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Mudanças em diretorias do Bando do Brasil fortalecem o presidente Caffarelli

Publicado em: 06/01/2017

Com uma série de mudanças anunciadas no apagar das luzes de 2016, o presidente do Banco do Brasil (BB), Paulo Caffarelli, conseguiu emplacar nomes da confiança dele para a maioria dos cargos de primeiro escalão. A “dança das cadeiras” envolveu o banco e empresas controladas, como a BB Seguridade, holding que reúne as participações em seguros, e a Alelo, de cartões-benefício.

A manutenção do perfil majoritariamente técnico para as vice-presidências foi considerada uma vitória de Caffarelli, em meio às pressões que o governo sofre para a aprovação das reformas no Congresso. Os nomes passaram pelo aval do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Dos cinco nomes anunciados na noite de sexta-feira, apenas o de José Eduardo Pereira Filho, que ocupará a vice-presidência de governo, não possui currículo ligado ao BB. A indicação dele é atribuída ao deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), de quem foi secretário-chefe de gabinete na época em que este ocupou a prefeitura de Teresina. Pereira é filiado ao Democratas do Piauí desde 1994, de acordo com o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Embora também venha de fora, o novo vice-presidente de gestão financeira e relações com investidores é figura conhecida do banco. Alberto Monteiro de Queiroz Netto fez carreira no BB até 2009 e estava na Graal Participações, holding da família Gradin, quando foi convidado para voltar ao banco.

Caffarelli também trouxe de volta Marcelo Labuto, que desde 2013 comandava a BB Seguridade. Ele ocupará a vice-presidência de negócios de varejo na vaga de Raul Moreira, que deve ser anunciado nos próximos dias como presidente da Alelo, empresa de cartões-benefício que o banco controla ao lado do Bradesco.

Já o lugar de Labuto na empresa que reúne as participações do banco em seguros será ocupado por José Maurício Pereira Coelho, que era vice-presidente de relações com investidores do BB. Outro nome apontado como próximo de Caffarelli que passa a ocupar uma posição-chave no Banco do Brasil é Márcio Hamilton Ferreira. Ele comandava a BB DTVM, área de gestão de fundos de investimento do banco, e agora passa a ocupar o cargo de vice-presidente de controles internos e gestão de riscos.

Ferreira lidará diretamente com os delicados processos de renegociação de dívidas de grandes empresas, como o da construtora Odebrecht. Essa função ficava a cargo de Walter Malieni Júnior, que agora passa para a vice-presidência de distribuição de varejo e gestão de pessoas.

Malieni terá outra missão dura pela frente: manter os indicadores de qualidade de atendimento no momento em que o banco promove uma grande reestruturação, com o fechamento e a transformação de agências em postos de atendimento. Paulo Ricci, que ocupava a vaga, vai para a presidência da BB DTVM.

Em comunicado interno a funcionários, o presidente do BB disse que a experiência dos executivos no conselho diretor será importante para aumentar a sinergia com as demais empresas do grupo. As mudanças na cúpula do BB começaram em novembro, com a indicação de Carlos Hamilton Araújo, ligado a Meirelles, para a vice-presidência de serviços, infraestrutura e operações. Para a área de agronegócios e micro e pequenas empresas, foi indicado Tarcísio Hübner.

Apenas duas das nove vice-presidências do BB não sofreram mudanças: tecnologia, liderada por Geraldo Dezena, e atacado, comandada por Antônio Maurano. Ambos são funcionários de carreira e com perfil técnico, mas Dezena é visto como um quadro mais ligado à antiga gestão petista.

Fonte: Valor Econômico

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