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Bancários do Rio dizem que Itaú está preparando a privatização do BB

Publicado em: 31/08/2017

“Colocaram a raposa no galinheiro dos ovos de ouro”. O ditado popular explica, segundo o Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, com exatidão o que vem acontecendo dentro do Banco do Brasil, para atender interesses privados, mais precisamente, do Itaú.

Em 2016 foi contratada, sem licitação, a Falconi Consultores de Resultados, para preparar o desmonte do BB, chamado oficialmente de “reestruturação”. O trabalho desta empresa, ainda de acordo com o sindicato, é enxugar a estrutura do banco público, preparando-o para a privatização, política do governo Fernando Henrique Cardoso, retomada pelo seu aliado, Michel Temer.

Entre os membros do Conselho de Administração da Consultoria Falconi está Pedro Moreira Salles, à época da contratação presidente do Conselho de Administração da holding Itaú Unibanco, atualmente presidente do Conselho Diretor da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).

De acordo com o conteúdo disponibilizado pelo Sindicato dos Bancários, o absurdo é um banco privado conduzir as políticas de um banco público, que tem um papel estratégico, o de fomentar o desenvolvimento econômico e social do país. No mínimo, como afirma o sindicato, a situação configura um conflito de interesses, já que o desmonte da rede de agências, com extinção de milhares de postos de trabalho, abriu espaço para os bancos privados, entre eles o próprio Itaú.

A primeira fase da reestruturação resultou no fechamento de 402 agências, extinção de 9.400 postos de trabalho e redução salarial drástica que atingiu quase 4 mil funcionários. A mesma consultoria está fazendo o mapeamento dentro da Diretoria de Tecnologia do banco, um setor altamente estratégico a cujas informações o setor privado está tendo acesso.

Seguindo a linha de “mãos de tesoura” da Falconi, de corte dos custos, há o temor de extinção de funções, abrindo espaço para a substituição de funcionários concursados por trabalhadores precarizados de empresas terceirizadas.

O que diz a AGEBB

A AGEBB acompanha com atenção os desdobramentos da notícia, que não chega a ser novidade alguns dirigentes, como o 1º vice-presidente e diretor Jurídico da AGEBB, Levi Gomes de Oliveira. “Já venho debatendo esse assunto do Itaú monitorar o BB desde 2014, quando começaram os primeiros direcionamentos do banco para a tal reestruturação”, afirma Levi. Confira a matéria completa na edição 128 do AGEBB Notícias, que circula em setembro.

Segundo entrevista do presidente Paulo Caffarelli à grande imprensa, o BB está em uma busca incessante pela redução de despesas, mas não há nenhuma orientação para novos cortes de postos de trabalho. “Hoje o BB é o ativo mais fácil para o governo federal vender. A Petrobras está enrolada com todas as ocorrências que têm, com registro de prejuízos e diretores na Lava-Jato. A Caixa Econômica Federal, por sua vez, até por falta de controle e compliance, é mais difícil ser colocada no mercado. Assim, o BB é a joia da coroa para ser vendida e privatizada”, diz o diretor Jurídico da AGEBB.

Fonte: Core Group com Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro

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