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Incriminado por publicitário, ex-presidente do BB se cala diante de Moro

Publicado em: 30/11/2017

O ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine ficou em silêncio em seu interrogatório como réu diante do juiz federal Sergio Moro, nesta quarta-feira. O silêncio de Bendine foi orientado por seu advogado, Alberto Zacharias Toron, depois do depoimento do publicitário pernambucano André Gustavo Vieira da Silva, que alterou a versão dada à Polícia Federal ao longo da investigação e admitiu que intermediou o pagamento de 3 milhões de reais em propina da Odebrecht ao ex-presidente das estatais.

“Eu estava ansioso, depois desse pesadelo de quase sete meses, ter a oportunidade de pela primeira vez me manifestar, entretanto estou percebendo que estou sendo vítima de um grande complô, uma série de mentiras de pessoas que criam mentiras para comprar a liberdade”, justificou Aldemir Bendine a Sergio Moro. Alvo da 42ª fase da Operação Lava Jato, ele está preso desde julho, assim como Vieira da Silva.

O publicitário foi o primeiro a ser ouvido por Moro na sessão de hoje. Ele confirmou os depoimentos do empreiteiro Marcelo Odebrecht e do ex-executivo da Odebrecht Ambiental Fernando Reis, ambos delatores, segundo os quais Bendine pediu 17 milhões de reais em propina, valor equivalente a 1% de um contrato de 1,7 bilhão de reais para rolagem de uma dívida da Odebrecht Agroindustrial com o Banco do Brasil, alinhavado durante sua gestão.

Segundo André Gustavo Vieira da Silva, a empreiteira concordou em fazer o pagamento depois de uma reunião entre ele, Aldemir Bendine, Reis e Odebrecht na casa do publicitário, em Brasília, em maio de 2015. Antes do encontro, Vieira da Silva orientou Bendine a mencionar um assunto que sinalizaria aos executivos da empreiteira que o pedido de propina partia, de fato, dele.

O empresário relatou a Moro que então combinou com Fernando Reis, inicialmente, que fossem pagos 3 milhões de reais, divididos em três parcelas de 1 milhão de reais, entre junho e julho de 2015. O dinheiro teria sido coletado das mãos de um funcionário do setor de propinas da empreiteira por um taxista de sua confiança, Marcelo Casemiro, mediante a apresentação das senhas “oceano”, “lagoa” e “rio”. O valor foi levado a um flat na Vila Mariana, Zona Sul de São Paulo, alugado por Antônio Carlos Vieira da Silva, irmão de André Gustavo.

Fonte: Veja

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