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Bancos terão de fechar 30% das agências em até 3 anos para manter rentabilidade

Publicado em: 18/03/2021

Os cinco maiores bancos brasileiros, com quase R$ 8 trilhões de ativos em mãos, precisam enxugar 30% de sua rede de agências físicas em no máximo três anos, aponta estudo exclusivo feito pela consultoria alemã Roland Berger e obtido pelo Estadão/Broadcast. Isso significa fechar as portas de cerca de 5 mil unidades de alvenaria, de um total de 16.704, somados Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco, Santander Brasil e Caixa Econômica Federal, conforme dados do Banco Central do fim de fevereiro.

O fechamento de agências resulta da pressão por corte de custos e eficiência diante do ‘novo normal’ do sistema financeiro, de acordo com a Roland Berger. Se antes essa já era uma realidade com a multiplicação de fintechs, com a pandemia, que acelerou o processo de digitalização dos brasileiros, só fez crescer.

“Os bancos brasileiros vão precisar encerrar pelo menos 30% de suas agências no curto prazo, no máximo, em dois anos. Estamos falando de 5 mil agências dos 5 maiores bancos”, afirma o presidente da consultoria alemã Roland Berger, Antônio Bernardo, em entrevista ao Estadão/Broadcast.

De acordo com ele, a mudança de comportamento dos clientes a reboque da covid-19 coloca a rentabilidade dos bancos brasileiros, ainda elevada frente aos pares internacionais, na berlinda. O retorno sob o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) já foi afetado com o aumento das provisões para devedores duvidosos, as chamadas PDDs, reforçadas para fazer frente à inadimplência.

Berger destaca que apesar do cenário a rentabilidade dos bancos nacionais ainda é alta mas se esta transformação não ocorrer o lucro vai diminuir e eles vão ficar menos atrativos. “Se os bancos brasileiros não se transformarem – e as agências são só uma das mudanças -, a rentabilidade vai baixar mais, ficando menos atrativos para investidores”, disse.

Digitalização do dinheiro

Para aumentar sua competitividade os bancos vem investindo na digitalização da economia e somente em tecnologia para ‘digitalização do dinheiro’ os bancos investem anualmente cerca de R$ 19,6 bilhões, segundo a Febraban que também destaca que cada vez mais, os clientes também pagam suas contas e fazem transferências de valores pelos canais digitais.

Segundo o diretor de Canais Digitais e Experiência do Cliente do Bradesco, Marcelo Frontini, 97% das transações no banco já são realizadas em canais digitais.

Além disso, a digitalização do dinheiro pelos bancos no Brasil também pode envolver Bitcoin e criptomoedas já que Eduardo Abreu, vice-presidente de Novos Negócios da Visa do Brasil, revelou que a empresa já está trabalhando na integração de criptoativos e instituições financeiras no Basil.

A primeira solução a ser disponibilizada, segundo ele, será um conjunto de APIs voltados a bancos para que estes possam oferecer criptomoedas aos seus clientes.

Abreu também revelou que a empresa já está conversando com grandes bancos digitais no Brasil que podem aderir ao serviço e oferecer Bitcoin a seus clientes e embora não tenha revelado o nome das instituições, um levantamento do Cointelegraph revelou que no radar da empresa estão Nubank, Inter e C6.

“Primeiro, estamos conversando com os bancos mais digitais. Isso porque são os que têm mais perfil para esses clientes (de criptos)”, revelou.

Fonte: Estadão com Cointelegraph

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