Há cerca de um ano, críticas à administração do Banco do Brasil eram recorrentes na boca do presidente Jair Bolsonaro. Em março do ano passado, quando o então presidente do BB André Brandão se demitiu após menos de sete meses no cargo sob forte pressão de Bolsonaro, assumiu o comando do banco estatal Fausto Ribeiro.
Desde então, o funcionário de carreira de 53 anos, 33 deles dedicados ao BB, conduz uma discreta mudança de rota: pacificou a crise interna, estreitou laços com o Planalto, militares e parlamentares e retomou o foco no agronegócio.
As críticas de Bolsonaro cessaram e o BB até saiu da lista de “privatizáveis” do governo. Ribeiro conquistou militares, que o indicaram para o cargo, e até a primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Ele também tem sido elogiado pela bancada ruralista e por produtores rurais, cujas propriedades visita no interior do país. E conseguiu pacificar internamente o banco com um estilo discreto e negociador.
Mas como Ribeiro conseguiu virar o jogo à frente do BB em tão pouco tempo? Vema como o presidente do BB atua nos bastidores do governo Bolsonaro.