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BB nega separação de banco de investimento

Publicado em: 16/11/2017

O Banco do Brasil quer aumentar sua atuação no mercado de capitais, estruturando emissões de títulos de dívida ou ações de outras empresas, disse nesta quinta-feira (9) o presidente da instituição, Paulo Caffarelli.

Ele falou a jornalistas em coletiva para comentar os resultados do banco no terceiro trimestre.

Sem dar detalhes, Cafarelli disse que “novidades virão” sobre esse segmento dentro do banco, mas negou que o BB esteja planejando separar o seu braço de investimentos do restante dos negócios.

“Novidades virão, eu não vou me adiantar, mas eu diria que o banco hoje se preocupa em ter cada vez mais uma área de mercado de capitais bastante atuante”, disse.

Para ele, o mercado de capitais deve ser “uma complementariedade ao crédito”.

“Se o crédito é hoje 60% do nosso resultado, vai chegar o momento que mercado de capitais vai ocupar um bom espaço desse processo, de uma forma absolutamente natural como acontece em outros países”.

Segundo ele, de julho a setembro, o Banco do Brasil coordenou e estruturou 10 operações no mercado de capitais que somam R$ 3,4 bilhões. Entram nessa conta debêntures (títulos de dívida), letras financeiras e notas promissórias.

O banco também atuou em duas operações de securitização e participou de seis das sete emissões de dívida de empresas brasileiras no mercado internacional no período.

No acumulado dos nove primeiros meses de 2017, o BB teve receitas de R$ 584 milhões a partir do mercado de capitais, aumento de 13% na comparação com o mesmo período de 2016.

‘Pode ser melhor’

Caffarelli disse que está satisfeito com os resultados da área de mercado de capitais atualmente, mas que acredita que ela “pode ser melhor”.

“Eu entendo que pelo tamanho do banco e pela capacidade de ações que a gente pode gerar, principalmente por sermos fornecedores de balanço para as empresas (…) que o banco pode ser um ator ainda mais atuante nesse processo”, afirmou.

Ele ressaltou que o BB não atuava nesse mercado até pouco tempo que a instituição “está aprendendo a ser banco de investimento”.

Caffarelli defendeu que o fortalecimento do mercado de capitais será essencial para que o Brasil continue na trajetória de recuperação da economia.

“Eu sempre fui um grande defensor de que o crédito de pessoa jurídica é limitado. O Brasil não vai continuar tendo capacidade de crescimento e de retomada desse crescimento econômico lastreado apenas pelo ‘corporate finance’, pelo crédito nas contas”, afirmou.

“Toda a infraestrutura brasileira será lastreada por mercado de capitais, seja emissão de dívida, seja equity (ações)”, concluiu.

O executivo ressaltou ainda que a redução da taxa básica de juros da economia favorece o aquecimento do mercado de capitais (juros altos inibem investimentos em ativos de renda variável).

“Se você tem uma taxa Selic a 14,25%, você tem menos projetos. Com uma taxa a 7% (…) você tem muito mais apetite a esse tipo de investimento. E isso não prejudica, inclusive, o investidor externo, de olho de que mesmo 7% aqui no Brasil faz um sentido enorme comparado com deflação, com taxa de juros zero (em outros países).”

Nova área de comércio exterior

O presidente do Banco do Brasil anunciou também que vai criar ainda neste ano uma área de comércio exterior, mas que esse novo departamento não vai demandar aumento de custos e nem de estrutura.

De acordo com ele, o banco já tem um histórico forte de atuação em fechamento de câmbio e estrutura de operações, por exemplo, mas pode ser mais efetivo nesse segmento.

“Fazemos isso por acreditar que a retomada do crescimento econômico passa obrigatoriamente também pelo comércio exterior e pela infraestrutura”, disse. “[O comércio com outros países] é uma das vertentes que vai nos antecipar a retomada do crescimento econômico. Só pela demanda interna demoraria mais.”

Fonte: G1

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