Com Sebrae, bancos vão lançar linha de crédito a microempreendedores

Publicado em: 19/12/2023

Os microempreendedores brasileiros terão acesso a uma nova linha de crédito que supera os R$ 30 bilhões. A informação foi confirmada pelo presidente Nacional do Sebrae, Décio Lima.

A iniciativa é uma parceria do próprio Sebrae com o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) e a Agência Pública de Inovação, a Finep.

A expectativa é que o montante seja disponibilizado ainda em dezembro ou no máximo no início do ano que vem, para comemorar os 15 anos do MEI no Brasil, completados no próximo dia 19.

Segundo Lima, os R$ 30 bilhões que serão ofertados representam o somatório de todo o crédito disponibilizado aos microempreendedores nos últimos 28 anos.

Atualmente, o Brasil possui mais de 15 milhões de MEIs em atividade. A modalidade cresceu muito nos últimos 3 anos, principalmente durante a pandemia da Covid-19 que impulsionou o surgimento de novos negócios.

Ainda segundo Décio Lima, o governo federal deverá lançar, em breve, uma nova fase do programa Desenrola Brasil, destinado aos microempreendedores, para ajudar os cerca de 6 mil microempresários que estão negativados no momento.

Fonte: CNN Brasil

BB expande abertura de conta pelo app para microempreendedores

Publicado em: 30/11/2017


Os 7 milhões de microempreendedores individuais (MEI) do país vão contar com uma nova facilidade para abertura de contas bancárias. Com fluxo 100% digital, o Banco do Brasil vai incluir o público na Conta Fácil, que contempla a adesão pelo smartphone.

Inédita no mercado financeiro, a solução está aberta para cerca de cem clientes e chegará a todo o mercado em meados de dezembro, por meio do aplicativo do Banco para dispositivos móveis. Para abrir a Conta Fácil MEI, o cliente envia pelo mobile o documento de identificação, o Certificado da Condição do Microempreendedor Individual (CCMEI) e o comprovante de endereço. A Análise é feita diretamente por um órgão interno do BB, sem passar pelas agências.

“Nossa proposta é ajudar o microempreendedor no seu negócio, tornando sua experiência com o banco mais ágil e resolutiva. A praticidade da Conta Fácil para as pessoas físicas foi muito bem recebida e nos motivou a expandir a iniciativa para outros públicos”, celebra Marcelo Labuto, vice-presidente de negócios de varejo do Banco do Brasil.

A conta de pagamento permite outras oportunidades aos clientes, como a contratação da afiliação Cielo e a adesão ao débito automático para pagamentos como o Documento de Arrecadação do Simples Nacional – DAS-MEI. Além de poder contar com o cartão Ourocard Empreendedor PJ ELO, que dá mais autonomia ao empresário. Além do celular, a movimentação da Conta Fácil MEI pode ser feita nos terminais eletrônicos do BB, pelo Gerenciador Financeiro, correspondentes bancários e pelas transações na função débito no comércio em geral.

A solução está disponível para os microempreendedores com data de constituição superior a 180 dias. Trata-se de uma conta de pagamento para movimentação mensal de até R$ 10 mil. A opção conta com duas franquias de serviço: A Conta Fácil MEI Especial, com adesão à máquina Cielo e um número maior de transações, no valor de R$ 34 e a Conta Fácil MEI, que conta com um número menor de transações custa R$ 17.

As duas modalidades contemplam o serviço de mensagens SMS, o primeiro cartão para movimentação e transações ilimitadas nos canais mobile e web, como saldos, extratos, pagamentos e transferências entre contas do BB.

Conta Fácil BB Pessoa Física completa um ano

Em um ano, 1,4 milhão de clientes PF abriram a Conta Fácil pelo aplicativo e 68 mil optaram por aderir à conta corrente completa, funcionalidade disponível desde maio de 2017.

Fonte: Banco do Brasil

Microcrédito sofre recuo pelo segundo ano consecutivo

Publicado em: 26/12/2016


Em tempos de crise, com aumento do desemprego, muitos brasileiros passaram a empreender por necessidade, ou seja, buscaram alternativas para geração de renda. Entretanto, o Microcrédito Produtivo Orientado (MPO) desacelerou este ano.

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), de janeiro a junho foram atendidos 2,3 milhões donos de pequenos negócios e concedidos R$ 4,6 bilhões. Ao longo de 2015, o microcrédito havia contemplado 5,2 milhões de clientes com a liberação de R$ 11,1 bilhões. Na avaliação de Almir da Costa Pereira, presidente da Associação Brasileira de Entidades Operadoras de Microcrédito e Microfinanças (Abcred), a projeção para 2016 é de um resultado inferior ao registrado no ano passado. O volume ofertado já havia encolhido 4,6% em 2015 na comparação com 2014.

O cenário de pouca atividade e baixa confiança inibe a tomada de crédito. “Os microempreendedores atuam nos bairros onde vivem e sentem os efeitos do desemprego e da queda da renda. Isso desestimula”, comenta Pereira. Por outro lado, prevalece um clima de aversão a riscos pelas instituições financeiras e entidades que atuam no setor, que estão mais criteriosas nas avaliações dos clientes. Outro aspecto é que fontes de recursos (funding) não têm avançado, segundo o presidente da Abcred.

“Essa situação tem que mudar para que o microcrédito se torne mais representativo nos próximos anos”, afirma. Atualmente, as operações de microcrédito no Brasil correspondem a somente 0,2% do crédito total do sistema financeiro. O dinheiro para as operações dessa modalidade é proveniente do Fundo de Amparo ao Trabalhador, BNDES e de 2% dos depósitos compulsórios à vista junto ao Banco Central, a chamada exigibilidade. A despeito das dificuldades atuais, o segmento de microcrédito tem alto potencial, destaca Almir Pereira.

Para mudar essa realidade, o governo federal anunciou, este mês, no pacote de medidas para aquecer a economia brasileira que irá ampliar o limite de enquadramento das empresas no programa de Microcrédito Produtivo Orientado. O máximo do faturamento anual que é de R$ 120 mil passará para R$ 200 mil. O teto de cada operação aumentará de R$ 15 mil para R$ 21 mil.

Por enquanto, não há informações mais detalhadas sobre como se dará o incremento do funding. “Sabemos que a concorrência vai aumentar”, afirma Marcos Holanda, presidente do Banco do Nordeste (BNB). A instituição mantém o Crediamigo, o maior Programa de Microcrédito Produtivo Orientado da América do Sul. Ele defende que a porcentagem dos compulsórios destinada ao microcrédito aumente no país, superando os atuais 2%.

De janeiro a novembro, o Banco do Nordeste realizou 3,7 milhões de operações a dois milhões de empreendedores e os valores contratados somaram R$ 7,1 bilhões. O valor médio desses empréstimos foi de R$ 2,2 mil e as taxas de juros variaram de 1,5% a 2% ao mês. “Apesar do cenário adverso da economia, este ano, vamos nos aproximar do resultado de 2015, de R$ 8,1 bilhões”, afirma Holanda.

Em seu planejamento para 2017, o Banco do Nordeste trabalha para ampliar em 50% a sua base de clientes, isto é, chegar a três milhões. O foco será prestar atendimento nos Estados do Ceará, Bahia e Pernambuco, onde a demanda é elevada. “Temos um grande desafio operacional pela frente. Estamos investindo em tecnologias e em mais agentes”, diz Holanda.

O programa de microcrédito do Banco do Brasil (BB) desembolsou este ano, de janeiro ao início de dezembro, R$ 798 milhões em 352 mil operações. O tíquete médio dos financiamentos foi de R$ 2,3 mil e a taxa de 2,95% ao mês. De acordo com João Pinto Rabelo Júnior, diretor de governo do BB, em 2016 o valor de fechamento será menor do que o registrado em 2015, que foi de R$ 1,2 bilhão.

O executivo destaca que essa queda se deve à retração da economia. Diversos empreendedores, por necessidade, investiram recursos próprios, com receio de se endividar diante da demanda fraca. Outro movimento é que ao longo deste ano, 123 mil empreendedores, clientes do BB, conseguiram desenvolver suas atividades e migraram do microcrédito para outras linhas de financiamento, contratando valores maiores. Além da atuação por intermédio de agências, o BB atua no microcrédito por meio da parceria estratégica com a Movera desde 2015. “A Movera está ganhando velocidade após ter passado por uma fase de testes e ajustes”, afirma João Pinto Rabelo Júnior.

A estratégia é prestar atendimento à população não bancarizada. Por meio de uma conta pré­paga, operada diretamente do celular, os empreendedores podem acessar o crédito, sem que precisem abrir uma conta corrente. A Movera já tem 18 unidades espalhadas pelo país, a maioria no Nordeste, e em 2016 desembolsou R$ 16,7 milhões em 13 mil operações. O valor médio dos empréstimos foi de R$ 1,3 mil e a taxa praticada é de 2,8% ao mês. A meta da Movera é atender 60 mil clientes em 2017.

Fonte: Valor Econômico