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Cassi, do Banco do Brasil, faz última tentativa para não quebrar

Publicado em: 20/11/2019

A Cassi, operadora dos planos de saúde dos funcionários do Banco do Brasil, dá sua última cartada para não quebrar. Nesta segunda-feira, 18 de novembro, começou a terceira e derradeira votação para que seus associados aprovem um programa de recuperação que evite a falência ou a venda da carteira do convênio, com cerca de 670 mil vidas.

É preciso a concordância de pelo menos dois terços dos associados, o que não ocorreu nas duas votações anteriores. Os conveniados poderão se manifestar até 28 de novembro. Antes, porém, em 22 de novembro, a Cassi terá que prestar contas à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de sua real situação financeira e o que está fazendo para resolver os problemas.

De imediato, a Cassi precisa de mais de R$ 900 milhões para cumprir todas as determinações da ANS. Esse valor deve ser rateado entre o Banco do Brasil e os associados ao plano. A operadora registra rombos no caixa há sete anos seguidos. Com isso, foi consumindo as reservas técnicas exigidas pela agência responsável pela regulação e fiscalização do setor.

A proposta colocada em votação mantém os atuais percentuais de contribuição dos funcionários (4% do salário) e do BB (4,5%) e introduz a cobrança por dependentes: mais 1% de contribuição para quem tem um dependente, 0,5% para o segundo e 0,25% a partir do terceiro dependente, limitando a contribuição total do funcionário a 7,5% do seu salário. O BB também contribuirá para o pagamento dos dependentes.

Custeio

Pelos cálculos da Cassi, se aprovada, a proposta garantirá a entrada imediata, em dezembro, de mais de R$ 600 milhões no caixa da operadora. Deste total, R$ 588,1 milhões serão repassados pelo Banco do Brasil. A instituição assumiu o compromisso de pagar, de forma retroativa, como se o novo modelo de custeio estivesse valendo desde janeiro de 2019. Já os associados, contribuirão somente a partir de dezembro, totalizando R$ 24,9 milhões.

O Banco do Brasil concordou, também, em repassar à Cassi R$ 450,9 milhões referente ao Grupo de Dependentes Indiretos (GDI). Esse valor está provisionado no balanço do BB. Garante o ressarcimento de eventual prejuízo da operadora decorrente da utilização do plano por cerca de 2 mil beneficiários que perderam a condição de dependentes após a mudança estatutária de 1996 (pais, ex-cônjuges, etc).

Somados os R$ 588 milhões em aumento de contribuição do BB e os R$ 450 milhões do GDI, chega-se a um valor superior a R$ 1 bilhão em repasses à Cassi. Ou seja, há solução à vista, mas é preciso que a maioria dos associados à Cassi aprove o plano de recuperação.

A ANS, que decretou direção fiscal na Cassi em julho deste ano, deve esperar pelo resultado da votação, que acaba em 28 de novembro. Não vai se precipitar em tomar uma decisão relacionada à operadora, embora o prazo para isso isso seja dia 22 deste mês, até ter a certeza da real situação do plano de saúde dos empregados do BB.

Contestação de notícia

O Banco do Brasil prestou esclarecimentos à Comissão de Valores Mobiliários sobre as notícias veiculadas no Correio Braziliense em 26/10/2019 e 13/11/2019, sob os respectivos títulos “BB: privatização inevitável” e “BB está sendo preparado para ser vendido a estrangeiros”, tem a esclarecer o quanto segue.

O Banco estatal afirmou: “não há qualquer tratativa no âmbito da governança do BB referente à alienação de seu controle acionário, tampouco notificação sobre o assunto por parte de seu controlador, a União. Ressaltamos que as ilações constantes nas referidas notícias não são procedentes, tendo sido refutadas expressamente”.

O Banco do Brasil também destacou que não comenta rumores ou notícias “desestabilizadoras, ressalvados os casos que possam gerar solicitação de esclarecimentos por parte de órgãos legais ou que prejudiquem sua imagem ou seus negócios”.

Fonte: Correio Braziliense

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