperidião Amin, aos deputados federais Daniel Freitas, Geovânia de Sá e Ricardo Guidi e, ainda, ao deputado estadual José Milton Scheffer, requerendo empenho deles para que o compromisso do Banco do Brasil com Santa Catarina seja respeitado e cumprido integralmente em Maracajá.

O Posto Bancário do Banco do Brasil em Maracajá, nas primeiras semanas do distanciamento social determinado pelo governo do estado, beirou o caos, segundo o prefeito maracajaense. “Nem mesmo as mínimas condições de higiene haviam na sala onde estão os caixas eletrônicos, muito menos álcool em gel ou apoio de empregados a aposentados, pensionistas, idosos e demais clientes”, relata.

Todos os empregados do Posto Bancário de Maracajá, por questões pessoais ou familiares, foram declarados integrantes do “grupo de risco”. O atendimento se resumia aos caixas eletrônicos, mas sem qualquer atividade de higienização do local, ou orientação para os usuários. Recentemente, por “conta e risco” assumidos por alguns empregados, o posto voltou a contar com serviços presenciais, mas precários.

Fonte: Agora Sul

Sindicato conquista incorporação de anuênio e de função a funcionário do BB

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O Sindicato dos Bancários de Bauru e Região conseguiu corrigir, no Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, uma sentença de primeira instância que continha omissões e contradições quanto aos pedidos de incorporação de anuênio e de incorporação de função ajuizados por um funcionário do Banco do Brasil em 2017, logo depois dele ter sido descomissionado.

O bancário em questão foi admitido em 1993, quando o BB ainda pagava o anuênio (adicional por tempo de serviço correspondente a 1% do vencimento padrão). O pagamento perdurou até 1999, quando foi cortado abruptamente — apesar do banco tê-lo reconhecido como direito adquirido (para os admitidos até 31 de agosto de 1996) no acordo coletivo de 1997-1998.

Analisando o caso, os magistrados da 8ª Câmara (Quarta Turma) do TRT-15 sanaram a sentença determinando que o BB pague os anuênios do período imprescrito (cinco anos anteriores ao ajuizamento da ação) — com reflexos nas férias acrescidas de 1/3, nos 13º salários, nos depósitos ao FGTS e, ainda, nas gratificações semestrais —, e que incorpore o adicional ao salário do funcionário.

Por fim, os magistrados sanaram outro ponto da sentença ao concederem a tutela de urgência para que o banco incorpore imediatamente a gratificação de função ao salário do trabalhador, sob pena de multa diária de R$ 500, caso não o faça.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de Bauru e Região

Sindicato no RJ cobra do BB combate efetivo à contaminação pelo Covid-19

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Medidas que efetivamente evitem a propagação do novo coronavírus no Banco do Brasil estão sendo cobradas pelo Sindicato. Problemas sérios estão sendo verificados em várias unidades desde o início da pandemia. Na semana passada ocorreram na agência Santa Cruz e no prédio administrativo da Rua Senador Dantas (Sedan).

“Para nós já há o entendimento de que a instrução normativa que estabelece procedimentos em relação a medidas de prevenção da doença é insuficiente, por exemplo, ao não determinar o afastamento de todos do local de trabalho em que tenha sido constatada caso de suspeita da doença, ficando à disposição do banco”, afirmou Rita Mota, diretora do Sindicato e integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

Frisou que, na terça-feira (5/5) da semana passada, um gerente-geral da agência Santa Cruz foi afastado por orientação médica, com suspeita da Covid-19, com pedido de exame, porém, sem que todos fossem afastados. O banco também não avisou que a licença do gestor se deveu à suspeita da doença. Os funcionários descobriram na quinta-feira. Também não foram avisados de que a higienização havia sido feita. Rita frisou que os gerentes-gerais estão ainda mais expostos pois estão auxiliando os clientes no auto-atendimento.

Para o Sindicato, além do afastamento de todos, já que o gerente-geral circulou pela agência e não se sabe a quem pode ter contaminado, seria necessário a informação imediata ao quadro de pessoal, além de ser feita a desinfecção, com o conhecimento de todos. “E, pelo que foi informado, foi feita a higienização, que é uma limpeza comum, quando o exigido é a desinfecção, uma limpeza mais profunda, com o uso de produtos químicos específicos para eliminar o vírus, evitando, assim, a sua propagação”, afirmou a dirigente.

EPI para o Sedan

Outra cobrança é a da garantia de fornecimento de Equipamento de Proteção Individual (EPI) a todos os funcionários que trabalham no prédio do BB da Senador Dantas, e não apenas aos da agência. “Evidentemente há um risco maior para os da agência. Mas é importante lembrar que os funcionários todos circulam pelo prédio, trocam informações, tomam elevadores – local de fácil disseminação da doença, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). É importante prover de EPI a totalidade dos funcionários, também porque eles precisam usar máscaras no transporte”, lembrou.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários do Município do Rio de Janeiro

Agência do BB em Porto Velho é fechada após três casos da Covid-19

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A Justiça do Trabalho determinou na tarde desta terça-feira (12) o afastamento imediato por sete dias de todos os trabalhadores que atuaram nos últimos 15 dias na agência do Banco do Brasil, localizado na Av. Nações Unidas em Porto Velho, Rondônia, após a confirmação de que três empregados testaram positivo para a Covid-19.

A decisão é do juiz do Trabalho Titular da 2ª Vara do Trabalho de Porto Velho/RO, José Roberto da Silva, que deferiu parcialmente a Tutela de Urgência Antecipada em caráter Antecedente ingressada pelo Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado de Rondônia.

Além do afastamento, o Banco do Brasil S.A deverá realizar a higienização e desinfecção de toda a agência por empresa especializada, mantendo fechada a dependência durante a execução dos serviços e vedando o acesso do público e dos trabalhadores. O banco terá ainda que apresentar relação contendo o nome e função de todos os trabalhadores que desempenharam suas atividades nos últimos 15 dias, bem como as provas de que todos foram colocados em quarentena.

Segundo o Juízo, os trabalhadores terceirizados também estão incluídos na decisão. Será admitido o retorno ao trabalho de forma presencial após sete dias, caso o empregado não apresente sintomas no período de afastamento, ou antes disso, mediante exibição de atestado que indique a não contaminação da Covid-19 pelo novo coronavírus.

Na ação trabalhista, o Sindicato afirmou que a situação foi reportada ao Superintendente da instituição financeira, porém a resposta dada não foi satisfatória para eliminar a preocupação do órgão de classe quanto à proteção de seus representados perante aos riscos de contágio pela nova doença, ante a superficialidade da manifestação.

O cumprimento da determinação judicial deverá ocorrer de forma imediata pelo Banco do Brasil S.A., sob pena de aplicação de multa no valor de R$ 10 mil por dia, até o limite de 30 dias, a partir da notificação desta decisão, a ser revertida à entidade sindical.

Fonte: Portal Rondônia

Banco do Brasil doa bens para iniciativas de combate à disseminação do Covid-19

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Em mais uma ação para combater os efeitos da pandemia de coronavírus, o BB doou cerca de 650 bens móveis usados para a Universidade de Brasília (UnB). Os equipamentos serão utilizados na instalação da Unidade de Inteligência Cooperativa para Enfrentamento da Covid-19, na área do Parque Científico e Tecnológico daquela instituição de ensino.

São equipamentos eletroeletrônicos (CPUs e computadores), utensílios e mobiliários (mesas, gavetas e painéis) que passam a compor a estrutura utilizada por um grupo multidisciplinar, formado por representantes da UnB e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). No espaço, que deverá começar a funcionar ainda neste mês, eles conduzirão estratégias de integração da atenção e vigilância à saúde para o enfrentamento da Covid-19.

Com as informações do grupo, a expectativa é de que gestores estaduais e municipais tenham mais um suporte para a tomada de decisões em relação às melhores estratégias de enfrentamento à pandemia em seus territórios.

O projeto visa apoiar ações de pelo menos 100 municípios das cinco regiões do país, além do Distrito Federal, a melhorar sua capacidade de atenção, prevenindo a propagação do novo coronavírus e o colapso no sistema hospitalar.

Ação integra programa de cooperação entre BB e UnB

A doação dos bens integra o protocolo de intenções firmado entre o Banco do Brasil e a Universidade de Brasília em julho de 2019.

O documento estabelece um programa de mútua cooperação técnica e intercâmbio acadêmico, científico e cultural, envolvendo diversas áreas do conhecimento humano, com destaque para inovação e tecnologia.

BB na frente de combate ao Covid-19

A cessão dos equipamentos é mais uma das ações que o BB vem fazendo para apoiar o combate ao Covid-19. A Fiocruz, que faz parte desse projeto, recebeu, recentemente, doação no valor de R$ 20 milhões da Cielo, empresa do Conglomerado BB, para a produção de um milhão de kits de diagnósticos rápidos, destinados ao Ministério da Saúde.

Em outra frente está a Fundação Banco do Brasil, responsável por gerir doações voluntárias e de empresas do Conglomerado BB. A entidade repassa os recursos a entidades privadas sem fins lucrativos e com notória atuação nas áreas de assistência social e que desenvolvem projetos voltados à alimentação, aos cuidados com a saúde, à aquisição de insumos e equipamentos hospitalares. Interessados em colaborar com as ações podem acessar a página https://coronavirus.fbb.org.br.

Até o momento, a Fundação arrecadou R$ 57,1 milhões, sendo R$ 664 mil de contribuições voluntárias e R$ 1,5 milhão de doação institucional. A BB Seguros doou R$40 milhões e o banco BV outros R$15 milhões, enquanto a Livelo iniciou campanha de doação de pontos. A cada ponto doado pelos clientes, a empresa doará outro, com o valor referente à pontuação sendo utilizado para ações de prevenção e combate ao novo coronavírus.

Fonte: Banco do Brasil

Prefeitura de Caraguá autua BB e Santander por aglomerações em filas

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A Prefeitura de Caraguatatuba, no litoral de São Paulo, por meio da Vigilância Sanitária (Visa), da Secretaria da Saúde, autuou, na quarta-feira (6), as agências do Santander e Banco do Brasil por não manter as regras de evitar aglomerações e distância de pelo menos um metro entre as pessoas.

Agência do Banco do Brasil, na Praça Cândido Mota, em Caraguatatuba

Há dias o órgão tem recebido reclamações, via Canal 156, das filas registradas no Santander da Avenida da Praia. A situação piorou desde que a agência da Praça Cândido Mota fechou porque, segundo o banco, funcionários teriam contraído o novo coronavírus (Covid-19).

O caso é considerado grave porque, de acordo com a Vigilância Sanitária, a Secretaria de Saúde não recebeu nenhuma notificação de casos suspeitos ou confirmados de Covid 19 na agência.

No Banco do Brasil, a autuação ocorreu durante fiscalização de rotina para verificar cumprimento dos decretos referentes ao Covid 19 em vigor e os fiscais de Saúde Pública constataram as filas sem nenhuma demarcação.

Com as notificações, os bancos têm 10 dias para se defender e podem ser autuados em até 1.000 Valor de Referência do Município (VRM), o que equivale hoje a R$ 3.570.

No começo de abril, a agência da Caixa Econômica Federal (CEF) de Caraguatatuba também foi autuada pela Visa pelo mesmo motivo.

Fonte: Prefeitura Municipal de Caraguatatuba

BB e Elo dão gorjeta a entregadores da Rappi e desconto aos clientes

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O Banco do Brasil e a Elo lançam oferta inédita com gorjeta automática para entregadores parceiros da Rappi. A iniciativa garante aos entregadores a bonificação de R$ 5, paga pelas empresas, e desconto de R$ 15 para clientes Ourocard Elo em pedidos acima de R$ 100 na plataforma.

“O cartão é um meio de acesso importante para o consumo neste momento em que muitos estão em casa. Além de reduzir a circulação de papel moeda, o cartão possibilita compras na internet, em aplicativos, etc. A ideia da promoção é oferecer ainda mais benefício para o cliente Ourocard e também valorizar quem está na linha de frente, viabilizando as entregas”, afirma Edson Costa, diretor de meios de pagamento do BB.

Para ativar os dois benefícios – gorjeta automática para o entregador e desconto de R$ 15 –, basta digitar o código OUROCARDELO no campo ‘cupom’ ao efetuar o pedido, e ao final da compra realizar o pagamento com um cartão de crédito Ourocard Elo.

“Criamos a iniciativa para ajudar tanto os nossos clientes como os entregadores, que precisam de apoio, especialmente neste momento”, comenta Marcelo Marques, diretor de desenvolvimento de negócios da Elo.

A promoção é válida até o dia 31/05 ou até atingir a quantidade máxima de cupons de desconto.

Quem tiver interesse em aproveitar os benefícios mas ainda não é cliente Ourocard Elo, pode acessar a página bb.com.br/ourocard ou o App BB e pedir o seu cartão. Para conferir o regulamento da promoção, visite elo.com.br/ofertas/rappi.

Fonte: Banco do Brasil

Clientes do Banco do Brasil podem fazer pagamentos com QR Code

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O Banco do Brasil, em parceria com a Cielo, disponibiliza a opção de pagamento com uso de QR Code. É uma solução para oferecer ainda mais segurança para clientes pessoas física e jurídica neste momento de combate ao novo coronavírus no Brasil. A novidade está disponível por meio do aplicativo Ourocard para os cartões de todas as bandeiras emitidas pelo BB.

A solução gratuita está disponível, inicialmente, para compras na função crédito (à vista ou parcelado). É simples realizar pagamentos com uso do QR Code. Basta abrir o app Ourocard, selecionar a opção “Pagar com QR Code” ou clicar no ícone junto ao cartão de sua preferência. Então, basta aproximar o telefone celular da maquininha e digitar a senha. Um detalhe importante é que ela é digitada no próprio celular. A senha é solicitada em transações a partir de R$ 50, como acontece em pagamentos com a tecnologia NFC.

Com o pagamento por QR Code, o cliente pode realizar a operação com um aparelho que tenha câmera. Isso é uma vantagem em relação ao pagamento por aproximação, uma vez que para estes casos, é necessário que o celular tenha a tecnologia NFC embarcada. “Estamos vivendo um momento de mudança de comportamentos, e a forma de fazer pagamentos também está mudando. O BB acompanha essas mudanças e oferece diversas soluções de pagamento sem contato, como carteiras digitais, pulseira Ourocard e o Ourocard Visa que possui tecnologia contactless embarcada. A solução do QR Code completa essa lista de opções, e por ser uma solução que não exige tecnologia NFC, é mais inclusiva e permite que um número maior de pessoas tenha acesso ao pagamento sem contato”, afirma Edson Costa, diretor de meios de pagamento do BB.

Para ter acesso à novidade, basta atualizar o app Ourocard ou fazer o download nas lojas de aplicativos Google Play ou Apple Store. Adesão no Brasil Pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box, divulgada na última semana de abril, aponta que 35% dos brasileiros com smartphone já pagaram com QR code, enquanto 23% já realizaram pagamentos por aproximação.

Homens (39%) experimentaram mais do que mulheres (30%), com predominância nas classes A e B (39%), enquanto 33% das classes C,D e E fizeram uso da tecnologia. Os jovens de 16 a 29 anos (39%) usam mais do que as demais faixas etárias – 30 a 49 anos (35%) e 50 anos ou mais (24%).

Fonte: Banco do Brasil

Juiz de PB condena Banco do Brasil por deixar de disponibilizar saques

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Privar clientes do usufruto de serviços bancários essenciais e, ao mesmo tempo, manter a cobrança de taxas, tarifas e demais encargos, justifica o pagamento de indenização por danos morais. Com esse entendimento, o juiz Jackson Guimarães, da Vara Unica de Alagoa Grande (PB), condenou o Banco do Brasil a pagar R$ 500 mil em danos morais coletivos depois que a instituição deixou de disponibilizar o serviço de saques. A decisão é desta quarta-feira (6/5).

Para o magistrado, suspender os serviços atenta contra o artigo 22 do Código de Defesa do Consumidor, segundo o qual órgãos públicos são obrigados a fornecer atendimento adequado, eficiente, seguro e contínuo quando a prestadora possui caráter essencial.

“A conjugação entre os transtornos gerados à população e ao comércio local (que há mais de quatro anos não conta com todos os serviços bancários da agência do Banco do Brasil no município), o aumento dos custos e dos riscos às pessoas que são obrigadas a irem aos municípios vizinhos, e ainda a natureza essencial do serviço bancário, atendendo ao preceito constitucional da função social, imprescindível a reabertura da agência do banco, com todos os serviços bancários apontados na inicial, fixando-se um prazo razoável para cumprimento da sentença”, afirma a decisão.

Os R$ 500 mil serão usados no combate à epidemia do novo coronavírus em Alagoa Grande. O magistrado ainda deu o prazo de 60 dias para que o banco volte a disponibilizar seus serviços integralmente.

Danos morais

No caso concreto, a agência deixou de fornecer o serviço de saque depois de ser atacada por criminosos, que explodiram caixas da agência em fevereiro de 2016. De lá para cá, segundo os autos, os consumidores passaram a ter que se deslocar aos municípios vizinhos de Areia e Guarabira ou acessar suas contas por meio da internet.

O banco alegou não ter culpa pela indisponibilidade dos serviços, já que a explosão na agência foi provocada inteiramente por terceiros. O juiz, no entanto, não aceitou o argumento.

“Depositária de valores, a instituição financeira ocupa posição de elevado risco diante da ação ilícita de agentes criminosos. Em outros termos, o risco da atividade integra a linha de previsibilidade da exploração do negócio, de modo que a prática de crimes por terceiros constitui hipótese de fortuito interno incapaz de afetar o dever compensatório”.

Fonte: Consultor Jurídico

Após ação do SEEBCG-MS, BB reduz jornada e terá que pagar 7ª e 8ª hora

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Uma decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) obriga o Banco do Brasil a reduzir a jornada de trabalho e a pagar hora extra referente a 7ª e 8ª hora para os bancários do Banco do Brasil que exerceram a função de Assessor em UT (Unidade Tática), anteriormente Analista A. A decisão é resultado de ação civil pública movida pelo Sindicato dos Bancários de Campo Grande-MS e Região (SEEBCG-MS), por meio do escritório de advocacia Morais Cantero.

Para tentar justificar a jornada de 8 horas diárias, o banco alegava que a função de Assessor UT consiste em um cargo de confiança. Contudo, a assessoria jurídica do sindicato sustentou que as atividades desempenhadas pelos ocupantes desse cargo não são funções de direção, gerência, fiscalização ou de chefia.

Desta forma, ao adotar a jornada de 8 horas, o banco estava fraudando a jornada especial dos bancários que é de 6 horas. O TST acatou a tese da assessoria jurídica do sindicato e manteve decisão favorável à categoria que já havia sido conquistada em parecer anterior, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 24ª Região.

Na decisão, a Justiça obriga o Banco do Brasil a reduzir a jornada de trabalho dos ocupantes desse cargo para 6 horas, sem qualquer redução salarial, e a realizar o pagamento da 7ª e 8ª hora referente ao período em que os bancários cumpriram a jornada de 8 horas diárias.

“Infelizmente, temos vivenciado um verdadeiro desmonte dos direitos trabalhistas dos bancários, podendo, inclusive, se agravar ainda mais. Por conta deste cenário, essa vitória vem em ótima hora, pois reafirma a importância do nosso sindicato na luta pelos direitos e consolidada, perante os bancários do BB, a confiança em nós depositada”, avalia a presidente do SEEBCG-MS, Neide Rodrigues.

O secretário de Assuntos Jurídicos do sindicato, Orlando de Almeida Filho, destaca que em tempos de pandemia, de tristeza e de incertezas, o sindicato traz essa boa notícia. “Esta é uma vitória pioneira no Estado, com poucos precedentes para este cargo no Banco do Brasil em todo o país. Garantir o direito financeiro às 7ª e 8ª horas para os Assessores em UT é fazer cumprir o que determina o artigo 224 da CLT. Este deve ser, também, o papel do sindicato. Pugnar incansavelmente por todos os direitos trabalhistas dos bancários. Disso, não abrimos mão”, ressalta.

Importância da jornada especial

A decisão judicial também é mais uma medida que reforça a importância da jornada do bancário. “Do ponto de vista jurídico e político, essa é uma vitória muito importante e expressiva para a categoria bancária porque reafirma o respeito à jornada especial do bancário, que é de 6 horas”, avalia o advogado trabalhista Alexandre Cantero, que conduziu o processo pelo sindicato.

Ainda conforme o advogado, o estabelecimento de uma jornada especial do bancário visa proteger a integridade física e psíquica do trabalhador, em razão da natureza repetitiva e desgastante da atividade bancária.

Alexandre Cantero também lembra que a MP 905, que foi revogada pelo governo federal, buscava abolir a jornada de 6 horas do bancário. “Se por acaso a MP for reeditada, os bancários beneficiados nessa ação têm direito adquirido e não podem ser atingidos”, esclarece o advogado trabalhista.

Próximos passos

O sindicato foi informado que o Banco do Brasil reduziu a jornada de trabalho dos bancários que exercem a função de Assessor UT desde a última segunda-feira (4), sem redução salarial. O banco vai apresentar uma lista com o nome dos trabalhadores que serão contemplados pela decisão judicial.

A decisão beneficia aqueles que ocuparam esse cargo nos últimos 5 anos anteriores a 2014, data de início do processo. A assessoria jurídica do sindicato também pretende reivindicar que o pagamento seja feito aos bancários que exerceram essa função até a data do resultado da ação, em 2020.

Também será feito o cálculo dos valores devidos referente ao pagamento da 7ª e 8ª hora. A previsão é que esse processo seja concluído no prazo de 90 dias. Somente após esse período, as indenizações começarão a ser depositadas aos bancários beneficiados.

O número do processo é o 25503-29.2014.5.24.0005. A ação abrange os bancários que atuam na base do SEEBCG-MS, que compreende 27 municípios de Mato Grosso do Sul.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Campo Grande e Região

Fundação BB faz doação para produtores rurais e 5 mil famílias em Mogi

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Uma ação considerada inovadora e ágil pelos participantes uniu a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS) Regional Mogi das Cruzes, a Fundação Banco do Brasil, a Prefeitura de Mogi das Cruzes e, principalmente, os produtores rurais, para entregar 10 mil cestas de alimentos para cinco mil famílias em situação de vulnerabilidade. A primeira entrega ocorreu nos dias 6 e 7. Outras seis entregas serão feitas dentro de um mês, em uma ação que teve o aporte de R$ 1 milhão repassados pela Fundação Banco do Brasil para pagamento dos produtores rurais.

Quem conta como tudo ocorreu é o sociólogo da CDRS Regional Mogi das Cruzes, David Rodrigues, que é responsável, no âmbito da Regional, pelas organizações rurais. “A ação toda foi muita rápida. A produtora Simone Silotti, vendo a necessidade de fazer algo para que os produtores rurais do bairro Quatinga pudessem escoar a sua produção e obter renda para sobreviver, organizou uma ‘vaquinha virtual’ para angariar dinheiro. As perdas foram tantas, que chamaram a atenção da mídia e da Fundação Banco do Brasil, a qual estava atenta em busca de ações que pudessem auxiliar os agricultores familiares durante a pandemia”, disse o técnico. Simone afirma que 60 produtores rurais foram envolvidos e estão oferecendo, nesta primeira fase, alimentos frescos e saudáveis para as famílias: “Foram 40 toneladas de folhosas, entre alfaces, agrião e rúcula; 40 toneladas de legumes; 20 toneladas de frutas; e, ainda, cogumelos Shimeji para as primeiras entregas”.

Simone se emociona ao agradecer o apoio recebido: “Foi a maior e mais linda ação da qual eu já pude participar; está permitindo manter a estabilidade dos 65 produtores rurais envolvidos e prover a alimentação para as cinco mil famílias que vão se beneficiar destas cestas”. A produtora, liderança muito ativa no bairro Quatinga, onde 11 famílias de agricultores familiares vivem da produção de olerícolas, reforça que “todos foram remunerados com preço justo”. A produtora de cogumelos Shimeji, Jaqueline Mognon, disse: “Esse projeto trouxe socorro e esperança para as famílias, tanto as que produzem quanto as que estão recebendo os alimentos; além disso, para mim, foi uma oportunidade de propiciar que essas famílias pudessem experimentar e apreciar o Shimeji, um produto que normalmente não está presente na mesa dessas famílias; por tudo isso, é importante que delas. Contem com o nosso comprometimento nesta ação”. Rogério e o pai, Francisco Miranda, produtores de hortaliças hidropônicas no bairro Quatinga, afirmaram: “Nunca vimos nada igual a essa ação, que em pouco tempo mobilizou a todos”.

Para que os produtos pudessem ser adquiridos, entrou em ação o técnico da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, que procurou a Cooperativa dos Produtores Rurais de Jundiapeba e Região (Cooprojur), que congrega 32 famílias de produtores rurais, e a Cooperativa dos Produtores de Santa Isabel (Coarpro), outro município atendido pela CDRS Regional Mogi das Cruzes, que tem em seu quadro 22 famílias de produtores de frutas como caqui, goiaba, ponkan e banana, que se somaram aos 11 produtores do bairro Quatinga. “Os produtores de caqui já vinham sofrendo muitas perdas, foi uma forma de integrá-los a essa ação”, conta David Rodrigues, que ficou com a responsabilidade de fazer a interlocução e integração entre os vários atores − produtores, cooperativas, Prefeitura e Fundação Banco do Brasil. “Prestamos assessoria técnica, auxiliamos na documentação necessária e ajudamos a organizar a logística das entregas”, afirmou o sociólogo. O recurso é de R$ 1 milhão e sua gestão ficará a cargo da Cooprojur, que fará a compra dos gêneros alimentícios diretamente dos agricultores.

O Banco do Brasil e a Fundação Banco do Brasil iniciaram o trabalho com o objetivo de manter a renda dos agricultores, garantir a produção e o fornecimento de alimentos, além de promover a segurança alimentar das pessoas impactadas pela pandemia. Segundo a Fundação,“a iniciativa apoia o processo de comercialização dos agricultores do Cinturão Verde de São Paulo, minimiza o impacto da pandemia e promove a geração de trabalho e renda. Diversos produtores estavam impossibilitados de realizar a venda da produção de hortifrutigranjeiros, que anteriormente era destinada aos restaurantes, bares e feiras das cidades da região. A produção de alimentos estava retida no campo e, por se tratarem de produtos perecíveis (alface, rúcula, agrião, couve, dentre outros), poderia ser descartada”, continua a instituição.

“Todos os objetivos foram atingidos com esta ação”, afirma David Rodrigues, que disse ter contado muito com o apoio do diretor da CDRS Regional Mogi das Cruzes, Felipe Monteiro. “A interlocução entre a Secretaria da Agricultura e a Prefeitura vem sendo feita há anos via Regional, temos um ótimo trabalho parceiro que permitiu a agilidade dessa e de outras ações que realizamos”, disse Felipe.

Cada família será atendida em duas ocasiões – nos dias 6, 7 e 8 e nos dias 12, 13 e 14 deste mês – e em mais seis dias do próximo mês (junho). “Essa divisão proporcionou que não houvesse aglomeração e a entrega pudesse ser mais organizada; as entregas em cada dia são feitas nas associações de moradores, que se organizam para buscar as cestas. O recurso será de R$ 250 mil a cada 2.500 cestas, totalizando R$ 1 milhão para confecção de 10 mil cestas”, (inserir o autor da fala).

A ideia é que outros produtos não perecíveis, como arroz, feijão e açúcar, sejam adquiridos de pequenos estabelecimentos, como uma forma de incentivar o comércio local. Para atender às determinações sanitárias, todas as pessoas envolvidas no projeto estão utilizando máscaras, luvas e álcool em gel. Também fazem parte do kit produtos de higiene e limpeza.

“É um trabalho em rede, que une quem está precisando vender no campo às pessoas que, com a pandemia, estão necessitando de alimentação. O objetivo é apoiar o processo de comercialização dos agricultores familiares e o provimento básico de alimentos e material de higiene às pessoas vulneráveis impactadas pela Covid-19”, explicou a secretária municipal de Assistência Social de Mogi das Cruzes, Neusa Marialva.

A Fundação Banco do Brasil vem desenvolvendo diversas ações semelhantes, de assistência social e saúde em meio a crise gerada pela Covid-19, em outras cidades, estados e regiões do País.

Fonte: Secretaria da Agricultura de São Paulo

Banco do Brasil é o banco mais inovador da América Latina, revela pesquisa

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Em meio à pandemia do coronavírus, numa transmissão digital para diferentes regiões do mundo, a revista Global Finance anunciou, na manhã do último dia 06, os vencedores “The Innovators 2020”, a oitava edição da conceituada premiação de reconhecimento das mais inovadoras instituições financeiras mundiais, aquelas que conseguem projetar as melhores soluções e ferramentas financeiras. E o Banco do Brasil, pelo segundo ano consecutivo, recebeu o prêmio de “Banco mais inovador da América Latina”, com a solução desenvolvida no Google Assistant.

A revista Global Finance é uma importante revista financeira internacional, com sede em Nova York e escritórios no mundo todo. Seleciona regularmente os melhores desempenhos entre os bancos e outros provedores de serviços financeiros. As premiações que promove se tornaram um padrão de excelência para a comunidade financeira global.

Não é a primeira vez que o Google Assistant do BB brilha no cenário internacional. Em março deste ano, a solução foi responsável pela classificação do Banco como uma das 100 instituições de TI que impulsionam o crescimento dos negócios digitais do mundo, por meio de inovações tecnológicas, no 2020 CIO 100 Awards, da revista americana CIO.

O Google Assistant oferece a interação, por texto ou voz, com o Banco para obter diferentes serviços e informações. É resultado de um trabalho de investimentos nas diferentes funcionalidades oferecidas no canal, entre elas, chatbots para o público PF e PJ, onde o SAC (Escola de Robôs) é o responsável pela curadoria das interações.

Fonte: Portal Medium

Lucro do BB cai 20% no 1º tri com reservas para cobrir calotes na pandemia

Publicado em: 08/05/2020

O lucro do Banco do Brasil caiu 20,1% no primeiro trimestre de 2020 ante igual período de 2019, para R$ 3,4 bilhões. É a primeira retração no lucro do banco desde o quarto trimestre de 2016, quando caiu 34%.

O recuo no período foi reflexo do grande aumento das reservas para cobrir eventuais calotes, os quais têm perspectiva de aumento ante a atual crise econômica do coronavírus. Essas provisões tiveram alta de 63,3% no período, para R$ 5,5 bilhões.

Do total, cerca de R$ 2 bilhões são parte de uma reserva complementar adicionada em resposta ao atual cenário.

Em relatório divulgado nesta quinta-feira (7), o Banco do Brasil afirmou que a divisão da provisão adicional ficou principalmente para o segmento de pessoas físicas, com R$ 1,17 bilhão. O segmento pessoa jurídica, por sua vez, ficou com R$ 824 milhões da provisão complementar, enquanto o agronegócio teve R$ 46 milhões.

Segundo o vice-presidente de controles internos do BB, Renato Bonetti, a provisão adicional do trimestre se deu pelo modelo de perdas esperadas adotado pelo banco, que refletiu uma reavaliação do risco do portfólio.

“Há incerteza no comportamento do mercado quando olhamos adiante. Vamos continuar a reavaliar o risco do portfólio a todo momento e, caso haja deterioração, há a possibilidade de uma provisão adicional. Mas isso vai depender muito do comportamento da economia. Não tem achismo na provisão, tem modelo”, afirmou Bonetti em entrevista a jornalistas nesta quinta-feira (7).

A inadimplência do banco público ficou em 3,17%, aumento de 0,17 p.p. (ponto percentual) em relação ao primeiro trimestre de 2019.

O Banco do Brasil é o último dos quatro grandes bancos de capital aberto do país a divulgar seu resultado do primeiro trimestre. Com exceção do Santander, os demais apontaram tombos significativos nos lucros líquidos do período, primordialmente causados pelo aumento das reservas para calotes.

Apesar da queda no lucro, a carteira de crédito ampliada do BB –que inclui títulos de valores mobiliários– apresentou um avanço de 5,8%, para R$ 725,1 bilhões. O destaque ficou para a carteira de pessoas físicas, que cresceu 9%, para R$ 217,2 bilhões.

Já os empréstimos voltados para a pessoas jurídicas subiram 5,9% no período, para R$ 221,9 bilhões. As concessões para micro, pequenas e médias empresas tiveram avanço de 12%, para R$ 66 bilhões, enquanto o crédito para grandes empresas apresentou uma queda de 3%, para R$ 103,1 bilhões.

Segundo o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, o banco se encontra em uma situação privilegiada na carteira de crédito.

“Em termos de liquidez, o Banco do Brasil é sempre visto pelo mercado como um porto seguro e em termos de composição da nossa carteira, ela é extremamente segura porque os nossos resultados dependem fundamentalmente de pessoas físicas e jurídicas com características diferentes da média”, afirmou Novaes. É o caso de servidores públicos e do agronegócios, segmentos de grande participação no banco.

No início da pandemia, o Banco Central havia anunciado um pacote de medidas para injetar dinheiro no sistema financeiro, tais como a possibilidade de empréstimos garantidos por letras financeiras às instituições e a redução dos compulsórios (parcela do dinheiro dos clientes que os bancos deixam retida no BC).

Os bancos também são responsáveis por 15% do total de recursos –os outros 85% serão financiados pelo governo– a serem emprestados pela linha de crédito emergencial voltada para financiar a folha de pagamento de pequenas e médias empresas (com faturamento anual de R$ 360 mil a R$ 10 milhões). O crédito total a ser liberado é de R$ 40 bilhões.

Em nota, o banco afirmou que, em linha com a nota emitida pela Febraban e com o objetivo de minimizar os impactos momentâneos do atual cenário de pandemia, ofereceu aos clientes a possibilidade de repactuação de dívidas entre 60 e 180 dias, além de outras ações de apoio e orientação.

O BB manteve até R$ 100 bilhões para linhas de crédito, R$ 24 bilhões para pessoas físicas, R$ 48 bilhões para empresas, R$ 25 bilhões para o agronegócio e R$ 3 bilhões para suprimentos na área de saúde por prefeituras e governos. Segundo o banco, foram registrados mais de R$ 98 bilhões em desembolso de crédito e prorrogações.

“Seguimos avaliando e monitorando os potenciais impactos na carteira de crédito, considerando as peculiaridades dos diversos segmentos, setores e linhas de crédito e temos adotado medidas proativas para a gestão do risco e do capital. Trabalhamos para preservar a continuidade das nossas operações e a sustentabilidade de longo prazo de nossa empresa e do relacionamento com nossos clientes e com nossos acionistas”, afirmou o banco em relatório.

As receitas com tarifas do BB tiveram alta de 4%, para R$ 7,1 bilhões. A margem financeira líquida (receitas com operações de crédito) do banco caiu 9,5%, para R$ 8,5 bilhões.

Segundo o Banco do Brasil, em razão do ambiente de alta volatilidade e de incerteza decorrentes da pandemia do novo coronavírus, que tem exigido atualizações frequentes de cenários e de premissas, dificultando a construção de estimativas acuradas, as projeções para o ano (guidance) foram suspensas.

Fonte: Gaúcha ZH

Lucro ajustado do BB é de R$ 3,4 bilhões no primeiro trimestre de 2020

Publicado em: 07/05/2020

O Banco do Brasil divulgou nesta quinta-feira, 7, um lucro líquido ajustado de R$ 3,4 bilhões para o primeiro trimestre de 2020, o que representou um RSPL de 12,5%. Em virtude do cenário desafiador para todo o sistema, o resultado do trimestre foi impactado pela antecipação prudencial que resultou no reforço de provisões em R$ 2 bilhões.

Apesar da queda do lucro, a geração de negócios permaneceu forte, evidenciada pelo crescimento de 15,4% do resultado estrutural na comparação com o 1º. trimestre do ano passado. Esse cálculo é composto pelo produto bancário e pelas despesas operacionais totais, não sofre os efeitos das provisões. Os principais vetores desse resultado foram o crescimento da carteira de crédito e o incremento nas rendas com prestação de serviços.

O BB destaca ainda a colaboração dos avanços da estratégia digital para os impactos positivos no desempenho.

Crédito

A carteira de crédito ampliada totalizou R$ 725,1 bilhões, crescimento de 5,8% em 12 meses. No mesmo período, a carteira PF ampliada cresceu 9,0%, a PJ ampliada cresceu 5,9% e a carteira rural ampliada apresentou desempenho positivo de 2,5%.

A carteira PF cresceu em função do desempenho positivo em Crédito Consignado que evoluiu 16,4% em doze meses, e na linha Empréstimo Pessoal, que cresceu 36,0% no período e alcançou R$ 11,6 bilhões.

A carteira de crédito ampliada PJ cresceu 5,9% na comparação anual e totalizou R$ 273,0 bilhões. A carteira MPME cresceu 12% em 12 meses, com destaque para o crescimento de 26,8% no capital de giro.

A carteira rural ampliada apresentou desempenho positivo de 2,5% na comparação anual, totalizando R$ 173,3 bilhões. Destaque para a carteira para produtores pessoas físicas que cresceu 7,2%.

Qualidade do Crédito

O índice de inadimplência superior a 90 dias sofreu redução de 10bps frente a dezembro/19, alcançando 3,17% em março/20 (relação entre as operações vencidas há mais de 90 dias e o saldo da carteira de crédito classificada), inferior ao registrado pelo Sistema Financeiro Nacional. O índice de cobertura da carteira total alcançou 200,0%.

Receitas com prestação de serviços

No 1T20, as receitas com prestação de serviços cresceram 4,0% na comparação com 1T19, alcançando R$ 7,1 bilhões. Destaque para o desempenho das linhas de consórcios (+19,2%); seguros, previdência e capitalização (+15,3%); e administração de fundos (+13,3%).

O desempenho foi resultado da evolução da estratégia digital e melhor experiência do cliente, com a oferta de produtos e serviços modernos e adequados ao perfil e necessidades de cada cliente.

Despesas Administrativas

As despesas administrativas seguem sob controle. Apresentaram crescimento de 2,7% na comparação doze meses, abaixo da inflação do período. O índice de eficiência foi de 36,2% no 1T20.

Índice de Basiléia

O índice de Basileia atingiu 17,8% em março de 2020, sendo 9,98% de capital principal. O BB mantém o compromisso de atingir um patamar mínimo de 11% de capital principal em janeiro de 2022.

Atuação em tempos de pandemia

Desde o início da pandemia, o BB tomou medidas para garantir o melhor atendimento a todos os clientes e para zelar pela saúde e segurança de seus funcionários. A estratégia digital garantiu a ampliação do atendimento remoto com portfólio completo de serviços, Fale com BB via chat e serviço via WhatsApp e redes sociais.

A aceleração do digital ficou evidenciada com o aumento de 1,7 milhão de usuários em nosso App desde o dia 16 de março, totalizando agora 15,8 milhões de clientes no canal. A média de novos usuários no App por dia em abril é 358% superior à média observada nos últimos seis meses. Registramos ainda aumento no número de acessos diários ao App, com crescimento de 25% em abril.

Em linha com nota emitida pela Febraban e com o objetivo de minimizar os impactos momentâneos do atual cenário de pandemia, foi oferecida aos clientes a possibilidade de repactuar por 60 dias, para empresas, e por até 180 dias, para pessoas físicas, o pagamento de dívidas que vencem nos próximos meses.

Para os clientes que estão em inadimplência, foram anunciadas e promovidas uma série de medidas de apoio e orientação. São pessoas físicas, micro e pequenas empresas, pessoas jurídicas em geral e produtores rurais que passam a contar, dependendo da modalidade, com flexibilização de carências e redução nos percentuais de entrada.

Entre 16/03/2020 e 30/04/2020 foram registrados mais de R$ 98 bilhões em desembolso de crédito e prorrogações de operações de crédito. Foram mais de R$ 46 bilhões em desembolsos de novos recursos (R$ 4,7 bilhões para pessoas físicas, R$ 28,9 bilhões para empresas e R$ 12,5 bilhões ao agronegócio) e mais de R$ 52,1 bilhões em renovações e prorrogações (R$ 16,3 bilhões para pessoas físicas e R$ 34,9 bilhões para empresas e R$ 970 milhões para ao agronegócio).

Para as MPME, o desembolso de recursos totalizou R$ 25,8 bilhões, principalmente para linhas de antecipação de recebíveis e de capital de giro, sendo R$ 3,6 bilhões em crédito novo e R$ 22,1 bilhões em renovações e prorrogações.

Para as grandes empresas, o desembolso totalizou R$ 35,5 bilhões. O desembolso para esse segmento foi motivado por aumento na demanda por recursos para capital de giro, por empresas que atuam em setores mais atingidos pela retração da atividade econômica, ou para investimentos, por empresas que buscaram ampliar sua atividade para atender a aumento imediato da demanda.

Compromisso social

O conglomerado tem atuado no combate à pandemia em conjunto com a Fundação Banco do Brasil. Ciente de seu compromisso social tem incentivado parceiros e clientes por meio de ações corporativas. Ao todo, mais de R$ 75 milhões já foram arrecadados.

O BB tem trabalhado na operacionalização do auxílio emergencial previsto na Lei 13.982, de 2 de abril de 2020. Os créditos se iniciaram em 9 de abril para clientes correntistas e poupadores. Foram realizados mais de 1,2 milhão de pagamentos, valor superior a R$ 862 milhões enviados diretamente aos cidadãos.

Foram firmados 3.271 contratos de Financiamento da Folha de Pagamento. Trata-se de linha de crédito emergencial para financiar, por até dois meses, a folha de pagamentos de pequenas e médias empresas. Essa iniciativa tem o objetivo de apoiar os empresários no enfrentamento dos desafios impostos pela pandemia, preservando empregos e a renda familiar, e buscando também atenuar o impacto no fluxo de caixa das empresas.

O BB já iniciou o pagamento do Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e Renda (Bem), destinado aos empregados das empresas que aderirem ao programa. Os objetivos são preservar o emprego e a renda, garantir a continuidade das atividades laborais e empresariais e reduzir o impacto social decorrente das consequências do estado de calamidade pública e de emergência de saúde pública.

Além disso, foram negociados outros 47 convênios para pagamentos de benefícios oferecidos por diversos órgãos da administração pública municipal, estadual ou federal de várias regiões do país. O total de pessoas beneficiadas supera 4 milhões, com desembolso próximo a R$ 1 bilhão nos próximos meses. O BB oferece como solução de pagamento o uso da nova ferramenta de carteira Digital BB ou os cartões de débito da empresa coligada Alelo.

Fonte: Banco do Brasil

Cassi divulga relatório com resultados financeiros de 2019; votação até o dia 15

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A Cassi divulgou Relatório anual de 2019 no dia 27 de abril, com informações sobre os resultados econômico-financeiros obtidos ao longo do ano. Por meio da publicação, é possível verificar o impacto do novo modelo de custeio sobre as finanças da Caixa de Assistência e as iniciativas realizadas para redução das despesas assistenciais.

O documento também traz informações sobre o número de participantes e sua distribuição por faixa etária e região, dados sobre o número de consultas, exames, internações e cirurgias, as principais ações de gestão e os relatos dos participantes a respeito dos serviços disponibilizados pela Caixa de Assistência.

O Relatório Anual 2019 da Cassi está disponível em formato digital no site da Caixa de Assistência. Em relação aos resultados, o relatório apresenta análise econômico-financeira na visão gerencial, acompanhada de explicação simplificada; balanço e demonstrações de resultados, consolidado e por plano, em formato contábil e legal; pareceres da auditoria independente e do Conselho Fiscal e manifestação do Conselho Deliberativo sobre os resultados obtidos.

O Relatório 2019 é um documento de prestação de contas aos associados, elaborado conforme a legislação e normas vigentes.

Desde o dia 8, até 15 de maio, os associados poderão manifestar seu voto sobre o Relatório 2019. Eles poderão fazê-lo pelo app e site da Cassi, pelos terminais de autoatendimento do Banco do Brasil e para os funcionários da ativa, também há opção de participar pelo SisBB.

Para quaisquer dúvidas sobre o processo, basta enviar e-mail para a Cassi (relatorioanual@cassi.com.br).

Confira aqui a mensagem do presidente da Cassi sobre os resultados do relatório.

Fonte: Agência ANABB

Previdência Privada do Banco do Brasil vaza dados de 153 mil clientes

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Uma falha de segurança no sistema da previdência privada do Banco do Brasil teria sido responsável pela exposição de dados de cerca de 153 mil clientes da instituição. Isso é o que afirma uma denúncia anônima enviada ao Olhar Digital na última quarta-feira (06). Segundo o site, a fonte declarou ser possível acessar e editar informações pessoais, além de cadastrar beneficiários sem intervenção do banco.

De acordo com o denunciante, para realizar o processo seria necessário somente inserir o link padrão de qualquer conta BB Previdência e substituir o “número sequencial do participante” no fim da URL por outro qualquer. Então, nome e endereço completos, CPF, data de nascimento, email, telefone, nome de entidade para portabilidade, tipo de plano e CNPJ de empresa ficariam totalmente expostos ao invasor.

Segundo informações do Banco do Brasil, a “BB Previdência é uma subsidiária da instituição, que possui independência administrativa e mantém site, sistemas e equipes de tecnologias próprios e independentes do Banco do Brasil”.

Procurado pelo Olhar Digital, o Banco do Brasil reconheceu a fragilidade no sistema da previdência e informou que retirou a página do ar. A nota da instituição enviada à repórter pode ser conferida na íntegra logo abaixo.

A BB Previdência informa que suspendeu nesta data a opção “Retirada de Patrocínio” tão logo teve conhecimento de falha na funcionalidade e que irá adotar medidas tempestivas para corrigir os problemas identificados e garantir o perfeito sigilo dos dados de seus clientes.

A opção foi criada há 20 dias e registrou desde o seu lançamento pouco mais de 400 acessos até a data de hoje. A empresa acrescenta que em nenhum momento foi possível realizar transferência de recursos para contas com CPF diferente do titular do plano de previdência. A BB Previdência mantém 46 planos de previdência, com 153 mil participantes.

Diferentemente do que diz a reportagem do Olhar Digital nunca foi possível transferir qualquer valor para beneficiários cadastrados pelo cliente. Esse registro de beneficiários existe para o caso de falecimento do participante e tem o objetivo de estabelecer quem receberá a pensão em caso de morte do participante.

Mesmo nesses casos, ainda será necessária a apresentação de documentos como atestado de óbito, documentos pessoais dos beneficiários e, se for o caso, decisões judiciais referente a espólio.

Fonte: Olhar Digital

BB cobra envio de dados bancários para agilizar Benefício Emergencial

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O Banco do Brasil (BB) alerta os profissionais da contabilidade sobre a necessidade de informar os dados bancários dos trabalhadores que serão contemplados com o Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e Renda (BEm). A instituição destaca que a falta dessa informação no cadastramento junto ao Ministério da Economia pode causar atrasos no pagamento e aglomerações nas agências. O BB iniciou o pagamento do benefício na última segunda-feira (04/05).

Os trabalhadores podem acompanhar o estágio do pagamento de seu benefício ou tirar dúvidas sobre esse processo pelo endereço bb.com.br/bem. Todas essas informações foram disponibilizadas pela instituição nesse canal.

O pagamento do BEm será efetuado diretamente na conta do trabalhador que, obrigatoriamente, deve ser o titular. Ao empregador cabe indicar ao Ministério da Economia a conta apresentada pelo beneficiário. “Aquele trabalhador cujo empregador não indicou conta para crédito, receberá o pagamento na Caixa, através da poupança social. O mesmo ocorrerá para quem tiver conta naquela instituição”, informa a instituição.

O Banco ainda esclarece que, para os clientes do BB, o crédito será efetuado na poupança variação 73, vinculada à conta indicada, evitando dessa forma a cobrança de dívidas ou tarifas. A instituição também informa como serão feitos os pagamentos para os trabalhadores que são clientes de outros bancos. “O BB enviará DOC. Se houver alguma inconsistência nos dados e o banco de destino devolver o crédito, o BB disponibilizará o benefício por meio da Carteira bB. Nesta situação, o beneficiário deverá instalar o aplicativo Carteira bB em seu celular para efetuar o cadastro e poder resgatar o valor”, explica.

Instituído por meio da Medida Provisória nº 936, de 1º de abril de 2020, o BEm tem como objetivos preservar o emprego e a renda, garantir a continuidade das atividades laborais e empresariais, reduzir o impacto social decorrente das consequências do estado de calamidade pública e de emergência de saúde pública.

Fonte: Contabilidade na TV

BB firma parceria com StartSe para incentivar vendas pela internet

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O Banco do Brasil anuncia mais uma parceria com a StartSe, desta vez para beneficiar os clientes que utilizam o Super Link da Cielo, solução que facilita o recebimento de vendas à distância por meio do e-commerce. Um dos objetivos da parceria é capacitar as empresas e microempreendedores individuais para se relacionar com os consumidores no ambiente virtual, mantendo seus negócios em meio à crise.

O e-commerce e o sistema de cobrança digital tendem a ser os principais modelos de atuação das micro e pequenas empresas neste período de isolamento social. Por isso, a Cielo incentiva o uso do link de pagamento, que pode ser enviado por e-mail, WhatsApp e Redes Sociais, sem necessidade de utilização da máquina de cartão. Além de oferecer mais praticidade para quem está comprando, a solução facilita a gestão das vendas dos micro e pequenos empresários.

Benefícios

Com a parceria, o BB busca recompensar clientes que já utilizam o Super Link e incentivar novas adesões. Os clientes habilitados para uso da solução terão acesso gratuito ao curso Jornada do Emprendedor, que conta a história da própria StartSe, e descontos exclusivos de 30% em dois outros cursos: Aprenda a Vender pela Internet, sobre estratégias de vendas à distância; e O poder da Persuasão Digital, que aborda os segredos do neuromarketing por trás do comportamento digital do consumidor.

A adesão ao Super Link não tem taxa de adesão ou mensalidade e pode ser feita no portal do BB. Todos os clientes que possuem o domicílio no BB já foram habilitados automaticamente. Após o cadastro, o cliente recebe um número de acesso de e-commerce para cadastrar o seu produto. O número de links gerados é ilimitado, ou seja, o cliente pode escolher se quer criar um link por produto ou por venda. É possível, inclusive, parcelar a venda, configurando a quantidade de parcelas que deseja aceitar para cada link gerado.

Fonte: Banco do Brasil

Contraf-CUT cobra do BB abono de três dias para grupos de riscos

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A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou ofício ao Banco do Brasil reiterando a solicitação de manutenção do abono dos dias 7, 8 e 9 de abril para os funcionários que estavam em casa à disposição do banco (situação 478) antes de o banco comunicar que utilizaria mecanismos previstos na Medida Provisória 927/2020 sobre a concessão de férias e a criação de banco de horas.

No comunicado, enviado aos gestores no dia 7 de abril, sem negociação prévia com a representação sindical e nem com os funcionários, o banco também revogou a autorização do uso do código 478 para o abono de dias, dando a possibilidade da utilização de banco de horas, outros abonos de direito dos funcionários, folgas e solicitação de licença prêmio.

“O banco cometeu um erro na comunicação aos gestores. As alternativas apresentadas em substituição ao abono pelo código 478 precisam da autorização dos funcionários. Os gestores não poderiam simplesmente acessar o sistema e fazer a alteração da situação. Precisariam do consentimento dos funcionários, mas foram levados ao erro pelo banco”, explicou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “Tampouco poderiam colocá-los em férias, devido ao prazo mínimo de 48 horas definido pela MP 927. O próprio sistema bloqueia essa possibilidade. Por isso, insistimos para que o banco mantenha o abono para estes funcionários pelo código 478 para estes três dias”, completou.

Entenda o caso

No dia 7 de abril, o banco enviou um comunicado aos gestores informando que aplicaria os termos previstos na Medida Provisória 927, permitindo, a partir daquele momento, a comunicação ao funcionário do acionamento de férias, com antecedência de apenas quarenta e oito horas.

Os funcionários que estavam em isolamento residencial, enquadrados na situação “478 – outros abonos” eram os alvos desta determinação. Como o comunicado oficial foi feito no dia 7 de abril, o prazo de 48 horas para o aviso de férias venceria no dia 9 de abril e o gozo das férias teria início em 10/4, que foi feriado nacional da Sexta-Feira Santa. Assim, o efetivo gozo das férias começaria no dia 13/4, segunda-feira.

Os gestores foram obrigados a suspender o abono pelo código 478 no próprio dia 7 de abril e, como os funcionários não podiam voltar ao trabalho por serem do grupo de risco, ou morarem com pessoas do grupo de risco, e também não poderiam conceder férias antes de 48 horas de aviso prévio, acabaram substituindo por outras situações de abono de dia que necessitariam do consentimento dos funcionários.

Ações do movimento

“Não estamos pedindo nada além do que o cumprimento da lei e do que determina nosso acordo coletivo de trabalho. Os dias 7, 8 e 9 devem ser abonados (situação 478) para todos os funcionários que estavam em casa à disposição do banco”, explicou o coordenador da CEBB.

“Já nos reunimos com o banco para tratar do assunto, que nos informou que, até aquele momento não havia instrução para que fosse concedido o abono dos dias 7, 8 e 9. Agora, mandamos o ofício com esta reivindicação e esperamos que o banco reconsidere sua posição, que é um flagrante desrespeito ao que está definido em nosso acordo. Caso, o banco insista neste desrespeito, teremos que analisar quais medidas serão tomadas”, concluiu o coordenador da CEBB.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

BB é condenado por coagir empregado a aceitar acordo de renúncia à estabilidade

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A Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho condenou o Banco do Brasil S.A. a pagar R$ 30 mil por coagir um empregado a aderir a plano de carreira mediante a renúncia de estabilidade que tinha no emprego. Para o colegiado, o acordo formulado pelo banco configurou abuso do poder diretivo.

O empregado havia sido contratado em 1976 pelo Banco de Santa Catarina (Besc), incorporado pelo BB em abril de 2009. Ele disse, na reclamação trabalhista, que teve de optar por permanecer na carreira do Besc, com direito à estabilidade, mas sem poder ocupar cargo gerencial, ou aderir à carreira do Banco do Brasil, sem estabilidade, mas com possibilidade de exercer cargo gerencial.

“Jogado às traças”

Ao optar pela estabilidade, disse que passou a sofrer coação do empregador. “Fui jogado às traças dentro do banco, passando a exercer funções de estagiário em balcão de atendimento”, declarou. Na sua avaliação, renunciar à estabilidade significaria arriscar ser demitido a qualquer momento.

Em sua defesa, o Banco do Brasil sustentou que não havia cometido nenhuma ilegalidade. “Ele poderia aderir ou não, mas por livre e espontânea vontade optou por não aderir, sem qualquer intervenção do banco”, afirmou. Ainda conforme a argumentação, o assédio moral somente ocorreria em caso de destrato, exposição ao ridículo ou submissão do empregado a violência psicológica.

Cláusula draconiana

O pedido foi julgado improcedente pelas instâncias inferiores. Mas, para o relator do recurso de revista, ministro Vieira de Mello Filho, a proposta de migração dos antigos empregados do Besc para o quadro do BB continha cláusula draconiana, ao condicionar o acesso aos cargos de gerência à renúncia à estabilidade.

Essa circunstância, a seu ver, representa prejuízo não apenas financeiro, mas existencial. “O reconhecimento e a progressão na carreira são aspirações profissionais inerentes ao trabalhador”, observou. Segundo o relator, renunciar à estabilidade representaria sacrificar o progresso na carreira, situação que gera constrangimento e discriminação ao empregado que, apesar da qualificação profissional e da experiência, jamais poderia ser promovido.

Processo: ARR-8850-88.2011.5.12.0037

O TST possui oito Turmas, cada uma composta de três ministros, com a atribuição de analisar recursos de revista, agravos, agravos de instrumento, agravos regimentais e recursos ordinários em ação cautelar. Das decisões das Turmas, a parte ainda pode, em alguns casos, recorrer à Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SBDI-1).

Fonte: Secretaria de Comunicação do Tribunal Superior do Trabalho

BB terá de devolver valores descontados de conta corrente de gerente

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O Banco do Brasil S.A. terá de devolver R$ 10 mil descontados do saldo da conta corrente de um gerente de negócios da Agência Barreiros, de Florianópolis (SC), a título de devolução do valor de auxílio-doença pago a maior pelo banco. O ato foi considerado ilegal pela Sétima Turma do Tribunal Superior do Trabalho, pois a norma coletiva determinava o desconto apenas em folha de pagamento.

O bancário disse, na reclamação trabalhista ajuizada na 7ª Vara de Trabalho de Florianópolis, que o banco realizou débitos em sua conta pessoal em julho, setembro e novembro de 2009 e em janeiro de 2011. Segundo ele, ao procurar explicações, foi informado que a dedução se referia a pagamentos feitos a maior pelo banco durante o período em que esteve em licença previdenciária.

Norma convencional

Os descontos foram considerados válidos pelo Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (SC), ao entendimento de que o procedimento era previsto em norma convencional. Para o TRT, os descontos referiam-se a acerto financeiro de valores pagos a mais em folhas de salário anteriores, entre eles adiantamentos do auxílio-doença, e sua não restituição poderia representar enriquecimento ilícito do gerente.

O relator do recurso de revista do empregado, ministro Vieira de Mello Filho, observou que havia norma coletiva que autorizava o ressarcimento com determinação expressa de que o desconto fosse efetuado em folha de pagamento e, portanto, caberia ao banco adiar a cobrança para o mês em que houvesse saldo de salário suficiente. Para Vieira de Mello, a iniciativa de efetuar os descontos diretamente do saldo da conta do funcionário foi abusiva.

Dano moral

Em razão dos descontos, o gerente pediu o pagamento de indenização de R$ 370 mil por danos morais porque, no seu entendimento, o banco havia confundido a relação de emprego com a relação com cliente. Ele também sustentou que os descontos haviam resultado na inclusão de seu nome em cadastro de inadimplentes, pois sua conta corrente passou a apresentar saldo negativo.

Nesse ponto, todavia, o relator manteve a decisão das instâncias anteriores no sentido da improcedência do pedido. Segundo o ministro, o dano moral não está relacionado automaticamente com a infração contratual e depende de prova – situações como atraso no pagamento de contas, lesão à imagem do empregado ou comprovada impossibilidade de arcar com necessidades elementares, o que não ficou demonstrado no caso.

A decisão foi unânime.

Processo: ARR-8850-88.2011.5.12.0037

O TST possui oito Turmas, cada uma composta de três ministros, com a atribuição de analisar recursos de revista, agravos, agravos de instrumento, agravos regimentais e recursos ordinários em ação cautelar. Das decisões das Turmas, a parte ainda pode, em alguns casos, recorrer à Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SBDI-1).

Fonte: Secretaria de Comunicação do Tribunal Superior do Trabalho

JT julga repercussão de parcelas deferidas sobre contribuições à previdência

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A Quinta Turma do Tribunal Superior do Trabalho declarou a competência da Justiça do Trabalho para julgar o pedido de um aposentado do Banco do Brasil S.A. de Betim (MG) de recolhimento das contribuições a entidade de previdência privada sobre parcelas trabalhistas reconhecidas em juízo.

O banco foi condenado, na reclamação trabalhista, ao pagamento de valores relativos a auxílio-alimentação e horas extras. O juízo de primeiro grau e o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG), no entanto, declararam a incompetência da Justiça do Trabalho para determinar o repasse das repercussões das verbas deferidas à Previ, entidade de previdência complementar dos empregados do BB. Segundo o TRT, o Supremo Tribunal Federal definiu que é da Justiça Comum a competência para julgar ações entre trabalhadores e entidades de previdência privada.

Obrigação mútua

No recurso de revista, o bancário sustentou que a ação não é contra a Previ, mas contra o Banco do Brasil. Segundo ele, faz parte da obrigação mútua firmada entre empregador e empregado o recolhimento isonômico de percentual sobre o salário recebido e pago visando à complementação de aposentadoria.

O relator, ministro Douglas Alencar, observou que o empregado não pediu a repercussão das verbas salariais, reconhecidas em juízo, na complementação de aposentadoria. O que pretende o empregado, segundo ele, é que se determine o recolhimento das contribuições sociais devidas pelo banco à Previ em relação ao objeto da condenação. Ele explicou que, em casos semelhantes, a Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1), responsável pela uniformização da jurisprudência do TST, concluiu que a obrigação de o empregador recolher as contribuições para a entidade de previdência não se confunde com a responsabilidade pelo pagamento da própria complementação de aposentadoria.

O processo deverá retornar à Vara de origem para novo julgamento.

Processo: ARR-2225-81.2014.5.03.0005

O TST possui oito Turmas, cada uma composta de três ministros, com a atribuição de analisar recursos de revista, agravos, agravos de instrumento, agravos regimentais e recursos ordinários em ação cautelar. Das decisões das Turmas, a parte ainda pode, em alguns casos, recorrer à Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SBDI-1).

Fonte: Secretaria de Comunicação do Tribunal Superior do Trabalho