PAQ no Banco do Brasil aprofunda a reestruturação para privatização

Publicado em: 08/08/2019

O governo federal e a diretoria do Banco do Brasil anunciaram dia 29/07, em Brasília, uma reorganização institucional para transferência de empregados entre as diversas cidades em que possui agências. Além disso, um Programa de Adequação de Quadro (PAQ) foi aberto para os funcionários que se demitirem voluntariamente. Com isso, espera o desligamento de milhares para enxugar, ainda mais, o banco que já vem sendo sucateado para privatizá-lo.

Com o mesmo propósito, a Caixa implementou um Programa de Demissão Vonluntária (PDV). Bolsonaro já deu sinal verde para a privatização da Eletrobras e Correios. A Embraer e o Pré-Sal da Petrobras já foram privatizados.

“Chegou a hora de defender o patrimônio do Brasil e nossos empregos. A privatização é uma realidade no BB e Caixa. Faz parte do desmonte do Estado e da entrega das riquezas ao grande Capital Liberal”, esclarece Eneida Koury, presidente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e funcionária do BB.

BB e Caixa são essenciais à população

De acordo com professor do Instituto de Economia da Unicamp Fernando Nogueira da Costa, o Banco do Brasil e a Caixa são fundamentais para manter o crescimento do país, investindo do acesso da população aos serviços bancários e na expansão do crédito. Os bancos públicos têm papel crucial no acesso popular, ampliando a abertura de contas para trabalhadores formais/informais e na capacidade de financiamento produtivo, corrigindo falhas do mercado financeiro, baixando taxas e juros e cumprindo políticas públicas de cunho social.

Os bancos privados têm como foco a área de investimento e a busca pelo lucro, beneficiando principalmente clientes de alta renda. Já os bancos públicos têm maior fonte de captação na poupança – 38% na Caixa e 20% no Banco do Brasil, o que beneficia a população de baixa renda, e financiam setores menos lucrativos, como a habitação e a agricultura familiar, entre outros.

Os bancos públicos são essenciais porque há atividades e setores econômicos que os bancos como Itaú, Bradesco e Santander não têm interesse em participar. Assim, o Banco do Brasil e a Caixa são necessários para viabilizar políticas econômicas e sociais em áreas como habitação, saneamento, infraestrutura, educação, esporte, cultura e agricultura. Por isso, essas instituições tornam-se imprescindíveis para o desenvolvimento do país e para aumentar o bem-estar social da população.

Cortes também para agricultura familiar

As medidas de desmonte dos bancos públicos implementadas por este governo vão cortar ainda mais os orçamentos de programas de financiamento à população rural, como o Pronaf, programa de fortalecimento da agricultura familiar operado pelo Banco do Brasil, por exemplo.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Santos

Banco do Brasil confirma mudança de endereço de áreas em São Paulo

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Representantes do banco confirmaram ao Sindicato dos Bancários de São Paulo que cerca de 1,7 mil bancários dos prédios da São João, Compe e Varicredi serão transferidos para o Cenesp, no Jardim São Luis, zona sul da cidade. As áreas que serão transferidas são Cenop Serviços, Cenop Imobilário, Cenop Operações, e Atendimento e Valores, da rede UOP.

Em reunião com os gerentes-executivos da UOP e da Dipes, no dia 31 de julho, os representantes dos trabalhadores cobraram garantias, alternativas e condições de trabalho.

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Os representantes do banco informaram que os contratos de aluguel dos prédios da Compe e da Varicredi serão rescindidos, por isso a transferência, que irá economizar R$ 10 milhões para a instituição financeira.

Os dirigentes sindicais João Fukunaga (secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato) e Wagner Nascimento (coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB) reivindicaram a divulgação de um cronograma para a mudança, a melhoria do transporte entre a estação do Metrô e o centro empresarial, e a implantação de uma CliniCassi para atender os mais 2 mil bancários – cerca de 300 empregados de agências digitais já trabalham no local. Também foi questionado se haverá alteração de jornada.

“O banco informou que a transferência será realizada entre outubro e janeiro, área por área, começando pelo Cenop Imobiliário. Também se comprometeu a melhorar o serviço de vans entre a estação Giovanni Gronchi [Linha 5-Lilás] e o Cenesp, uma antiga reivindicação dos bancários que já trabalhavam no local. Disseram que a instalação de uma CliniCassi será estudada, mas que essa decisão depende da aprovação das áreas de governança do banco e da Cassi. Afirmaram ainda que não haverá alteração de jornada dos trabalhadores que serão transferidos para o Cenesp”, disse João Fukunaga.

Também foram cobradas alternativas para os bancários que não quiserem se transferir para o local, distante de outras regiões da cidade. Os bancários que decidirem não ir poderão se transferir para as agências ocupando cargo de escriturário, mas terão de passar por curso de requalificação. “Também cobramos o pagamento da Verba de Caráter Provisório (VCP) para os bancários envolvidos na transferência, mas os representantes do banco negaram essa possibilidade alegando que não se trata de uma reestruturação.”

Os representantes do banco também informaram que será feito um levantamento dos bancários com deficiência que trabalham nas áreas, para que eles não precisem ser transferidos.

“Vamos acompanhar de perto o processo para garantir que aquilo que foi informado será cumprido e a fim de assegurar o mínimo de impacto e prejuízo nas vidas dos trabalhadores envolvidos. Os funcionários devem denunciar ao Sindicato qualquer descumprimento, e lamentamos que o banco tenha se recusado a negociar com os representantes dos trabalhadores essa transferência que obviamente irá impactar no cotidiano dos bancários”, critica João Fukunaga.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

PDV do BB vai até o dia 14; diretoria da AGEBB estuda as mudanças

Publicado em: 31/07/2019

O Banco do Brasil anunciou no princípio desta semana uma reorganização institucional para transferência de funcionários entre as diversas cidades em que possui agências. Além disso, um Programa de Adequação de Quadro (PAQ) foi aberto para os empregados do banco e oferece incentivos de R$ 20 mil a R$ 200 mil para aqueles que se demitirem voluntariamente. A estimativa, segundo fontes da equipe econômica, é que as mudanças afetem de 2 mil e 3 mil funcionários. A previsão inclui remanejamento de pessoas entre as unidades do banco, além das demissões. Os funcionários que reúnam as condições estabelecidas no regulamento poderão aderir ao plano de desligamento incentivado até 14 de agosto.

A diretoria da AGEBB, encabeçada pelo presidente Francisco Vianna de Oliveira Júnior, acompanha de perto toda a movimentação. “Mais uma vez os gerentes e gestores do banco foram surpreendidos com esse tipo de notícia e ficaram sabendo da anunciada reestruturação pela imprensa. Isso já havia ocorrido em 2016 e caracteriza desrespeito com os funcionários que vestem a camisa e defendem o BB há anos”, afirma o executivo.

Nesse cenário, a AGEBB está atenta às negociações e informações. Uma reunião entre seus diretores, especialmente aqueles da ativa e com a presença de seu corpo jurídico, será realizada no sábado, dia 3 de agosto, a partir das 9 horas, em caráter de urgência na sede da associação, em São Paulo. “Convocamos a todos para discutirmos a defesa dos interesses dos gerentes associados. É o momento de estarmos juntos, pois as regras ainda não estão muito claras, mas é certo que todas as áreas do banco serão atingidas nesse processo de reestruturação”, afirma Oliveira Júnior.

Além disso, lembra o presidente da AGEBB, é de se ressaltar o exíguo prazo dado aos mais de 90 mil funcionários para optar ou não por aposentar-se e deixar o emprego no banco. Para quem ficar, o futuro também é incerto. “O que mais aflige e nos preocupa é com o gerente que pretende continuar no banco. Muitos deles, certamente, ficarão longe de suas atuais agências, distantes de suas famílias, acumulando funções e ainda serão descomissionados nesse processo”, argumenta o dirigente.

No papel de única associação representativa dos gerentes do BB, a AGEBB, segundo o seu presidente, cumpre o dever de defender seus associados de riscos e perdas individuais ou coletivas, bem como manter e aumentar suas conquistas. “Sem o viés dos sindicatos, que cumprem o papel específico que lhes cabe na sociedade, acreditamos que à medida que os principais líderes da empresa sejam tratados com isonomia, respeito e dignidade, quem ganha é o banco, quem se fortalece e aumenta sua reputação, junto ao mercado e à comunidade, é o próprio BB”, argumenta Oliveira Júnior.

Melhorar a eficiência do banco

Segundo a estatal, a intenção nesse processo de reestruturação é melhorar a eficiência no atendimento e acabar com excesso de pessoal em algumas praças. A opção de desligamento é exclusiva para os funcionários lotados em função com excesso de pessoal. Empregados com até 20 anos de banco receberão até 7,8 salários brutos como incentivo para o desligamento. Quem está há mais de 20 anos na empresa pública receberá até 9,8 salários como incentivo para o desligamento. Nos dois casos, o piso de R$ 20 mil e o teto de R$ 200 mil devem ser respeitados.

O banco também pagará por até um ano as mensalidades do plano de saúde dos empregados e dos dependentes inscritos até o desligamento. Quem aderir ao PAQ fica dispensado de ressarcir custos com treinamentos, entre eles, cursos de MBA, graduação, idiomas e certificações, desde que estejam matriculados e cursando regularmente as disciplinas. Os empregados também ficam liberados de restituir o banco de vantagens recebidas em nomeação ou remoção ocorrida com menos de 365 dias da data de desligamento.

O atual presidente do BB, Rubem Novaes, já vinha demonstrando, por diversas vezes, que a instituição tem que diminuir de tamanho e abrir espaço para os concorrentes privados. O banco, inclusive, vem se desfazendo, sem alarde, de vários ativos. O certo é que, pelos dados do Banco Central, os bancos públicos vêm diminuindo o ritmo de crescimento. Nos seis primeiros meses deste ano, o estoque de crédito dessas instituições avançou 1,2%. Já o total do setor privado saltou 2,1%.

Fonte: UOL com AGEBB

28 agências do BB serão transformadas em Postos de Atendimento na Bahia

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O Banco do Brasil anunciou nesta semana um conjunto de medidas que busca reforçar a a sua competitividade e adequar a capacidade de atendimento às necessidades de cada praça, privilegiando a experiência do cliente, transformando 333 agências em Postos de Atendimento e outras 49 em agências. Entre outras ações, funcionários localizados em dependências com excesso no quadro podem aderir a um plano de desligamento incentivado até 14 de agosto.

Na Bahia, 28 agências serão atingidas pela reformulação ao longo do segundo semestre deste ano. Segundo o Banco do Brasil, “o dimensionamento da estrutura foi feito de acordo com a necessidade observada em cada ponto, considerando aspectos como tipo de demanda, localização do ponto e dias de pico, não alterando em nada o atendimento ao cliente.”

Veja as cidades que terão agências transformadas em PA

Ponto Novo; Uruçuca; Sobradinho; Tanque Novo; Barra do Choca; Alcobaça; Brejões; Cachoeira; Coronel João Sá; Iuiú; Tremedal; Mirangaba; Malhada; Laje; Jussara; Jitaúna; Jaguarari; Itapé; Itagi; Ibirapuã; Ibirapitanga; Guaratinga; Central; Buerarema; Boa Vista do Tupim; Jacaraci; Ibicuí; Água Fria.

No entanto o Banco não informa se cada cidade tem mais de uma agência.

Outras ações do programa de reestruturação do banco:

– Criação de 42 novas agências especializados no atendimento a empresas, até outubro, que preveem a especialização de atendimento em carteira varejo, sem mudança física.

– Criação da Unidade Inteligência Analítica, que surge com a missão de centralizar o acompanhamento das evoluções, inovações e desenvolvimento de técnicas, ferramentas e soluções com uso de Inteligência Analítica e de Inteligência Artificial.

Fonte: Portal do Cerrado

Mudanças anunciadas pelo BB vão afetar até 3 mil pessoas

Publicado em: 30/07/2019

O anúncio de reorganização feito pelo Banco do Brasil prevê um programa de readequação de pessoal, incluindo demissão voluntária, e a redução do número de agências. A estimativa, segundo fontes da equipe econômica, é que as mudanças afetem de 2 mil e 3 mil funcionários. A previsão inclui remanejamento de pessoas entre as unidades do banco, além das demissões. Não há meta de desligamentos.

Segundo comunicado distribuído ao mercado, os funcionários “que reúnam as condições estabelecidas no regulamento poderão aderir a um plano de desligamento incentivado”, que foi batizado de Programa Adequação de Quadros (PAQ). Os interessados poderão fazer a adesão até 14 de agosto.

O BB informou que o programa visa a equacionar “as situações de vagas e de excessos nas unidades” da instituição. A ideia era divulgá-lo há três ou quatro semanas, segundo fontes. Mas o anúncio acabou atrasando, e o banco entrou no chamado período de silêncio, que antecede a divulgação de resultado trimestral.

O impacto financeiro do programa deverá ser revelado justamente na data de divulgação do resultado em 8 de agosto.

Segundo o BB, os funcionários que decidirem se desligar do banco receberão uma indenização vinculada ao tempo de trabalho, de até 9,8 salários, conforme critérios do programa. Além disso e de outros direitos trabalhistas, o banco ressarcirá o plano de saúde desses empregados e dependentes por um dano 1 ano.

O plano de reestruturação prevê ainda a redução do número de agências: 333 delas serão transformadas em postos de atendimento avançado. Isso significa que deixarão de ter gerentes. Na prática, nada muda para o cliente, mas haverá redução de cargos. Aqueles que perderem a função manterão sua renda pelo período de 120 dias, segundo o BB.

Haverá ainda fusão entre susperintendências estaduais. O plano foi aprovado pelo Conselho de Administração do banco, e as medidas serão implementadas ao longo do segundo semestres de 2019. Mas estima-se que o efeito maior será sentido em 2020.

O comunicado do banco também diz que, para aumentar a eficiência operacional, serão criadas 42 novas Agências Empresas, até outubro. São unidades que trabalham apenas com pessoas jurídicas. Outros 49 postos de atendimento avançado serão “promovidos” a agências.

A reestruturação contempla a criação da Unidade Inteligência Analítica, que acompanhará o desenvolvimento de técnicas, ferramentas e inovações que utilizam soluções com inteligência analítica e inteligência artificial, com objetivo de acelerar o desenvolvimento digital do BB.

“O Banco do Brasil reitera que estas e outras iniciativas se alinham ao propósito de ampliar a competitividade, por meio da transformação digital e do dinamismo do modelo de atendimento e relacionamento”, diz a nota.

Quem aderir ao programa de demissão voluntária vai receber a título de indenização um salário por ano trabalhado na instituição. Haverá um limite de 7,8 salários para quem tem até 20 anos de serviço no BB e de 9,8 salários no caso do funcionário com mais de 20 anos. Além disso, foi fixado um piso de R$ 20 mil e um teto de R$ 200 mil, nas duas situações.

Essa não é a primeira vez que o BB anuncia um plano de enxugamento de quadros. Em 2016, o então presidente do banco, Paulo Caffarelli, anunciou o fechamento de 402 agências e transformação de outras 379 em postos de atendimento avançado.

Caffarelli também anunciou um Plano de Incentivo à Aposentadoria, que teve 9,4 mil adesões.

Fonte: O Globo

Desmonte do BB chega à Superintendência em Itabuna, na Bahia

Publicado em: 10/07/2019

Trabalhadores do Banco do Brasil foram surpreendidos com a notícia do fechamento da Superintendência que atende Itabuna e região. A gestão do BB não tem medido esforços para avançar no processo de sucateamento de sua estrutura em todo o país.

Nos últimos anos, tem sido colocada em prática uma reestruturação que envolve redução drástica do número de funcionários, fechamento de agências e superintendências para facilitar o fatiamento e a privatização da instituição.

Em dezembro de 2016, o BB impulsionou também esse processo na região de Vitória da Conquista, com o fechamento de duas agências e encerramento das atividades da superintendência na cidade, desconsiderando toda a importância econômica da região e a necessidade de manutenção dessa estrutura.

Desde o anúncio do fechamento, o Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região realizou mobilizações informando os prejuízos dessa medida para a categoria e para a sociedade, além de audiências públicas e da cobrança de posicionamento das autoridades contra esse retrocesso. Depois de muito diálogo e articulação, a superintendência de Conquista foi reaberta em janeiro deste ano.

“O avanço da agenda neoliberal no Banco do Brasil demonstra o perfil tacanho e irresponsável do atual governo. Mais uma vez a decisão é contrária ao que defendemos enquanto trabalhadores, pois não houve sequer diálogo com os bancários sobre a realocação daqueles prejudicados”, avalia Larissa Couto, vice-presidente do SEEB/VCR.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Conquista e Região

Terceira onda de reestruturação no BB em agências da Bahia

Publicado em: 13/06/2019

A gestão do Banco do Brasil anunciou na semana passada, em seus canais internos, a terceira onda de reestruturação, sem nenhuma consulta prévia com seus funcionários. Segundo o anúncio feito pelo banco, nenhuma agência da base do Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista e Região será atingida. Na Bahia, as cidades de Salvador e Feira de Santana fazem parte das mudanças do plano.

No projeto apresentado, a função de Assistente será extinta na rede Varejo e novas vagas serão criadas na rede de Negócios Especializados – os escritórios do modelo digital do banco. Ao mesmo tempo, os escriturários que atuam nestes escritórios serão remanejados para as agências.

A decisão, que mexe profundamente com a vida dos trabalhadores envolvidos, foi tomada de forma unilateral, sem nenhum diálogo com as entidades representativas dos trabalhadores. “Sem muita informação, a medida foi anunciada como uma troca entre escritórios e agências, e os funcionários envolvidos na movimentação foram apenas informados da nova localização de trabalho. Seja como for o processo, o fato é que se faz mais uma mudança brusca, sem qualquer diálogo, desconsiderando os impactos que irão causar na vida dos trabalhadores e trabalhadoras”, destaca Larissa Couto, vice-presidente do SEEB/VCR.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Conquista e Região

Gerentes retratam pressão e cobranças nos escritórios digitais do BB

Publicado em: 15/05/2019

Oferecer facilidade de acesso dos clientes ao gerente de relacionamento, por meio da tecnologia, horário de atendimento ampliado, assessoria financeira de especialistas que podem ser acionados por videoconferência a partir de qualquer local, e muitas outras conveniências e soluções que não dependem do ponto físico. É assim que o BB propagou a criação e o desenvolvimento de seus escritórios digitais por todo o país, especialmente a partir de 2016.

A estratégia de transformação digital permite ao BB entregar mais valor e aprimorar a experiência dos clientes, sem dúvida nenhuma. Mas, para quem atua no banco e acompanha o dia a dia dos escritórios digitais sabe o que os gerentes vivenciam em seu trabalho. À AGEBB chegam informações de que muitos gestores estão convivendo com ameaças constantes de descomissionamento e sofrendo com a cobrança desenfreada por seus superiores para que metas absurdas sejam atingidas.

Alguns relatos de gerentes, que preferem o anonimato, dão conta de que as metas estão sendo definidas sem critérios palpáveis e muito menos foco no cliente, mas sim na rentabilidade do negócio a todo custo. As ameaças de descomissionamento e notas da GDP, segundo a AGEBB, são realidades que caminham juntas diariamente.

Hoje a GDP tem notas de 1 a 7 e quem tira um 4, por exemplo, em qualquer quesito, participa de um plano de ação elaborado em conjunto com o gerente-geral para reverter o conceito, sob a pressão de, em caso negativo, ser descomissionado a qualquer momento. “Ou seja, o clima de terror contra os trabalhadores é total. E isso é inadmissível, pois o gerente é peça chave no relacionamento com o cliente e está apto a fazer seu bom papel”, explica Francisco Vianna Oliveira Junior, presidente da AGEBB.

Encarteiramento de clientes

Outro problema sério é o encarteiramento de clientes de outros Estados. Ocorre que a maioria, para dificultar ainda mais o fato de serem de regiões distantes e geralmente não atenderem o telefone com DDD desconhecido, ainda são idosos e não digitais. “Como querem que os gerentes façam negócios com esse nicho? Enquanto eles são encarteirados, os bons clientes, que geram negócios, fidelizados e que têm margem de contribuição considerável com produtos e serviços, são levados quase que automaticamente para as carteiras Estilo”, afirma Oliveira Junior.

Vale lembrar, segundo o presidente da AGEBB, que o gerente exclusivo é multicanal, utiliza do telefone com handset, celular, chat ao e-mail para contatar os clientes da carteira e buscar negócios para o cumprimento das metas, fator que gera um grande estresse. “Todos esses problemas têm contribuído, e muito, para levar uma quantidade significativa de gerentes exclusivos a desenvolverem problemas de saúde física e mental. É preciso repensar em algumas ações e, principalmente, oferecer condições e ferramentas adequadas para eles possam fazer seu bom trabalho, de forma tranquila, disciplina e organizada”, destaca Oliveira Junior.

Fonte: AGEBB

Audiências das ações coletivas da AGEBB ocorrem entre agosto e março

Publicado em: 02/08/2018

No ano passado, a AGEBB entrou com quatro ações coletivas em favor dos gerentes descomissionados do BB por conta da reestruturação iniciada em novembro de 2016 e da nova legislação trabalhista, em vigor desde o fim de 2017. As ações correm na 12ª, 14ª e 19ª Varas do Trabalho, em Brasília. “Acompanhamos as movimentações atentamente. Não pouparemos esforços até que seja reconhecido o direito adquirido dos gerentes, para que não ocorram descomissionamentos injustos e ilegais”, argumenta o presidente da associação, Francisco Vianna de Oliveira Junior.

As três primeiras ações coletivas são em prol dos gerentes descomissionados em razão da reestruturação, que culminou com a fusão de agências, extinção de cargos e mudanças para escritórios digitais. Muitos também não conseguiram realocação para cargos com salários equivalentes e perderam suas comissões. Já a quarta ação coletiva, que é a preventiva, foi protocolada para resguardar o direito dos que ainda não haviam sido descomissionados, já tinham mais de 10 anos em cargo comissionado e que estavam receosos de perder o benefício em razão da reestruturação e da reforma trabalhista.

Descomissionamento em blocos

As ações foram impetradas em curtos intervalos de tempo, pois, segundo a Moraes e Lindgren Advogados, escritório parceiro da AGEBB especializado em questões bancárias, os descomissionamentos ocorreram em blocos. “O pedido nas ações coletivas é sempre pela incorporação da última comissão recebida (integralidade). Porém, cada juiz tem seu entendimento. O magistrado das duas primeiras ações deferiu o pedido pela média dos últimos 10 anos. Já o da 14ª Vara, onde caiu a terceira ação, indeferiu o pedido, mas conseguimos por meio de um mandado de segurança a incorporação pela integralidade, em razão do entendimento do desembargador que julgou o recurso”, explicam as advogadas.

Com o mandado de segurança e com a tutela de urgência deferida, o banco tem a obrigação de incorporar a comissão suprimida. Mas a decisão ainda não é definitiva, pois o processo está em andamento. As audiências de instrução para a oitiva das partes e testemunhas ainda serão realizadas, em seguida, passa-se à fase de apresentação de recursos e apenas depois tem-se a decisão final.

O presidente da AGEBB, porém, está muito otimista. “O que importa no momento é que já iniciamos os processos com decisões favoráveis, e ao que tudo indica o banco não conseguirá reverter esse entendimento ao longo do processo”, afirma. Ele lembra que os associados que não estão participando das ações coletivas podem ainda buscar seus direitos com ações individuais.

Mensalidade em dia é fundamental

A AGEBB lembra que os associados que estão em débito com a entidade por mais de dois meses serão automaticamente excluídos das ações coletivas. “Por isso pedimos que todos estejam em dia com suas mensalidades para que continuem com o benefício da representação processual nas ações”, argumenta o vice-presidente da AGEBB, Ronald Feres.

O vice-presidente da AGEBB lembra aos associados que não estão participando das ações coletivas que ainda podem buscar seus direitos com ações individuais. Acompanhe abaixo situação de cada uma das ações coletivas.

Para mais informações sobre as ações ou para regularizar sua situação na AGEBB, entre em contato com a associação pelo e-mail agebb@agebb.com.br ou pelo telefone (11) 3104-4441.

Andamento de cada uma das ações

Processo 0000712-36.2017.5.10.0019
Tramita na 19ª Vara do Trabalho, de Brasília. A próxima audiência será de instrução para oitiva das partes e está agendada para o dia 21 de agosto. O pedido de tutela de urgência foi deferido e os representados na ação já estão com seus comissionamentos incorporados pela média dos últimos 10 anos.

Processo 0001027-64.2017.5.10.0019
Também na 19ª Vara do Trabalho, de Brasília, a audiência de instrução para a oitiva das partes ocorre no dia 7 de março de 2019. O pedido de tutela de urgência foi deferido e os representados na ação também já estão com seus comissionamentos incorporados pela média dos últimos 10 anos.

Processo 0001645-24.2017.5.10.0014
A próxima audiência, no dia 6 de agosto, será de instrução para a oitiva das partes, na 14ª Vara do Trabalho, de Brasília. O pedido de tutela de urgência foi negado, mas a AGEBB impetrou mandado de segurança, que foi deferido, com a incorporação da comissão integral de função.

Processo 0001522-32.2017.5.10.0012
Aguarda o agendamento de audiência, na 12ª Vara do Trabalho, de Brasília. A exemplo da terceira ação, o pedido de tutela de urgência foi negado e foi impetrado mandado de segurança. Deferido, o banco recorreu e a Justiça revogou o mandado. Assim, a AGEBB entrou com um agravo interno, cujo resultado do recurso deveria ser conhecido em julho.

Fonte: AGEBB

Reestruturação no BB descomissiona mais de 700 caixas em todo o país

Publicado em: 19/06/2018

A direção do Banco do Brasil aprofunda a política de privatização da empresa através dos descomissionamento em massa dos trabalhadores que exercem a função de caixa nas agências.

As medidas adotadas pela direção do banco de descomissionamento dos caixas não deixam dúvidas que a intenção da empresa é preparar o caminho para a privatização do banco. Querem acabar com os caixas que detém a efetividade da sua função, através do descomissionamento em massa para, aproveitar a nova lei da terceirização, que possibilita a contratação de trabalhadores terceirizados tanto nas áreas meio quanto nas áreas fins e enxugar o quadro funcional do banco.

Está para ser anunciado, segundo rumores dentro do banco, para o começo de julho, um pacote por parte da direção do banco com a possibilidade da implementação de mais um Plano de Demissão Voluntária (PDV) para reduzir o custo com a folha de pagamento, e em marcha o planejamento de uma nova estrutura, tanto na área de tecnologia quanto nas áreas administrativas e suporte operacional.

Na área de suporte operacional, no qual se incluem os caixas das agências, o que se pretende é automatizar ou terceirizar todo o setor. Não por acaso a política de descomissionamento em massa dos caixas executivos, parte da ideia de preparar o setor para a sua completa terceirização.

Fonte: Diário Causa Operária

Decisão da Justiça confirma direito à gratificação no BB a funcionários comissionados

Publicado em: 25/05/2018

Funcionários do Banco do Brasil, que em novembro de 2017 tinham cargo comissionado há no mínimo dez anos, não poderão perder a gratificação, ainda que tenham sido revertidos aos seus cargos anteriores. A decisão é da 5ª Vara do Trabalho de Macapá (AP) e vale para todo o Brasil. A Justiça reitera que, salvo a existência de justo motivo, tal gratificação já se incorporou à remuneração do bancário.

Caso descumpra a decisão, o BB pagará multa diária de R$ 5.000 por trabalhador que tenha a gratificação suprimida ou reduzida. A decisão judicial registrou, ainda, que o valor da gratificação incorporado corresponde à média da gratificação recebida nos últimos dez anos. Ainda que o banco tenha ingressado com recurso, a aplicação da sentença é imediata.

Mesmo diante das mudanças na lei trabalhista pós-golpe presidêncial de Michel Temer, que acabou com as súmulas, inclusive a 372 que previa o direito à gratificação, houve êxito nessa ação em prol do trabalhador. Apesar da viória, é necessário de ter cautela, pois as decisões ainda são frágeis frente ao que o Judiciário pode decidir no TRT. Muita coisa acaba sendo mais política do que técnica, por isso temos de ser vigilantes e estar permanentemente mobilizados ao lado do Sindicato. Não se pode apenas confiar no Judiciário.

A sentença foi proferida nos autos do processo nº 0001296-75.2017.5.08.0208, em ação proposta pelo Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro do Estado do Amapá. Essa decisão também abrange os caixas do BB de todo Brasil.

Essa ação não se confunde com a Ação Civil Pública que tramita em Brasília, onde uma tutela antecipada garante aos empregados atingidos pela reestruturação iniciada em novembro de 2016, a incorporação da média das comissões/gratificações recebidas por no mínimo dez anos.

Essa ação afirma que o processo de reestruturação não é motivo suficiente para respaldar a não incorporação das comissões ou gratificações dos bancários.

Já na ação que tramita no Amapá, a tese é relativa à reforma trabalhista e seu impacto nos contratos em vigor para aqueles que, na data da entrada em vigor da Lei 13.467/2017, 11 de novembro de 2017, já contavam com pelo menos dez anos de recebimento de gratificações/comissões.

Fonte: Sindicato dos Bancários de Santos e Região

Reestruturação feita pelo BB desespera cliente e põe em risco bancários

Publicado em: 10/05/2018

A política dos banqueiros de fazer o possível e o impossível para que a população não movimente os seus recursos no banco beira ao absurdo. Poucos caixas eletrônicos, uma grande parte sem funcionamento, limite de saque nos terminais eletrônicos restrito a quase nada, o mesmo acontecendo nos correspondentes bancários, na boca do caixa. Para que o cliente possa sacar uma certa quantia, é necessário ligar para o canal de atendimento e aguardar, em muitos casos, mais de 48h para efetuar a transação, isso sem falar nas enormes filas que a população é obrigada a suportar que pode chegar a mais de duas horas de espera.

No Banco do Brasil, com a reestruturação, ocorreu uma diminuição expressiva do quadro funcional dos 112 mil funcionários, passando para os atuais 87 mil, o que piorou muito a situação dos clientes, da população em geral e para os seus funcionários.

Essa política – dos banqueiros – tem levado uma revolta generalizada por parte dos clientes – os bancos são o setor que mais gera reclamações nos órgãos de defesa do consumidor – chegando ao ponto do cliente de uma agência Estilo do Banco do Brasil, em Belo Horizonte, expor uma arma ao funcionário da agência após não conseguir sacar o seu dinheiro na boca do caixa.

Fonte: Diário Causa Operária

Reestruturação do BB gera superlotação nas agências e revolta da população em RO

Publicado em: 08/03/2018

Um verdadeiro caos. É assim que está sendo classificada a rotina dentro das agências do Banco do Brasil em Rondônia, principalmente na capital, em que se vê, diariamente, superlotação, um atendimento totalmente precário e um clima de revolta dos clientes e usuários que chegam a passar até três horas esperando para ser atendidos.

E de acordo com as informações e denúncias passadas ao Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), essa situação de penúria e desespero nas agências se deve ao mero capricho da direção do banco, que quer priorizar o atendimento aos chamados ‘grandes’ clientes e realocou inúmeros funcionários de cada uma das agências para o prédio da avenida Farqhuar, onde funcionam as novas unidades do banco e a própria Superintendência em Rondônia.

Só para se ter um exemplo, na última sexta-feira 3/2, a agência Centro – a maior do Estado – que antes tinha 52 funcionários, estava atendendo ao público com apenas sete funcionários, enquanto que a agência da avenida Nações Unidas fazia o atendimento com apenas três funcionários. O resultado disso? Superlotação, demora no atendimento e a revolta dos clientes e usuários, que não se conformam em ter que esperar horas por atendimento, muitas vezes apenas para trocar um cheque.

Lotação-atendimento-BB-Março-2018-0007

“Esse novo formato de atendimento que está sendo implantado pelo banco no Estado favorece somente aos clientes de alta renda, quem tem mais poder aquisitivo e é isso que interessa ao banco: o lucro, o dinheiro a qualquer custo. Enquanto isso o cliente, o usuário e a população em geral ficam totalmente desprezados, abandonados pelo maior banco público do país e que, recentemente, divulgou lucro de R$ 11,1 bilhões em 2017, valor quase 55% maior em relação ao ano anterior. Ou seja, quanto mais lucra, mais o BB continua indo na direção contrária do seu papel social, que é se aproximar da população e lhe oferecer um atendimento ágil e de qualidade, o que não acontece nem de longe”, avalia José Pinheiro, presidente do Sindicato.

O dirigente diz ainda que essa situação será levada a conhecimento do Ministério Público do Trabalho (MPT), que deve apurar de perto essa iniciativa do BB que, além de ampliar o caos no atendimento ao povo, promove a sobrecarga de trabalho para os funcionários que ficam nessas agências superlotadas e que acabam recebendo toda a revolta dos clientes e usuários.

“E sabemos que esse tipo de pressão no ambiente de trabalho apenas contribui para o adoecimento do trabalhador, que terá que se redobrar para atender uma demanda diária ainda mais extenuante e ainda ter que ouvir as reclamações e até ataques da população em geral, revoltada com esse completo descaso, e em todas agências da capital os funcionários chegam a sofrer agressões verbais, como se a culpa pelo péssimo atendimento fosse deles, e não do banco, como vem acontecendo, por exemplo, na avenida Nações Unidas. E não vamos admitir nenhuma situação que possa colocar em risco a saúde e a integridade física e moral do trabalhador”, conclui Pinheiro.

Fonte: Portal Rondônia

Contraf-CUT denuncia BB no MPT pelo descomissionamento de mais de 700 caixas

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A Contraf-CUT ingressou com uma denúncia contra o Banco do Brasil junto ao Ministério Público do Trabalho em Brasília pelo descomissionamento de mais de 700 (setecentos) caixas em todo o país.

Em janeiro de 2018, o BB anunciou continuidade do seu processo de reestruturação com redução de cargos, criação de outros e previsão de corte de 1200 caixa nas agências, postos de atendimento e PSO – Plataformas de Suporte Operacional.

Ao longo de 2 meses, houve tentativa de negociação com o BB no sentido de realocar e proteger a renda dos trabalhadores e trabalhadoras caixas nas unidades. O BB anunciou uma série de medidas e esforços para nomeação dos caixas em vagas de assistentes, o que resultou em muitas nomeações e realocações e reduziu o número de caixas excedentes no final de fevereiro.

Contudo, as medidas foram insuficientes para evitar o descomissionamento em massa de mais de 700 caixas.

Depois do anúncio e corte dos cargos, inviabilizando a manutenção dos salários dos funcionários, assim como nos demais cargos em casos de reestruturação, a Contraf-CUT entrou com uma denúncia junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT) buscando um processo de mediação que retire a discriminação com os caixas.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresas dos Funcionários do BB, o BB age com mesquinharia a não proteger e dar aos caixas tratamento igual aos demais cargos. No ano passado, conseguimos a manutenção das comissões dos caixas por 4 meses e o BB neste ano, se mostra mais intransigente acentuando a discriminação com os caixas.

A Comissão de Empresa dos Funcionários do BB continua à disposição do BB para negociação do assunto e aguardando também a manifestação do Ministério Público do Trabalho.

Fonte: Mundo Sindical

Depois dos ajustes nas agências, BB anuncia corte em cargos de direção

Publicado em: 01/02/2018

Os funcionários que trabalham na sede do Banco do Brasil amanheceram com uma notícia preocupante. A instituição anunciou aos servidores, nesta quinta-feira (1º/2), um novo corte no quadro. Depois dos ajustes nas agências ocorridos no mês passado, o BB fará mudanças na direção-geral, que passará a ter o menor número de servidores dos últimos anos, “representando 8,3% da capacidade operacional do BB”, segundo o comunicado.

As mudanças envolvem funções de gerentes-gerais de unidades estratégicas, gerentes-executivos, de divisão e de equipe, além de assessores. “Em alguns casos, adequam a estrutura aos cortes orçamentários promovidos em unidades estratégicas e diretorias”, informa o texto da Gestão de Pessoas.

Para efetivar a medida, o BB reabrirá, por mais 19 dias, o Programa de Adequação de Quadros. Os interessados poderão aderir ao PAQ da próxima segunda-feira (5/2) até 23 de fevereiro. Os desligamentos ocorrerão a partir de março. “Além dos funcionários das unidades estratégicas que ocupam funções em excesso, servidores da rede, na mesma condição, também terão nova chance para aderir ao programa”, explica a instituição na intranet.

Uma fonte revelou à coluna que circulavam muitos boatos sobre as alterações entre funcionários, mas ninguém tinha certeza de que isso ocorreria. “Depois que divulgaram a readequação para as agências, ninguém esperava que também saísse para a sede”, disse o servidor. “Tem gente que vai ter redução de quase R$ 5 mil”, estimou.

Segundo o BB, a medida está alinhada a movimentos anteriores que visam a sustentabilidade da instituição “em um mercado em transformação, altamente competitivo e desafiador.”

O diretor de Estratégia e Organização do Banco do Brasil, Carlos Netto, diz no comunicado que a revisão da amplitude de comando e o ajuste nos quadros reforçam “o maior foco naquilo que é de fato estratégico para o BB, evitando dispersão de esforços em temas desalinhados com a estratégia corporativa”.

Fonte: Portal Metrópoles

Caixa reabre programa de demissão voluntária para reduzir despesas com pessoal

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A Caixa Econômica Federal pretende reabrir, ainda esta semana, seu Programa de Demissão Voluntária (PDV) para reduzir a despesa com pessoal. Os interessados terão o mês de fevereiro para se inscrever. O banco quer implementar o programa logo para melhorar os resultados ainda este ano.

O objetivo da instituição é bater, ao menos, a proposta estipulada, no ano passado, de desligamento de dez mil funcionários. Em 2017, o banco economizou R$ 500 milhões com a realização dos dois programas de demissão voluntária, que resultaram na demissão de 7,3 mil pessoas. Atualmente, a Caixa tem 88 mil funcionários.

Uma das novidades do PDV deste ano é que quem estiver apto a se aposentar até 31 de dezembro poderá se habilitar. Aposentados com ao menos 15 anos de serviços prestados à Caixa, a exemplo do ano passado, também poderão se inscrever.

Quem aderir, além de receber todos os direitos trabalhistas e de poder sacar o FGTS, ganhará dez remunerações básicas como incentivo.

A Caixa também vai implementar um programa para reduzir despesas administrativas, com fechamento de agências e postos de atendimentos, além da unificação de aéreas administrativas. Segundo fontes da instituição, um dos objetivos é estabilizar os custos com administração para melhorar o resultado e a eficiência do banco público.

– Queremos estabilizar as despesas e, para isso, estamos avaliando o fechamento de unidades e a unificação de áreas administrativas – explicou uma fonte do banco.

Hoje, a caixa conta com 3.400 agências bancárias. Fechou cem no ano passado. A instituição acredita que pode encerrar outras unidades porque conta com uma rede de apoio robusta, formada por 13 mil lotéricas e 11 mil correspondentes bancários, como supermercados e padarias, que realizam serviços básicos.

Em outra ponta, a instituição pretende intensificar o relacionamento com os clientes – pessoa física, jurídica e governo – para ampliar receitas com prestação de serviços. De acordo com um executivo do banco, as receitas deste segmento tiveram ótimo desempenho em 2017, quando cresceram 12%, conforme balanço ainda a ser divulgado.

O anúncio do novo PDV ocorre em meio a um escândalo que abalou a administração do banco estatal. Em meados de janeiro, o presidente Michel Temer, depois de muito relutar, decidiu afastar quatro diretores da instituição, por recomendação do Ministério Público Federal (MPF), suspeitos de irregularidades.

O assunto, ao qual vinha sendo dada pouca importância, se tornou uma crise dentro do governo após o próprio Banco Central recomendar o afastamento dos investigados. O MPF havia pedido, em dezembro, o afastamento de todos os vice-presidentes, não só os investigados, mas o governo não atendeu à sugestão.

Três deles foram destituídos do cargo definitivamente (o vice-presidente Corporativo, Antônio Carlos Ferreira; o vice-presidente de Governo, Roberto Derziê de Sant’Anna; e a vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias, Deusdina dos Reis Pereira). O quarto executivo, que alegava ter sido confundido com outra pessoa nas investigações, foi reconduzido ao cargo.

Para reduzir despesas com pessoal, o governo fixou teto para o crescimento das despesas com assistência à saúde dos funcionários das estatais. Já a partir deste ano, o gasto poderá crescer até 8%, limitados a 10% do valor da folha registrado em 2017. Todas as 147 estatais serão obrigadas a cumprir a nova determinação.

Além disso, os trabalhadores terão uma contribuição maior para ajudar a custear o plano de saúde da empresa. Hoje, o funcionário paga 23% e a empresa, 77% – de acordo com as características do plano. A contribuição passará a paritária (metade para cada um), num prazo de até quatro anos.

As estatais terão que fixar cronogramas para se adequar às novas regras. As medidas foram publicadas no Diário Oficial da União na sexta-feira. De acordo com o Ministério do Planejamento, o governo gastou R$ 9 bilhões com assistência à saúde dos funcionários das estatais em 2016.

Fonte: O Globo

PAQ: Banco do Brasil responde Sindicato

Publicado em: 18/01/2018

Empresa se justifica após informações divulgadas pelo Sindicato sobre Programa de Readequação de Quadros

Os termos da nova reestruturação do Banco do Brasil, intitulada Programa de Adequação de Quadros (PAQ), não estavam muito claros, o que gerou muitas dúvidas entre os bancários na data em que a empresa anunciou o programa.

Por essa razão, o Sindicato publicou matéria no mesmo dia da divulgação do regulamento apontando os principais problemas do PAQ.

O negociador do Banco do Brasil entrou em contato com o representante da Comissão de Empresa pela Fetec/CUT-São Paulo, João Fukunaga, para se justificar a respeito de alguns pontos.

A fim de garantir a transparência entre Sindicato e representados, publicaremos a seguir as repostas do banco relacionadas a cada um dos pontos divulgados no texto anterior e a contra-argumentação da entidade.

Descomissionamentos e desligamentos

– O que diz o Banco do Brasil:

As medidas irão criar um total de 1.434 novas funções comissionadas, abrindo espaço para ascensões dentro do banco.

– O que diz o Sindicato:

O número apresentado não consta no regulamento, mas a informação foi reafirmada na reunião realizada no dia 9 de janeiro entre o Sindicato e a Gestão de Pessoas (Gepes). O Sindicato seguirá monitorando para assegurar a abertura dessas novas funções comissionadas.

Realocações compulsórias

– O que diz o Banco do Brasil:

As realocações compulsórias, caso necessárias, serão realizadas dentro da mesma praça, como já ocorre há muitos anos no banco. Isso está divulgado no regulamento do PAQ na IN 368: “A remoção compulsória fora da praça acontecerá apenas para os casos que não há mais nenhuma dependência na praça, caso de sinistradas”.

– O que diz o Sindicato:

Em relação à transferência compulsória para a mesma praça, não está previsto no regulamento nenhuma consulta prévia ao trabalhador.

A transferência para o mesmo município (praça) não significa que o trabalhador não terá transtornos, especialmente na cidade de São Paulo, onde boa parte dos trabalhadores será transferida para Santo Amaro.

Além disso, na remoção para outro município, seja ela compulsória ou não, o regulamento não menciona a cláusula quadragésima do Acordo Coletivo de Trabalho que trata da transferência para outro município.

Em mesa de negociação, realizada no dia 12 de janeiro, o banco se comprometeu a estudar essa situação.

Incentivos e pressão para aderir ao PAQ

– O que diz o Banco do Brasil

O banco divulgou na agência de notícias, no vídeo do vice-presidente Walter e para a imprensa, que não tem interesse em estimular a adesão ao desligamento. O vídeo está disponível para todos os funcionários.

Previ, Economus e Cassi:

– O que diz o Banco do Brasil:

Com relação aos reflexos sobre planos de previdência (PREVI/ECONOMUS), e permanência em planos de saúde, as normas do PAQ seguem os mesmos padrões que sempre foram adotados pelo banco, observando os regulamentos de cada entidade (veja abaixo).

Está previsto no regulamento do PAQ benefício adicional para os empregados cujo desligamento não ocorrerá por aposentadoria.

– O que diz o Sindicato:

A cláusula não traz segurança jurídica aos trabalhadores. O banco alega que irá ressarcir os valores das mensalidades, mas não explica como; menciona que o período para ressarcimento será de até um ano, mas não especifica de forma clara a regra para o período de reembolso; por fim, não explica o período de cobertura do plano para o trabalhador que aderir o PAQ na modalidade de desligamento voluntario.

Regulamentos dos Planos de previdência e de saúde*
– Economus:
– Plano C (saldado) – estar aposentado pelo INSS
– PrevMais – Ter 5 anos de contribuição ao Economus
– Previ:
– Plano 1 – 50 anos de idade, 180 contribuições mensais e estar desligado do banco
– Previ Futuro- 15 anos de contribuição e para ter o benefício mensal é necessário receber como benefício mínimo de 10% da parcela Previ, o que corresponde a R$ 433
– Cassi:
No mínimo 10 de contribuição à Cassi e manter vínculo com a Previ. Quem contribuiu com menos de 10 anos poderá manter o plano pelo mesmo número de anos de contribuição
*Essas são as regras básicas. Para certificar-se de que está enquadrado nelas, procure as entidades.

UniBB

– O que diz o Banco do Brasil:

No que se refere a bolsas de graduação, também foi esclarecido que não haverá ressarcimento quando a bolsa estiver em situação regular, conforme previsto no FAQ.

– O que diz o Sindicato:

Neste ponto, o esclarecimento do BB trata de ponto diverso do mencionado na matéria, como está descrito no regulamento.

Novas regras da reforma trabalhista

– O que diz o Banco do Brasil:

O seguro-desemprego é indevido em qualquer hipótese, nos caso de Programas de Desligamento, conforme pacificado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).

– O que diz o Sindicato:

O artigo 484-A da Lei 13.467/17 (reforma trabalhista), determina que o contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre empregado e empregador, caso em que serão pagos metade do aviso prévio e da multa rescisória sobre o saldo do FGTS e impede o pagamento do seguro-desemprego. Ou seja, o banco deve pagar na rescisão a multa do FGTS no valor de 20% e omite este ponto no regulamento.

Demissão voluntária de acordo com a nova lei trabalhista

– O que diz o Banco do Brasil:

Com relação à modalidade de desligamento, não há cláusula de quitação geral, sendo possível realizar conciliação via CCP, conforme esclarecido no FAQ:

O negociador do banco garantiu que as Comissões de Conciliações Prévia (CCP) continuarão sendo realizadas. O funcionário que se desligar por meio do PAQ poderá acionar as CCPs se entender que há pendências não resolvidas em relação ao contrato de trabalho.

 

Fonte: SP Bancários

Mensagem de funcionário desligado comove diretores em reunião da AGEBB

Publicado em: 15/01/2018

Diretores da AGEBB estiveram reunidos na sede da entidade, em São Paulo, no último sábado, dia 13, discutindo as medidas de reestruturação e o Programa de Adequação de Quadros (PAQ), que elenca uma série de informações sobre o funcionamento do processo de desligamento incentivado e a readequação de pessoal para praças estratégicas da instituição. Mas uma mensagem, que corre nos grupos de bate-papo pelo celular, comoveu aos presentes, bem como aos associados da AGEBB que utilizam esse aplicativo para troca de informações.

A mensagem, de autor não identificado, foi postada pela primeira vez no dia 8 de janeiro. E propagou-se rapidamente pelas redes de contato. Nela, o funcionário do BB destaca que acabara de tomar conhecimento de que seu cargo na agência não existirá mais. E que, como consequência, estava sendo desligado naquele momento.
O conteúdo comove pelo drama de um funcionário com 14 anos de casa, casado e pai de dois filhos. “A história nos chamou a atenção porque podemos ter, nesse momento, centenas e ou milhares de funcionários do BB passando pela mesma situação ou prestes a isso. Vamos acompanhar de perto todas as movimentações, para que possamos apoiar e defender os interesses e os direitos da classe gerencial”, destaca Francisco Vianna de Oliveira Júnior, presidente da AGEBB.

Abaixo, acompanhe na íntegra a mensagem que circula nos grupos de bate-papo.

“Jamais esquecerei o dia de hoje, 8 de janeiro de 2018. Passei pela sala de autoatendimento, coloquei meus metais, passei na porta giratória e enfim entrei para mais um dia de trabalho em minha agência. Por questões de ética e caráter, que aprendi com meus pais e não com um simples ENTER no aplicativo pessoal, não irei citar o nome da agência.

Sabia que o futuro profissional de muitos ali, inclusive o meu, seria definido naquela salinha no fundo do corredor. Devido ao magnífico plano de ‘readequação do quadro de funcionários’, a empresa que trabalho há 14 anos resolveu cortar o cargo que exercia. O motivo ainda não consegui desvenda-lo, pois, a carteira que gerenciava era habilitada desde 2015, clientes com boa margem de contribuição e inadimplência abaixo da média da regional.
Mas pensando bem, não cabe a mim tentar desvendar essas coisas. Nos gabinetes em Brasília, com certeza, devem existir pessoas de alto gabarito e meritocracia para conseguir tanta maldade em um único plano. A reunião foi pesada, clima de terror pairava no ar, eu e meus colegas tínhamos apenas uma arma de defesa: o (sic) olhos marejados segurando as lágrimas e o pensamento nos meus filhos. Ao final, a notícia que já esperávamos: “os cargos de vocês foram cortados“.

Chegando em casa, vendo meus filhos pequenos brincando na sala, iniciando a vida escolar, com toda aquela inocência, mal sabiam que seu pai estava na berlinda novamente. Revendo meu passado, não me culpo por ter entrado no BB e ter me dedicado a uma carreira sem reconhecimento, sem um parabéns, somente cobranças.
A vida é isso, escolhas e suas consequências. Apenas deixo um conselho para vocês: ‘nunca deixem que decidam seu futuro por VC. O preço pode ser alto demais.

Relato de Funci BB 08.01.2018”

Cabe aqui ressaltar que, embora a situação de mudança sempre cause certo desconforto aos funcionários, dessa vez o Banco do Brasil está tratando essa reestruturação de uma forma mais clara e transparente, buscando esclarecer e explicar de forma mais direta os pontos de dúvida dos funcionários, mantendo uma equipe voltada especificamente para responder a essas questões.

Dúvidas de gerentes associados ou não sobre o PAQ que foram enviadas à entidade pelo e-mail agebb@agebb.com.br serão respondidas e apresentadas pelos canais de comunicação oficiais da AGEBB. “Vamos responder todas as questões, dando prioridade para os associados, mas não deixaremos ninguém sem resposta, respeitando, obviamente, os sigilos dos nomes dos interessados”, justifica Vianna Júnior.

BB inicia nova fase da reestruturação; diretoria da AGEBB se reúne para discutir assunto

Publicado em: 11/01/2018

Assim como o Blog antecipou em dezembro, o Banco do Brasil iniciou no dia 8 de janeiro uma nova etapa da reestruturação. Mais enxuta que a anterior, a reformulação terá foco no remanejamento de pessoal entre as diversas praças para reforçar o atendimento aos clientes onde há maior demanda. Os empregados que aceitarem a mudança receberão um incentivo financeiro para o deslocamento e, em alguns casos, podem ser até promovidos.

Como incentivo, os funcionários da instituição financeira podem receber um aumento de salarial de 60%, por um ano, para mudar de praça. Esse incentivo valerá para quem se transferir para os 150 municípios que a instituição definiu como estratégicos.

Além disso, o banco público reforçará o atendimento em escritórios especializados para pessoa física, pessoa jurídica e para o agronegócio. Serão abertas 86 unidades digitais para pessoa física e 40 agências físicas para atendimento a empresas.

A reestruturação é tema central de uma reunião extraordinária marcada pela diretoria da AGEBB para o sábado, 13 de janeiro, em sua sede, em São Paulo. Dúvidas dos gerentes associados ou não serão esclarecidas pela entidade, que disponibilizará as respostas, sob sigilo dos nomes dos interessados, posteriormente, em seus canais de comunicação.

A urgência da reunião extraordinária explica-se: os pedidos de desligamento incentivado, que começaram a ser recebidos no último dia 8, serão aceitos até 26 de janeiro. “Não somos contra a reestruturação, mas precisamos analisar como tudo isso será feito, as bases e os critérios do programa, de forma com que os nossos gerentes não sejam prejudicados em seus trabalhos e em seus vencimentos”, destaca Francisco Vianna de Oliveira Júnior, presidente da AGEBB.

O banco quer aumentar em 1.267 o número de gerentes e assistentes especializados nos segmentos pessoa física, empresas e do agronegócios, o que possibilitará que 800 mil novos clientes passem a ser atendidos pelos modelos digitais do BB.

O presidente do BB, Paulo Rogério Caffarelli, detalha que o processo iniciado hoje é diferente do que ocorreu no fim de 2016. Conforme ele, naquela oportunidade a meta do banco era reduzir despesas. Com isso, houve o desligamento incentivado de 9.408 empregados e o fechamento de 402 agências. Caffarelli explica que agora a medida quer aperfeiçoar o atendimento aos clientes, sem o aumento de despesas.

A instituição financeira ainda criará três centrais de atendimento em Recife (PE), Ribeirão Preto e Florianópolis (SC) para demandas de clientes e para dúvidas de funcionários em agências. “Também vamos reforçar as equipes onde o atendimento está estrangulado, com remanejamento de empregados”, destaca Caffarelli.

Além disso, o presidente do BB ressalta que não haverá qualquer demissão. “Nossa meta de saída de funcionários é zero. Não queremos que nenhum funcionário saia do banco”, diz. Após a conclusão desse processo de remanejamento de pessoal, previsto para ocorrer em até três semanas, a instituição financeira validará o Plano de Adequação de Quadros, exclusivo para o excedente de empregados de algumas praças.

Os pedidos de desligamento incentivo serão realizado entre 8 e 26 de janeiro. Somente após o resultado do remanejamento é que as solicitações serão ou não atendidas. O BB pagará até 10 salários bases por empregado, com teto de R$ 200 mil. Esse valor considerará a indenização, a multa rescisória, aviso prévio e ressarcimento do plano de saúde.

Fonte: Blog do Vicente/Correio Braziliense

BB irá focar em melhorar atendimento e aumentar ganhos

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Após rumores sobre nova reestruturação no final do ano passado, o Banco do Brasil anunciou um conjunto de medidas para melhorar o seu atendimento e, de quebra, aumentar seus ganhos. As mudanças, que devem incrementar a margem de contribuição (receitas de cada cliente) em R$ 350 milhões neste ano, incluem, principalmente, uma readequação da rede física, mas sem fechamentos de agências. O foco é ampliar a segmentação de clientes e desafogar unidades sobrecarregadas em termos de atendimento.

No que tange aos resultados, o presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, explicou, em entrevista ao Estadão/Broadcast, que não é esperado impacto em 2018 uma vez que as mudanças não incluem consumo de gastos, mas remanejamento das despesas atuais. O programa também não deve trazer mudança relevante para o retorno sobre o patrimônio (ROE, na sigla em inglês) ainda que, conforme o executivo, seja uma medida positiva para o indicador em um momento que o banco faz esforços para encostar sua rentabilidade nos pares privados.

“O aumento da margem de contribuição é consequência do encarteiramento de clientes, mas nosso foco é atendimento, melhorar a experiência do cliente, principalmente, no aspecto concorrencial. Devemos ter uma contribuição adicional para melhoria do ROE, mas não relevante”, destaca Caffarelli.

De acordo com ele, a margem de contribuição – medida interna do banco que quantifica quanto cada cliente gera de receitas, incluindo crédito, produtos diversos, tarifas etc – deve dobrar em 2019, totalizando R$ 700 milhões por conta das mudanças. Isso porque somente com a ampliação da segmentação da base de clientes da instituição, a expectativa de aumento da margem é de 68%. Já com a migração de correntista para o modelo de atendimento digital, a expansão esperada é de 22% a 40%.

O anúncio do BB foi visto como positivo pelos analistas do Credit Suisse. Mas, segundo eles, será ainda mais benéfico para o braço de seguros do banco, a BB Seguridade, uma vez que as principais linhas de receita da empresa devem se beneficiar do maior número de gestores de relacionamento do Banco do Brasil. “Para o banco, as medidas devem resultar em um aumento nas receitas sem um aumento correspondente dos custos”, avaliam Marcelo Telles, Lucas Lopes, Alonso García e Otávio Tanganelli, do Credit Suisse.

O BB deve ter um adicional de 1.267 gerentes e assistentes especializados nos segmentos Pessoa Física, Empresas e do Agronegócios. Esse incremento possibilitará, conforme o banco, que 800 mil novos clientes passem a ser atendidos pelos modelos digitais.

Ao ampliar o número de clientes em carteiras de negócios, o BB pretende inaugurar 126 novos escritórios e agências digitais ainda no primeiro semestre deste ano. Conforme Caffarelli, serão 86 escritórios digitais para pessoas físicas e 40 agências empresas para atendimento a pessoas jurídicas.

O responsável por instituições financeiras da agência de classificação de risco Fitch Ratings no Brasil, Cláudio Galina, destaca, ao Estadão/Broadcast, que o anúncio do BB reforça a preocupação dos bancos públicos em seguir um modelo mais próximo ao dos privados. “Cada vez mais, ouvimos os bancos falando em canais digitais, inteligência artificial. É interessante notar a evolução em termos de gestão”, avalia ele.

De acordo com Galina, o programa do BB não traz reflexos em termos de rating para o banco, que segue o soberano, mas que, de rentabilidade tende a ser positivo, principalmente, após um ambiente operacional difícil, em que os bancos tiveram de reforçar suas provisões para fazer frente à piora do ambiente de crédito.

Com a medida, o BB vai mexer no quadro de talentos, aproveitando colaboradores que estão em regiões pouco demandadas para áreas mais sobrecarregadas. Os analistas do Credit classificaram a ação como “fazer mais com menos”.

Na prática, o banco criou o Plano de Adequação de Quadros (PAQ) para acomodar melhor a demanda dos clientes na rede de varejo. Para isso, oferecerá incentivos financeiros para migrações entre determinadas cidades e inclui ainda possibilidade de desligamento do banco. A meta do BB, segundo Caffarelli, não é reduzir funcionários, mas readequar a rede da instituição. Somente quem não tiver interesse na mudança é que terá, conforme ele, a possibilidade do desligamento.

Sobre mudanças na alta cúpula e ainda em relação a diretorias e unidades com a mesma função, Caffarelli diz que a instituição não tem nenhum plano em mente. Destaca, contudo, que as mudanças no banco são permanentes e realizadas sempre que necessárias.

O presidente do BB destaca ainda que a medida não é uma reestruturação, como a anunciada no final de 2016, mas uma reorganização do atendimento do banco. Na época, o executivo, que havia acabado de assumir o comando do BB, orquestrou um plano que resultou na redução de mais de 400 agências físicas, readequação de 398 unidades que foram transformadas em pontos de atendimento, além de um plano de incentivo à aposentadoria com adesão de 9,4 mil funcionários num horizonte possível de 18 mil servidores. Por fim, conseguiu uma redução de R$ 2,3 bilhões e um quadro de 28 mil funcionários.

Fonte: Estadão

Ações do BB se valorizam com possíveis mudanças do banco

Publicado em: 14/12/2017

Após encerrar o pregão de quinta-feira da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) em queda de 3,87%, as ações do Banco Brasil (BB) fecharam ontem em alta de 0,58%. Na abertura das negociações, os papéis da companhia tiveram forte elevação e chegaram a subir 2,66%. O desempenho positivo foi impulsionado, segundo analistas, após o Correio revelar que a instituição financeira prepara uma segunda fase da reestruturação, iniciada no fim do ano passado, para ganhar mais eficiência e rentabilidade.

O resultado negativo da quinta foi impulsionado pela análise de economistas do BGT Pactual de que a recuperação do nível de rentabilidade do banco público será lenta. O relatório foi enviado aos clientes após o presidente o BB, Paulo Rogério Caffarelli, afirmar, em apresentação a membros da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos e Mercados de Capitais (Apimec), que a recuperação dos ganhos seria uma prioridade.

Na segunda fase da reestruturação — após garantir uma economia de R$ 3,1 bilhões com a saída de 9,4 mil empregados e o fechamento de 402 agências —, o banco estuda a abertura de um novo programa de desligamento incentivado, com pagamentos de até 12 salários extras. A novidade é que o público-alvo ultrapassará os mais de 8 mil empregados que podem se aposentar.

Quem ainda estiver na ativa e quiser deixar de trabalhar na instituição financeira, mesmo sem ter tempo de contribuição suficiente para solicitar benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), poderá aderir ao plano de demissões. A ideia é similar ao programa de desligamento oferecido pelo governo federal aos servidores públicos.

Além disso, o BB fará o remanejamento de pessoal para reforçar o atendimento nas cidades em que há maior demanda. Após a primeira fase do processo, algumas regiões ficaram com excedente de pessoal.

Aval

Tanto o Conselho Diretor do banco, formado pelo presidente e pelos vice-presidentes, quanto o Conselho de Administração precisam dar o aval para que as medidas sejam executadas. Além disso, é necessário o consentimento da Secretaria de Coordenação e Governança de Empresas Estatais (Sest), do Ministério do Planejamento.

Outra medida em estudo é a criação de uma nova remuneração variável para os trabalhadores que vendem produtos e serviços para os clientes tanto nas agências quanto nos escritórios digitais. As comissões já existentes não seriam alteradas. O leque de medidas em estudo ainda inclui a possibilidade de terceirização de alguns setores do banco, entretanto, não há uma definição sobre o tema, e a tendência é de que o assunto não faça parte do programa em debate.

Fonte: Correio Braziliense

Reestruturação do BB: transparência, acima de tudo

Publicado em: 13/12/2017

Como se não bastasse a surpresa dos funcionários do BB no final de 2016 com a notícia da reestruturação do banco, recebida pela televisão, em um domingo à noite, mais uma vez, no dia 8 de dezembro, a classe gerencial do BB foi surpreendida com uma notícia veiculada pelo Correio Braziliense, um dos principais veículos de comunicação da capital federal, com o título “Banco do Brasil fará mudanças para ficar mais competitivo” (clique aqui para ver a matéria na íntegra). Em um amplo texto, o jornal afirma que o BB estuda uma nova etapa de sua reestruturação para 2018, com a abertura de mais um programa de desligamento incentivado com o pagamento de salários extras. Também fala em remanejamento de pessoal entre as diversas praças para reforçar o atendimento aos clientes onde há maior demanda e que os empregados que aceitarem a mudança receberão um incentivo financeiro para o deslocamento e, em alguns casos, poderão ser até promovidos.

A AGEBB tem acompanhado de perto a reestruturação e espera, acima de tudo, que haja transparência por parte da diretoria do BB quanto às ações propostas. Embora já estivéssemos acompanhando alguns rumores vindos da rede de agências, consideramos preocupante quando os funcionários tomam conhecimento das mudanças internas primeiramente pela imprensa. Acreditamos que as iniciativas da corporação, que afetam o dia a dia de seus profissionais, além de suas famílias, devam ser publicadas, se não ANTES, pelo menos, ao mesmo tempo, por meio da Agência de Notícias do BB ou em outro canal no qual seus funcionários possam ter a certeza de que todas as informações contidas ali são verdadeiras.
Como a única entidade representativa da classe gerencial do Banco do Brasil, a AGEBB busca há 30 anos a valorização da classe gerencial e o fortalecimento da instituição Banco do Brasil. A entidade sempre esteve (e está) à disposição da diretoria para dialogar, buscando o melhor para o banco e seus funcionários, com ética, respeito, transparência, proatividade e responsabilidade.

Devemos ressaltar que, em 2016, o pacote de medidas foi aprovado em uma reunião extraordinária, realizada num domingo. Tanto os parlamentares, que priorizam nas suas plataformas políticas a defesa do BB, quanto os sindicatos, a população ou os mais de 40 mil gerentes que nele trabalham, ninguém foi consultado previamente sobre os reflexos das medidas nas suas vidas, carreiras, economias pessoais ou contas bancárias.

Agora, infelizmente, a história se repete. Por isso, a AGEBB defende que o banco deve utilizar seus canais de comunicação com os administradores, para um amplo diálogo, franco e aberto, nos quais os mesmos possam, mesmo que de forma reativa, opinar sobre casos de quais agências devem ou não ser fechadas ou virarem Postos de Atendimento, por exemplo – uma vez que na primeira reestruturação, erros primários de localização foram cometidos, sem o conhecimento dos Gerentes Regionais, que poderiam SUGERIR o fechamento de uma agência, considerando o menor impacto possível para os funcionários e clientes do BB. A percepção da AGEBB, quando procurada pelos gerentes da rede, é que a sobrecarga causada pelo fechamento das agências e corte de postos de gerentes e escriturários está afetando diretamente a imagem do BB junto à população. Além disso, por se tratar da porta de entrada de clientes e usuários, impacta diretamente na imagem institucional do Banco do Brasil.

Agora, de acordo com a matéria do Correio Braziliense, nessa segunda etapa da reestruturação, a diretoria do BB propõe uma série de medidas que, nos bastidores, vão ganhando força.

Diante de todo esse cenário nebuloso e para resguardar os direitos da classe gerencial de decisões arbitrárias e impostas pelo banco, a AGEBB optou por ingressar com ações para salvaguardar os direitos dos funcionários da classe gerencial. De forma extraordinária e inédita, decidimos em 2017 apelar à Justiça para buscar o reconhecimento e a garantia da manutenção de alguns direitos. São três ações coletivas protocoladas, com milhares de gestores já beneficiados ou prestes a manter sua remuneração ou direitos adquiridos, alguns perdidos com a nova legislação trabalhista, já em vigor.

Com reestruturação ou não, o gerente tem de ser VALORIZADO e reconhecido sempre, pois é o grande protagonista da conquista dos objetivos, dos resultados, do alcance das metas e, principalmente, pela gestão dos demais funcionários. É ele o ponto de sustentação e equilíbrio entre os clientes e o banco, nos mais longínquos locais do território brasileiro. O fortalecimento da classe gerencial se dará somente com a participação e a atuação ativa da ampla da maioria dos executivos, para que se busque conhecer e atender aos principais interesses da coletividade.

Associação dos Gerentes do Banco do Brasil – AGEBB

BB fará mudanças para ficar mais competitivo no mercado

Publicado em: 08/12/2017

Após o desligamento de 9,4 mil empregados, além do fechamento de 402 agências, o que resultou numa economia estimada em R$ 3,1 bilhões, o Banco do Brasil (BB) prepara uma nova reestruturação. Mais enxuta que a anterior, a reformulação terá foco no remanejamento de pessoal entre as diversas praças para reforçar o atendimento aos clientes onde há maior demanda. Os empregados que aceitarem a mudança receberão um incentivo financeiro para o deslocamento e, em alguns casos, podem ser até promovidos.

Também está em estudo a abertura de um novo programa de desligamento incentivado, com o pagamento de até 12 salários extras. A novidade é que o público-alvo irá além dos mais de oito mil empregados que já podem se aposentar. Quem ainda estiver na ativa e quiser deixar de trabalhar na instituição financeira, mesmo sem tempo de contribuição para solicitar um benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), poderá aderir ao plano de demissões. A ideia é similar ao plano de demissão voluntária oferecido pelo governo federal aos servidores públicos.

Interlocutores do presidente do BB, Paulo Rogério Caffarelli, explicaram que a medida é natural após um grande programa de reestruturação e terá como foco aumentar o nível de eficiência do banco público. Segundo um deles, algumas praças em que há menor demanda estão com excedente de mão de obra. Com isso, os funcionários receberão um estímulo para mudar de cidade ou estado. “Isso é muito comum nos bancos privados e nem tanto no BB. Queremos melhorar a qualidade do serviço prestado”, disse.

Além disso, a estratégia da instituição financeira é de reforçar ainda mais os escritórios digitais. Atualmente, 72,1% do total de acessos às contas é feito por dispositivos móveis e por computadores. Mais de 21 milhões de clientes, entre pessoas físicas e empresas, utilizam esses canais. Em março de 2011 eram 11,4 milhões. Portanto, houve um crescimento de 89% em seis anos.

Também está em discussão a instituição de uma comissão para os trabalhadores que vendem produtos e serviços para clientes, nos moldes da remuneração variável paga por bancos privados. As comissões já existentes não seriam alteradas. O leque de medidas em estudo ainda inclui a possibilidade de terceirização de alguns setores do banco, entretanto, não há uma definição sobre o tema e a tendência é de que o assunto não faça parte do programa em debate.

Todas as medidas ainda precisam ser votadas pelo Conselho Diretor do banco, formado pelo presidente e pelos vice-presidentes, além de apreciadas pelo Conselho de Administração e receber o aval da Secretaria de Coordenação e Governança de Empresas Estatais (Sest) do Ministério do Planejamento.

Efeitos

Antes da primeira reestruturação, o BB gastava com a folha de pagamento pelo menos R$ 3 bilhões a mais que os concorrentes diretos. No primeiro semestre de 2016, a instituição desembolsou R$ 9,3 bilhões com a remuneração dos empregados. No mesmo período, os salários dos funcionários, somados aos encargos e benefícios, custaram ao Bradesco R$ 6,5 bilhões, e ao Itaú Unibanco, R$ 5,8 bilhões.

O balanço do terceiro trimestre do BB mostrou que as medidas tomadas no fim do ano passado influenciaram positivamente a rentabilidade da instituição financeira. Nos nove primeiros meses de 2017, em comparação com o mesmo período do ano passado, as despesas com pessoal encolheram 5,7%, passando de R$ 15 bilhões para R$ 14,1 bilhões. Já as despesas administrativas caíram 2,8%, de R$ 24,2 bilhões para R$ 23,5 bilhões. Com isso, o lucro líquido teve expansão de 11,8% e subiu de R$ 7 bilhões para R$ 7,9 bilhões.

Além de melhorar os resultados, o BB tem sido beneficiado pela retomada da geração de empregos e do crescimento. A inadimplência das operações de crédito acima de 90 dias caiu de 4,11%, no segundo trimestre, para 3,94% no terceiro trimestre deste ano, em movimento que interrompeu a trajetória ascendente iniciada em dezembro de 2016. Procurado, o BB informou “que não aprovou medidas que confirmem essas suposições”.

Mais escritórios digitais

A reestruturação iniciada pelo Banco do Brasil no fim do ano passado tem por objetivo aumentar a rentabilidade da instituição financeira. A primeira mudança feita pela gestão de Paulo Rogério Caffarelli foi nas diretorias. Das 27 existentes, duas foram extintas: a de Crédito Imobiliário (Dimob) e a de Relações com Funcionários e Entidades Patrocinadas (Diref), cujas atribuições ficaram concentradas na Diretoria de Governança de Entidades Ligadas.

Perderam os cargos 10 diretores e outros cinco mudaram de área. A Diretoria de Estratégia da Marca foi dividida em Estratégia e Organização e Marketing e Comunicação. Mesmo com a extinção da Dimob, o banco manteve os financiamentos de imóveis por meio do programa Minha Casa Minha Vida.

O BB transformou 379 agências em postos de atendimento. Desse total, 176 ficam em municípios pequenos, onde o BB é a única instituição financeira. Além disso, 402 unidades foram desativadas em cidades grandes e médias. Essas medidas implicaram economia de R$ 450 milhões anuais, com o enxugamento da estrutura e a redução do gasto com pessoal. Outros R$ 300 milhões foram poupados com transporte de valores, segurança, aluguéis e taxas.

Vinte e oito superintendências regionais de varejo e três de governo deixaram de existir no organograma. Tiveram as atividades encerradas dois centros de serviço e sete gerências regionais de controle interno. Mas o processo não consistiu só de cortes. Foram ampliados 12 escritórios de negócios digitais e 34 serão criados.

O plano de aposentadoria incentivada (PAI) teve adesão de 9,4 mil empregados. Quem optou pelo desligamento do banco recebeu 12 salários extras mais um bônus de um a três salários, a depender do tempo de casa.

A reestruturação também revisou o Plano de Funções de 2013, buscando ampliar em até 8 mil o número de funcionários com jornada de seis horas. Os funcionários optaram, de forma voluntária, a qualquer tempo, pela redução do período de trabalho. O público-alvo da reestruturação eram assessores de unidades estratégicas, além de assessores de superintendências e órgãos regionais de gestão de pessoas.

BB

Fonte: Correio Braziliense

Desmonte dos bancos públicos é tema de debate na Câmara

Publicado em: 07/12/2017

A Câmara dos Deputados debateu, nesta terça-feira (5), em comissão especial, os impactos da reestruturação dos bancos públicos na economia brasileira. Segundo o deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA), autor do requerimento para realização do debate, a questão central é discutir a defesa da soberania nacional. “Já entregaram os bancos regionais. Estas instituições (públicas, especialmente Banco do Brasil, BNDES e Caixa Econômica Federal, mas também os bancos estaduais) estão sendo anunciadas como parte de um processo de reestruturação do sistema financeiro brasileiro. Como pensar a indústria sem o BNDES? É o esvaziamento das instituições públicas do país. Não aceitamos a privatização dos bancos públicos”, declarou.

O parlamentar criticou a chamada reestruturação em vez de às respectivas recuperações. “Nós temos o dever de legar às próximas gerações instituições públicas na área financeira mais sólidas e mais completas, mais capazes de produzir o desenvolvimento do que as gerações anteriores. Nós estamos falando aqui de instituições seculares. E não podemos imaginar que elas estão superadas, muito pelo contrário. Deveríamos pensar em reestruturação no sentido de fortalecê-las e não de esvaziá-las”, defendeu.

Sob gestão de Michel Temer, o BNDES reduziu de R$ 50 para R$ 19 bilhões as linhas voltadas para inovação, máquinas e equipamentos, bens de capital, exportação pré-embarque e projetos transformadores.

Criado em 1922 para o desenvolvimento nacional e estruturação do financiamento da indústria, o BNDES tinha mais recursos para crédito que o Fundo Monetário Mundial e que o Banco Mundial. De 2003 até recentemente o banco foi o mais sólido e estável instrumento do financiamento da indústria do país.

Entre as maiores instituições bancárias do país em oferta de crédito imobiliário, com 8,63% de participação, o Banco do Brasil vem mudando seu campo de atuação, reduzindo este tipo de operação– atualmente, a carteira do banco nesta modalidade de empréstimo está em R$ 53 bilhões. O BB perde apenas para a Caixa Econômica Federal (CEF), que ocupa o primeiro lugar, com participação de 51,72% do mercado.

“Quando você ameaça a Caixa, você está ameaçando a possibilidade de quem ainda não tem sua casa própria de ter um financiamento. Porque os bancos privados não financiam a população de baixa renda, especialmente as famílias que ganham até R$ 1.800”, disse o presidente da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenar), Jair Pedro Ferreira.

Até o primeiro trimestre, só o BB totalizou o fechamento de 551 unidades e a Caixa encerrou as atividades de 131 agências, além do enxugamento de mais de 13 mil postos de trabalho, contando as vagas de estagiários, conforme relatório das instituições.

Presidente da Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (ANABB), Reinaldo Fujimoto, contabiliza a perda 10 mil trabalhadores com o incentivo à aposentadoria, recentemente indicado pela diretoria. “Muitas agências serão fechadas. A população menos favorecida, a pessoa que trabalha com agricultura, e que precisa dessa agência não será mais assistida. Essas pessoas terão que se deslocar 30 quilômetros ou mais. A quem interessa de fato esse desmonte?”

A meta para tornar o Banco do Brasil “mais leve” apresentada internamente, segundo os funcionários, era de uma redução que poderia chegar a até 18 mil do atual quadro, que conta com 115 mil profissionais.

Em junho deste ano, o secretário geral da Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), Carlos de Souza, denunciou “terrorismo psicológico” contra os funcionários do Banco do Brasil no processo de reestruturação. “As informações sobre demissões não foram dadas em discussões com os funcionários, não chegaram aos sindicatos e entidades ou mesmo nas agências”, criticou.

Em outubro, os trabalhadores do setor financeiro realizaram ato na Câmara apontando um desmonte dos bancos públicos pelo governo Temer. Paulo Vinicius, secretário de Relações do Trabalho da Central de Trabalhadores do Brasil (CTB), definiu a venda da Caixa como um “crime de lesa-pátria”.

Fonte: Rede Brasil Atual

Sete gerentes gerais do BB são descomissionados no ES

Publicado em: 30/11/2017

Menos de duas semanas após a reforma trabalhista ter entrado em vigor, sete gerentes gerais do Banco do Brasil foram surpreendidos nesta quarta-feira, dia 29, com a notícia de descomissionamento, uma postura arbitrária e autoritária do banco. A superintendência do BB não explicou os critérios adotados para essa decisão, muito menos dialogou com os funcionários descomissionados, o que intensificou a insegurança entre os bancários e bancárias.

“Além do desrespeito e constrangimento, essa medida causa um forte impacto emocional gerando medo, insegurança e, consequentemente, o adoecimento dos bancários. Uma situação bastante contraditória exatamente no ano em que o banco lançou um programa voltado para a excelência no atendimento”, aponta Evelyn Flores, diretora do Sindibancários/ES.

Para Goretti Barone, diretora do Sindibancários/ES, além das mudanças via reforma trabalhista, essa decisão aumenta a incidência do assédio moral sobre os bancários. “O descomissionamento desses gerentes gerais está afetando um total de sete agências, o que representa quase 10% do quadro de gestores do banco no Estado. A medida também resultou num clima de estresse e instabilidade entre os funcionários do Banco do Brasil no Estado todo”, comenta Goretti Barone.

A diretora pede que os funcionários mantenham a calma, pois o Sindibancários/ES está apurando os fatos para verificar se os comissionamentos ocorreram em nível regional e nacional e também para adotar as devidas providências jurídicas e políticas cabíveis.

Saldos da reestruturação

Em setembro deste ano, dez gerentes de agências bancárias de São Paulo foram descomissionados. A medida foi tomada pela Superintendência Capital e as regionais, com aval da Gepes (Gestão de Pessoas). A diretoria do Sindicato de São Paulo classificou a postura do banco como “uma política de terror”, que permanece mesmo após a reestruturação pela qual passou o banco, há cerca de seis meses.

Nacionalmente, a intenção do banco é reduzir 18 mil funcionários até o fim de 2018 – meta parcialmente alcançada com o lançamento do Plano de Aposentaria Voluntária, ainda no início de 2017. Em Vitória, foram fechadas as agências Rio Branco e Moscoso. Os clientes dessas unidades foram transferidos sem consulta prévia para as agências mais próximas ou para agências digitais. Antes mesmo dessa reestruturação já haviam sido fechadas as agências Vale e Praia do Suá.

Fonte: Sindicato dos Bancários do Espírito Santo

Reestruturação faz BB fechar única agência da rede em Sarapuí, interior de SP

Publicado em: 23/11/2017

A única agência do Banco do Brasil de Sarapuí (SP) foi fechada nesta sexta-feira (17). O fechamento faz parte da medida anunciada pelo banco em novembro com o objetivo de economizar R$ 3,8 bilhões.

Segundo o banco, os correntistas terão que ir até a agência de Itapetininga para resolver os problemas administrativos, como depósitos e retirada de talões de cheques. Já os saques podem ser feitos em agências dos Correios.

Além disso, o Banco do Brasil afirma que coloca à disposição dos clientes os serviços do Banco Postal, além dos canais alternativos de atendimento: Internet Banking e Central de Atendimento.

Reestruturação

O fechamento faz parte do plano de reestruturação do Banco do Brasil. Ao todo, estão sendo fechadas 402 agências, da quais 379 estão sendo transformadas em postos de atendimento e 31 superintendências regionais encerradas.

Com esta medida, o BB alegou que economizará R$ 3,8 bilhões, dinheiro que será investido em unidades virtuais. Atualmente, existem 245 unidades virtuais e até o fim do ano devem ser criadas outras 255 em todo o país.

Em novembro de 2016, o Banco do Brasil divulgou a lista com as agências afetadas.

Fonte: Portal G1

Com as mudanças no BB pioram as condições de trabalho

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Com o fechamento de 402 agências e a transformação de outras 379 em postos avançados de atendimento (PAA) com quase dez mil demissões, as condições de trabalho dos funcionários do Banco do Brasil pioraram muito. Inúmeras denúncias chegam aos Sindicatos. Gerentes de PAA estão atuando como gerentes gerais, sem a devida comissão, sobrecarregados de serviços. Um dos prejudicados afirma que cuida do posto inteiro, que antes era uma agência, das máquinas, ambiente, segurança, atendimento, funcionários, vendas, inadimplência e reclamações de clientes. Tudo isso com menos funcionários.

Para Ernesto Izumi, secretário de organização do sindicato, “isso é desvio de função”, e continua, “gerentes de PAA estão recebendo comunicados como se fossem administradores, convocados para reuniões de gerentes gerais”

A situação dos PAA’s ainda se agrava devido a atribuições que são indevidas nesses setores. Os postos estão sendo obrigados a cumprirem metas separadas das metas das agências centralizadoras, e os gerentes gerais querem que os gerentes de PAA façam “negócios” para a centralizadora.

Essa política da direção golpista do BB tem um objetivo claro: precarizar e em seguida fechar os postos. Para a direção da empresa o fechamento de agências e postos tem como finalidade “reduzir” custo; conversa para boi dormir! Todo mundo sabe que praticamente todas as dependências do banco que foram fechadas são altamente lucrativas, basta ver o fabuloso lucro do banco ano após ano.

Com o fechamento de agências e posto houve um aumento considerável de reclamações junto ao Banco Central por parte dos clientes por mau atendimento devido a falta de pessoal, aumento na espera em filas, que chega ao absurdo de ficar por mais de duas horas, etc.

Fonte: Diário Online Causa Operária

AGEBB vai entrar com mandado de segurança em ação coletiva preventiva indeferida por juiz

Publicado em: 17/11/2017

A AGEBB protocolou, no dia 31 de outubro, em Brasília, a ação coletiva preventiva que visa resguardar o direito dos funcionários que estão na ativa, solicitando que seja incorporado o direito de não ser descomissionado sem um justo motivo, uma vez que já possuem mais de 10 anos de cargo comissionado. O processo foi distribuído por sorteio para a 12a Vara do Trabalho e não tem agendamento de audiência até o momento.

No dia 14 de novembro o juiz Carlos Alerto Oliveira Senna indeferiu o pedido de tutela de urgência e determinou a notificação do BB. Em razão disso, a AGEBB vai ingressar com um mandado de segurança. No entendimento do juiz é de que se houver o descomissionamento, cada caso deverá ser analisado individualmente e por isso indeferiu a tutela.

De acordo com a AGEBB, a decisão cabe recurso, já que a ação visa declarar a manutenção da gratificação para os funcionários com mais de 10 anos em cargo comissionado, em razão do direito adquirido à incorporação, para que não haja descomissionamento sem justo motivo. “A AGEBB, junto ao seu corpo jurídico, não poupará esforços até que seja reconhecido o direito adquirido dos bancários, que vêm sofrendo com as constantes mudanças efetuadas pelo BB, a fim de não ocorra descomissionamentos em massa, injustos e ilegais”, argumenta o presidente da AGEBB, Francisco Vianna de Oliveira Júnior.

Fonte: AGEBB

Ação coletiva da AGEBB em prol de descomissionados terá primeira audiência em março de 2018

Publicado em:

Protocolada no dia 10 de novembro em Brasília, no Distrito Federal, a terceira ação coletiva da AGEBB em defesa dos gerentes descomissionados do BB deverá ter, em breve, a sua decisão sobre a antecipação da tutela requerida. O processo, que tramita na 14ª Vara do Trabalho de Brasília, tem a primeira audiência agendada para o dia 2 de março de 2018.

Segundo informações da Moraes e Lindgren Advogados, escritório de advocacia parceiro da AGEBB, o processo encontra-se na mesa da juíza Idália Rosa da Silva para decisão quanto à tutela de urgência requerida, que tem o objetivo de buscar a manutenção da gratificação de função.

De acordo com a AGEBB, a ação apresenta as irregularidades face à reestruturação que o BB vem sofrendo e demostra os prejuízos sofridos pelos funcionários, principalmente os da classe gerencial, que perderam a sua gratificação de função recebida há mais de 10 anos e sofreram, consequentemente, uma redução salarial.

O pedido principal da ação coletiva, porém, é para que seja mantida a gratificação de função, assim como era paga antes da reestruturação, nos termos da Súmula 372 do Tribunal Superior do Trabalho (TST). Inclui-se ainda o pedido, na ação, que haja a declaração de nulidade da redução salarial em tutela de urgência. “Acreditamos que a decisão sobre a tutela deverá sair em breve e estamos otimistas com mais uma decisão favorável, assim como tivemos nas outras duas ações coletivas em prol dos descomissionados que também tramitam em Brasília”, declara o presidente da AGEBB, Francisco Vianna de Oliveira Júnior.

O presidente da AGEBB explica que a entidade, desde o lançamento do plano de reestruturação, tem chamado a atenção do banco para a questão da Súmula 372 e a geração de passivos trabalhistas, além das injustiças contra os gestores em todo o país. “Dezenas de gerentes de unidade e Genegs foram ou ainda serão descomissionados ou rebaixados, de acordo com levantamento realizado pela associação dos gerentes. Nas conversas que temos mantido permanentemente com executivos do BB, sempre recebemos a garantia de que todos os gerentes seriam realocados, o que não tem ocorrido em todas as situações”, afirma Vianna Junior. “A AGEBB quer fazer valer o direito da manutenção dos ganhos, sem qualquer redução, para os gerentes que há mais de dez anos recebem comissão de função”, completa.

Fonte: AGEBB

Moradores de Traipu, AL, pedem garantia de funcionamento de agência do BB

Moradores de Traipu, interior de Alagoas, realizaram um protesto nesta quinta-feira (26) para pedir a manutenção do funcionamento da agência do Banco do Brasil da cidade. Segundo eles, o banco fecha as portas no dia 20 de novembro.

O G1 entrou em contato com a assessoria de comunicação do Banco do Brasil para confirmar as informações passadas pela população, mas ainda não obteve resposta.

O anúncio do fechamento da agência não só desagradou os funcionários como também os usuários do banco, que agora vão ter que se deslocar até o município vizinho de Girau do Ponciano para fazer movimentações bancárias.

“A população foi pega de surpresa com essa notícia. Muitos aposentados e pensionistas estão com medo porque vão ter que percorrer até 40 km a Girau do Ponciano. Ou seja, vão ter que se expor mais à violência, porque vão ter que andar com dinheiro. Então, somos contra isso”, disse um manifestante identificado apenas como Jonathan, em contato por telefone.

Ainda segundo os manifestantes, a superintendência do banco justificou insegurança, já que a agência foi assaltada duas vezes, além da pouca movimentação financeira.

“Em Traipu foi criada recentemente uma Secretaria de Segurança Pública municipal, o que fez com que a segurança em relação ao município fosse aumentada”, argumentou Jonathan.

Em relação à movimentação financeira, ele diz que os comerciantes se propuseram a realizar mais serviços na agência de Traipu, para aumentar o volume de movimentações financeiras.

O fechamento dessa e de outras agências no interior do estado será tema de uma reunião entre a superintendência do Banco do Brasil em Alagoas e o Sindicato dos Bancários. O encontro será na sexta (27), à tarde.

“A gente quer saber quantas agências estão fechadas e quantas estão fechando. Temos notícia desta de Traipu e de outras no Sertão, que foram alvos de bandidos e não foram reabertas, por falta de predisposição do banco. É um prejuízo muito grande para uma cidade pequena ter uma agência fechada”, afirma Nnilson Roberto Lopes Vieira, diretor financeiro do sindicato.

Fonte: G1