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Reestruturação do BB gera superlotação nas agências e revolta da população em RO

Publicado em: 08/03/2018

Um verdadeiro caos. É assim que está sendo classificada a rotina dentro das agências do Banco do Brasil em Rondônia, principalmente na capital, em que se vê, diariamente, superlotação, um atendimento totalmente precário e um clima de revolta dos clientes e usuários que chegam a passar até três horas esperando para ser atendidos.

E de acordo com as informações e denúncias passadas ao Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), essa situação de penúria e desespero nas agências se deve ao mero capricho da direção do banco, que quer priorizar o atendimento aos chamados ‘grandes’ clientes e realocou inúmeros funcionários de cada uma das agências para o prédio da avenida Farqhuar, onde funcionam as novas unidades do banco e a própria Superintendência em Rondônia.

Só para se ter um exemplo, na última sexta-feira 3/2, a agência Centro – a maior do Estado – que antes tinha 52 funcionários, estava atendendo ao público com apenas sete funcionários, enquanto que a agência da avenida Nações Unidas fazia o atendimento com apenas três funcionários. O resultado disso? Superlotação, demora no atendimento e a revolta dos clientes e usuários, que não se conformam em ter que esperar horas por atendimento, muitas vezes apenas para trocar um cheque.

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“Esse novo formato de atendimento que está sendo implantado pelo banco no Estado favorece somente aos clientes de alta renda, quem tem mais poder aquisitivo e é isso que interessa ao banco: o lucro, o dinheiro a qualquer custo. Enquanto isso o cliente, o usuário e a população em geral ficam totalmente desprezados, abandonados pelo maior banco público do país e que, recentemente, divulgou lucro de R$ 11,1 bilhões em 2017, valor quase 55% maior em relação ao ano anterior. Ou seja, quanto mais lucra, mais o BB continua indo na direção contrária do seu papel social, que é se aproximar da população e lhe oferecer um atendimento ágil e de qualidade, o que não acontece nem de longe”, avalia José Pinheiro, presidente do Sindicato.

O dirigente diz ainda que essa situação será levada a conhecimento do Ministério Público do Trabalho (MPT), que deve apurar de perto essa iniciativa do BB que, além de ampliar o caos no atendimento ao povo, promove a sobrecarga de trabalho para os funcionários que ficam nessas agências superlotadas e que acabam recebendo toda a revolta dos clientes e usuários.

“E sabemos que esse tipo de pressão no ambiente de trabalho apenas contribui para o adoecimento do trabalhador, que terá que se redobrar para atender uma demanda diária ainda mais extenuante e ainda ter que ouvir as reclamações e até ataques da população em geral, revoltada com esse completo descaso, e em todas agências da capital os funcionários chegam a sofrer agressões verbais, como se a culpa pelo péssimo atendimento fosse deles, e não do banco, como vem acontecendo, por exemplo, na avenida Nações Unidas. E não vamos admitir nenhuma situação que possa colocar em risco a saúde e a integridade física e moral do trabalhador”, conclui Pinheiro.

Fonte: Portal Rondônia

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