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Na COP 30, BB se torna o primeiro grande banco a lançar mesa de créditos de carbono

Publicado em: 27/11/2025

O Banco do Brasil anunciou durante a COP 30 o lançamento de sua mesa de comercialização de créditos de carbono. Com a iniciativa, a instituição se tornou o primeiro grande banco brasileiro a permitir que empresas com metas de emissão adquiram créditos de carbono de projetos que preservam florestas ou utilizam energia limpa.

Atualmente, o Banco do Brasil já conta com mais de 30 projetos em desenvolvimento, com capacidade de gerar até 3 milhões de créditos de carbono por ano. Na prática, isso representa o impulso a um mercado de economia verde com potencial bilionário, a monetização da floresta em pé e a viabilização financeira da transição para uma economia de baixo carbono — transformando compromissos ambientais em ativos econômicos reais.

De acordo com José Ricardo Sasseron, vice-presidente de Negócios de Governo e Sustentabilidade Empresarial do Banco do Brasil, “a mesa de carbono vai facilitar a negociação de créditos para compensação. Nossa vantagem é atuar de ponta a ponta: participamos da originação de projetos de alta integridade, como os de preservação que geram créditos, e conectamos essa oferta diretamente à demanda de nossos clientes, garantindo segurança e eficiência no processo.”

Com a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões (SBCE), o lançamento se apresentou como uma resposta do setor financeiro à nova legislação climática brasileira, que estabelece um mercado regulado. A expectativa é que mais de 5 mil grupos econômicos precisem gerenciar seus inventários de emissões. A iniciativa do BB nasce para atender a essa demanda, não apenas negociando créditos, mas também originando novos projetos de descarbonização.

Uma atuação cuja maturidade é decisiva, como pontua Francisco Augusto Lassalvia, vice-presidente de Negócios de Atacado. “Nossa atuação com a mesa de carbono é análoga ao que já fazemos. De um lado, temos desde o pequeno produtor rural, que possui uma área de preservação mas não tem escala para acessar este mercado sozinho, até grandes projetos. Do outro, a grande corporação que precisa compensar suas emissões. Nossa missão é ser essa ponte. Vamos originar, intermediar e monetizar esses ativos, unindo quem gera o crédito a quem precisa dele, com a segurança e a capilaridade que o Banco do Brasil oferece.”

A plataforma lançada será alimentada por um portfólio de iniciativas de conservação do próprio banco, que já contribuiu para a preservação de 850 mil hectares de floresta nativa e mantém a meta ambiciosa de alcançar 2 milhões de hectares até 2030, além de recuperar 1,5 milhão de hectares de áreas degradadas.

O modelo de negócios da mesa de carbono atuará em três frentes estratégicas:

  • Originação de projetos: estruturação de iniciativas sustentáveis com clientes de todos os portes.
  • Comercialização de créditos: intermediação e monetização de ativos ambientais no mercado.
  • Assessoria para descarbonização: apoio técnico a empresas em sua jornada de transição ecológica.

A comercialização de créditos de carbono é vista como uma ferramenta essencial para reduzir emissões, atrair investimentos em tecnologias limpas e ajudar o Brasil a cumprir suas metas climáticas, fortalecendo a economia local e gerando novos empregos verdes.

Fonte: Banco do Brasil