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Cassi: entidades melhoram proposta e atendem anseios do corpo social

Publicado em: 30/10/2019

Correndo contra o tempo, a Diretoria Executiva e o Conselho Deliberativo da Cassi aprovaram nesta sexta-feira (25/10) o encaminhamento ao Banco do Brasil da proposta negociada com as entidades (ANABB, AAFBB, Contraf-CUT e FAABB) para realização de nova consulta ao corpo social.

Dada a grave situação financeira da Cassi, que está sendo vivenciada por todos os associados, as melhorias apresentadas pelas entidades buscam contemplar mais fortemente os anseios dos associados e o equilíbrio das contas da Caixa de Assistência.

Agora, é aguardar a aprovação do patrocinador. Na sequência, a proposta será submetida para decisão do corpo social sobre o futuro da Cassi. O texto contém alterações nos pontos mais questionados pelos associados na proposta aprovada em maio de 2019, que não alcançou os 2/3 do quórum estatutário, preservando os principais direitos do corpo social.

A urgente situação financeira da Cassi não permite estender as negociações para 2020. Com o encerramento do exercício, a Cassi deixa de receber cerca de R$ 700 milhões de recursos orçados para 2019 pelo BB (taxa de administração e contribuição por dependente retroativas). Além disso, a partir de janeiro cessam as contribuições extraordinárias decorrentes do Memorando de Entendimentos, com redução de receitas da ordem de R$ 600 milhões/ano.

O importante objetivo da proposta é reverter a não conformidade de todos os indicadores financeiros da Cassi, que estão sendo amplamente divulgados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS):

Resultado Líquido R$ -58.062
Patrimônio Social R$ -120.202
Patrimônio Social Ajustado R$ -137.145
Insuficiência de Margem de Solvência R$ -905.556
Ativo Garantidor R$ -116.965

Programa de Saneamento até 23 de novembro

A diretora fiscal da Cassi, nomeada pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), comunicou, na quarta-feira 23, que a entidade deve apresentar até dia 23 de novembro um Programa de Saneamento a ser cumprido em 24 meses. O objetivo é garantir a recuperação do equilíbrio financeiro, do Patrimônio Líquido, da Margem de Solvência e a constituição de ativos garantidores para suportar as provisões técnicas. As informações são da Contraf-CUT.

De acordo com nota emitida pelo presidente da Cassi, Dênis Corrêa, disponível no site da entidade, o Patrimônio Líquido é negativo em R$ 137 milhões, a insuficiência na margem de solvência é de R$ 905 milhões e os ativos garantidores estão negativos em R$ 116 milhões. A soma destes números chega na casa do R$ 1,2 bilhão, valor necessário para recuperar as reservas e readquirir o equilíbrio.

O Programa de Saneamento exigido pela representante da ANS deverá estar aprovado dentro de 30 dias e, pelos dados disponibilizados publicamente pela Cassi, exigirá um aporte extraordinário, do banco e dos associados, de R$ 1,2 bilhão. Além disso, a Cassi terá de rever o seu plano de custeio para que tenha recursos suficientes para manter o equilíbrio entre receitas e despesas. De acordo com Dênis Corrêa, em agosto, a Caixa de Assistência fechou com déficit de R$ 58 milhões.

“A situação não é nada fácil. Mas, vamos continuar cobrando da Cassi e do Banco do Brasil o compromisso de encontrarmos uma solução. É preciso que o banco cumpra sua parte nos ajustes necessários para que a assistência à saúde dos funcionários da ativa, aposentados e seus familiares não seja prejudicada”, afirmou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

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