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Artigo: Reflexões e compromisso com a pluralidade do Brasil

Publicado em: 23/11/2023

Tarciana Medeiros*

Quando alguém me pergunta o que é o Banco do Brasil, costumo dizer que nós somos um banco que é retrato da sociedade brasileira – uma sociedade em transformação, com avanços a celebrar, mas que ainda tem um longo caminho a percorrer para abraçar a diversidade que nos molda.

E é neste cenário que, para mim, mulher negra, datas como o Dia da Consciência Negra se mostram fundamentais – porque não há forma de avançarmos de verdade sem antes refletir, dialogar e agir para criar um Brasil capaz de atingir sua máxima potência no futuro.

É uma data para pensar a História também, e encarar um sentimento profundo e duradouro de injustiça.

Por séculos, os negros, roubados de suas terras e vendidos aos navios mercantes, como tão bem cantou Bob Marley, foram obrigados a mover uma economia nefasta que levava produtos consumidos no mundo todo. O próprio continente foi espoliado dentro das fronteiras de seus países, em um processo colonial que perdurou até o século XX.

Daí, as raízes dos negros subjugados diretamente pela escravidão e depois explorados em sistemas que lhes negava a autonomia como cidadãos com acesso mínimo a melhores condições de vida

As sequelas desse capítulo perverso da história mundial, que atingiu as comunidades negras e seus descendentes, ainda esperam novas medidas estruturais de todas as esferas sociais que tenham a capacidade de enfrentar e transformar esse triste cenário.

O mundo tem se debruçado sobre isso, com o fortalecimento de entidades globais para o combate às injustiças que cometeu contra as pessoas negras ao longo da história.

No Brasil, não poderia ser diferente. O debate proposto por lideranças negras, das mais diversas origens e campos sociais, sobre uma herança escravocrata e colonial ganha força. Ele demonstra a urgência com que precisamos avançar no combate ao racismo estrutural na comunidade global. Por mais complexa que seja, a questão precisa ser enfrentada. E a hora é agora.

O BB é uma instituição secular, que já passou por diversas organizações e composições societárias. Como sistema empresarial, já ressurgimos algumas vezes ao longo da história do nosso país. Com o passar do tempo, fomos evoluindo nas medidas de combate ao racismo estrutural, culminando neste ano com a atuação ainda mais intensa com práticas de estímulo à igualdade racial com maior efetividade.

Sinto um imenso orgulho de poder dizer que o Banco do Brasil está de fato se posicionando para ser mais plural, mais consciente de sua força negra e de todas as etnias e grupos. Porque nosso olhar não pode apenas reconhecer as legislações e obrigações formais, mas também precisa agir de maneira proativa para impulsionar, valorizar e empoderar a participação de pessoas negras na sociedade como um todo.

Nosso compromisso é, e continuará sendo, o de implementar medidas que promovam uma nova realidade para as comunidades negras. O BB também se alinha a um movimento amplo de conscientização sobre a necessidade do envolvimento de toda a sociedade na busca pela aceleração de ações e iniciativas de combate ao racismo, em todas as suas formas, e de promoção da igualdade racial. Juntos podemos fazer muito mais.

Avançamos. Mas nossos avanços não nos limitam a aprofundar o conhecimento e encarar a real história das versões anteriores da Empresa.

Entendemos que, direta ou indiretamente, toda a sociedade brasileira deveria pedir desculpas ao povo negro por aquele momento triste da nossa história. Neste contexto, o Banco do Brasil de hoje pede perdão ao povo negro pelas suas versões predecessoras e trabalha intensamente para enfrentar o racismo estrutural no país. O reconhecimento desse passado é indispensável para melhor compreender as origens e as injustiças que a economia colonial da época perpetrou.

Mas o que define nosso compromisso com o combate à desigualdade étnico-racial é o fato de o BB ser uma instituição da atualidade, que, como as demais instituições públicas e privadas, tem o dever de desenvolver ações no âmbito de uma sociedade que guarda sequelas da escravidão.

O Banco do Brasil seguirá somando esforços no acolhimento à diversidade e na promoção de ações inclusivas, contribuindo assim para o desenvolvimento social e econômico em nossa sociedade. Para nós, Raça é prioridade, sim!
Como parte desse olhar estratégico para o tema, anunciamos um conjunto de novas medidas em prol da igualdade e inclusão étnico-racial e do combate ao racismo estrutural no país, com impactos positivos para clientes, funcionários, fornecedores e demais parceiros estratégicos da empresa. Elas se somam a outros compromissos e iniciativas do Banco nessa direção e estão disponíveis para consulta na área de imprensa do site do BB.

Aliás, para que toda a sociedade tome conhecimento do conjunto de iniciativas em equidade e inclusão em andamento no BB, criamos uma página em nosso site dedicada ao tema bb.com.br/diversidade.

Estamos comprometidos com a missão de sermos um Banco para tudo que o brasileiro imaginar, e não há como fazer isso sem trabalharmos por um Brasil consciente de suas potencialidades, de suas diferenças, de suas riquezas. Porque só assim, com a união de todas as nossas forças, podemos verdadeiramente alcançar um futuro mais brilhante e equitativo.

Digo isso com a força da ancestralidade das milhares de pessoas pretas e pardas, de norte a sul do país, que trazem para o BB, todos os dias, as riquezas de nossas culturas, expressões e crenças.

Gosto de dizer que nosso banco é diverso, em um país diverso. Essa é a nossa substância. E é com essa substância que seguiremos trabalhando incansavelmente para implementar iniciativas que melhorem a qualidade de vida de todos os brasileiros, considerando todas as individualidades e coletividades identitárias de raça, etnia ou grupo social.

*É presidente do Banco do Brasil

Fonte: Banco do Brasil

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