Banco do Brasil assina novo contrato de serviço com os Correios

Publicado em: 19/12/2019

O Banco do Brasil (BBAS3) divulgou nesta terça-feira (17) a assinatura de um novo contrato com os Correios. De acordo com o comunicado enviado ao mercado, o contrato de prestação de serviço anterior venceu no último dia 15 de dezembro.

Com o acordo, os Correios continuaram a disponibilizar saques, depósitos, consultas e recebimentos de contas pelos próximos três meses, período que pode ser prorrogado.

Enquanto isso, o Banco do Brasil buscará maneiras de solucionar os eventuais impactos que essa atitude pode causar para os usuários de serviços disponibilizados pela rede Banco Postal.

Fonte: Money Times

Correios e BB encerram acordo do Banco Postal em dezembro, mas serviço será mantido

Publicado em: 30/10/2019

O contrato de funcionamento do Banco Postal, firmado pelos Correios e o Banco do Brasil, será encerrado no dia 15 de dezembro. De acordo com informações dos Correios, a partir desta data, a empresa continuará a prestação de atendimento de serviços básicos, tais como saques, depósitos, pagamentos de contas e consultas, em parceria com “mais de uma instituição financeira interessada, por meio do serviço Balcão do Cidadão”.

As demais opções de serviços, como Vale Postal (remessa de valores sem a necessidade de conta bancária) e doações, também permanecem ativos.

Ainda segundo a estatal, as unidades de atendimento dos Correios estarão disponíveis para a prestação do serviço Balcão do Cidadão, que será formalizada por meio de contratos comerciais entre a empresa e as instituições financeiras.

O Banco do Brasil informou que “BB e Correios permanecem em negociação”.

Em 2018, o serviço prestado em 6.058 agências de atendimento dos Correios registrou uma receita de R$ 234,61 milhões. Entretanto, o número de agências que oferece o serviço à população caiu 60% de dezembro de 2018 a agosto deste ano, totalizando 2.448 postos.

Fonte: Jornal Extra

BB e Correios renovarão acordo no Banco Postal por até seis meses

Publicado em: 11/01/2018

O Banco do Brasil e os Correios anunciarão nos próximos dias a renovação por até seis meses de um acordo envolvendo o Banco Postal, disseram à Reuters duas fontes com conhecimento direto do assunto.

Na prática, o BB continuará pagando as despesas com segurança de 1.827 agências dos Correios que prestam o serviço, valor estimado em 8 milhões de reais mensais. Um acordo similar firmado em outubro passado, pelo qual o banco assumiu custos de vigilantes armados e portas giratórias, vence em 31 de janeiro.

Segundo as fontes ouvidas pela Reuters, o acordo nas mesmas bases do que está para vencer será renovado por três meses, com opção para mais três. Neste caso, até o fim de julho.

Em notas separadas, BB e Correios afirmaram que seguem negociando a parceria no Banco Postal.

Essas agências representam cerca de um terço das mais de 5 mil agências do Banco Postal, que tiveram a viabilidade comercial em xeque após a renovação da parceria entre BB e Correios, no fim de 2016.

O acordo anterior previa que o BB pagasse aos Correios uma remuneração fixa ao redor de 1,2 bilhão de reais por mês. Sem interessados na última licitação para mais cinco anos, coube ao Correios topar uma proposta do BB de 36 meses baseada em remuneração fixa de pouco mais de 100 milhões mensais, mais um valor variável, de acordo com desempenho.

Os Correios, que já enfrentavam uma grave crise financeira, com prejuízos de 2 bilhões de reais por ano em 2015 e 2016, ameaçaram fechar as agências deficitárias.

O governo federal, que controla as duas empresas, pressionou para que houvesse um acordo, já que essas agências são o canal de pagamento de benefícios como aposentadorias e pensões a mais de 140 mil pessoas.

Segundo uma das fontes, além do acordo os sócios também estão discutindo formas de tirar essas agências do vermelho, com a oferta de mais produtos financeiros, inclusive crédito pessoal do BB para permitir que um acordo de mais longo prazo seja planejado.

“O objetivo é garantir uma performance comercial mínima”, disse uma das fontes, que pediu anonimato porque o acordo ainda não foi assinado.

A solução não é simples, sobretudo em municípios menores, alguns com ao redor de 10 mil habitantes, especialmente com os sócios no meio de um esforço concentrado para reduzir custos.

O BB implementou no ano passado um plano de aposentadoria antecipada de quase 20 por cento dos empregados e fechou ou reduziu quase 800 agências, como parte da meta de elevar sua rentabilidade para níveis similares aos do rivais privados.

E os Correios estão tentando reduzir custos com benefícios a empregados e fechando parcerias para tentar voltar a ser uma empresa lucrativa. A estatal anunciou em dezembro uma joint venture com a companhia aérea Azul para criar uma empresa de logística integrada que deve começar a operar até junho próximo.

Fonte: Exame.com

Fundo de previdência dos funcionários dos Correios sofre intervenção

Publicado em: 06/10/2017

A Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementar), vinculada ao Ministério da Fazenda, decretou intervenção na Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios. A intervenção durará 180 dias, para exame da situação do fundo e estudo de soluções para a recuperação.

O Postalis é um dos maiores fundos de pensão do país, com quase 200 mil participantes, entre ativos e aposentados. Assim como os dois outros grandes fundos de estatais, Funcef (Caixa) e Petros (Petrobras), o Postalis vem sofrendo com efeitos de ingerência política e má gestão.

Em abril, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou a indisponibilidade de bens de ex-gestores da Postalis por “investimentos negligentes e em desacordo com o regulamento de investimentos do próprio fundo”, que teriam causado prejuízo de R$ 1 bilhão.

Um de seus planos, o BD, vem sofrendo prejuízos seguidos e já passou por dois processos de equacionamento, nos quais participantes e Correios foram chamados a dar contribuições adicionais para cobrir o rombo.

Atualmente, a contribuição adicional acumulada é de 17,92% dos vencimentos mensais. Na divulgação do balanço de 2016, a direção do fundo admitiu a possibilidade de propor terceira cobrança adicional para ajudar a conter o rombo.

A Previc indicou Walter de Carvalho Parente como interventor na fundação.

Fonte: Diário de Goiás

BB e Correios manterão agências do Banco Postal

Publicado em: 05/10/2017

O Banco do Brasil informou que chegou a um acordo com os Correios para a manutenção do funcionamento dos 1,9 mil pontos de atendimento do Banco Postal, que seriam fechados a partir de 11 de outubro. O acerto, informado em nota na agência de notícias interna da instituição na terça-feira 3, ainda será formalizado, mas deve beneficiar os estados que seriam afetados com o encerramento das unidades. De acordo com o BB, foi encontrado “um novo equilíbrio financeiro para o contrato” do Banco Postal.

A decisão de encerramento das atividades chegou a ser anunciada pelos Correios que não teria condições financeiras para atender às exigências legais vinculadas a itens de segurança determinados pela Justiça em alguns estados, como portas giratórias, vidros blindados e vigilância armada.

O novo acordo vigorará até 31 de janeiro de 2018 e até lá BB e Correios prometem negociar para encontrar novas formas de “aumentar a rentabilidade da parceria”.

Para o Sindicato, o entendimento entre as partes é muito importante tanto para os bancários quanto para a população. Ao todo, 137 mil aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) seriam afetados com a migração do pagamento de seus benefícios para outras agências bancárias e até para outros municípios. Desses, 56,7 mil passariam a receber os benefícios em agências do Banco do Brasil, o que aumentaria a sobrecarga dos trabalhadores já atingidos pelo desmonte e pela reestruturação no BB.

> Bancários do BB não podem sofrer com fim do Banco Postal

“Reforçamos a necessidade de contratação e realização de concurso para repor os 9 mil bancários do BB que saíram no plano de aposentadoria PEAI”, afirma Ernesto Izumi, diretor executivo do Sindicato. “O banco informou que estava preocupado com sua imagem e por isso negociou essa saída para o Banco Postal. Deveria pensar nisso também para garantir boas condições de atendimento aos clientes e de trabalho aos funcionários.”

A nota informa que, em todo o Brasil, o Banco Postal possui 6,5 mil pontos de atendimento, onde são atendidos mais de 10 milhões de usuários, por semana, e realizadas 15 milhões de autenticações por mês.

Fonte: Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região

Correios e BB tentam acordo para impedir fechamento de bancos postais

Publicado em: 29/09/2017

A Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) discutiu, em audiência nesta terça-feira (26), a possibilidade de fechamento de agências de bancos postais em todo o país. De acordo com os participantes, os comandos do Banco do Brasil e dos Correios ainda não chegaram a um acordo para impedir o fim dos serviços em várias localidades.

Os Correios ameaçam acabar com a atividade em quase 2 mil agências em cidades e estados onde há obrigatoriedade legal de manutenção de vigilantes armados. A empresa alega que não tem como arcar com tais custos, principalmente em lojas deficitárias.

– Fechar significa destruir o comércio local, punir o aposentado, afetar brutalmente a economia. Temos consciência disso. E tomamos uma decisão doída, muito a contragosto – admitiu o presidente da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT), Guilherme Campos.

Segundo ele, existem atualmente no Brasil 6.045 unidades dos Correios com serviço de banco postal, das quais 5.062 dão prejuízo. Guilherme Campos ainda informou que das 1.979 agências operando em locais com obrigatoriedade de segurança armada, 1.558 são deficitárias.

– Essa é a realidade. Não temos capacidade financeira de assumir pagamento de vigilante. Mas é bom deixar claro: vamos encerrar apenas a atividade bancária; as agências continuarão abertas cumprindo sua função de universalizar os serviços postais – garantiu.

Proposta

O vice-presidente do Banco do Brasil, Walter Malieni Júnior, lembrou que as duas instituição estão tratando do assunto e propostas estão sendo encaminhadas. Ele disse que o banco estaria disposto a dividir com os Correios o custo de R$ 8 milhões mensais para garantir a segurança das 1.979 agências. A proposta foi apresentada pelo deputado Júlio César (PSD-PI), mas não foi aceita pelo presidente da EBCT, Guilherme Campos.

— De qualquer forma, o assunto está sendo discutido com boa vontade pelas duas partes. Há outras propostas na mesa. Acredito numa solução gradativa – afirmou Malieni.

O Banco do Brasil começou a operar a atividade bancária nas agências postais em 2011, quando venceu uma disputa com outros bancos privados. O contrato terminou no fim de 2016, quando foi feito novo leilão. Na época, não apareceram interessados em explorar o serviço. Desde então, o BB tem operado o sistema por meio de um acordo.

Pressão

A presidente da  CDR, senadora Fátima Bezerra (PT-RN), afirmou ser inadmissível o fim dos bancos postais e deu o exemplo do problema no Rio Grande do Norte, onde 130 das 167 cidades do estado ficarão sem acesso a qualquer tipo de serviço bancário. Ela ainda disse desconfiar de que, por trás da iniciativa, esteja uma estratégia de privatizar a estatal.

– Inclusão bancária significa promover o acesso de milhões aos serviços básicos. São tarefas simples, mas essenciais, como depósitos, saques, abertura de contas e pagamentos. Uma parceria tão virtuosa como essa não pode morrer de maneira nenhuma – afirmou.

Já o senador Elmano Férrer (PTB-PI) e deputados do Nordeste que participaram da audiência afirmaram que estatais como o Banco do Brasil e a EBCT não podem agir visando somente ao lucro, deixando de lado compromissos sociais. Eles pressionaram por uma solução ainda durante a reunião, mas não obtiveram sucesso.

Greve

A atual greve de parte dos funcionários dos Correios também foi abordada durante a audiência. O secretário-geral da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios (Fentect), José Rivaldo da Silva, aproveitou para esclarecer que a paralisação não ocorre apenas por melhores salários. Além do enxugamento das agências, demissões, ameaça de privatização e modificações no plano da saúde são alvos dos protestos.

Em resposta, o presidente dos Correios lembrou que quem fica feliz com a greve são os concorrentes que atuam fora do serviço monopolizado pela estatal.

– Os correios passam agora pela hora da verdade. A empresa tem que se reinventar. O monopólio postal é uma atividade que cai a cada ano. O Brasil não fez a lição de casa. No passado, havia usuários do sistema. Hoje tem que ir atrás dos clientes. A atividade do monopólio acabou. Acabou! – avisou Guilherme.

Finanças apertadas
R$ 2,1 bilhões Prejuízo dos Correios em 2015
R$ 1,5 bilhão Prejuízo dos Correios em 2016
R$ 800 milhões Prejuízo dos Correios em 2017
6.045 Número de agências com bancos postais
5.062 Agências com bancos postais que dão prejuízo
1.979 Número de agências com obrigatoriedade de vigilante armado
1.558 Número de agências com obrigatoriedade de vigilância com déficit operacional

* Fonte: Presidência da EBCT

Fonte: Senado 

Correios têm novo prejuízo de R$ 2 bi e recebem aval para PDV

Publicado em: 06/01/2017

Vivendo a mais grave crise financeira de sua história, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) fechou o ano passado com prejuízo em torno de R$ 2 bilhões. O rombo é praticamente igual ao de 2015, mas a cúpula da estatal aposta em algumas medidas para reverter esse cenário. O balanço oficial ainda não foi divulgado.
“A meta é déficit zero neste ano. Quem sabe ficamos levemente no azul”, diz o presidente Guilherme Campos.

Na quinta-feira passada, os Correios obtiveram a última autorização necessária – do Ministério do Planejamento – para a abertura de um programa de demissões voluntárias. O quadro de pessoal chega a 117 mil funcionários e cálculos da empresa apontam que até 14 mil se enquadram nos critérios exigidos pelo plano. A meta é ter de 6 mil a 8 mil adesões, com economia anual entre R$ 850 milhões e R$ 1 bilhão.

Anunciado em novembro, o PDV deve ser aberto oficialmente no dia 9 ou no dia 16. O público-alvo são empregados com mais de 55 anos, com tempo de serviço para requerer aposentadoria. Quem aderir ao programa receberá por dez anos um valor calculado com base na média salarial dos últimos cinco anos e no tempo de serviço.
Além disso, outro reforço no caixa virá de um provável recomposição das tarifas postais em fevereiro ou março. Campos afirma que há uma necessidade de reajuste de 5,83% por causa do represamento das tarifas em anos anteriores, quando sequer houve repasse integral da inflação.

No fim de novembro, os Correios tentaram licitar a rede do Banco Postal, mas não receberam nenhuma proposta. Para não interromper a prestação do serviço, foi firmado um contrato temporário com o Banco do Brasil. O BB, cujo contrato com a ECT para o Banco Postal tinha acabado, poderá ficar até mais três anos à frente da rede. Para isso, pagará R$ 5 milhões por mês, além de um adicional por faturamento. A estimativa da instituição é que o desembolso mensal seja de R$ 24 milhões. Trata-se de um valor bastante inferior ao desejado pelos Correios na licitação. A ECT esperava receber R$ 1,2 bilhão por um contrato de dez anos, mais uma tarifa por transação e bônus de performance por agência.

Campos esteve hoje com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a quem disse ter feito um relato das últimas ações para recuperar financeiramente a empresa. O executivo também afirmou ter parabenizado Meirelles pelas medidas que tentam baixar as taxas de juros pelo crédito rotativo dos cartões – uma bandeira que Campos, ex-deputado federal pelo PSD de São Paulo, defendia vigorosamente na Câmara.

Fonte: G1

BB fecha acordo com Correios para manter Banco Postal

Publicado em: 09/12/2016

O Banco do Brasil e os Correios anunciaram nesta segunda-feira, 5, que vão continuar parceiros no Banco Postal por mais três anos. O BB vai pagar pela utilização da rede dos Correios em todos os municípios brasileiros uma parte fixa de R$ 5 milhões por mês e uma comissão que vai variar de acordo com o volume de serviços prestados.

Segundo o banco, no primeiro mês, serão pagos R$ 24 milhões, mas o valor pode variar conforme a produtividade da rede do Banco Postal. O desembolso será cerca de 20% menor do que o pedido pelos Correios em edital aberto neste ano, mas que fracassou sem nenhuma proposta.

Pelos termos do edital, o vencedor teria de pagar já neste ano R$ 600 milhões. O mesmo valor teria de ser desembolsado no início do sexto ano da operação – o contrato era de dez anos e poderia ser prorrogado por mais dez. Pela utilização da rede e participação nas tarifas bancárias, os Correios também embolsariam outros R$ 2,4 bilhões ao longo dos primeiros dez anos do contrato.

No entanto, os Correios afirmaram que o atual acordo é superior ao que seria pago caso houvesse seleção de outro parceiro. A explicação, diz a estatal, é que a produtividade com a permanência do BB como sócio é superior ao início de uma nova parceria, que levaria a necessidade de constituir uma nova carteira. Ou seja, a redução no contrato poderia ser compensada com novos negócios.

Segundo o BB, no novo contrato, os clientes terão acesso a produtos e serviços financeiros, como abertura de conta corrente completa, cartão de crédito, crédito pessoal, consignado, pagamentos de benefícios do INSS, recebimento de contas em geral, saques e depósitos.

O Banco Postal foi criado para aumentar a inserção dos brasileiros no sistema financeiro. Segundo o Banco Central, 1.987 cidades não têm agência bancária, mas 1.633 delas possuem um ponto de atendimento, como os Correios, que prestam serviços bancários básicos.

Cláusula. O acordo fechado por BB e Correios prevê a possibilidade de encerramento antecipado por ambas as instituições. Segundo os Correios, essa flexibilidade permite reavaliar, a qualquer momento, a estratégia de continuidade do contrato, de outra parceria ou de ajuste no modelo de negócio de serviços financeiros.

Os Correios contavam com esse reforço no caixa para fechar no azul neste ano, mas não deve ser suficiente. Nos últimos três anos, a estatal registrou rombo, sendo o de 2015 de R$ 2,1 bilhões – a estimativa oficial é que o déficit deste ano seja por volta de R$ 2 bilhões.

Fonte: http://economia.estadao.com.br/noticias/negocios,bb-fecha-acordo-com-correios-para-manter-banco-postal,10000092775

Caffarelli diz que BB ainda tem interesse pelo Banco Postal

Publicado em: 02/12/2016

O Banco do Brasil ainda tem interesse pelo Banco Postal, que oferece serviços bancários em agências dos Correios, informou hoje (21) o presidente do BB, Paulo Caffarelli.

Segundo ele, a instituição não participou do leilão do Postal, porque o preço pedido pelos Correios não era adequado. “Temos, sim, interesse, desde que o preço seja adequado à sua capacidade de gerar resultado”, disse.

Os Correios informaram, no último dia 14, que não receberam nenhuma proposta de instituição financeira para prestar os serviços de correspondente do Banco Postal.

O Banco Postal é um correspondente na prestação de serviços bancários básicos, resultado de parceria entre os Correios e uma instituição financeira.

O Banco do Brasil assumiu o Banco Postal em janeiro de 2012, no lugar do Bradesco, em contrato que termina no dia 2 de dezembro deste ano. Mas, segundo os Correios, permanece em negociação a assinatura de contrato temporário com o atual parceiro para manutenção do serviço, após o término do contrato atual.

“O contrato temporário terá a vigência de até seis meses, prorrogáveis pelo mesmo período, e garantirá a normalidade dos serviços do Banco Postal, enquanto os Correios avaliam o projeto de prestação de serviços bancários em sua rede de atendimento”, diz a nota divulgada pelos Correios.

Fonte: http://exame.abril.com.br/negocios/bb-ainda-tem-interesse-pelo-banco-postal-diz-caffarelli/

Despesas do BB com provisão deve fechar 2016 perto do máximo

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O Banco do Brasil (BB) acredita que vai encerrar o ano com despesas de provisão para devedores duvidosos perto do topo da projeção apresentada pelo banco. O BB espera que as despesas de provisão representem entre 4% e 4,4% do portfólio classificado de crédito. Em nove meses até setembro, o indicador ficou em 4,4%.

“A tendência é ficar perto do topo do ‘guidance’ de provisão no fim deste ano”, disse nesta sexta-feira Bernardo Rothe, gerente-geral de relações com investidores, em teleconferência com analistas. Na opinião dele, parte disso é “efeito de denominador”, uma vez que há queda na carteira de crédito do banco.

“Para o ano que vem, há expectativa que a melhora gradual do risco de crédito se reflita em provisão, à medida que economia começar a melhorar”, disse.

Segundo Rothe, o banco público ainda vê espaço para continuar reprecificando sua carteira de crédito nos próximos trimestres, uma vez que cerca de metade do portfólio atual foi originada após 2015. Esse espaço de reprecificação continuará tendo efeitos positivos sobre a margem do banco, mas vai depender do nível de competição bancário, afirmou.

No que se refere às rendas com tarifas, Rothe acredita que a receita tende a ser mais robusta no quarto trimestre do que no terceiro. Segundo o executivo, o período de julho a setembro teve uma série de fatores atípicos sobre esse indicador, incluindo férias, Olimpíada e a greve dos bancários.

Renegociações

O banco público afirma que não seria surpreendente um aumento do volume de renegociações no próximo trimestre, depois da expressiva queda registrada entre julho e setembro. “O volume de renegociações deve seguir o fluxo da economia”, disse Rothe.

O executivo afirmou que, ao longo do tempo, com a recuperação da economia, a participação da carteira de renegociação no portfólio total de crédito do banco deve cair para próximo do patamar histórico.

Rothe também reforçou a expectativa de aumento gradual no índice de capital de melhor qualidade do banco. Segundo ele, os indicadores de capitalização vão continuar a melhorar com a queda da carteira de crédito do BB e a esperada melhora gradual dos resultados da instituição financeira.

Rentabilidade versus “market share”

Após ser questionado por analista sobre a estratégia da instituição, Rothe afirmou que o BB está focado em rentabilidade, não em aumentar a participação de mercado.

Na opinião dele, o comportamento da participação de mercado da instituição pública, que passou os últimos anos em alta, vai depender do comportamento da demanda. “Mesmo assim, o foco não é ‘share’ é rentabilidade”, disse.

Rothe voltou a afirmar que o banco espera melhora gradual da rentabilidade, com aumento de margens e de receitas com tarifas, ao mesmo tempo em que mantém custos sob controle. “Não vou dar uma visão de longo prazo, mas a nossa rentabilidade vai ter melhora gradual ao longo do tempo”, disse.

Sem novas agências

Caso perca o direito de usar o canal do Banco Postal, que reúne os postos dos Correios, o BB não pretende abrir novas agências. “Não há necessidade de abrir agências se não mantivermos esse canal”, disse Rothe.

Os bancos interessados têm até esta sexta-feira para entregar propostas aos Correios pelo canal. Rothe não quis comentar se o banco público entregaria uma proposta.

Os Correios irão abrir as propostas na segunda-feira.

Ontem, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, afirmou não ter interesse pelo canal. “Nós sempre analisamos o edital pra ter uma curva de aprendizado, mas isso não denota uma decisão de participar [do leilão]”, disse, a jornalistas. “Hoje nós temos uma franquia de distribuição q está em 100% dos municipios e o HSBC complementou a nossa rede.”

Fonte: http://www.valor.com.br/financas/4774139/bb-despesas-com-provisao-devem-fechar-2016-perto-do-maximo-previsto