Nas últimas semanas o temor tomou conta dos bancários que trabalham nas agências do Banco do Brasil da Praça Felix Pacheco, no Centro de Picos, e São Benedito, no bairro Cata-vento.
O motivo do alarme é o Programa de Adequação de Quadros (PAQ), que tem por objetivo transferir funcionários de agências onde na avaliação do banco existe um excedente no número de funcionários, em especial de escriturários.
De acordo com o Diretor Regional do Sindicato dos Bancários, Antônio Libório, a medida deve atingir pelo menos 14 bancários das duas agências do Banco do Brasil no município picoense.
O sindicalista frisou que caso as transferências sejam confirmadas os funcionários deverão ser deslocados para Estados do Norte do país.
“Vamos ter mais vagas em outros Estados como Maranhão, Pará, Amazonas e você sair hoje com sua família, já estruturado aqui, com o salário que um escriturário recebe aqui, em torno de R$ 2 ou R$ 3 mil reais, você ser deslocado para outro Estado dificilmente você vai conseguir sobrevier”, lamentou em entrevista a TV Picos.
Antônio Libório destacou que embora o Banco do Brasil alegue que todas as agências no Estado do Piauí tenham excedentes de funcionários, na prática o que se vê não é isso.
“A realidade não é essa, as agências estão tudo lotadas e a gente sem puder atender bem a população porque fica difícil pelo quadro de funcionários que nós temos”, explicou.
Para o sindicalista, caso as 14 transferências sejam mesmo efetuadas haverá uma piora tanto para os funcionários como para a própria população que procura atendimento das agências do BB em Picos.
“Eu estive em São Paulo, na semana passada, no nosso 21º Encontro onde nós discutimos como podemos fazer para reverter ou pelo menos amenizar o sofrimento não só dos bancários, mas toda a população, a gente já está com esse problema nas Agências de Jaicós, Santa Cruz, Francisco Santos, que são agências sem numerário onde as pessoas de lá tem de se deslocar para Picos para resolver alguma coisa e a gente pede até a população, aos políticos, que se movimentem, faça alguma coisa também e se juntem a nós para a gente poder fazer a defesa dos bancos e das empresas públicas”, pontuou Libório.
Caso não aceitem a proposta do Banco do Brasil os funcionários poderão ser demitidos.