Rossi conclui acordo e reestrutura dívida com Bradesco e BB

Publicado em: 22/03/2018

SÃO PAULO – A Rossi Residencial informou em comunicado que seu conselho de administração aprovou os termos de acordo de renegociação de dívidas com Bradesco e Banco do Brasil, que, em conjunto, representam um montante de R$ 1,27 bilhão.

A dívida do Bradesco, avaliada em R$ 1,02 bilhão, terá sua maior parte quitada com a entrega de ativos que já eram utilizados como garantia do débito. Do montante, R$ 315 milhões em ativos terão efeito imediato de amortização, mas a empresa estima que o saldo total quitado com ativos possa chegar a R$ 755 milhões. O abatimento remanescente “poderá ser consumado ao longo de 2018, à medida que as transferências de todos esses ativos sejam formalizadas”, afirma o comunicado.

Os cerca de R$ 265 milhões remanescentes terão prazo alongado de pagamento. Serão dois anos de carência para o valor principal e juros. Nos cinco anos seguintes, ou seja, a partir de 2020, o pagamento será escalonado, sendo 5% no primeiro ano e cerca de 55% no sétimo e último ano do contrato.

Com relação ao Banco do Brasil, o saldo de R$ 250 milhões terá aproximadamente 35% abatido com os recebíveis provenientes da venda de imóveis que são atualmente garantia das referidas dívidas. Os 65% de saldo também terão prazo de pagamento estendido. A companhia não detalhou os prazos nesse caso.

Segundo fontes do mercado financeiro que acompanham a companhia, a negociação soluciona cerca de 90% da dívida corporativa da companhia e os termos do Banco do Brasil para quitação do saldo são semelhantes ao do Bradesco.

De acordo com a mesma fonte, a entrega dos ativos utilizados como garantia não deve afetar de maneira significativa o banco de terrenos da companhia.

A avaliação é de que, após a entrega dos ativos, o valor geral de vendas (VGV) do banco de terrenos seja da ordem R$ 4,5 bilhões. No terceiro trimestre de 2017, a parte da Rossi no banco de terrenos era avaliada em R$ 6 bilhões de VGV.

O movimento faz parte do processo de reestruturação da Rossi, anunciado em dezembro do ano passado. Na ocasião, a empresa ainda negociava com os bancos os termos dos acordos.

Após essa virada de página, a empresa pretende retomar de vez os lançamentos, após ficar dois anos e meio sem novos empreendimentos.

A expectativa do mercado é de que a alavancagem, de cerca de oito vezes no terceiro trimestre do ano passado recue para três vezes após a conclusão do acordo.

Fonte: Valor Econômico

Livelo, empresa de fidelidade do BB e Bradesco, tem primeiro lucro

Publicado em: 08/03/2018

A Livelo, empresa de fidelidade controlada pelo Bradesco e Banco do Brasil, teve lucro líquido de R$ 7,5 milhões em 2017, revertendo perda de R$ 70 milhões apurada em 2016. O presidente da companhia, Alexandre Rappaport, disse que a meta para 2018 é ter ganho líquido de R$ 90 milhões a R$ 100 milhões.

“Já atingimos o break-even operacional. Já o investimento [feito pelos bancos na empresa] será pago ao longo de 2019”, disse o executivo, referindo-se às despesas em tecnologia, administrativas, de pessoal e marketing, que somaram R$ 200 milhões.

Lançada em junho de 2016, a Livelo fechou 2017 com receita de R$ 974,3 milhões. Rappaport não revelou a receita líquida da empresa em 2016. “Não podemos comparar a receita de 2017 com 2016 porque começamos a operação com pontos que estavam nos bancos e que foram colocados na Livelo”, disse.

Nas empresas de fidelidade, a receita líquida é apurada quando os pontos são resgatados. Segundo Rappaport, a Livelo teve no quarto trimestre de 2017 um volume de resgates 30% superior ao apurado em igual período de 2016, enquanto a receita líquida entre outubro e dezembro do ano passado avançou 194% sobre um ano antes.

O saldo de caixa da Livelo em 31 de dezembro de 2017 atingiu R$ 1,03 bilhão, aumento de 145% sobre o valor de um ano antes.

Quando foi criada, a Livelo recebeu como aporte dos controladores, Bradesco e Banco do Brasil, os pontos que os cerca de 10 milhões de portadores de cartões de crédito desses dois bancos tinham nas respectivas instituições. Só a partir de então começou a acumular na própria empresa a pontuação desses clientes. “Fomos criando nosso estoque próprio de pontos. Hoje, cerca de 75% dos pontos da Livelo foram acumulados na própria empresa”, disse Rappaport.

O presidente da Livelo disse que o crescimento da empresa tem sido alimentado pelo aumento da base e maior engajamento de clientes. O número de participantes da empresa aumentou 8% para 16,2 milhões.
Esses consumidores fizeram 2,5 milhões de resgates, sendo 50% dessas transações trocas por produtos de varejo e a outra metade por passagens aéreas.

A rede de parceiros da Livelo é formada por 40 empresas, como FastShop, Magazine Luiza, Netshoes, Zattini, Zarpo e Submarino Viagens, e companhias aéreas domésticas e estrangeiras.

As empresas de fidelidade das companhias aéreas — Smiles (da Gol), Multiplus (Latam), Tudo Azul (Azul), e Amigo (Avianca Brasil), além da Dotz, a maior do varejo no Brasil, também têm relações comerciais com a Livelo, uma vez que os pontos acumulados no Bradesco e no Banco do Brasil podem ser transferidos para essas concorrentes.

O presidente da Livelo disse que a entrada da companhia controlada por Bradesco e Banco do Brasil no mercado aumentou o poder de negociação dos bancos na comercialização de pontos com as concorrentes de fidelidade Smiles e Multiplus. “Existe uma disputa maior entre os programas [de fidelidade] das aéreas pelos pontos dos bancos. Os bancos gastavam R$ 4 bilhões com programas de fidelidade e não ofereciam uma experiência de resgates que fosse emocional”, disse Rappaport.

O presidente da Livelo disse que a empresa vai manter investimento na plataforma para atrair a maior quantidade possível de resgates dentro da empresa.

Um vetor de crescimento para resgates da Livelo será a de permitir aos usuários usar pontos mais dinheiro, o chamado “ponto mais dinheiro”, a expansão do clube de pontos, em que o usuário paga uma mensalidade para ter um acúmulo fixo de pontuação; a ampliação das parcerias de varejo.

A empresa também planeja aumentar a participação da oferta de pontos no segmento corporativo, por meio do Livelo Incentivo, que premia equipes de vendas e profissionais de empresas.

Rappaport disse que o crescimento orgânico da Livelo este ano também será alimentado pelo avanço da taxa de penetração dos programas de fidelidade no país. “O mercado ainda tem muito o que crescer”, afirmou, referindo-se ao percentual de brasileiros que usam programas de fidelidade.

Enquanto em países como Chile, Estados Unidos e Canadá, o percentual de consumidores que fazem parte de algum programa de fidelidade varia de 30% a 80%, no Brasil esse índice é inferior a 20%.

Fonte: Valor Econômico

Bancos, inclusive BB, voltam a abrir torneiras a PMEs, mesmo com risco de inadimplência alta

Publicado em: 22/02/2018

Ávidos para acelerar os resultados com crédito na esteira da economia que sai da recessão, os bancos brasileiros retomaram com força a concessão de empréstimos para pequenas e médias empresas, ampliando um movimento que já vinha acontecendo no financiamento ao consumo.

O segmento foi destaque de crescimento dos três maiores bancos privados listados em bolsa no país no quarto trimestre, tendo a maior alta sequencial em pelo menos quatro anos no Santander Brasil e no Itaú Unibanco e o primeiro avanço no Bradesco em cinco trimestres.

O Banco do Brasil, que divulga seus resultados do período na quinta-feira, também deve apresentar expansão nos empréstimos para empresas menores, segundo fontes da indústria financeira.

O movimento representa uma forte mudança de postura dos bancos e parece ousado demais, se levar em conta que 4,937 milhões de micro e pequenas empresas estavam inadimplentes no fim de 2017, um recorde segundo a Serasa Experian.

Nos últimos anos, antes mesmo da forte recessão que atingiu o país em 2015 e 2016, as empresas de menor porte lideraram o repique nos índices de inadimplência dos bancos, que passaram a pedir mais garantias antes de rolar dívidas ou conceder novos empréstimos.

Dada a característica desse mercado, em que as linhas como capital de giro e antecipação de recebíveis na maior parte das vezes não oferecem garantias, os credores fecharam as torneiras para o setor, preferindo se focar nas linhas com seguras, como os créditos consignado e imobiliário para pessoas físicas.

Porém, com a economia se recuperando nos últimos meses e a taxa básica de juros caindo a mínimas históricas, os grandes entenderam que têm folga para aumentar o apetite por risco.

“Os níveis de inadimplência caíram para um nível que os bancos entenderam que têm uma folga para correr mais riscos”, disse um executivo de um grande banco à Reuters. “Mesmo que a inadimplência suba um pouco, se as margens compensarem, a relação risco/retorno vale a pena”, acrescentou a fonte, que pediu anonimato.

A leitura dos bancos é de que, com a economia em recuperação, a nova safra de crédito deve vir com melhor qualidade. Na realidade, isto já está acontecendo. Os índices antecedentes de inadimplência foram unânimes nesta direção.

No Santander o índice de inadimplência do setor até 90 dias caiu 0,6 ponto percentual na passagem do terceiro para o quarto trimestre. No Bradesco, esse indicador atingiu o piso em pelo menos quatro anos. No Itaú, o NPL formation, também uma prévia da deterioração futura, caiu pelo quinto trimestre seguido, para o menor nível em dois anos.

Esse movimento de alguma forma ajuda a explicar a expansão recente dessa carteira, chamada no jargão do mercado de PME. De setembro a dezembro, a carteira de pequena e média empresa cresceu 4,1 por cento no Santander Brasil, 4,6 por cento no Itaú Unibanco e 1,5 por cento no Bradesco. Pela indicação dos próprios credores, essa tendência deve se prolongar neste ano.

Junto com as linhas para pessoas físicas, “as de pequenas e médias empresas devem liderar o crescimento do crédito do Itaú Unibanco em 2018, disse o presidente-executivo do banco, Candido Bracher, ao comentar os resultados do quarto trimestre.

Concorrência

Outro componente que pode ajudar a explicar a reviravolta dos bancos em relação ao setor é a ainda sutil, mas crescente concorrência de outras fontes de financiamento.

Com as portas praticamente fechadas nos grandes bancos, microempreendedores, comerciantes e donos de pequenos negócios que vão de manufatura a prestação de serviços têm buscado refúgio em instituições como fintechs e outras empresas especializadas no chamado peer to peer (P2P), que faz intermediação entre tomadores e concessores de recursos.

Empreendedores de fintechs de crédito, como Banco Inter, Creditas e Geru, inicialmente criadas para atender o varejo, dizem que pelo menos 30 por cento de operações de valores maiores, de dezenas, centenas ou mesmo milhão de reais, são tomados por pessoas físicas para sanear negócios próprios.

“Têm desde gente tomando crédito para reformar clínica odontológica e para abrir padarias”, diz Sergio Furio, fundador e presidente da Creditas, especializada em crédito com garantia.

Em paralelo, instituições especializadas no P2P têm crescido velozmente. A SRM, gestora de FIDCs especializada em linhas como capital de giro para empresas com faturamento entre 50 milhões e 3,5 bilhões de reais por ano, fez cerca de 6 bilhões de reais em empréstimos no ano passado.

“Para este ano, a meta é fazer 10 bilhões de reais”, diz o fundador e presidente da SRM, Marcos Rafael Mansur.

Fonte: Época Negócios

BB, Bradesco, Itaú e Santander rejeitam pedido de empréstimo da Odebrecht

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A Odebrecht procurou Bradesco, Banco do Brasil, Itaú Unibanco e Santander para negociar novo empréstimo de R$ 3,5 bilhões para pagar dívidas e tocar projetos no curto prazo. Mas a empresa tem enfrentado resistência dos bancos, que estão dispostos a liberar um valor menor, cerca de R$ 1 bilhão, conforme apurou o Estadão/Broadcast. O montante em negociação foi antecipado pelo jornal Valor Econômico.

O avanço na negociação com os bancos, conforme uma fonte do mercado financeiro, dependerá da contrapartida que a Odebrecht vai oferecer para obter dinheiro novo.

Os credores, que ainda não bateram o martelo nem demonstraram apetite, defendem que é preciso limitar o endividamento do grupo e de suas empresas e verificar a real necessidade do recurso novo a despeito do esforço de reestruturação de dívidas e venda de ativos. “A Odebrecht ainda está estruturando as proposições”, afirma uma fonte próxima às conversas com os bancos, na condição de anonimato.

A Odebrecht teria oferecido aos bancos, de acordo com outra fonte, usar novamente as ações da Braskem, que tiveram forte valorização recentemente. Essa estrutura foi usada desde a reestruturação da dívida da Atvos (ex-Agroindustrial). Como os papéis da Braskem estão valorizados – em um ano subiram mais de 35% -, o objetivo da Odebrecht é obter mais dinheiro com a mesma garantia.

A liberação de novos recursos também dependerá de um consenso entre os bancos credores. Isso porque existe uma espécie de “pacto” das instituições financeiras em relação ao endividamento da Odebrecht.

Não há nada formal, mas, segundo uma fonte, há um “combinado” entre os bancos para que movimentações de crédito para a companhia só ocorrerão com o aval de todos.

O apetite limitado dos bancos credores não é à toa. Essas instituições aportaram volumes relevantes de recursos na companhia logo após a prisão de Marcelo Odebrecht, evitando que o grupo enfrentasse uma recuperação judicial.

Apesar de duros na negociação, os bancos não querem que a Odebrecht se torne mais um caso de inadimplência em seus balanços. Pesa, sobretudo, o fato de essas instituições financeiras estarem saindo da pior crise em termos de calotes e ainda lidarem com casos específicos no setor corporativo trimestre após trimestre. Por isso, devem buscar uma alternativa.

Dívidas

Um dos maiores gargalos de curto prazo está na dívida de R$ 500 milhões em bônus emitidos no exterior pelo braço financeiro do grupo e garantidos pela construtora, que está no foco da Odebrecht para evitar a insolvência. Esses papéis têm vencimento em abril. Os demais títulos de dívida (bônus) vencem a partir de 2020.

No momento, a holding estuda como pode, de acordo com uma fonte, apoiar eventual reestruturação no exterior dessa dívida, que não estaria considerada no crédito novo que o grupo pleiteia com credores locais. A capitalização da construtora é tida como a etapa final da reestruturação dos negócios do grupo. Procurados, Bradesco, BB, Itaú, Santander não comentaram. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Exame

Open banking movimenta setor e tende a se consolidar em 2018

Publicado em: 16/02/2018

Em linha com a agenda BC+ para incitar a oferta de novos serviços e a concorrência, abertura de protocolos ganha força entre os bancos e pode ter regulação específica neste ano

Este ano será marcado pela consolidação do open banking no sistema financeiro brasileiro. O movimento já traz maior concorrência ao setor e a tendência é que haja uma regulação específica até 2019.

No open banking, instituições financeiras disponibilizem parte de seus protocolos (ou APIs) para terceiros, permitindo a criação de produtos integrados e uma eventual descentralização do sistema bancário.

Incentivada pela regulação em diversos países (ver infográfico) e na pauta do Banco Central, a discussão ganhou força no Brasil em 2017 com o lançamento do Portal do Desenvolvedor pelo Banco do Brasil.

“Estamos bem à frente dos concorrentes nessa jornada de open banking, mas conforme cresça a adesão dos outros players, será visível a maior eficiência de todo o sistema”, comenta o diretor de negócios digitais do BB, Marco Mastroeni.

No Bradesco, o lançamento de um programa estruturado ocorrerá em breve. “Estamos prontos para o mundo da agregação. Nós trabalhamos nos últimos três anos para operar em regime open banking. A decisão de executar essa estratégia deve acontecer ao longo de 2018”, afirmou o vice-presidente do banco, Maurício Minas.

Os casos não são isolados; prestadora de serviços de TI para o setor financeiro, a Sensedia está envolvida com “cerca de 10 clientes do segmento bancário em projetos de open banking”, de acordo com o CEO, Kléber Bacili.

O mesmo cenário é verificado na Everis. “Todos, sem exceção, estão envolvidos”, alega o diretor da área de bancos da consultoria em TI, Ignácio Nuñez.

Parte da movimentação é fruto da pressão exercida pela entrada de novos players com forte abordagem digital e mais populares entre pessoas mais jovens.

“O cliente não necessariamente ama o banco”, observou Claudia Woods, diretora de varejo do Banco Original – que também tem os protocolos abertos para desenvolvedores. “Agora se meu banco está integrado com um site de compra de carros, facilitando o meu financiamento, isso muda a percepção.”

A executiva pondera, ainda, que a integração entre os bancos e os demais nichos de mercado deve incentivar a criação de uma regulamentação específica no mercado “neste ou no próximo ano”.

“Como muitos países já mostram a formalização de normas legislativas que obrigam os bancos a abrirem seus protocolos, a tendência do Brasil é de seguir esse caminho”, avalia Woods.

Procurado pelo DCI, o Banco Central afirmou, em nota, que “tem acompanhado e estudado as inovações no segmento”.

“Nesse sentido, o open banking é um dos temas de interesse, tendo em conta o potencial impacto na oferta de novos serviços financeiros e sobre a concorrência.”

Competição tecnológica
A possibilidade de competição bancária se expande até mesmo para empresas de tecnologia.

Entre as pioneiras que realizaram integração com o BB está a Conta Azul. Dona de um software de gestão empresarial (ou ERP) na nuvem para pequenas, a empresa faturou cerca de R$ 40 milhões em 2017, tendo como principal impulso a parceria com o banco.

Anunciada em setembro, a relação permite que clientes em comum do banco e da jovem companhia realizem conciliação bancária de forma automática dentro do próprio ERP. “Ligar a plataforma do cliente ao internet banking faz com que ele evite muito trabalho manual”, disse o CEO da Conta Azul, Vinicius Roveda.

“Muitos novos clientes veem a facilidade e adotam o BB como conta primária”, afirma o executivo – que já vê clima para a replicação do projeto junto a novos parceiros. “Os bancos privados querem fazer tudo sozinhos, mas é uma coisa que o mundo está mostrando que não funciona”, pontua Roveda.

Abordagem semelhante também está presente no MarketUP, que também oferece ERP na nuvem para empresas de pequeno porte – e que conta com apoio do Bradesco desde o início da operação, em 2015.

CEO da empresa, Carlos Azevedo explica que os cerca de 100 mil usuários utilizam a plataforma de maneira gratuita, mas com acesso direto à produtos e serviços de clientes. O primeiro deles foi justamente o banco.

“Como já estou acoplado com suas finanças posso oferecer capital de giro, seguro, adiantamento de recebíveis ou avisar sobre pagamento de contas”, exemplifica.

O usuário ainda precisa deixar o ambiente do ERP para concluir a operação, mas o cenário mudará neste ano. “Faremos uma integração do MarketUp com o banco e o cliente vai conseguir fazer tudo direto.”

Segurança e privacidade
Da outra ponta, questões como segurança e privacidade podem atrasar o avanço do open banking no Brasil.

De um lado, a abertura de protocolos pelos bancos expõe parte de suas estruturas e dados à invasão. De outro, compartilhar informações de usuários com outras plataformas implica em um risco de privacidade.

“O uso de dados sempre é complicado, sobretudo no setor financeiro”, afirmou Nuñez, da Everis, observando que o tema não é regulamentado no País. “Quem tem direito de colher, armazenar e processar esses dados são os bancos”, lembrou Minas, do Bradesco.

Para Mastroeni, do BB, “segurança é um ponto principal” para o open banking. “Temos ferramentas de critério para ver quais os APIs que entram ou não na nossa plataforma, além de sempre contar com a autorização do cliente para fazer a movimentação oferecida”.

Já Bacili, da Sensedia, lembra que “o problema vem quando um parceiro pode se tornar uma ameaça para alguma linha de produtos. Aí é onde o conservadorismo pode emperrar o open banking de avançar”.

Fonte: DCI

Odebrecht pede R$ 3,5 bi a Bradesco, Itaú, BB e Santander, mas encontra resistência

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Segundo fontes, credores, que ainda não bateram o martelo nem demonstram apetite, defendem que é preciso limitar o endividamento do grupo

A Odebrecht S.A. procurou Bradesco, Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Santander para negociar um novo empréstimo bilionário para fazer frente aos seus compromissos financeiros e também tocar projetos no curto prazo, conforme apurou o Broadcast. A conversa, embora ainda esteja no começo, já enfrenta resistência, uma vez que essas instituições estão dispostas a liberar um valor menor, de cerca de R$ 1 bilhão, do que a companhia estaria buscando, de R$ 3,5 bilhões.

O avanço na negociação com os bancos, conforme uma fonte, dependerá, contudo, da contrapartida que a Odebrecht vai oferecer para obter dinheiro novo. Os credores, que ainda não bateram o martelo nem demonstram apetite, defendem que é preciso limitar o endividamento do grupo e suas respectivas empresas e ainda verificar a real necessidade do recurso novo a despeito do esforço de reestruturação de dívidas e venda de ativos. “A Odebrecht ainda está estruturando as proposições”, afirma uma fonte próxima às conversas com os bancos, na condição de anonimato.
A Odebrecht teria ofertado aos bancos, de acordo com outra fonte, usar novamente as ações da Braskem que tiveram forte valorização recentemente. Essa estrutura foi usada desde a reestruturação da dívida da Atvos (ex-Agroindustrial). Como os papéis da Braskem estão valorizados – somente em um ano subiram mais de 35% –, o objetivo da Odebrecht é obter mais dinheiro com a mesma garantia.

No entanto, além do apetite de cada credor, a liberação de novos recursos também dependerá de um consenso entre os bancos credores. Isso porque existe uma espécie de “pacto” das instituições financeiras em relação ao endividamento da Odebrecht. Não há nada formal, mas, segundo uma fonte, um “combinado” entre os bancos, no qual consentiram que movimentações de crédito junto à companhia só ocorrerão com o aval de todos.

O apetite limitado dos bancos credores não é à toa. Essas instituições aportaram volumes relevantes de recursos na companhia logo após a prisão de Marcelo Odebrecht, evitando que o grupo enfrentasse uma recuperação judicial.

Apesar de duros na negociação, os bancos não querem, contudo, que a Odebrecht se torne mais um caso de inadimplência em seus balanços. Pesa, sobretudo, o fato de essas instituições financeiras estarem saindo da pior crise em termos de calotes e ainda lidarem com casos específicos no setor corporativo trimestre após trimestre. Por isso, devem buscar uma alternativa.

Uma das saídas é a Odebrecht se desfazer de ao menos um pedaço de sua fatia na Braskem, no âmbito da oferta subsequente(follow on), que já está sendo preparada pela Petrobras, que busca uma porta de saída da petroquímica. A venda de alguma fatia da Braskem pela Odebrecht está sendo discutida, o problema é que até aqui a empreiteira tem relutado em seguir esse caminho e quer manter o controle da empresa, que é responsável por uma parte relevante das receitas do grupo.

Essa decisão, conforme fontes, depende ainda do acordo de acionistas da Braskem, que vem sendo discutido entre Petrobras e Odebrecht. Somente a partir disso é que a própria Petrobras definirá o quanto irá vender no follow on, que quer que aconteça ainda neste ano. Na Braskem, a Odebrecht detém 50,1% das ações ordinárias.
Dívidas. Um dos maiores gargalos de curto prazo está na dívida de R$ 500 milhões em bônus emitidos no exterior pelo braço financeiro do grupo e garantidos pela construtora, que atualmente está no foco da Odebrecht para evitar a insolvência. Esses papéis têm vencimento em abril deste ano. Os demais títulos de dívida (bônus) vencem a partir de 2020.

Nesse momento, a holding estuda como pode, de acordo com uma fonte, apoiar uma eventual reestruturação no exterior da dívida que não estaria considerada no crédito novo que o grupo pleiteia junto a credores locais. A capitalização da construtora é tida como a etapa final da reestruturação dos negócios do grupo.

O principal problema da construtora é justamente o encolhimento de seu caixa, em consequência da paralisação de sua carteira de contratos (backlog), na esteira da Lava Jato. A saúde financeira da construtora depende também da liberação de uma linha de cerca de R$ 600 milhões junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de obras realizadas em Angola.

A Odebrecht S.A. compreende os diversos negócios do grupo. Além de ter metade da Braskem, atua nos setores de engenharia e Construção, indústria, imobiliário, infraestrutura e energia. Fundada pelo engenheiro pernambucano Norberto Odebrecht, no ano de 1944, em Salvador, foi uma das protagonistas da Operação Lava Jato, o maior esquema de corrupção da história brasileira.

Procurados, Bradesco, BB, Itaú, Santander não comentaram. A Odebrecht também não se manifestou.

 

Fonte: Estadão

Lewandowski homologa acordo sobre planos econômicos e processos vão ao Plenário do STF

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BRASÍLIA (Reuters) – O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou nesta quinta-feira o acordo firmado entre poupadores e bancos para compensar perdas com expurgos inflacionários causadas pelos planos econômicos Cruzado, Bresser, Verão, Collor I e II das décadas de 80 e 90.

O acordo do ministro é o último e mais abrangente entre os homologados por ministros do Supremo, informou a Advocacia Geral da União. Lewandowski pediu a confirmação de sua decisão pelo plenário do STF.

O acordo estabelece descontos de 8 a 19 por cento para os clientes que têm mais de 5 mil reais a receber dos bancos. Até esse limite, o pagamento será à vista, sem abatimento. Antes, haviam validado cláusulas do acordo os ministros da corte Gilmar Mendes e Dias Toffoli.

Em sua decisão, Lewandowski destacou que todas as salvaguardas legais foram tomadas nesse processo de acordo coletivo.

“Apesar da existente controvérsia sobre a justiça do acordo, penso que, na medida em que persiste a incerteza sobre o resultado final do litígio no âmbito do Supremo Tribunal Federal, o qual tem competência constitucional para proferir a última palavra sobre ele, e considerando a já mencionada existência de todas as salvaguardas necessárias para a higidez do acordo, afigura-se, a meu ver, recomendável a homologação da avença, possibilitando aos interessados aderirem ou não a este, conforme a conveniência de cada um”, decidiu.

Aderiram ao acordo os bancos Itaú Unibanco, Bradesco, Santander Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil, e outros bancos têm até 90 dias, contados a partir de dezembro passado, para manifestarem interesse em participar, informou a AGU no fim do ano passado.

(Reportagem de Ricardo Brito)

Com lucros recordes em 2017, bancos fecharam mais de 17 mil postos de trabalho

Publicado em: 08/02/2018

Os três maiores bancos privados do Brasil – Itaú, Bradesco e Santander – tiveram, juntos, lucro líquido de R$ 53,8 bilhões. A cifra representa um crescimento de mais de 15% em relação a 2016. Somente o Itaú alcançou o maior lucro de uma instituição financeira na história do Brasil: R$ 24,8 bilhões.

De outro lado, o setor cortou muitos postos de trabalho. É o que lembra Ivone Silva, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

“O setor bancário fechou 17.905 postos de trabalho em 2017, de acordo com dados do Caged [Cadastro Geral de Empregados e Desempregados]. Para ajudar o Brasil a crescer, o setor bancário precisa começar a retribuir a sociedade, praticando juros civilizados, elevando a oferta de crédito, melhorando o atendimento à população através de contratações e contribuindo para melhorar as relações de trabalho e a estrutura salarial num país que ainda figura no topo do ranking mundial de desigualdade de renda”, diz.

Um dos pontos citados por Silva é um fator fundamental para compreender os lucros altos dos bancos brasileiros: os juros de empréstimos. É o que aponta também Vivian Machado, mestre em Economia Política e técnica do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

“O que explica [os altos lucros] é o rentismo. Os lucros dos bancos são muito grandes por conta do spread: o que eles gastam para captar é muito inferior ao que eles cobram dos clientes. Quanto maior é a crise, maior é o risco, mais ele cobra. Se o país está em crise, eles emprestam menos, mas ganham em outras frentes”, indica.

Machado afirma que os bancos encontram “saídas em qualquer cenário” e, mesmo com a alta do desemprego e queda no consumo, eles vêm aumentando as receitas por conta das taxas cobradas de clientes pela prestação de serviços, como a manutenção de contas.

A opinião é compartilhada por Roberto van der Osten, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). Ambos dizem que só os valores desse tipo de receita possibilitam o pagamento de funcionários, uma das principais despesas destas instituições.

“O Itaú teve de receita, só com essas tarifas, mais de R$ 35 bilhões. Essa receita vem crescendo ano a ano. Sozinha ela cobre toda despesa de pessoal”, aponta Silva.

Van der Osten ressalta que, além do fechamento de postos de trabalho, o lucro dos bancos não se reverte em melhores condições de trabalho para seus funcionários, pelo contrário: as situações a que são submetidos os trabalhadores e as trabalhadoras vem se agravando, o que deve piorar com a reforma trabalhista. O sindicalista cita como exemplos a prática de home office, que flexibiliza a jornada, e a estipulação de metas exageradas, acontecimentos “compensados” por shows e espetáculos “motivacionais”.

“Os trabalhadores do ramo financeiro estão entre os mais afastados. É um dos setores que mais apresenta afastamento por distúrbio mental e vários outros tipos de doença do trabalho. O que é ‘curioso’, porque é um emprego em que aparentemente não existe penosidade em sua execução. Ele é um trabalho onde se enfrenta várias situações”, analisa.

O lucro do Banco do Brasil deve ser anunciado dia 22 de fevereiro. A divulgação deve confirmar a expectativa de menor presença relativa das instituições públicas no setor financeiro em comparação a anos anteriores.

Fonte: Brasil de Fato

Fruto da parceria BB e Bradesco, Livelo fecha 2017 com excelentes resultados

Publicado em: 11/01/2018

A Livelo, uma das principais empresas de fidelidade do Brasil, encerrou seu 1º ano completo de operação e está comemorando grandes feitos que a colocaram como um dos mais importantes e completos programas de fidelidade do País. Em 2017, a empresa criada por Bradesco e Banco do Brasil realizou importantes movimentos, como a expansão de sua atuação com a abertura do programa para todos os perfis de clientes – antes apenas clientes de Bradesco e Banco do Brasil podiam participar -, a criação de uma rede de coalizão na qual os usuários passaram a acumular pontos por meio dos reais gastos em lojas parceiras, além de diversas outras ações.

Também em 2017, a Livelo anunciou importantes parcerias, tanto de resgate de recompensas como de acúmulo e de transferência de pontos. Destaque para as parcerias internacionais, anunciadas em dezembro, que tornaram a Livelo o mais completo programa de fidelidade do mercado, oferecendo benefícios diferenciados para viajantes do Brasil e do mundo. Dos parceiros internacionais, chegaram os programas das cias aéreas Air France-KLM, Alitalia, Aeroméxico, British Airways, Etihad, Iberia e United Airlines, além do programa do IHG® (InterContinental Hotels Group). Eles se juntam aos programas das companhias Avianca, Azul, Gol, Latam e TAP, que já eram parceiros. Além disso, a Livelo ainda conta com uma agência de viagens online, dentro de seumarketplace, que oferece passagens por mais de 750 companhias nacionais e internacionais e hospedagens pelo Brasil e pelo mundo.

Entre as demais novas marcas parceiras, em 2017, empresas como AccorHotels, Netshoes, Wine.com, Zattini, Submarino Viagens, Zarpo, Pastoral da Criança, CONIACC, Polishop, Viajanet, Passarela, Avon, Hotel Urbano, Ri Happy, PB Kids e Deville se associaram ao programa de fidelidade de alguma forma.

No último ano, a Livelo ainda mostrou que não é apenas um programa de fidelidade com resgates relacionados a viagens e ofereceu opções diversas como vinhos, ingressos para grandes shows de bandas nacionais e internacionais, entradas para jogos de futebol de times da Série A do Campeonato Brasileiro, para peças de teatro, sessões de cinema, carnaval e diversas outras opções de experiências como salto de paraquedas, passeio de lancha, de jet sky e outras.

“Desde a sua criação, a Livelo sempre se propôs em oferecer uma experiência excelente ao seu participante, além de diferentes formas de acumular e resgatar pontos. Em 2017, colocamos alguns objetivos em prática, como o anúncio de diversas parcerias estratégicas, que nos apoiaram para seguir com crescimento sustentável da companhia e melhorar os serviços disponíveis aos nossos clientes”, destaca Alexandre Moshe, COO da Livelo.

Durante todo o ano de 2017, a Livelo ainda ofereceu promoções para estimular o participante. Entre as campanhas, destaque para descontos de até 50% em seus produtos de catálogo, transferências para programas parceiros com até 120% de bônus e acúmulo turbinado com até 15 pontos por real na rede de coalizão.

Além disso, no segundo semestre do último ano, a Livelo também passou a operar no mercado de B2B, com o lançamento do Livelo Incentivo, programa de força de vendas que oferta pontos Livelo para campanhas de incentivo relacionadas a objetivos comerciais de empresas. O Livelo Incentivo atua em parceria com empresas para desenvolver programas de reconhecimento de profissionais por meio de pontos Livelo, que podem ser utilizados em toda a plataforma do programa de fidelidade. Nessa frente de negócios, a empresa anunciou parceria com o Grupo Hinode, que passou a oferecer pontos Livelo para seus consultores como reconhecimento por desempenho comercial extraordinário.

“Acreditamos que os pontos Livelo possuem grande valor, principalmente pela liberdade de escolha que eles oferecem. Por isso, além de acumular pontos nos formatos tradicionais já conhecidos, por meio de gastos no cartão de crédito ou em compras no varejo, nos esforçamos para que esse benefício se estenda e chegue às pessoas de novas formas. Essa é a grande proposta do Livelo Incentivo”, complementa Moshe.

Em 2017, primeiro ano completo de operação do programa de fidelidade, a Livelo alcançou expressivos 2,5 milhões de resgates em todos os seus canais e o número de clientes chegou a mais de 16 milhões.

“Entendemos que oferecer inovação e produtos e serviços diferenciados seja um caminho para fomentar a cultura de pontos no Brasil e engajar cada vez mais pessoas. Os nossos números recentes de crescimento nos mostram que estamos no caminho certo para atingir esses objetivos”, finaliza o COO.

Como utilizar

Para trocar pontos por recompensas na plataforma da Livelo, os interessados devem acessar: livelo.com.br. Para acumular pontos em compras nos parceiros Livelo, os clientes devem acessar o Compre e Pontue, dentro do site da Livelo.

Fonte: E-Commerce News

Rossi reestrutura R$ 1,66 bilhão com Bradesco, Banco do Brasil e Caixa

Publicado em: 28/12/2017

SÃO PAULO – A Rossi informou há pouco que aprovou um plano de reestruturação de dívidas com bancos. Conforme o comunicado enviado ao mercado, cerca de R$ 1,66 bilhão serão reestruturados com Banco do Brasil, Bradesco e Caixa, os três maiores credores da Rossi.

O principal montante negociado envolve a dívida corporativa de R$ 1 bilhão com Bradesco, com o qual um memorando de entendimento não vinculante foi assinado. Parte do montante devido deve ser amortizado por meio de ativos que já fazem parte das garantias dos financiamentos, e o restante terá os prazos de pagamento estendidos.

Um acordo semelhante foi negociado com o BB, credor de uma dívida corporativa de R$ 250 milhões. No caso específico do banco, a incorporadora terá três anos para reduzir o débito com a venda de imóveis — apartamentos prontos e terrenos.

Segundo fontes do mercado, a Rossi deve ter uma carência de dois anos para iniciar os pagamentos do montante remanescente e dos juros da dívida corporativa. A negociação com os dois bancos representa 90% do endividamento corporativo da empresa.

Já com a Caixa, os R$ 410 milhões reestruturados respondem a contratos de financiamentos de nove obras, que ganharam uma extensão em três anos na data de vencimento.

Segundo o comunicado ainda, os novos empreendimentos serão voltados para o programa governamental Minha Casa, Minha Vida. A Rossi informou também que e o banco de terrenos remanescente terá Valor Geral de Venda (VGV) de R$ 4 bilhões.

Fonte: Valor

Salário de gerente de banco varia mais de 100%; quem paga mais

Publicado em: 14/12/2017

O fim de ano está chegando e muita gente está em busca de novas oportunidades de emprego para 2018. Uma vaga que chamou atenção nos últimos dias foi a de gerente do Itaú.

O site Love Mondays, que faz a avaliação das empresas com base no depoimento dos funcionários, fez um levantamento dos salários médios pagos pelos maiores bancos do país a seus gerentes.

De acordo com o levantamento, o maior salário de gerente é pago aos funcionários da Caixa Econômica Federal: 11.414 reais. Na outra ponta estão os gerentes do Bradesco, com remuneração média de 5.591 reais. Os gerentes do Banco do Brasil recebem a segunda maior média salarial para o cargo: 8.869 reais (veja outros salários na tabela abaixo).

Tabela BB

O levantamento do Love Mondays foi feito com base em informações prestadas pelos funcionários das instituições. O resultado mostra o salário médio para o cargo, que pode sofrer variações de acordo com a área de atuação, tempo no cargo e nível de responsabilidade.

Procuradas, a única instituição que informou o salário médio para o cargo de gerente foi o Banco do Brasil: 10.636,86 reais – maior que o valor do levantamento.

Itaú

As inscrições para o cargo de gerente do Itaú podem ser feitas até o dia 15 e os selecionados começam a trabalhar em janeiro de 2018.

Os candidatos interessados poderão se inscrever pelo site http://epartner.vagas.com.br/v1613582. O número de vagas não foi revelado.

Entre os requisitos para a vaga estão vivência na área comercial e curso superior completo em qualquer área ou tecnólogo com pós/MBA já concluído. A descrição da vaga informa que disponibilidade para atuar em qualquer região do Brasil será um diferencial.

Fonte: Veja

BB, Itaú, Bradesco, Santander e Caixa aderem ao acordo sobre planos

Publicado em:

A Advocacia-Geral da União (AGU) divulgou nota à imprensa confirmando o acordo de pagamento das perdas decorrentes dos planos econômicos realizados nos anos 1987, 1989 e 1991. As instituições financeiras que aderiram são: Itaú, Bradesco, Santander, Caixa Econômica Federal (CEF) e Banco do Brasil (BB). “Outras poderão aderir em até 90 dias”, diz a nota.

O acerto é que o pagamento da dívida, alvo de disputa judicial há três décadas, será feito em até três anos, conforme as faixas de valor a receber. A adesão será dividida em 11 lotes, separados de acordo com o ano de nascimento dos poupadores e dando preferência aos mais idosos. “Antes de começarem a ser feitos os pagamentos, é preciso que o STF homologue o acordo e os poupadores se inscrevam em plataforma digital que ainda será criada. O acesso a esse sistema será feito pelos advogados dos beneficiados”, esclarece o texto.

O acordo define que quem tem até R$ 5 mil a receber terá o recurso à vista. “Entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, uma parcela à vista e duas semestrais. A partir de R$ 10 mil, uma à vista e quatro semestrais. A correção para os pagamentos semestrais será feita pelo IPCA”, diz o texto da AGU. “Não haverá qualquer desconto para poupadores que tenham a receber até R$ 5 mil. Para valores entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, haverá 8% de abatimento. Na faixa de R$ 10 mil a R$ 20 mil, o desconto será de 14%. Já aqueles que tenham direito a receber mais de R$ 20 mil, terão 19% do valor descontado”, completa o texto.

A AGU informa que terão direito a reparação todos que haviam ingressado com ações coletivas e individuais para cobrar das instituições financeiras valores referentes às correções. “No caso das individuais, poupadores ou herdeiros que acionaram a Justiça dentro do prazo prescricional (20 anos da edição de cada plano) também poderão receber os valores”, informa a nota, acrescentando que também poderão aderir os poupadores que, com base em ações civis públicas, entraram com execução de sentença coletiva até 31 de dezembro de 2016, dentro do prazo de cinco anos de prescrição.

Os pagamentos serão feitos de acordo com as faixas de valor a receber. Antes de começarem a ser feitos os pagamentos, é preciso que o STF homologue o acordo e os poupadores se inscrevam em plataforma digital que ainda será criada. O acesso a esse sistema será feito pelos advogados dos beneficiados.

A nota informa ainda que, após as adesões ao acordo, que serão submetidas a auditoria e procedimentos anti-fraudes, as ações serão extintas. “Não será necessário se dirigir ao banco para receber os valores. O pagamento será feito em conta corrente do poupador ou por meio de depósito judicial”, completa o texto.

Fonte: Valor Econômico

Bradesco vence BB em licitação da folha de pagamento da Prefeitura do Recife

Publicado em: 07/12/2017

A Prefeitura do Recife realizou, nesta segunda-feira(04), licitação para escolha da instituição financeira que passará a prestar, de forma exclusiva, serviços referentes à centralização e processamento de créditos da folha de pagamento dos servidores ativos e aposentados do município. Os bancos Bradesco e Santander participaram da disputa realizada na modalidade pregão presencial com maior lance ofertado. O banco Bradesco venceu o leilão, realizado pela Secretaria de Finanças do Recife, e arrematou a folha por R$ 129 milhões com ganho adicional de R$ 49 milhões ao preço mínimo de R$ 80 milhões estabelecido no edital. O secretário de Finanças, Ricardo Dantas, acompanhou todo o processo licitatório, que iniciou às 10h07 e encerrou às 12h07, realizado no 12 ° andar do edifício-sede da prefeitura.

Atualmente, o pagamento da folha dos mais de 38 mil servidores, entre ativos, aposentados, e pensionistas da Prefeitura do Recife é administrado pelo Banco do Brasil e gira em torno de R$ 174 milhões mensais, valor bruto. “Trata-se de uma relação de 18 anos com o mesmo banco, que nesse período, além da folha de servidores, também presta serviços referentes a conta única do município e ao pagamento de fornecedores”, ressalta Ricardo Dantas, acrescentando que, de comum acordo, o Banco do Brasil deixará de executar os serviços apenas da folha, permanecendo ainda com as outras duas atribuições.

O secretário Ricardo Dantas avaliou como positiva toda a tramitação do processo, destacando a transparência e participação das instituições financeiras interessadas no leilão. “Realizamos uma audiência pública, no dia 18 de outubro deste ano, que marcou o início do processo, e contou com a participação de representantes das cinco maiores instituições financeiras do país, Itaú/Unibanco, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal. “Nessa audiência foi apresentada a minuta do Termo de Referência da licitação, e detalhadas as informações sobre o pagamento dos servidores e regras do certame, ao tempo em que puderam ser levadas em consideração as valiosas sugestões dadas para a elaboração do Termo de Referência”, ressaltou Dantas.

Processo para implantação

O Bradesco prestará o serviço por 60 meses.

O prazo para assinatura do contrato é de dois dias úteis a partir da homologação da licitação, e de cinco dias para o pagamento.

Os preparativos para a transição da instituição financeira responsável pelo pagamento da folha de servidores ocorrerão em 90 dias contados a partir da data de assinatura do contrato.

Fonte: Prefeitura de Recife

Servidores da Paraíba trocam BB pelo Bradesco

Publicado em: 23/11/2017

Novo banco responsável pelo gerenciamento da folha do Governo do Estado, o Bradesco vem convencendo clientes a deixar o Banco do Brasil, que detinha a gestão da folha.

A funcionária pública Alice Rocha relatou ao Portal MaisPB que os serviços prestados pelo Bradesco convenceram ela a trocar de banco, a qual era cliente há mais de dez anos.

“Só tenho problemas. Se preciso tirar dúvidas, a Central nunca ofereceu um serviço de qualidade. Além das taxas de serviços inexplicáveis. Como servidora pública, o Banco do Brasil me fazia sentir-se como pedra de tropeço, ao invés de cliente”, declarou.

Alice afirmou ainda que como foi uma das primeiras a ser atendida pelo Bradesco, conseguiu constatar de cedo a diferença de atendimento entre as instituições.

“O Bradesco me traz esperança de um tratamento igualitária e de qualidade. Fui tratada como cliente de fato”, concluiu.

Mudanças na folha de pagamento

O Bradesco ganhou em setembro o direito de gerir a folha de pagamento do Governo do Estado, serviço antes realizado pelo Banco do Brasil. Recentemente, a instituição iniciou o cadastro das contas correntes de servidores.

Em João Pessoa, dois postos foram instalados, um no Espaço Cultural e outro no Centro Administrativo do Estado. Já em Campina Grande, foram disponibilizados unidades de atendimento no Hospital de Trauma e no Garden Hotel. Nas demais cidades, o Bradesco vai atender os servidores nas próprias agências.

Fonte: Paraíba Agora

Queda dos calotes puxa alta de 14,6% no ganho de bancos

Publicado em: 16/11/2017

Apesar de gastarem menos para cobrir calotes, os grandes bancos não conseguiram acelerar o crescimento dos lucros no terceiro trimestre. Pesou, sobretudo, o desempenho ainda tímido do crédito e o impacto da queda dos juros nas margens financeiras. O resultado líquido de Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander cresceu 14,6% no terceiro trimestre, ante igual período do ano passado, para R$ 16,4 bilhões.

Os gastos com provisões para devedores duvidosos (PDDs) tiveram uma queda de 21% em relação ao ano passado, para R$ 17,4 bilhões, na soma de todas as instituições.

A oferta de crédito, de forma geral, seguiu decepcionando e deixou alguns bancos abaixo das próprias previsões – a exceção foi o Santander, que viu sua carteira crescer de julho a setembro. No entanto, os grandes bancos preferiram manter suas expectativas para o ano.

O grande entrave à retomada do crédito tem sido as pessoas jurídicas. Os empréstimos neste segmento encolheram em cerca de R$ 90 bilhões no terceiro trimestre, na comparação com o mesmo período de 2016.

Ainda que a pessoa jurídica jogue contra, o quarto trimestre é a aposta dos grandes bancos para ficar dentro das estimativas para o ano. Para 2018, entretanto, há mais otimismo.

Depois de dois anos seguidos de queda, o presidente do BB, Paulo Caffarelli, afirmou que o crédito em geral deve crescer cerca de 6% no próximo exercício. “Uma variável muito importante para o crédito será o crescimento econômico”, afirmou o executivo, ontem, ao comentar os resultados do BB.

Inadimplência

Do lado da inadimplência, apesar de a Oi ainda pesar no indicador do BB, as notícias continuam positivas. Enquanto Itaú e Santander mostraram estabilidade nos calotes a empréstimos, Bradesco voltou a reduzir o seu indicador, considerando atrasos acima de 90 dias. O BB seguiu a tendência e apresentou a primeira redução nos calotes desde dezembro de 2016. E, conforme o presidente do banco estatal, a expectativa é de melhora em 2018, graças à redução do risco da carteira da instituição. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Isto É

A nova jogada da Elo, cartão do BB, Bradesco e Caixa

Publicado em: 09/11/2017

Sem aviso, um cartão Elo chegou na casa do comediante Guilherme Soares, em São Paulo. Soares, que atua em stand-up comedy com o nome artístico Gui Preto, tentou incorporar o plástico à sua rotina. Sem sucesso: os comerciantes da vizinhança não trabalhavam com cartões dessa bandeira. Soares resolveu usar a dificuldade como material de trabalho. Publicado nas redes sociais, o vídeo humorístico de dois minutos que ironizava a “Elofobia, que mata as pessoas de vergonha no caixa”, foi amplamente compartilhado. O sucesso foi tanto que o departamento de comunicação da Elo convidou Soares para uma conversa, para explicar as vantagens do cartão. Ao fim do papo, ao sair do suntuoso escritório na zona sul de São Paulo, Soares decidiu fazer uma traquinagem.

Ligou seu celular e perguntou se o caixa do estacionamento do prédio aceitava Elo. A resposta negativa rendeu risadas, mas não outro vídeo. “Não quis me indispor com a empresa, que me tratou muito bem”, diz Soares. No que depender de Eduardo Chedid, CEO da Elo, episódios como esse – que, para ele e para os demais executivos, não têm graça nenhuma – serão coisa do passado. Após seis anos no mercado, a bandeira que foi lançada em conjunto por Banco do Brasil e Bradesco, e posteriormente teve a adesão da Caixa Econômica Federal, prepara-se para um novo salto. Originalmente voltada para os clientes de renda mais baixa e dedicada aos cartões de débito, a Elo agora quer tornar-se mais parecida com Visa e MasterCard, as gigantes internacionais que dominam o mercado brasileiro.

Para isso, a Elo está adotando uma estratégia baseada em dois pilares. O primeiro é diversificar a base de emissores, hoje restrita aos bancos que a controlam. A partir do dia 6 de novembro, a Elo passará a embandeirar alguns dos cartões da Lojas Pernambucanas. Segundo informações da varejista, por sua rede de 312 lojas, localizadas em sete estados brasileiros, passam 180 milhões de clientes por ano. “Pela primeira vez, vamos emitir cartões com um emissor que não é ligado aos controladores”, diz Chedid. Ele afirma que a meta é emitir 800 mil cartões com a bandeira Elo até o fim deste ano. Procurada, a varejista não falou com a DINHEIRO. O segundo pilar da nova estratégia de expansão é centrar forças em um cartão corporativo. Lançado discretamente há cerca de um ano, o cartão Grafite Corporate passou para o topo da lista de prioridades. A meta é capturar uma fatia maior das transações entre empresas.

Iniciativas como essas vão criar massa crítica para romper a barreira de entrada da Elo entre as bandeiras. O mercado brasileiro é dominado pelas gigantes internacionais, Visa e MasterCard. Juntas, elas capturam pouco mais de 82% do cerca de R$ 1,2 trilhão de transações processadas por cartões de débito e de crédito todos os anos no mercado brasileiro. O restante é dividido por bandeiras menores. Algumas internacionais, como American Express e Diner’s. Outras locais, como a Elo, que afirma ter 12% desse mercado.
No universo dos cartões, o grosso das receitas – que são calculadas como um percentual das transações capturadas – fica com dois grupos de empresas. O principal são os emissores dos cartões, em geral bancos ou redes de varejo. Em seguida vêm as empresas de adquirência. Nomes como Cielo, Rede e GetNet, que operam as maquininhas que repousam sobre os balcões do comércio Brasil afora. As bandeiras são responsáveis pela gestão da marca, por definir estratégias macro e negociar programas de aceitação e recompensa. Por ser uma função mais estratégica e de menor massa, sua parte dessa montanha de dinheiro é de apenas 0,2% do total. No entanto, no Brasil, isso representa um faturamento anual respeitável, de R$ 2 bilhões.

A Elo quer uma fatia desse bolo. Para isso, o desafio de Chedid é tornar seu cartão mais aceito. O principal obstáculo é explicado por um raciocínio circular. “Quanto mais comerciantes aceitarem o cartão, mais clientes estarão dispostos a ter um plástico com a bandeira, e quanto mais clientes tiverem o cartão, mais varejistas o aceitarão”, diz ele. A dificuldade enfrentada pelo comediante Soares decorre da participação da Elo no mercado de bandeiras ainda ser menor do que a das concorrentes internacionais. Para um varejista, integrar uma nova bandeira à sua rotina custa dinheiro, dá trabalho e toma tempo.

Todos recursos escassos. Se perceber que está perdendo uma quantidade razoável de vendas por não aceitar um cartão, o varejista ficará muito mais propenso a instalar os sistemas da Elo em seus terminais. Daí o sentido em trazer para o negócio um parceiro como a Pernambucanas, capaz de agregar uma grande quantidade de portadores de cartão de uma só vez. Pensando nisso, a companhia passou os últimos dois anos refazendo todos os seus sistemas. O investimento, não revelado, chegou às centenas de milhões de reais. “Gastamos 600 mil horas de programação para refazer tudo”, diz Chedid. Ele garante que, agora, os sistemas estão muito mais flexíveis para costurar parcerias.

Esse novo jogo garante a vitória para a Elo? Essa resposta vai depender do comportamento dos consumidores e do varejo. “A bandeira, no Brasil, é menos importante que as condições oferecidas pelo emissor”, diz o consultor Boanerges Freire, especialista no mercado de cartões. Segundo ele, uma bandeira local, como a Elo, terá dificuldade em concorrer com as gigantes internacionais, que podem não apenas mobilizar recursos, mas também costurar parcerias internacionais. “No fim do dia, o que vai definir a escolha do consumidor é se o cartão é aceito”, diz ele.

Fonte: Isto É Dinheiro

BB, Itaú, Bradesco e Caixa concentram 78% do mercado de crédito do país

Publicado em: 19/10/2017

Os quatro maiores conglomerados bancários – Itaú-Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal – detinham, em junho deste ano, 78,65% de todas as operações de crédito feitas por instituições financeiras no país, segundo o relatório de estabilidade financeira divulgado nesta terça-feira (17) pelo Banco Central.

No fim do ano passado, essas instituições financeiras detinham 79,16% das operações de crédito e, no fechamento de 2015, cerca de 75,76%.

Em 2007, as quatro maiores instituições financeiras possuíam 54,6% de todas operações de crédito, indicador que mostra que a concentração bancária era muito menor no país há dez anos atrás.

Os dados do BC também mostram que os quatro bancos tinham, em junho deste ano, 72,98% de todos ativos bancários do país e 76,74% dos depósitos.

Juros altos e crédito baixo

Recentemente, o BC informou que, em agosto deste ano, os juros médios das operações de crédito com recursos livres (sem contar BNDES, crédito rural e imobiliário) atingiram 62,3% ao ano em agosto no caso dos empréstimos para pessoas físicas. Neste ano, houve uma queda de 10,1 pontos percentuais.

Mesmo assim, a taxa permanece alta para padrões internacionais. Algumas linhas de crédito, como o cheque especial e o cartão de crédito rotativo, seguem acima de 300% ao ano – patamares considerados proibitivos por especialistas.

No mês passado, o BC também admitiu que o crédito bancário não deverá registrar crescimento neste ano. Na ocasião, a instituição avaliou que a recuperação do crédito bancário está acontecendo, mas de forma bastante gradual. Em 2016, o crédito bancário recuou 3,5%.

Spread bancário

Nesta segunda-feira (16), em São Paulo, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, afirmou que o chamado “spread” bancário (diferença entre o que os bancos pagam pelos recursos e os juros que cobram de seus clientes) continuará caindo se a economia mantiver o cenário de queda da inflação e juros baixos.

Segundo dados do BC, a taxa média do spread bancário com recursos livres (crédito sem subsídios) caiu quase quatro pontos percentuais em um ano, passando de 40,69%, em agosto de 2016, para 36,90% em agosto deste ano.

“O spread bancário está começando a cair e vai cair mais à medida que o tempo passa, se a gente conseguir manter esse cenário de estabilidade e se a inflação estiver baixa e os juros também”, afirmou Goldfajn na ocasião.

O presidente do BC ponderou que, para ajudar nesse processo, é preciso continuar com a sequência de reformas do governo para equilibrar o quadro fiscal. “Na medida em que a economia reduzir as incertezas, as taxas bancárias vão cair”, informou ele, nesta segunda-feira (16).

Fonte: Portal G1

Pagamento da folha do Estado do MS muda do BB para o Bradesco

Publicado em: 04/10/2017

O governo do Estado do Mato Grosso do Sul anunciou, nesta sexta-feira (29), que a administração do pagamento da folha de servidores ativos, aposentados e pensionistas em breve não será mais feita pelo Banco do Brasil, mas sim pelo Bradesco.

A secretária da Administração, Livânia Farias contou que a mudança acontece porque o contrato com o Banco do Brasil acabou e o Estado achou a proposta apresentada pelo Bradesco no processo de licitação mais vantajosa. A apuração é da jornalista Sandra Macedo, da Rádio Correio.

Livânia Farias garantiu que nenhum servidor será prejudicado pela mudança. Segundo ela, ficou acertado com o Bradesco que novas agências deverão ser abertas para assegurar atendimento a todos os servidores.

A previsão do Estado é que 300 empregos diretos e 200 indiretos sejam gerados nessa transição, que deve ser finalizada no prazo máximo de 90 dias.

Atualmente, o Estado desembolsa cerca de R$ 330 milhões mensalmente com o pagamento de 130 mil servidores. Neste montante estão incluídos também os gastos com prestadores de serviço.

O governo não comentou a possibilidade de o servidor optar pela portabilidade e continuar recebendo suas remunerações pelo Banco do Brasil. No entanto, procurado pelo Portal Correio, o secretário do Procon-JP, Helton Renê, destacou que esse é um direito do servidor, assegurado por Lei Federal.

“Caso prefira, o servidor poderá sim continuar recebendo pelo Banco do Brasil e isso não acarretará a ele nenhum custo ou taxa. A portabilidade é um direito e, portanto, gratuito”, enfatizou Renê.

Fonte: Correio do Estado/MS

Bancos lideram lucros no 2º tri entre as empresas de capital aberto

Publicado em: 17/08/2017

O Itaú Unibanco registrou o maior lucro líquido no 2º trimestre de 2017 entre as empresas de capital aberto, segundo levantamento da provedora de informações financeiras Economatica. O banco teve ganhos de R$ 6,01 bilhões no período.

Na sequência, os maiores lucros no 2 trimestre foram os do Bradesco (R$ 3,9 bilhões) e Banco do Brasil (R$ 2,6 bilhões).

Entre as 20 empresas mais lucrativas no período, 6 foram bancos. O setor liderou mais uma vez os ganhos, com a soma dos resultados de 23 instituições totalizando um lucro de R$ 16 bilhões, uma alta de 5,6% frente ao 2º trimestre de 2016.

Considerando os resultados de 309 empresas com capital aberto que já divulgaram seus balanços, o lucro consolidado no 2º trimestre foi de R$ 24,4 bilhões, valor 13,2% inferior que o do mesmo período de 2016 quando as mesmas empresas registraram R$ 28,1 bilhões.

O levantamento não considera os resultados da Eletrobras, Vale SA e Oi, em razão da disparidade dos números do 2º trimestre com os do mesmo intervalo do ano passado. O cálculo também não considera o lucro da JBS, cujo balanço ainda não foi auditado.

Maiores prejuízos

Na outra ponta, a Oi registrou o maior prejuízo no 2º trimestre, com perdas de R$ 3,27 bilhões, seguida por Biosev (R$ 577 milhões) e Log-in (R$ 559 milhões).

O setor de construção foi o que somou a maior perda, totalizando um prejuízo consolidado de R$ 1,56 bilhão, seguido por Transportes e Serviços (R$ 654,4 milhões).

Fonte: Portal G1

Bradesco lança plano de demissão voluntária

Publicado em: 14/07/2017

O Bradesco informou nesta quinta-feira (13), por meio de comunicado ao mercado, a abertura de um plano especial de demissão voluntária.

A instituição não comenta se há alguma meta nem o número de funcionários elegíveis, afirmando apenas que o plano “não afetará o elevado padrão de qualidade dos serviços prestados aos seus clientes e usuários, em todas as localidades em que atua”.

No final de 2015, após o anúncio da compra do HSBC, o Bradesco se reuniu com sindicatos e prometeu que não haveria demissões em massa. No início deste ano, uma decisão da Justiça trabalhista do Paraná também proibiu a dispensa coletiva de funcionários.

No mês passado, o Valor mostrou que o Bradesco fechou 192 agências no primeiro trimestre deste ano e o vice-presidente responsável pela rede de atendimento, Josué Pancini, disse que a tendência era esse movimento continuar.

O banco tinha 5.122 agências ao fim de março, incluindo as oriundas da aquisição do HSBC, nas quais só vai começar a mexer na segunda metade do ano.

Fonte: G1

BB testa blockchain para aceite de boletos de propostas

Publicado em: 14/06/2017

O Banco de Brasil, em conjunto com Bradesco, CIP, Itaú Unibanco e Santander, desenvolveu um projeto para criar um sistema de registro de consulta de aceites de boletos de propostas emitidos pelas instituições financeiras. A prova de conceito teve como objetivos analisar o armazenamento do aceite e do boleto de proposta de forma eletrônica e testar a tecnologia blockchain.

Em palestra no Ciab FEBRABAN 2017, evento de tecnologia bancária que ocorre nesta semana em São Paulo, Leandro Minniti, gestor de produtos da CIP, explicou que o projeto — batizado de Aciptance — começou a ser desenvolvido em abril deste ano e contou com sete desenvolvedores trabalhando ao longo de quatro semanas.

Este tipo de boleto destina-se a apresentar uma proposta, seja de oferta de produtos e serviços, doações ou convite de associação. A particularidade dele está no aceite, isto é, a manifestação da pessoa que irá recebê-lo.

Não houve, segundo Minniti, integração com sistemas legados e nem uso de dados reais de clientes. Além disto, o escopo foi reduzido para ter um conjunto mínimo de informações e regras. Foi pensado como um modelo de blockchain privado do qual participam da rede apenas entidades autorizadas.

De acordo com Minniti, se, por um lado, a prova de conceito se mostrou uma excelente oportunidade para trabalhar em um modelo de colaboração entre as instituições e trocar experiências, por outro, a governança ainda é um ponto crítico que precisa ser debatido. É preciso também fomentar o desenvolvimento de conhecimento específico no tema.

O programa de fidelidade do Bradesco e BB anuncia parceria estratégica

Publicado em: 01/06/2017

A Livelo, programa de fidelidade criado por Bradesco e Banco do Brasil, anuncia hoje uma parceria estratégica com a Zattini, e-commerce de moda e beleza da Netshoes. Entre os benefícios da parceria, clientes Livelo poderão trocar seus pontos por mais de 80 mil de produtos de mais de 500 marcas nacionais e internacionais do mundo fashion.

“Agora, os clientes Livelo poderão trocar seus pontos por roupas, bolsas, sapatos, produtos de beleza ou qualquer outro item presente em seu dia-a-dia. Com a inserção dos segmentos de moda e beleza, por meio da parceria com a Zattini, contribuímos com a busca da Livelo em entregar o máximo de opções de recompensas aos seus clientes para que eles possam escolher o que fazer com seus pontos”, destaca Alexandre Moshe, diretor-executivo da Livelo.

“A Livelo e a Zattini operam sob o mesmo foco: a experiência do consumidor. Por isso, ficamos satisfeitos em estender a parceria com a Livelo e agora disponibilizar os produtos de moda e beleza da Zattini para os clientes do programa”, diz Marcelo Chammas, diretor de B2B da Netshoes.

Na plataforma da Livelo, o cliente tem liberdade para escolher suas recompensas: são mais de 500 mil opções de resgates, que contemplam pacotes completos de viagem, reserva de hotéis, aluguel de carro, passagens aéreas nacionais e internacionais por mais de 750 companhias de todo o mundo, diversos produtos dos principais e-commerces do Brasil, além da possibilidade de transferência de pontos para os principais programas de fidelidade do país.

Como utilizar

Para trocar pontos por recompensas na plataforma Livelo, os participantes dos programas Bradesco Fidelidade e/ou Ponto pra Você, do Banco do Brasil, devem acessar: http://www.pontoslivelo.com.br.

Sobre a Livelo. Criada em 2014 a partir da união entre Banco do Brasil e Bradesco, a Livelo tem mais de 14 milhões de clientes e 30 parceiros. A empresa iniciou suas operações em 2016 com o objetivo de oferecer a melhor experiência no resgate de pontos ao consumidor brasileiro, com diversos produtos e serviços reunidos em um marketplace próprio. Atualmente, a Livelo tem parcerias estratégicas com grandes empresas como Fast Shop, Netshoes, Zattini, Wine.com.br, Pão de Açúcar Mais, Clube Extra, Extra.com, PontoFrio.com, CasasBahia.com, Magazine Luiza, Satelital, Shell, M4U (Recarga de Celular Vivo/Claro/Tim/Oi), CVC, WLC, Le Club AccorHotels, Multiplus, Smiles, Tudo Azul, Amigo Avianca, Vitória TAP e Dotz. Além disso, também é possível fazer doações de pontos para os parceiros AACD, Casa Hope, Graacc, Apae, Doutores da Alegria, Unicef, Pastoral da Criança e Médicos Sem Fronteiras.

Fonte: Notícias do Dia

Bancos repetem estratégia e anunciam queda dos juros após redução da Selic

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Os bancos repetiram a estratégia adotada nas últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) e anunciaram a redução das taxas de juros minutos após o órgão comunicar uma nova redução da taxa básica de juros da economia, a Selic. Os comunicados foram divulgados por Bradesco, Banco do Brasil e Itaú.

Desde janeiro os bancos vêm divulgando comunicados logo após a decisão do Copom sobre o juro. A mensagem é que os bancos estão repassando ao consumidor a queda na taxa de juros do país.
“O Bradesco reduzirá as taxas de juros de suas principais linhas de crédito a partir de segunda-feira, 05 de junho, acompanhando a decisão do Copom de baixar a taxa Selic de 11,25% para 10,25% ao ano”, disse o banco, em comunicado à imprensa. “Em linha com a decisão do Copom, que reduziu agora há pouco a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, o Banco do Brasil anuncia sua quarta redução consecutiva ao longo deste ano”, disse o banco.

Os três bancos anunciaram redução nas taxas do cheque especial e em algumas linhas de crédito para empresas. Veja a redução das taxas em cada banco:

Bradesco
A redução de taxas no Bradesco atingirá as linhas de cheque especial, crédito pessoal e algumas linhas de crédito para empresas, como capital de giro.

Cheque especial
taxa atual: 9,57% a 13,41% ao mês
nova: 9,49% a 13,33% ao mês

Crédito pessoal
taxa atual: 1,75% a 7,58% ao mês
nova: 1,67% a 7,5% ao mês

Crédito para empresas
O banco disse que haverá redução nas taxas em todas as carteiras de desconto, nas linhas de conta garantida, capital de giro e cheque especial. As novas taxas não foram divulgadas

Banco do Brasil
O banco informou que reduzirá as taxas do cartão de crédito e de outras linhas de crédito para empresas. As novas taxas entram em vigor no dia 5.

Cartão de crédito
taxa atual: 1,91% a 9,38% ao mês
nova: 1,83% a 9,3% ao mês

Conta garantida
taxa atual: 2,14% a 6,79% ao mês
nova: 2,06% a 6,71%

BB Giro recebíveis
taxa atual: 2,35% a 6,29% ao mês
nova: 2,27% a 6,21%

Cheque especial (empresas)
taxa atual: 8,38% a 13,55% ao mês
nova: 8,33% a 13,50%

BB Giro rápido empresas
taxa atual: 8,38% a 13,55% ao mês
nova: 8,33% a 13,50%

Itaú Unibanco
O banco disse que repassará “integralmente” o corte de um ponto na Selic a partir do dia 7 de junho.

Para pessoas físicas, as seguintes linhas de crédito terão redução: empréstimo pessoal, cheque especial, parcelamento de cheque especial e financiamento de veículos.

Para as micro e pequenas empresas, a queda será na linha de capital de giro. O Itaú não informou as novas taxas.

“A queda da taxa básica de juros, resultado da baixa consistente da inflação e da maior confiança gerada pelas reformas, permite que continuemos a reduzir a taxa de juros para nossos clientes”, diz Candido Bracher, presidente do Itaú Unibanco.

Fonte: G1

Caixa ‘arranca’ contrato de megaprojeto imobiliário do BB

Publicado em: 19/05/2017

A Caixa Econômica Federal se saiu melhor na disputa contra Banco do Brasil e Bradesco no contrato de financiamento de um projeto imobiliário em Guarulhos, informou o jornal Estado de São Paulo.

O acordo estava com o BB, porém, a Eztec, responsável pelo empreendimento Cidade Maia, pediu em dezembro a portabilidade de empréstimo concedido à construção.

Com o pedido, o Bradesco e Caixa Econômica Federal disputaram o contrato. Por oferecer juros menores, inferior a 10%, a Caixa levou a preferência na captação de clientes. A taxa do BB para compra de imóveis está em 11,5% ao ano.

A Caixa, BB e a Eztec não quiseram comentar sobre o assunto.

Fonte: Giro Business

Bancos tradicionais farão transição para o digital no Brasil, diz Moody’s

Publicado em: 26/04/2017

SÃO PAULO – As fintechs estão liderando a inovação no segmento de banco digital no Brasil, mas são os bancos tradicionais que determinarão o escopo das mudanças no setor, segundo a Moody’s Investors Service.

O número de startups e fintechs no Brasil cresceu nos últimos anos, o que faz do país o maior mercado de tecnologia financeira da América Latina. No entanto, muitas dessas startups são exclusivamente focadas em pagamentos ou em gestão de ativos, e apenas 2% delas oferecem serviços múltiplos.

Ao mesmo tempo, os principais bancos do país, liderados por Itaú Unibanco, Banco do Brasil e Bradesco ampliaram os serviços de banco digital para aumentar a eficiência e atrair os clientes da geração millennial, um segmento crescente no mercado consumidor e que tem preferências distintas.

“A mudança estrutural na demanda e comportamento dos clientes está levando os bancos a focarem cada vez mais em canais de serviços alternativos”, afirma Ceres Lisboa, vice-presidente sênior da Moody´s.

“Os bancos também têm interesse nas plataformas de banco digital porque enxergam oportunidades de redução de custos, uma vez que a economia brasileira segue fragilizada após uma prolongada recessão”.

O crescimento da oferta de serviços digitais tem permitido aos bancos reduzirem gradualmente suas redes físicas. Nos últimos três anos, o Itaú fechou 10% de sua rede de agências, enquanto o Bradesco também planeja fechar agências após a aquisição das operações brasileiras do HSBC. “Até mesmo o Banco do Brasil, que como banco público tem algumas limitações relacionadas a aquisições e parcerias, fechou agências nos últimos dois anos à medida que amplia seus serviços digitais por meio de desenvolvimentos internos”, destaca a Moody’s.

Com o fechamento de agências, os bancos cortam pessoal, manutenção, materiais, transportes e gastos com segurança, o que responde por cerca de dois terços do total de despesas administrativas no sistema bancário.

Esta economia com despesas ajuda os bancos a financiar os significativos investimentos em tecnologia da informação necessários para o desenvolvimento e lançamento das estratégias digitais. A Moody’s estima que esses investimentos devem chegar a aproximadamente até R$ 5 bilhões por ano.

Fonte: Info Money

Lucro dos bancos deve voltar a subir no trimestre

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Depois de quatro trimestres consecutivos de queda, o resultado dos grandes bancos brasileiros deve começar a reagir. O lucro combinado de Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco e Santander atingirá R$ 14,9 bilhões nos primeiros três meses deste ano, alta de 21% em relação ao mesmo período de 2016, de acordo com a projeção média de analistas.

A recuperação tem relação com a melhora, ainda que tímida, dos indicadores da economia, mas também com a base de comparação. Os três primeiros meses do ano passado foram o “fundo do poço” para os bancos, que precisaram digerir perdas bilionárias com o calote da fornecedora de sondas do pré-sal Sete Brasil.

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A expectativa é que os resultados também sinalizem o fim do ciclo de alta da inadimplência, que não para de crescer desde 2015. “Por outro lado, não esperamos uma recuperação na carteira de crédito, em razão tanto da demanda fraca como do apetite de risco limitado dos bancos”, escrevem os analistas do Goldman Sachs, em relatório.

Apesar das condições ainda desfavoráveis, os balanços já devem mostrar alguns sinais positivos. O HSBC prevê um ligeiro crescimento dos empréstimos de 2% para o Santander ante o trimestre anterior, impulsionado pela retomada do consumo e do financiamento das pequenas e médias empresas, e de 1% para Bradesco e Itaú, neste último sendo liderado pela expansão em segmento de baixo risco, como a carteira imobiliária e de consignado. O único que ainda deve não mostrar uma expansão da carteira de crédito é o Banco do Brasil.

A temporada de divulgação de resultados começa amanhã, com o Santander Brasil. O banco foi o único entre os grandes a ter aumento no lucro no ano passado. Mesmo assim ainda apresenta um retorno bem inferior aos principais concorrentes privados.

Para o Credit Suisse, a expectativa é que essa diferença diminua. “Acreditamos que o mercado está subestimando o impacto positivo da estratégia do banco sob a nova gestão, que ficará claro já em 2017”, afirmam os analistas, que elevaram recentemente a recomendação das ações do Santander para “outperform” – equivalente à compra.

O Deutsche Bank vê uma melhora da margem financeira e da qualidade dos ativos do banco espanhol no país, com as baixas para perdas já tendo sido provisionadas. “O crescimento dos empréstimos deve permanecer moderado, mas pode aumentar ligeiramente e crescer acima dos pares”, apontam os analistas do banco em relatório.

A maior recuperação nos resultados do primeiro trimestre deve vir do Banco do Brasil. O lucro da instituição deve dobrar em relação ao primeiro trimestre do ano passado, para R$ 2,6 bilhões, de acordo com a média das estimativas. Apesar da melhora, em termos anualizados o lucro do BB continuará abaixo da expectativa para 2017 como um todo, segundo os analistas do Itaú BBA.

O BB deve continuar sendo beneficiado pelo crescimento do resultado de intermediação financeira acima do setor. Os analistas do Santander esperam um crescimento de 5% dessa variável no período. O banco vem implementando um processo de recomposição dos juros nos empréstimos concedidos dentro do programa Bom Pra Todos, durante o governo Dilma Rousseff, que tinham taxas inferiores às de mercado. Com isso, o banco deve liderar a melhora da taxa de retorno sobre o capital, que deve passar de 8,1% para 11,8%, ainda abaixo da taxa apresentada pelos grandes bancos.

O Itaú é o que está à frente em termos de melhora da qualidade da carteira de crédito segundo os analistas. Os analistas do Santander preveem uma redução de 0,1 ponto percentual no índice de inadimplência do maior banco privado brasileiro no trimestre, de 3,4% para 3,3%. “Acreditamos que o banco deve continuar a apresentar melhora na qualidade dos ativos, especialmente nos segmentos de pessoas físicas e pequenas e médias empresas”, apontam em relatório.

Como o mercado avaliou que o banco foi bastante conservador na provisão para perdas no ano passado, apresentando um índice de cobertura de 222% em dezembro, os analistas do Santander esperam uma queda de 24% na despesa com provisão do Itaú neste trimestre em relação ao quarto trimestre do ano passado.

Já o Bradesco ainda deve registrar alguma alta na inadimplência, segundo os analistas. “Acreditamos que uma pequena alta no índice pode ser uma boa notícia para o banco”, afirma o Itaú BBA. Pelas projeções do Deustche Bank, o índice de atrasos na carteira do Bradesco deve ter uma alta de 5,5% para 5,6% entre dezembro de 2016 e março deste ano. “A qualidade dos ativos deve ficar amplamente sob controle, embora a inadimplência possa aumentar em empréstimos corporativos específicos que já foram provisionados”, apontam os analistas.

Um dos destaques do balanço do Bradesco deve ser as receitas de prestação de serviços, que devem apresentar uma alta de 15,1% em relação aos três primeiros meses do ano passado, nas contas do Goldman Sachs. Desde o terceiro trimestre, os números do banco incorporam os do HSBC Brasil.

Outro ponto que deve ser acompanhado de perto nos resultados dos bancos é a carteira de crédito de grandes empresas. As instituições registraram perdas bilionárias no ano passado com a baixa (“impairment”) de créditos concedidos na forma de títulos de dívida, como debêntures.

Apesar de não esperarem um aumento significativo do impairment por parte dos bancos nesse primeiro trimestre, os analistas do Santander ainda veem o anúncio da recuperação judicial de uma grande empresa – provavelmente a operadora de telefonia Oi – impactar negativamente o índice de inadimplência do Banco do Brasil. “Contudo, não temos expectativas de um efeito significativo sobre as despesas de provisão e, com isso, cremos que o mercado pode ter uma reação neutra, uma vez que esse item permaneceu no balanço do banco desde o segundo trimestre de 2016.”

O aumento da provisão para perdas com o anúncio do pedido de recuperação judicial da incorporadora PDG Realty, em fevereiro, deve começar a aparecer no balanço dos bancos neste primeiro trimestre. Embora já viessem fazendo provisão para perdas nesse caso específico, os bancos devem aumentar as despesas para cobrir eventuais perdas em créditos concedidos à incorporadora. A empresa tinha R$ 7,8 bilhões em dívida, sendo pelo menos R$ 3,339 bilhões em créditos bancários, parte deles na forma de debêntures e outros títulos.

O impacto da queda da Selic sobre os bancos também será um foco de atenção nos balanços. Mas os números ainda não devem mostrar os efeitos dos juros menores, já que não houve tempo para que os empréstimos concedidos com as taxas mais altas fossem renovados. “Não esperamos muita pressão nas margens fora das típicas questões sazonais”, afirmam os analistas do Goldman Sachs.

Fonte: Valor Econômico

Bancos em 2016: concentração e lucro elevado mesmo com recessão

Publicado em: 20/04/2017

São Paulo – O setor financeiro confirmou em 2016 a tendência de concentração e manteve lucros elevados, apesar da crise, constata o Dieese em estudo de sua Rede Bancários, divulgado nesta segunda-feira (17). “Os cinco maiores bancos do país tiveram desempenho muito expressivo, seja em termos de intermediação financeira (as principais contas dos bancos) ou de resultado operacional, a despeito do adverso cenário econômico e da queda observada no resultado líquido em comparação com o ano anterior”, diz o instituto.

“Permanece a necessidade de se ampliar e se aprofundar o debate sobre o papel desempenhado pelo sistema financeiro nacional, especialmente no que se refere aos três maiores bancos privados”, acrescenta o Dieese, em referência a Bradesco, Itaú e Santander. Somados o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, os cinco concentram 87% das operações de crédito.

Em relação ao emprego, o número de trabalhadores tem queda contínua desde 2012, aponta o Dieese, mas houve pequena variação (-0,1%) de 2015 (433.015) para 2016 (432.518), uma perda de 497 vagas. Quatro dos cinco maiores bancos fecharam postos de trabalho, com destaque para o BB, que eliminou 8.569, queda de 7,8%. O banco teve um plano especial de estímulo à aposentadoria, com 9.409 adesões. Fechou o ano com 100.622 empregados.

A Caixa, que fechou 2.480 vagas (-2,5%), também fez um plano de apoio à aposentadoria. E deverá cortar mais postos de trabalho neste ano, já que abriu novo programa de estímulo ao desligamento de mão de obra. No final de 2016, estava com 94.978 funcionários.

Entre os privados, o Santander cortou 2.770 (-5,5%) e o Itaú Unibanco, 2.610 (-3,1%). A exceção foi o Bradesco, com abertura de 15.932 vagas (17,2%). Mas na conta entra a incorporação do HSBC – sem isso, o banco cortou 4.790 postos de trabalho de setembro de 2015 a setembro do ano passado. No final de 2016, o Bradesco estava com 108.793 funcionários, o Itaú tinha 80.871 e o Santander, com 47.254 empregados.

O Itaú fechou 168 agências e o Santander, oito, no ano passado. BB e Caixa têm 11 e oito a mais em relação a 2015, respectivamente, mas o Dieese lembra que os dois bancos planejam fechar centenas de agências neste ano. O saldo de 807 no caso do Bradesco leva em consideração, mais uma vez, a incorporação do HSBC.

O lucro líquido dos cinco maiores bancos brasileiros somou R$ 59,6 bilhões em 2016, queda de 12,1% em relação ao ano anterior. Segundo o Dieese, o resultado pode ser explicado, entre outros motivos, pelo fato de as empresas terem feito “forte provisionamento” e por não usarem créditos tributários. O maior lucro foi registrado pelo Itaú: R$ 22,2 bilhões, redução de 7%, enquanto o Bradesco teve R$ 17,1 bilhões, diminuição de 4,2%.

Já o BB teve queda de 44,2%, para R$ 8 bilhões, mas o Dieese observa que esse dado deve ser relativizado por causa do impacto, em 2015, de acordo do BB com a Cielo, no segmento de pagamento eletrônicos. O lucro da Caixa, de R$ 5 bilhões, caiu 3%, mas o resultado operacional cresceu 271,5%, “devido à melhora no resultado da intermediação financeira, em especial, de resultados com operações de crédito e com títulos e valores mobiliários”. A exceção de 2016 foi o Santander, cujo lucro líquido aumentou 10,8% sobre 2015 e atingiu R$ 7,3 bilhões.

A íntegra do estudo pode ser lida no site do Dieese.

Fonte: Rede Brasil Atual

Itaú, Bradesco, BB e Caixa tinham quase 80% do mercado de crédito ao fim de 2016

Publicado em: 05/04/2017

Os quatro maiores conglomerados bancários – Itaú-Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal – detinham, no fim de 2016, 78,99% de todas as operações de crédito feitas por instituições financeiras no país e também 78,48% dos depósitos, segundo o relatório de estabilidade financeira divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central.

Um ano antes, no fim de 2015, os quatro bancos detinham, juntos, cerca de 75% dos empréstimos e depósitos de todo o sistema financeiro. Com isso, subiu a concentração bancária no ano passado, de acordo com dados do BC.

Em 2007, eles tinham 54,6% de todas operações de crédito, indicador que mostra que a concentração bancária era muito menor no país.
Recentemente, o BC informou que, em fevereiro, a taxa média dos juros bancários atingiu 53,2% ao ano. Em alguns casos, como no do cheque especial e do cartão de crédito, a taxa passa de 300% ao ano.

Com isso, o chamado “spread bancário” (diferença entre o que os bancos pagam pelos recursos e o que cobram de seus clientes) subiu em fevereiro para 42,5 pontos percentuais – patamar elevado para padrões internacionais.

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Concorrência

Segundo o diretor de Fiscalização da autoridade monetária, Anthero Meirelles, o aumento da concorrência no sistema financeiro é muito bem-vindo. Questionado se a instituição adotaria alguma medida para estimular a entrada de novos concorrentes, ele afirmou que o grande estímulo para isso é o crescimento do mercado e a melhora do ambiente econômico.

“Eu acho que a queda do risco Brasil, endereçamento de questões estruturais, fiscais, recuperação da confiança, e uma política macroeconômica que gera confiança nos agentes, é o melhor caminho para estimular a eventual entrada de novos concorrentes”, afirmou ele.

Meirelles avaliou ainda que, com mais segurança jurídica e regulatória e “incertezas dissipadas”, haverá um estímulo não só para a entrada de novos concorrentes, mas também para que os atuais participantes do mercado de crédito “se animem mais para concorrer”.

De acordo com o diretor, a segmentação promovida pelo governo no sistema financeiro, com a classificação em cinco grupos, é muito importante para a concorrência.

“Não necessariamente para que novas entidades estrangeiras entrem no Brasil, mas isso reduz o custo de observância e o custo regulatório”, afirmou Anthero Meirelles.

Fonte: G1

Bradesco, BB e Caixa lideram ranking de reclamações no 1º bimestre

Publicado em: 16/03/2017

O Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal lideraram o ranking das instituições financeiras que mais receberam reclamações dos clientes no primeiro bimestre de 2017. O ranking foi publicado nesta quarta-feira, 15, pelo Banco Central e considera instituições financeiras com mais de quatro milhões de clientes.

No topo da lista está o Bradesco, com índice de reclamações de 17,28. Neste caso, são consideradas todas as instituições que fazem parte do conglomerado, como o próprio banco Bradesco, o Banco Boa Vista e o Bradesco BBI, entre outras.

Pela metodologia do BC, o índice é calculado com base no número de reclamações consideradas procedentes dividido pelo número total de clientes do banco e multiplicado por um fator fixo (1.000.000). No caso do Bradesco, foram 1.598 reclamações consideradas procedentes em janeiro e fevereiro sobre uma base total de 92.474.594 clientes.

Na segunda posição entre as instituições, aparece o BB com índice de 17,25 no segundo semestre (1.024 reclamações procedentes e 59.336.099 clientes). Em seguida, está a Caixa, com índice de 15,37, resultado de 1.286 reclamações procedentes numa base de 83.628.417 clientes.

Na sequência do ranking, ainda considerando bancos e financeiras com mais de 4 milhões de clientes, aparecem Santander (índice de 13,75), Itaú (11,54), Banrisul (9,79), Votorantim (5,09), Midway (1,07), Pernambucanas (0,22) e Banco do Nordeste (0,17).

O BC também divulga o ranking de instituições com menos de 4 milhões de clientes. Neste segmento, a liderança das reclamações no primeiro bimestre é do Safra, com índice de reclamações de 83,27. Depois aparecem Pan (72,92), Paraná Banco (49,50), Agiplan (32,55) e Citibank (32,18).

Reclamações

Entre os assuntos que mais motivam reclamações por parte dos clientes, o campeão é o item “irregularidades relativas à integridade, confiabilidade, segurança, sigilo ou legitimidade das operações e serviços”. Ao todo, de acordo com o BC, este assunto gerou 790 reclamações com indícios de descumprimento das regras em vigor e teve liderança da Caixa, com 277 reclamações procedentes.

Na sequência dos assuntos mais reclamados aparecem “oferta ou prestação de informação a respeito de produtos e serviços de forma inadequada” (756 reclamações) e, em seguida, “débito em conta de depósito não autorizado pelo cliente” (672 reclamações).

Fonte: Isto É Dinheiro

Ações do Banco do Brasil devem valorizar em 2017

Publicado em: 26/12/2016

O Santander divulgou um relatório com as perspectivas para os bancos do país em 2017. Os analistas que assinam o relatório, Henrique Navarro, Olavo Arthuzo e Bruno Mendonça, afirmam estarem otimistas com o setor no próximo ano.

O cenário positivo previsto se deve, principalmente, ao processo de impeachment de Dilma Rousseff, a melhoria nos índices de confiança, o ciclo de afrouxamento monetário e resultados favoráveis apresentados pelos bancos no terceiro trimestre deste ano.

“Analisando 2017, mantemos nosso otimismo a respeito dos bancos brasileiros, com a expectativa de possíveis revisões para cima nas projeções de resultados do mercado”, diz o relatório.

Entre os papéis analisados (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Itaúsa) todos tiveram recomendação de compra pelos analistas. Entretanto, a principal recomendação é o Banco do Brasil.

Para o BB, o preço-alvo é das ações é de 37 reais. Hoje, os papéis são comercializados na casa dos 25 reais. A estimativa da valorização das ações do banco se deve ao indicador de retorno sobre o patrimônio, que é apontado como sustentável pelo Santander ficando acima de seu custo de capital próprio, o que elimina a necessidade de capital adicional para cumprir totalmente às exigências mínimas das normas Basileia.

Bradesco
Para o Bradesco, o preço alvo estimado dos papéis é de 40 reais. Atualmente, as ações preferenciais são comercializadas na casa dos 27 reais. Os analistas destacam as perspectivas de crescimento devido a aquisição do HSBC.

Itaú e Itaúsa
Em relação ao Itaú Unibanco, o preço alvo apontado para as ações no próximo ano é de 44 reais. O valor bem acima do preço atual das ações, que é de 32 reais.

“Dentre os bancos, o Itaú tem o ROAE (retorno sobre o patrimônio) histórico mais elevado no Brasil, o qual é uma consequência de sua próspera franquia bancária.”

Já para o holding do Itaú, o Itaúsa, o preço alvo estimado é de 12,60 reais.

“Em nossa opinião, os investidores que buscam 100% de exposição ao Itaú podem começar a reconsiderar suas posições, pois acreditamos que seja possível que o Itaú possa representar uma parte menor da carteira da Itaúsa no longo prazo, o que tornaria a Itaúsa, em termos aproximados, mais um fundo de investimentos que um proxy de investimento do Itaú.”

Fonte: Exame