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Gaeco prende três advogados em Loanda suspeitos de estelionato; BB era o principal alvo

Publicado em: 08/02/2018

Três advogados foram presos preventivamente em uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrada em Loanda, na região noroeste do Paraná, nesta quinta-feira (8).

Eles são suspeitos de estelionato, associação criminosa, falsidade ideológica e apropriação indébita.

Além do cumprimento de três mandados de prisão preventiva, o Gaeco também cumpriu sete mandados de busca e apreensão nas casas e escritórios dos investigados.

O promotor do Gaeco Fernando Cubas César explicou que os profissionais investigados entravam com ações contra bancos, principalmente contra o Banco do Brasil, para reaver diferenças financeiras decorrentes de reformas econômicas, e não repassavam os valores às vítimas. Essas diferenças são conhecidas como expurgos inflacionários.

“Os advogados procuravam as vítimas, recolhiam procurações e entravam com ações contra o Banco do Brasil como representantes dessas pessoas. Quando saia ação, venciam o processo, os investigados não repassavam o dinheiro às vítimas ou passavam valores bem abaixo do detalhado na sentença”, explicou o promotor.

Em um caso apurado pelo Gaeco, os profissionais investigados ficaram com R$ 945 mil de uma ação e não repassaram nada a vítima.

Até agora, a promotoria conseguiu apurar que o golpe foi aplicado em 29 pessoas e o prejuízo chegou a R$ 5 milhões.

“Ainda não sabemos como eles tinham acesso aos dados das vítimas. São pessoas de pouca escolaridade, com pouca instrução, que foram enganadas por esses advogados”, detalhou.

As investigações começaram em agosto de 2017. O banco desconfiou do número de processos desse tipo originados da comarca de Santa Isabel do Ivaí, no noroeste, e acionou o Gaeco.

“Os processos continham documentos ideologicamente falsos. Eles informavam endereços de Santa Isabel do Ivaí, mas as vítimas nunca moraram na cidade, por exemplo. A quantidade de ações do mesmo tipo em uma única comarca chamou atenção”, pontuou Fernando César.

Os profissionais presos serão levados para as delegacias de Maringá e de Paranavaí.

Fonte: Portal G1

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