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Dirigentes bancários no RS e MA cobram cumprimento de acordo do BB

Publicado em: 23/10/2019

Colegas que optaram por manter-se no lugar em que estão e que não querem saber de remoção começam a ser tratados como “excesso” pelo Banco do Brasil no Rio Grande do Sul. Sem cumprir acordos nas mesas de negociação permanentes o Banco do Brasil impõe transferências compulsórias para bancários que ficam longe de seus atuais de trabalho e alteram a vida das pessoas para muito pior.

Andar mais de 30 quilômetros para trabalhar. Enfrentar engarrafamentos. E aqueles que não quiseram aderir ao PAQ, estão sendo perseguidos por descomissionamentos e ameaças. É o caso de cerca de 50 bancários no Estado. Foi por causa desses colegas que dirigentes sindicais se encontraram com a gestora da Gepes Porto Alegre, Nádia Brugnara Soares, na quinta-feira, 17 de outubro.

Participaram da reunião representantes dos sindicatos do Paranhana, Guaporé, Rio Grande, Frederico Westphalen, da Fetrafi/RS e do SindBancários de Porto Alegre. Foi solicitada atenção especial aos casos de colegas que não aderiram à remoção.

Os representantes dos trabalhadores relataram casos de falta de vagas na própria cidade em que o bancário atua. “Não há vagas nem mesmo em cidades limítrofes, causando sérias complicações para os funcionários, com respeito à organização de suas vidas familiares e financeira”, explicou a diretora do SindBancários e funcionária do BB, Bianca Garbelini.

Durante a reunião, os dirigentes obtiveram alguns compromissos. “Tiramos da reunião o compromisso da Gepes de acompanhar os casos apresentados. Os Sindicatos do Interior, a Federação e o SindBancários estão acompanhando. Também tivemos a garantia de que haverá novas reuniões para tratar dos bancários ainda sob risco de remoção compulsória”, acrescentou a diretora da Fetrafi-RS, Priscila Aguirres.

Os dirigentes sindicais alertam os funcionários do Banco do Brasil a procurar seus sindicatos no Interior e na Capital, além da Federação, com suas demandas e preocupações. Os casos relatados serão levados a Gepes e acompanhados.

Descumprimento de acordo

Vale lembrar que o BB descumpre acordo estabelecido em mesa de negociação. O PAQ previa remoções, conforme representantes da direção do Banco do Brasil nas mesas de negociação permanente, para localidades distantes até 30 quilômetros do local de origem, a municípios limítrofes ou para a Região Metropolitana.

Outra promessa era transferência para locais em que houvesse linhas diretas de transporte coletivo intermunicipal. Os trabalhadores também seriam consultados, e os casos de transferências que apresentassem dificuldades para o trabalhador seriam tratados pontualmente. Nada disso vem acontecendo como combinado.

Cobrança também no Maranhão

O Sindicato dos Bancários no Maranhão (SEEB-MA) também cobra o fim das transferências forçadas que estão sendo realizadas pelo Banco do Brasil, no interior do Maranhão. Para o diretor do SEEB-MA e bancário do BB, Dielson Rodrigues, essa prática abusiva tem provocado graves prejuízos para a vida e para a carreira dos funcionários. Questionado pelo SEEB-MA, o BB diz que o objetivo das transferências é preencher vagas em aberto em unidades de difícil acesso mediante incentivo financeiro.

No entanto, por diversas vezes, o Sindicato já afirmou que essa medida não resolverá o problema da falta de funcionários, que foi agravado nos últimos anos pelos planos de demissão voluntária e aposentadorias. “A única forma de resolver esse déficit é a realização de novos concursos públicos e a contratação de mais bancários” – afirmou Dielson.

O diretor criticou, ainda, o fato dos funcionários serem transferidos de agências que possuem poucos bancários para outras que possuem quase nenhum. “No fim das contas, ambas as agências ficam com o quadro escasso, sobrecarregando os bancários e precarizando o atendimento à população” – explicou.

Fonte: SindBancários com Sindicato dos Bancários do Maranhão

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