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Funcionários do grupo de risco do Banco do Brasil começam a voltar ao trabalho presencial

Publicado em: 26/11/2021

O Banco do Brasil determinou nesta quarta-feira a volta das atividades presenciais para os empregados que fazem parte do chamado grupo de risco para a Covid-19. A direção da instituição comunicou ainda que apenas as gestantes poderão continuar com o trabalho remoto.

De acordo com o aviso, a volta será de forma gradativa entre os meses de novembro e dezembro. Um grupo de 50% dos bancários deve voltar ao trabalho presencial ainda neste mês. Na primeira quinzena de dezembro este percentual chegará a 75% dos funcionários do grupo de risco e, na segunda metade do próximo mês, chegará a 100% destes servidores atuando de forma presencial.

A instituição bancária ainda cobrou dos funcionários o esquema vacinal completo, isto é, a comprovação que os bancários receberam as duas doses da vacina ou o imunizante que necessita apenas da dose única para a obtenção da proteção contra a doença.

A coordenação do Comando Nacional dos Bancários e a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) protestaram ao vice-presidente corporativo e ao diretor de pessoas do BB contra a volta do retorno presencial dos funcionários, e alertaram que deve continuar sendo cumprido o Acordo Coletivo de Trabalho Emergencial, que proíbe descomissionamentos por produtividade na pandemia.

“O movimento sindical é contra o retorno presencial desta forma e neste momento, quando ainda pairam incertezas sobre uma eventual nova onda de contaminações, a exemplo do que vem ocorrendo na Europa, e diante da orientação do Ministério da Saúde indicando a necessidade da dose de reforço da vacina contra o coronavírus”, diz João Fukunaga, coordenador da CEBB e diretor executivo do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região.

A Contraf-CUT entrou em contato com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). De acordo com a instituição, as pessoas do grupo de risco só devem voltar ao trabalho presencial mediante orientação do médico assistente. Os representantes dos bancários cobraram da direção do banco respeito a esta orientação.

Descomissionamentos por produtividade não serão aceitos

A cobrança do retorno ao trabalho presencial para os funcionários do grupo de risco dá a entender que a direção do banco considera a pandemia terminada – apesar de centenas de pessoas ainda morrerem de covid-19 todos os dias no país, e da possibilidade de uma nova onda mundial de contaminações.

Essa impressão acendeu o sinal de alerta no movimento sindical para a possibilidade de o banco começar a fazer descomissionamentos por desempenho, descumprindo o Acordo Coletivo de Trabalho Emergencial.

Negociado entre os representantes dos trabalhadores e a direção do BB, e aprovado pelos funcionários em assembleia, em março de 2020, o Acordo Coletivo de Trabalho Emergencial (Pandemia Covid-19) prevê que não haverá descomissionamentos por desempenho enquanto durar a pandemia; prevê ainda anistia de 10% do saldo total de horas negativas a compensar e prazo de compensação de horas negativas de 18 meses.

O acordo garantiu que nenhum bancário tenha perdido a função por desempenho ao longo de quase dois anos desde o início da pandemia. “Nós não vamos aceitar eventuais descomissionamentos por desempenho na esteira desta mudança feita sem negociação e que representa um verdadeiro ataque à saúde e aos direitos dos trabalhadores, e vamos acionar o judiciário em caso de descumprimento do acordo”, argumenta Fukunaga.

Fonte: Jornal Extra com Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

 

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