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2020: o ano de transição dos grandes bancos para um 2021 muito melhor

Publicado em: 19/02/2020

A temporada de resultados com os últimos dados de 2019 começa para valer com os grandes bancos. Após a divulgação no último dia 29 do balanço do Santander Brasil (SANB11) – com números mistos, com o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) acima de 21%, mas com analistas avaliando a qualidade de crédito um pouco pior – o próximo a divulgar resultado é o Bradesco (BBDC3;BBDC4), no dia 5.

Mas já é possível traçar expectativas para o setor nos próximos anos. Segundo aponta relatório recente do Credit Suisse, se 2019 foi desafiador, 2020 não deve ser diferente.

Mesmo em meio às expectativas positivas para a economia, com a expectativa de aceleração no crescimento e com o crédito como proporção do PIB próximo dos níveis mais baixos desde 2012, o que deve favorecer o ciclo de crescimento do crédito, o resultado final do balanço de bancos ainda não deverá se refletir totalmente nos resultados deste ano, conforme destacaram os analistas Marcelo Telles, Otavio Tanganelli e Alonso Garcia.

A expectativa é de um crescimento do lucro modesto, de 2,6% em relação a 2019. Além disso, o ROE dos quatro grandes teve uma revisão para baixo pelo Credit de 300 pontos-base para 2020, indo para 18,75%.

Em 2020, avaliam, haverá duas grandes forças opostas atuando. No lado positivo, a margem financeira deve se beneficiar com um longo crescimento de dois dígitos, do melhor portfólio da carteira e maiores ganhos da gestão de ativos e passivos em decorrência da Selic mais baixa. Além disso, as taxas de serviços devem acelerar, com os volumes compensando a maior pressão de preços, enquanto os bancos devem evoluir nos esforços de corte de custos (aliás, um dos pontos destacados como positivos para o balanço dos últimos três meses era justamente o efeito do corte de custos nos balanços).

Já do lado negativo, o Credit Suisse lista a reprecificação da carteira de crédito baseado em juros fixos, os efeitos da elevação da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de 15% para 20% e a exposição à América Latina (e aos seus problemas), que devem atrapalhar os números de alguns bancos.

Neste cenário, os que não devem ser tão afetado são os que souberem controlar custos e se manter competitivos em meio à maior competição com fintechs e bancos médios.

Porém, após um 2020 de transição, os analistas do banco têm uma visão bem mais positiva para 2021, com aceleração das margens financeiras impulsionando o crescimento de lucro para taxas de duplo dígito (10% em 2021 e 11,6% em 2022).

“Acreditamos que a gestão de custos continuará sendo um aspecto crucial para os grandes bancos, e necessário para (i) compensar o crescimento de receitas mais modestas em 2020, (i) ter relação receita/despesas positivas nos próximos anos e (iii) manter um posicionamento positivo versus fintechs e bancos médios”, avaliam os analistas do banco.

Olhando para os papéis do setor, os analistas destacaram os valuations atrativos, uma vez que os preços atuais representam uma queda de 3 pontos-base do ROE. Neste cenário, Banco do Brasil e Bradesco aparecem como os top picks do banco, com preços-alvos respectivos de R$ 72 e T$ 46. Em seguida, estão o Itaú com recomendação outperform (equivalente à compra) e preço-alvo de R$ 44 e o Santander Brasil, com preço-alvo de R$ 54. Assim, mesmo com o corte nas projeções para o ano, há boas perspectivas para quem estiver em vista investimentos a prazos mais longos.

Fonte: Infomoney

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