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Banco do Brasil se mantém otimista e projeta spreads menores neste ano

Publicado em: 11/05/2018

O presidente do Banco do Brasil (BB), Paulo Caffarelli, acredita em novas reduções dos spreads (prêmios em crédito) ao longo deste ano. A expectativa é que uma melhora na curva de juros futura traga benefícios mais significativos para o médio e longo prazo.

Os spreads bancários totais, de acordo com o último relatório do Banco Central (BC) marcaram 20 pontos percentuais (p.p.) em março, queda de 3,8 p.p. em relação a igual mês do ano passado.

Em relação ao BB especificamente, o presidente do banco público, Paulo Caffarelli, reforça que o movimento acontece muito em função da própria retomada econômica ao longo de 2018, onde as projeções de melhora no volume de crédito e de queda da inadimplência possibilita “taxas mais atrativas”.

“Além disso, outro fator que influencia hoje é a curva futura de juros que ainda está alta. Na medida que a economia se estabilize, a curva de juros cai e traz condições melhores de spread no médio e longo prazo”, comenta.

Para o banco, no entanto, o crédito continua em trajetória cadente. No primeiro trimestre deste ano, a carteira do BB registrou R$ 675,6 bilhões, no menor patamar em mais de quatro anos.

O valor corresponde a uma queda de 1,9% em relação aos três primeiros meses de 2017 (R$ 688,7 bilhões) e de 0,8% ante o trimestre imediatamente anterior (R$ 681,3 bilhões).

“Estamos mais preocupados com rentabilidade do que com share e, assim, vamos continuar perseguindo o crédito com qualidade responsável e mais adimplemento”, afirma Caffarelli, ponderando que o foco está voltado para as linhas de menor risco, como consignado, imobiliário, crédito para exportação e agronegócio.

“A carteira agro, por exemplo, cresceu 2,5% [de R$ 180,1 bilhões no primeiro trimestre de 2017 para R$ 184,7 bilhões neste ano até março] e nós mantivemos a participação no mercado. Estamos trabalhando e capturando propostas”, acrescenta o vice-presidente de gestão financeira e relações com investidores do BB, Berdarno de Azevedo Silva Rothe.

Em relação à recuperação de crédito, por sua vez, os executivos do Banco do Brasil têm perspectiva de estabilidade.

O montante recuperado marcou os R$ 1,205 bilhão nos três primeiros meses desse ano, aumento de 26% em relação a igual período do ano passado (R$ 956 milhões) mas recuo de 30,3% ante o trimestre imediatamente anterior.

“Foi uma queda sazonal e o trabalho nessa parte é completamente persistente. É natural que em um processo pós crise vejamos volumes mais altos, mas é um processo que tende a ser mais puxado no segundo e no quarto trimestre, com uma tendência de estabilizar em um patamar semelhante ao que vimos em 2017”, disse Marcio Hamilton Ferreira, vice-presidente de controles internos e gestão de riscos.

Prestação de serviços

Além disso, outro destaque do banco público foi sua atuação no mercado de capitais, que demonstrou o maior crescimento entre as receitas com tarifas e prestação de serviços no primeiro trimestre deste ano frente a igual intervalo de 2017 (+34,2%, de R$ 170 milhões para R$ 228 milhões).

“Há uma forte migração do Large Corporate para o mercado de capitais e nós estamos estruturados para ser um grande player nesse sentido. Mas pelo volume e relacionamento que nós temos com nossos clientes, vamos nos atualizar sempre”, completa Caffarelli.

O lucro líquido ajustado do banco registrou R$ 3,026 bilhões no primeiro trimestre, alta de 20,3% em relação a igual intervalo do ano passado (R$ 2,515 bilhões). O retorno sobre patrimônio líquido (RSPL) registrou 13,2%. O presidente também anunciou, na coletiva de ontem, o aumento para 40% nos dividendos aos acionistas para 2018.

Fonte: Jornal DCI

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