Boa tarde! Hoje é quinta, 25 de abril de 2024

(11) 3104-4441

Plano estratégico do BB não depende de novo governo, diz executivo

Publicado em: 20/09/2018

O Banco do Brasil tem uma visão de negócios mais longa que a duração do mandato do próximo governo federal e a execução do plano estratégico ocorrerá independentemente de quem ganhar as próximas eleições, disse ontem o gerente-geral de relações com investidores do banco Daniel Maria. “Certamente o presidente [da República] é uma peça importante, mas o plano acontece independentemente do presidente ou do governo”, afirmou o executivo em reunião da Apimec com investidores no Rio. Ele lembrou que o governo é o controlador, mas há uma “diversidade de acionistas”. “O banco tem os minoritários e tem uma responsabilidade com este grupo”, disse.

Maria afirmou ainda que a administração dos custos e da base de clientes, além da gestão da carteira de crédito são fatores que independem do novo governante do país. “No banco, estamos acostumados com ciclos e mudanças de governo e temos uma visão estratégica bem mais longa que o período de um governo”, afirmou, destacando a importância da estrutura de governança corporativa.

Segundo ele, uma potencial utilização dos bancos públicos para fomentar o crescimento do crédito no país depende de como seria estruturada. A proposta faz parte do plano de governo do candidato do PT à presidência, Fernando Haddad. Para Maria, é difícil comentar a proposta sem detalhes, mas qualquer implementação depende de uma decisão do próprio banco e também do Banco Central (BC), além de respeitar a governança da instituição.

“O banco tem de ver como seria estruturado isso. E eu imagino que qualquer movimento dessa natureza tem um racional de mercado, como você faz a remuneração, a redução da tributação e como funcionariam esses aspectos. É difícil falar sobre alguma coisa que você ainda não tem informações a respeito”, disse ao Valor.

Segundo o plano de governo do PT, o aprofundamento da competição bancária deverá ser estimulada pelos bancos públicos – além do BB, a Caixa Econômica Federal e o BNDES – e pela difusão de novas instituições de poupança e crédito. O PT propõe a adoção de tributação progressiva sobre os bancos, com alíquotas reduzidas para os que oferecerem crédito a custo menor e prazos mais longos.

O executivo do BB afirmou que na implementação de qualquer plataforma, há a discussão com o acionista majoritário, mas a lógica do negócio precisa ser analisada e a governança deve ser preservada. “Até mesmo porque você está sujeito às regras prudenciais do Banco Central, que são muito bem definidas. O Banco Central foi um dos primeiros bancos a implementar a Basileia 3, isso começou em 2003. E a tecnocracia do Banco Central desenhou um modelo de forma a gerar um controle de capital e um controle sobre os bancos bastante estrito”, continuou.

Durante a apresentação, os executivos do banco reforçaram o entendimento do presidente Paulo Caffarelli de que a evolução do ROE (retorno sobre patrimônio líquido) é um dos objetivos estratégicos do banco, no sentido de buscar uma rentabilidade mais próxima dos pares privados. “Temos focado em melhor alocação do capital, priorizando um melhor retorno, diversificando receitas e ampliando a prestação de serviços, além de um rigoroso controle de despesas administrativas”, disse.

Fonte: Valor Econômico

Fale Conosco
Precisa de Assessoria Jurídica?
Olá, tudo bem? Como a Assessoria Jurídica pode ajudar você? Mande sua dúvida ou informação que necessita.