A Justiça do Distrito Federal autorizou o ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato a trabalhar durante o dia. Preso no mensalão, Pizzolato cumpre a pena no complexo da Papuda.
O Ministério Público questionou a proposta de trabalho “nos moldes propostos” porque o proprietário da empresa onde Pizzolato vai trabalhar pertence a um companheiro de cela.
Na decisão, a juíza Leila Cury ressalta que o benefício “além de ser fundamental para ressocialização” também é “compatível com o regime semiaberto, independentemente do cumprimento do requisito de 1/6 da pena”. Lembra ainda que “a concessão do benefício de trabalho externo, neste momento, constitui uma possibilidade de se avaliar a disciplina, autodeterminação e responsabilidade do reeducando antes de uma possível transferência para um regime de pena mais avançado”.
A juíza determinou que o local, os dias e os horários das atividades sejam regularmente fiscalizados. A empresa assinou um termo de compromisso e também será responsável pela supervisão do trabalho.
Pizzolato fugiu para a Itália antes de ser preso, mas foi extraditado para o Brasil em outubro de 2015. Na Itália, ele ficou atrás das grades por alguns meses, tempo que foi computado como parte da pena. Ele foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro no esquema do mensalão do PT.