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Assédio moral: o mal que ronda os gerentes bancários

Publicado em: 04/07/2022

A última semana foi de grandes estardalhaços no setor bancário por conta da demissão do presidente da Caixa, Pedro Guimarães. Ele deixou o comando da instituição financeira após ser acusado de assédio sexual por algumas funcionárias e assédio moral por um grupo de empregados do banco.

Especialmente o tema assédio moral no ambiente bancário é antigo e por vezes amplamente discutido em rodas de amigos do setor. Mas afinal, você, na condição de gerente, já praticou assédio moral com algum funcionário? Ou foi vítima de um superior? O assédio moral, na sua plena definição, é a conduta reiterada, praticada por um superior hierárquico, que tem como intenção humilhar, ameaçar, desgastar e ofender a vítima.

Há também outras formas, indiretas, de assédio moral. Cobrança excessiva de metas, abuso de hierarquia profissional, como ameaças de demissão para o cumprimento de metas absurdas e abusivas, bem como ter que executar serviços fora de suas funções, e fora do expediente, são alguns exemplos. Tais práticas podem ser reclamadas em uma causa trabalhista com pedido de indenização por parte do trabalhador. Quando se é o acusado, por sua vez, pode haver duras penas. E você, como gerente, pode estar em qualquer uma das pontas.

É importante lembrar que o estabelecimento de metas, por si só, não gera o assédio moral. O problema ocorre quando elas são inatingíveis, colocando o bancário em uma situação de pressão, cobranças excessivas e de punições. A competitividade entre funcionários também pode ser um fator para a prática do assédio moral. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando superior e subordinado estão, muitas vezes, há poucas metas de se tornarem pares em função e responsabilidade.

Em recentes planos de reestruturação do Banco do Brasil, a AGEBB tomou conhecimento de gerentes que foram transferidos de suas agências para outras mais distantes e afastados dos grandes centros comerciais. Também foram relatadas histórias de gerentes que se sobrecarregaram de tarefas ou que perderam boa parte das suas atividades, sendo readequados internamente para função inferior incompatível com seus cargos.

O assédio moral faz com que a vítima perca o interesse e o prazer de trabalhar, fique fragilizada e desestabilizada emocionalmente, podendo desencadear doenças já existentes, como também acarretar o surgimento de novas. E você, nessa história, pode ser o causador ou a vítima. Uma dura e triste realidade, infelizmente.

Fonte: AGEBB

 

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