Banco do Brasil pretende descomissionar funcionários em fevereiro

Publicado em: 14/01/2021

Em comunicado ao mercado financeiro nesta segunda-feira (11), o Banco do Brasil apresentou uma revisão e redimensionamento da sua estrutura organizacional. Entre os dados apresentados, há a extinção de 361 agências; a conversão de 243 agências em postos de atendimento e transformação de 145 unidades de negócios em lojas do Banco do Brasil, sem guichês de atendimento. Nesse sentido, a diminuição da instituição é evidente, assim como a estrutura de atendimento do Banco Público aos brasileiros, sobretudo os não-incluídos digitalmente.

Da mesma forma, o Banco já deu início à realização de dois PDVs (Plano de Demissão Voluntária). Os programas têm por objetivo o desligamento de 5 mil funcionários. O movimento é realizado na esteira das demissões ocorridas em grandes bancos privados, como o Santander e o Bradesco, realizadas durante a vigência da pandemia.

Extinção de cargos busca descomissionar funcionários

Além do desmonte do Banco Público, que afeta diretamente à população, os funcionários também serão atingidos. O plano é extinguir a função de Caixa Executivo, revertendo os trabalhadores nessa função a escriturários – que é a carreira de entrada no Banco do Brasil.

Outra mudança questionada pelos representantes dos funcionários do BB – além da perda da gratificação – é o regime de trabalho a que esses escriturários serão submetidos. O BB buscará implementar o caixa por demanda, causando extrema insegurança.

O descomissionamento dos funcionários alocados como Caixa Executivo será feito ainda em fevereiro. Além disso, os escriturários terão modificadas a nomenclatura de seu cargo: a partir de hoje, serão chamados de Agentes Comerciais.

De acordo com informações obtidas com dirigentes sindicais, a diretoria do Banco foi intransigente. E assegurou que as mudanças não fazem parte de um processo negociação; foram apenas comunicados.

Fonte: Portal Reconta Aí

 

Para funcionários do Banco do Brasil, medidas são ‘cortina de privatização’

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A ANABB (Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil) cobrou a revisão das medidas anunciadas ontem, de fechamento de agências e desligamento de 5 mil funcionários. Em carta encaminhada ao presidente do BB, André Guilherme Brandão, a ANABB diz que as medidas transmitem uma percepção de “cortina de fumaça” para encobrir “intenções privatistas” em torno do BB.

Para a entidade, o esvaziamento do BB e o enfraquecimento de sua atuação em áreas chave de negócio comprometem sua solidez e seu papel de banco público. “Uma forma de se desfazer de patrimônio público é ir, gradativamente, enfraquecendo as empresas e comprometendo seu desempenho”, acusa o presidente da ANABB, Reinaldo Fujimoto, na carta encaminhada ao BB.

Fujimoto alerta que a medida trará reflexo negativo para milhões de clientes do banco, desconsiderando a realidade brasileira.

Para a associação de funcionários, as medidas anunciadas sobrecarregam os colaboradores. “O anúncio pode satisfazer expectativas do mercado de curtíssimo prazo, mas estão na contramão do papel histórico e institucional do Banco do Brasil na economia brasileira, sobretudo em situações de estagnação econômica e de desafios para a retomada do desenvolvimento”.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Uol

Guedes deu aval a demissões e fechamento de agências do Banco do Brasil

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Ameaçado de demissão pelo presidente Jair Bolsonaro, o presidente do Banco do Brasil, André Brandão, negociou toda reestruturação da instituição com o ministro da Economia, Paulo Guedes. O processo, que prevê o desligamento voluntário de 5 mil funcionários e o fechamento de 361 pontos de atendimento, só andou depois do aval do chefe da equipe econômica.

O Banco do Brasil só tornou público o processo de reestruturação depois de submeter todas as medidas ao crivo da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest), chefiada por Amaro Luiz de Oliveira Gomes. O órgão faz parte do guarda-chuva do Ministério da Economia.

“Nada do que foi anunciado pelo Banco do Brasil seria possível se não tivesse o aval do ministro Paulo Guedes”, diz um executivo da instituição. “Todos os argumentos para a reestruturação do banco foram apresentados e aceitos pela Sest. Ou seja, não há porque falar em surpresas dentro do governo”, ressalta.

Para os executivos do Banco do Brasil, a reestruturação e o enxugamento de despesas pela instituição é vital. É questão de sobrevivência, pois o banco está vendo as receitas caírem com o crescimento espetacular das instituições digitais. “O BB tem tudo para se dar bem, desde que a política não atrapalhe”, frisa o mesmo executivo.

Com a demissão voluntária de empregados e o fechamento de postos de atendimento, o Banco do Brasil espera economizar quase R$ 3 bilhões até 2025.

Fonte: Blog do Correio Braziliense

Sindicato prepara uma série de iniciativas jurídicas contra a reestruturação do BB

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O Banco do Brasil anunciou na segunda-feira (11) uma reestruturação que prevê o fechamento de centenas de agências e postos de atendimento, desligamentos e transferências de milhares de funcionários (por meio de programas de demissão voluntária e de “adequação de quadros”), além de mudanças em cargos como os de escriturários (que serão transformados em agentes comerciais) e de caixas (que devem deixar de existir — os funcionários ganharão comissão pelos dias que atuarem na função).

Diante dessa reestruturação que promete prejudicar a quase totalidade do corpo funcional do banco, o departamento jurídico do Sindicato dos Bancários de Bauru e Região já está preparando algumas iniciativas.

Em primeiro lugar, vai ajuizar nos próximos dias uma ação coletiva com pedido de liminar visando manter a comissão de caixa para todos os que detêm a função, ou, pelo menos, para todos os que já têm 10 anos ou mais de exercício da função, que era o entendimento da Justiça do Trabalho (Súmula nº 372) até a reforma trabalhista.

Depois, caso o BB realize transferências arbitrárias, o Sindicato vai acionar o Judiciário para que seja cumprido o que determina a legislação trabalhista, ou seja, para que só haja transferências que não acarretem mudança de domicílio. No começo do ano passado, a entidade obteve uma liminar impedindo isso.

Por fim, os advogados do Sindicato estudam, ainda, a possibilidade de pleitear contra a ida obrigatória para o Economus Futuro ou Família dos funcionários oriundos da Nossa Caixa que aderirem ao Programa de Adequação de Quadros (PAQ), pois são planos que o banco não tem obrigação de pagar coparticipação, onerando, portanto, apenas os funcionários.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Bauru e Região

Bancários cobram mais garantias na reestruturação do BB

Publicado em: 18/01/2018

São Paulo – Na primeira rodada de negociação entre a Contraf-CUT e o Banco do Brasil, os Sindicatos cobraram do banco os números detalhados da reestruturação, como quantidade de vagas e cortes por local. A Comissão de Empresa já havia solicitado os números assim que o banco anunciou a reestruturação, no dia 5 de janeiro. O BB informou que o pedido está no comitê patrocinador da reestruturação e ainda não tem os números para repassar.

Os Sindicatos afirmam que ao não fornecer os números gerais, o banco trata uma grande restruturação como situações locais, o que não acontece. Parece que é simplesmente má vontade e dificuldade gratuita para ajudar na solução dos problemas, afirma a Comissão de Empresa dos Funcionários.

Na sexta-feira 12, os sindicatos apontaram os problemas surgidos em vários locais e as dificuldades para realocação dos funcionários. O BB foi cobrado para apresentar os critérios utilizados para o redimensionamento das agências, uma vez que muitos lugares com dificuldade de atendimento e más condições de trabalho permaneceram com o mesmo número de funcionários.

Segundo o BB, o banco ajustou a compatibilidade de oferta de atendimento com a capacidade de atendimento em cada local. Onde tem menor capacidade fez aumento – onde havia capacidade de atendimento acima, fez ajuste para menor.

O banco se comprometeu a receber para análise alguma situação que pode ter sido mal ajustada.

VCP para os caixas ou manutenção da gratificação – A Comissão de Empresa cobrou do banco resposta quanto ao pedido de manutenção da gratificação da comissão de caixa aos funcionários que perderam o cargo.

No caso dos funcionários com função gratificada ou comissionada, será garantido quatro meses de remuneração caso não seja realocado. Para os caixas, há um entendimento do BB de que como não é uma função, é apenas gratificação de caixa, esse benefício não é concedido automaticamente.

O banco afirmou que está analisando a solicitação dos sindicatos, para que seja mantida a remuneração dos caixas por pelo menos 4 meses, assim como na restruturação do final de 2016 e início de 2017.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, a prorrogação da gratificação para caixas é de extrema importância e se justifica por ser o grupamento mais atingindo nesta reestruturação. “O corte de 1200 caixas é traumático e o banco precisa entender que se tratam de pessoas que buscaram ascensão profissional dentro da empresa e isso foi tirado numa canetada.”

Priorização dos caixas nas concorrências – Foi cobrado do banco que os caixas tenham priorização de fato nas concorrências para outros cargos. Além na priorização no TAO – Sistema de Recrutamento, foi solicitado que de fato haja orientação para normação dos caixas em outros cargos que tiveram vaga, de forma minimizar o grande corte nas funções.

O banco informou que não tem resposta quanto a priorização no sistema, mas que tem orientado os gestores a darem atenção aos pedidos de realocação de caixas em outras funções próximas, como as de assistente ou atendente de CABB.

Não haverá remoção compulsória para outro município – O Banco do Brasil garantiu que, embora prevista inicialmente, não haverá remoção compulsória de funcionários fora do mesmo município, no caso de não se ajustar o excesso de escriturários. Essa medida veio em resposta ao pedido para que não se tenha nenhuma remoção compulsória, mas o banco avalia que poderá ser necessária, ainda, alguma remoção no mesmo local.

Módulo avançado dos gerentes de relacionamento será mantido – Foi garantido que os gerentes de relacionamento que estiveram no módulo avançado da função e tiverem que mudar para cargo de gerente de relacionamento equivalente, será mantido o módulo avançado da função. Isso permitirá mais mobilidade nas nomeações sem causar prejuízo aos funcionários.

Indicação de quem está em excesso – O Banco do Brasil afirmou que não orientou nenhuma indicação de quem está em excesso nas unidades. O BB afirma que no primeiro momento a movimentação deverá ser espontânea e a recomendação é que não haja realocações compulsórias. Mas sindicatos por todo o país têm apurado o contrário. Os casos fora do padrão deverão ser denunciados aos sindicatos.

Fechamento do Cenop e abertura da Cabb em Recife – Foram apontadas diversas situações específicas que estão dificultando realocação dos funcionários do Cenop na nova CABB que será aberta.

Com relação a alguns cursos e trilha de encarreiramento, foi assumido o compromisso de verificar os problemas e encaminhar a solução prontamente para aqueles funcionários. As questões de concorrência ou saída para outras unidades e manutenção da concorrência para a CABB, o a Gepes Recife foi autorizada a liberar os impedimentos de sistema através de pedidos que serão analisados em cada caso.

Salários dos caixas – O banco não forneceu respostas concretas sobre a manutenção dos salários dos caixas e a garantia de realocação de todos os funcionários atingidos. Assim como na reestruturação ocorrida há um ano, o banco não reserva recursos para manter os salários das pessoas e simplesmente trata seus funcionários como números.

Se a empresa acha que a reestruturação constante é para ganhar produtividade, os representantes dos trabalhadores afirmam que as pessoas e famílias devem ser preservadas. E a manutenção dos salários na reestuturação é o primeiro passo para aliviar o sofrimento de quem perdeu o cargo ou função.

Nova rodada de negociação será agendada nos próximos dias, em data a definir entre a Contraf-CUT e o Banco do Brasil.

BB anuncia mudanças em quadro, mas não reestruturação

Publicado em: 21/12/2017

Apesar da expectativa quanto ao anúncio de uma nova reestruturação no Banco do Brasil, a reunião do Conselho de Administração realizada nesta segunda-feira, dia 18, terminou apenas com algumas mudanças de cadeiras. Até então gerente executiva da instituição, Carla Nesi foi promovida à diretora de clientes. Simão Kovalski, que comandava esta área, migrou para a diretoria de reestruturação de ativos no lugar de Adriano Meira Ricci, que assumiu a diretoria de micro e pequenas empresas. Isso porque o responsável pela área, Edmar Casalatina, se aposentou.

Agora não
Ao que parece, nenhuma mudança mais profunda no BB deve ser anunciada em 2017. Rumores que circulam, principalmente, nos corredores do banco davam conta de possíveis enxugamentos no quadro de talentos e até mesmo um programa de demissão voluntária (PDV).

Conflito
A expectativa quanto a algum anúncio aumentou após o BB vetar a participação do conselheiro Fabiano Félix, eleito pelos trabalhadores para o colegiado, da reunião do Conselho. No entanto, há previsão legal para que o representante dos funcionários do banco não participe de discussão sobre temas de gestão de pessoas por conflito de interesse. Procurado, o BB não comentou.

Fonte: Estadão