O prefeito de São Paulo, João Doria, defendeu nesta terça-feira, 12 de setembro, uma privatização gradual da Petrobras e uma fusão entre o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, estatais controladas pelo governo federal. Segundo o tucano, as medidas ajudariam a deixar o Estado menos inchado, mais eficiente e reduziriam as chances de corrupção.
“Eu acredito e defendo uma privatização gradual da Petrobras. Ela tem tantos braços e tentáculos que é até difícil de elencar a quantidade de empresas dominadas por ela”, disse Doria, na saída de um evento sobre infraestrutura na América Latina. “Defendo uma gradual desestatização para que não haja prejuízo estratégico ao Brasil ou ao seu corpo funcional, que é bom e sério, mas foi muito afetado pelo assalto ao PT nesses 13 anos.”
Sobre os bancos públicos, o prefeito paulistano afirmou que o ideal seria uma fusão para evitar “a sobreposição e o uso político também”. “Não vejo razão de o Brasil ter dois bancos. Respeitando as duas instituições, podemos avaliar a hipótese de uma fusão sem gerar desemprego, formando um banco de altíssima qualidade, capacitada a atuar desde os programas de financiamento rural e casa própria até os de empréstimo e financiamento ao empreendedorismo”, avaliou. Questionado se essa fusão também poderia acarretar uma privatização dos bancos, Doria disse que, “nesse caso, pode ser uma instituição pública. Mas, ao invés de duas, uma”.
“A declaração do prefeito de São Paulo e pretenso candidato a presidente da República é descabida. O BB é grande, eficiente e rentável, com um ´corpo funcional bom e sério´, como ele próprio reconhece. O que falta é acabar com a ingerência política e proporcionar o adequado reconhecimento ao seu maior bem, sua equipe, que motivada e valorizada vai continuar mantendo-o na posição de maior banco do país em ativos totais”, afirma o presidente da AGEBB, Francisco Vianna de Oliveira Junior, ao comentar a notícia.