O Bradesco (BBDC4) e o Banco do Brasil (BBAS3) confirmaram a celebração de um instrumento para equalizar um terço das participações societárias dos acionistas da bandeira de cartões Elo — que também conta com a participação da Caixa Econômica Federal. O objetivo é redefinir a distribuição de dividendos, de acordo com a contribuição proporcional de cada acionista à companhia.
Ambos os bancos entendem que as informações divulgadas não se caracterizam como fato relevante, uma vez que não houve alteração material em suas participações na Elo.
Na visão deles, a equalização societária não tem impacto substancial na decisão dos investidores quanto à negociação dos valores mobiliários do Bradesco e do BB, tampouco influencia nas cotações ou nos direitos dos acionistas.
A formalização dos documentos definitivos da operação está sujeita à aprovação do Banco Central do Brasil e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), permanecendo à disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais.
Segundo fontes ouvidas pelo Estadão, o movimento é relevante por estabilizar a base acionária da Elo — fator que, entre outros benefícios, contribuiria para um eventual IPO. Embora a oferta pública inicial tenha sido cogitada em 2021 e nunca tenha sido descartada, a avaliação é que ela não deve ocorrer no curto prazo.