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Banco do Brasil expande crédito agrícola em 60% nas últimas duas safras em Santa Catarina

Publicado em: 10/08/2017

O agronegócio catarinense tem acumulado resultados positivos e evitado tombos ainda maiores no PIB. Em Santa Catarina, há um fator que tem sido essencial para a formação dessa ilha de prosperidade: trata-se da expansão do crédito agrícola.

O exemplo mais claro vem do Banco do Brasil. Responsável por financiar quase 70% da produção do setor primário de Santa Catarina, o banco expandiu em 60% o volume de recursos destinado a financiar os produtores rurais nos últimos dois anos. Se na safra de 2015/2016 o valor destinado ao crédito agrícola havia sido de R$ 3,5 bilhões, esse número saltou para R$ 5,6 bilhões em 2017/2018.

Superintendente regional do BB para Santa Catarina, Oberti Finger ressalta as qualidades do setor agropecuário catarinense, com praticamente 90% de produção familiar, para dizer que há um esforço contínuo para garantir que não falte recursos para o produtor rural financiar o seu negócio.

— Esse valor (R$ 5,6 bilhões) é para o período entre julho deste ano e junho do ano que vem, mas, se levarmos em consideração o que aconteceu nas últimas safras, é provável que tenhamos de pedir mais recursos para Brasília lá por abril — conta.

O secretário de Estado da Agricultura, Moacir Sopelsa, também destaca que a disponibilidade de fontes diversas de financiamento tem garantido um crescimento contínuo do agronegócio catarinense, que tem tido impactos positivos até mesmo nos números de consumo em outras setores.

— Vivemos um momento difícil lá por 2012, porém foi superado. Hoje não falta recurso para o agricultor que quer produzir em Santa Catarina — diz Sopelsa.

O discurso governamental encontra eco também entre as entidades produtivas. Para o presidente da Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (Faesc), José Zeferino Pedrozo, essa disponibilidade de recursos é indispensável, pois, sem financiamento, a maioria dos agricultores não teria recursos para produzir alimentos.

— Nós trabalhamos com uma indústria a céu aberto. Estamos sujeitos a qualquer tipo de intempéries. Embora as safras tenham sido boas, o agricultor tem o risco de não colher nada que plantou. Por isso, o financiamento é tão importante, para que ele tenha condições de rolar eventuais dívidas e ,claro, adquirir máquinas e insumos para expandir a produção — afirma.

Outros dados

Embora o Banco do Brasil tenha garantido uma constante expansão do crédito agrícola em SC, nem todas as instituições têm conseguido os mesmos resultados. No caso do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), por exemplo, o valor disponibilizado via Plano Safra teve uma leve redução safra 2015/2016 para a que terminou em junho: foi R$ 480,7 milhões para R$ 470,7 milhões. Apesar disso, o valor destinado à agricultura familiar cresceu mais de 30%.

— Os números globais do Plano Safra permaneceram praticamente estáveis, demonstrando que o agronegócio segue impulsionando os resultados da economia catarinense. O mais positivo é observar que os pequenos produtores rurais catarinenses estão tendo mais acesso ao crédito — conta Marcone Souza Melo, gerente de operações do banco em SC.

Agronegócio segue com bons resultados

Além de ser o único setor a registrar seguidos resultados positivos, com aumento nacional de 13,4% na última comparação entre trimestres, o agronegócio também tem impulsionado as exportações catarinenses. No primeiro semestre de 2017, as exportações de carne suína aumentaram 45%. Aves e soja também tiveram aumentos consideráveis: 16% e 27% respectivamente. No total, produtos agroalimentares já representam mais de 40% do total exportado pelo Estado.

No caso dos cereais, a super safra é explicada principalmente pelo clima positivo, com temperaturas favoráveis e chuvas na medida certa. A colheita do milho, por exemplo, foi 15% maior.

— Tudo que foi plantado vingou — diz o secretário Sopelsa.

Valor para crédito agrícola do BB em SC

Safra 2015/2016: R$ 3,5 bi

Safra 2016/2017: R$ 4,4 bi

Safra 2017/2018: R$ 5,6 bi

Fonte: Diário do Comércio

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