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Presidente do BB critica apenas escriturário como forma de ingresso

Publicado em: 17/06/2020

O próximo concurso Banco do Brasil (BB) está previsto para este ano, com vagas para o cargo de escriturário. Apesar disso, o presidente do banco, Rubem Novaes, voltou a defender a privatização do BB nesta segunda-feira, 8. Além disso, mostrou-se contrário ao fato de o banco ter apenas o escriturário como porta de entrada.

A afirmação foi feita durante sua participação na comissão mista da Covid-19 do Congresso, para informar aos parlamentares as ações do Banco do Brasil no combate aos danos causados pela pandemia. Durante sua participação, o presidente do Banco do Brasil afirmou que a instituição deve ter dificuldades de se adaptar aos desafios tecnológicos e de gestão diante das mudanças que o Banco Central (BC) analisa para o setor, o que inclui novos modelos de empresas financeiras, como as fintechs.

“O mundo bancário vai mudar radicalmente. As empresas bancárias serão cada vez mais empresas de tecnologia”, avaliou.

Com base nas mudanças tecnológicas, o presidente do BB entende que, com “as amarras do setor público”, o Banco do Brasil não terá a capacidade de adaptação necessária. “Apesar de extremamente eficiente, ele [Banco do Brasil] compete com outros bancos com bolas de chumbo amarradas a seus pés”, declarou, citando os mecanismos de controle ao qual o banco é submetido.

Escriturário como porta de entrada

O presidente ainda criticou a porta de entrada na instituição apenas por meio do cargo de escriturário. Segundo ele, é preciso ter pessoas cada vez mais com perfil tecnológico no banco, criticando assim o escriturário tradicional, carreira do BB.

“A porta de entrada do BB é um concurso de escriturário. Essa porta de entrada tem que ser alterada, tem que colocar gente cada vez mais com perfil tecnológico no banco”, disse o presidente, que completou: “Essas transformações, que serão necessárias, serão feitas de maneira pouco adequada, se nós continuarmos presos às amarras do setor público. É pensando no benefício do banco que falo em privatização.”

O deputado Mauro Benevides Filho (PDT) estranhou que Novaes tenha passado boa parte da sua apresentação inicial destacando títulos conquistados pelo banco como o de “Mais Inovador da América Latina”, concedido pela revista Global Finance, e, em seguida, tenha afirmado que é preciso se desfazer da instituição.

O deputado Reginaldo Lopes (PT) também discordou de Novaes. Ele disse que o Banco do Brasil, como um banco público, tem um importante papel para o desenvolvimento da economia brasileira. “Ele deveria continuar sendo do povo brasileiro. É fundamental ele continuar apoiando a agricultura. E, evidente, ele não pode ter uma lógica só de ter lucros”, salientou o deputado.

Fonte: Folha Dirigida

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