As ações do Banco do Brasil negociadas na Bolsa de Valores (B3) registravam uma forte queda no pregão desta quarta-feira (15 de outubro), ampliando as perdas da sessão anterior.
Segundo analistas do mercado, o tombo nos papéis do Banco do Brasil se deve às declarações do presidente dos Correios, Emmanuel Rondon, que disse que a estatal negocia um eventual empréstimo de R$ 20 bilhões com um grupo de instituições financeiras – o BB faria parte do consórcio.
A medida, que contaria com uma garantia do Tesouro Nacional, estaria sendo estudada pelo governo federal para reforçar o caixa dos Correios em 2025 e 2026.
Por volta das 15h05 (pelo horário de Brasília), as ações do Banco do Brasil recuavam 1,55%, cotadas a R$ 20,38.
Mais cedo, os papéis da instituição financeira chegaram a valer R$ 20,29, na mínima do pregão até aqui. No mesmo horário, o Ibovespa, principal índice da B3, subia 0,51%, aos 142,4 mil pontos.
Com prejuízo de R$ 4,37 bilhões no primeiro semestre de 2025, os Correios preparam plano de emergência para sanear as contas da estatal.
Em sua fala, o presidente dos Correios não apresentou os detalhes sobre o eventual empréstimo do consórcio de bancos com aval do Tesouro. Segundo Rondon, a operação ainda precisa do aval do Conselho de Administração da empresa.
O presidente dos Correios disse ainda que a proposta foi analisada nesta quarta-feira e o conselho tem até o dia 24 de outubro para aprová-la ou não.
Além da influência das declarações do chefe dos Correios, as ações do Banco do Brasil estão mais sensíveis por causa de prévias consideradas negativas do balanço financeiro da instituição, que será divulgado no dia 12 de novembro.