No dia 1º de agosto, as ações do Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) despencaram mais de 6% em apenas meia hora. E quando um papel com esse nível de robustez sofre uma queda tão pontual e expressiva, vale acender o alerta.
Movimentos assim, especialmente em ativos resilientes, geralmente indicam duas coisas: ou alguém se antecipou a uma informação relevante – e a CVM até já pediu esclarecimentos – ou o mercado está sensível demais a qualquer sinal envolvendo o nome da companhia. E aqui, a meu ver, as duas coisas estão acontecendo ao mesmo tempo.
Começando pelo lucro: o banco reportou R$ 500 milhões em maio. Parece muito? Em abril foram R$ 1,7 bilhão. Em maio do ano passado, R$ 3,4 bilhões. Ou seja, o lucro evaporou 70% de um mês para o outro, e mais de 85% em 12 meses. E esse dado, sozinho, já justificaria desconforto. Mas não foi só isso.
No mesmo dia 1º, veio a bomba: o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi incluído na lista de sanções da Lei Magnitsky dos EUA, e declarou que simplesmente vai ignorar. Isso levanta uma possibilidade muito mais delicada: e se o Banco do Brasil for usado, institucionalmente, para proteger interesses políticos? O risco é real. E o estrangeiro entendeu rápido. Quem vendeu forte não foram as corretoras locais, mas o JP Morgan.
O comunicado da empresa descartou uso de informação privilegiada e avisou que o banco entra agora em período de silêncio até o resultado do 2T25, que será divulgado dia 14/08, depois do fechamento de mercado. Ou seja: dez dias de total imprevisibilidade, com o mercado nervoso e a imprensa especulando. Para quem está dentro, é hora de respirar fundo. Para quem está de fora, é hora de observar – com lupa.
BBAS3 segue com fundamentos? Sim. PVPA abaixo de 0,6, dividendos ainda atrativos, empresa bicentenária. Mas o risco aumentou, e é por isso que o desconto atual não pode ser lido com olhos ingênuos.
Se você acredita que o Banco do Brasil segue sólido apesar da turbulência, talvez seja hora de montar posição. Aos poucos. Sem concentrar. Com método. Com preço médio. Não com pressa. Não com ganância.
Porque a verdade é uma só: quem compra agora, compra com risco. E risco (ainda mais nesse nível) não combina com amadorismo.
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