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Expectativa do Banco do Brasil para 2022 é crescer carteira em linha com mercado

Publicado em: 11/11/2021

O vice-presidente financeiro do Banco do Brasil, José Forni, disse em coletiva de imprensa que a expectativa para 2022 é crescer a carteira de crédito em linha com a média do mercado, o que significa um dígito alto. Segundo ele, o banco espera um crescimento forte do varejo e de micro e pequenas empresas (MPE), que devem ter expansão acima da média da carteira. Grandes empresas devem continuar crescendo menos, como foi visto ao longo deste ano, que foi afetado por liquidações antecipadas e um maior acesso aos mercados de capitais.

Segundo Forni, a inadimplência em 2022 deve acompanhar o crescimento da carteira e se normalizar, à medida que acaba o efeito da pandemia, que diminuiu o índice de atrasos. Ele afirma que o desempenho em 2019 é um bom guia para o comportamento das provisões em 2022. O executivo apontou que a inadimplência de pessoa física já está crescendo, enquanto há redução em pessoa jurídica e agronegócios, e que essas tendências devem se manter no próximo ano.

“Devemos ter moderada elevação da inadimplência em 2022, com consumo do índice de cobertura”, disse a vice-presidente de Riscos, Ana Paula Teixeira. Ainda assim, ela ressalta que a ainda inadimplência deve se manter em patamares abaixo da média do mercado. “A expansão da carteira tem sido feita com muita responsabilidade.”

Margem financeira

Forni ainda afirmou que a margem financeira bruta deve crescer em linha com a carteira de crédito em 2022. Ele apontou que o banco vem crescendo a carteira em linhas com maior retorno, e que o movimento de recomposição de taxas – acompanhando a alta da Selic – começou a ganhar força mais para o fim do terceiro trimestre. “Vemos isso contribuindo olhando para frente, o quarto trimestre já pega isso, especialmente em PF e agro”, explicou.

Ele admitiu que o cenário macroeconômico piorou na margem, mas reforçou que o BB esperar ter um bom crescimento de carteira em 2022, de um dígito alto. “Mas não será tão robusto como este ano”.

Daniel Maria, gerente geral de relações com investidores do BB, apontou que apesar do crescimento em linhas de maior retorno, há um descasamento entre a alta do custo de funding e o repasse disso para os clientes – reforçado até mesmo pelo ambiente competitivo – e que a expectativa é que, mesmo com essa mudança de mix, os spreads globais fiquem basicamente estáveis. Sobre o funding, ele lembrou que a remuneração da poupança acompanha a Selic só até certo ponto. Quando a taxa básica passa de 8,5%, a poupança atinge um teto e passa a render 0,5% ao mês. “Com esse custo da poupança travado, a gente começa a recompor margem”.

Maria também afirmou que o BB espera acabar o ano na ponta baixa do guidance de PDD, que vai de R$ 13 bilhões a R$ 15 bilhões. E para 2022 deve haver uma normalização, até em função da mudança do mix da carteira, e as provisões ficariam mais parecidas com o que ocorreu em 2019.

Fonte: Valor Investe

 

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