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Cassi: imbróglio bilionário que merece muita atenção de todos

Publicado em: 18/06/2018

“A AGEBB tem um interesse especial nas mudanças sugeridas para a Cassi pois, assim como acontece no Instituto de Seguridade Social Economus, qualquer alteração que seja prejudicial aos seus associados não terá a nossa anuência e trabalharemos para que não venham a ser implementadas”. A frase do vicepresidente Ronald Feres ressalta o quanto a AGEBB está alerta e acompanhando de perto a situação da Cassi. A preocupação da associação de gerentes tem lá seus motivos. O BB apresentou, no fim de maio, a nova proposta de sustentabilidade para a Cassi, desta vez na própria governança da entidade, depois de aguardar a mesa de negociações para discutir e avançar sobre a proposta inicial, o que não ocorreu. “Queremos uma Cassi para todos e isso inclui os funcionários dos bancos incorporados, que têm direito de aderir ao plano, afinal vão se aposentar pelo patrocinador BB”, justifica Francisco Vianna Oliveira Junior.

Em fevereiro, o BB entregou à Cassi um diagnóstico da Accenture, cuja síntese foi apresentada aos representantes das entidades. Nele, constava um plano de ajustes de curto prazo, ao mesmo tempo em que o BB noticiou o adiantamento de quatro anos da contribuição patronal sobre o 13º salário, no valor de 323 milhões de reais, em três parcelas. O diagnóstico da Accenture revelou que a Cassi carece de mudanças para resolver limitações estruturais que se agravaram ao longo do tempo e provocaram os déficits hoje existentes. A consultoria diz que as contribuições para o custeio do plano de associados não são suficientes para a cobertura das despesas assistenciais.

Nesse cenário, a proposta inicial do BB prevê aumento na coparticipação do associado em exames e em consultas, o que vai onerar o participante, principalmente aqueles que recebem os menores salários. Para se ter uma ideia, um funcionário na ativa que tenha dois dependentes e que ocupe cargo igual ou inferior a uma gerência média, por exemplo, já atingirá o limite de 8%. Parte da gerência média e assessores, nas mesmas condições, teria sua contribuição aumentada para 6,3%. Já o gerente de área ou gerente-geral de agência ou cargo superior teria sua contribuição aumentada para até 5,7%.

A nova proposta do BB está publicada no site bbnegociacaocoletiva.com.br e na Plataforma BB, Comunicação, Destaques. Depois de análise da diretoria executiva da Cassi, ela irá para o Conselho Deliberativo. Caso seja aprovada, vai para consulta do corpo social. “Essa oportunidade é única e de extrema importância a avaliação de todos os funcionários, principalmente dos incorporados, para que os direitos sejam respeitados”, destaca o presidente da AGEBB.

Cumprindo o que determina a Resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR), do Ministério do Planejamento, o edital do concurso para novos escriturários do BB, realizado em março, não prevê aos novos funcionários da instituição financeira o direito à assistência de saúde. Trocando em miúdos, os futuros funcionários do banco não terão direito de aderir à Cassi. A notícia causou surpresa entre muitos participantes do processo.

Fonte: AGEBB

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