O Banco de Brasil vem há tempos investindo em fazendas solares, que agrega eficiência ao negócio, para abastecer as agências da rede. O resultado tem sido tão positivo que a instituição quer agora atingir um nível de suprimento de energia 90% renovável até 2024. O objetivo será alcançado por meio de geração distribuída remota, com 22%, e pelo mercado livre, com 68%.
De acordo com Mauro Ribeiro Neto, vice-presidente Corporativo da instituição, trata-se de um compromisso do banco com a eficiência e com a sustentabilidade dos seus negócios. “É uma meta desafiadora, mas plenamente factível de ser cumprida até 2024″, afirmou.
Atualmente, 10% da eletricidade consumida pelo banco já é solar. Outros 20% são adquiridos no mercado livre, a partir de fontes renováveis – a energia vem da comercializadora da EDP, selecionada por meio de licitação.
Até o momento, sete fazendas solares foram contratadas no Distrito Federal, Goiás, Pará, Bahia e Ceará, além de duas em Minas Gerais. Outras três devem ser licitadas em breve em São Paulo, Paraná e Santa Catarina. O investimento também deve gerar ao BB uma economia de quase R$ 200 milhões em gastos com energia até 2025.
O modelo de fazendas solares é o de geração distribuída remota, em que pequenas usinas de até 5 megawatts (MW) produzem energia a clientes distantes desses locais. A eletricidade injetada na rede gera créditos que são usados pelos edifícios do BB.
Em paralelo, o banco atua para reduzir o consumo de energia, com substituição de lâmpadas, modernização de equipamentos e um projeto de inteligência artificial e automação de aparelhos de ar condicionado. “Sensores instalados nos edifícios que otimizam o consumo e mantêm a refrigeração já reduziram os gastos em 30%”, comentou o diretor de Suprimentos, Infraestrutura e Patrimônio do BB, Ricardo Forni. “Nosso projeto de ecoeficiência energética está prospectando continuamente soluções de mercado que viabilizem ações concretas que se traduzam em eficiência e sustentabilidade”, afirmou.
O Banco do Brasil tornou-se a primeira instituição administração pública do país a ter a própria usina de energia solar com o objetivo de abastecer as próprias agências. Com capacidade de geração de 14 gigawatts-hora (GWh), inaugurou a usina de energia solar de Porteirinha, no norte de Minas Gerais em março deste ano.
Licitada pelo banco e construída pela empresa de energia EDP, a usina vai garantir o fornecimento de energia renovável para 100 agências no estado, permitindo à instituição economizar R$ 80 milhões em 12 anos. O local tem 19 mil painéis solares concentrados em 20 hectares, o suficiente para abastecer 5.833 residências com consumo médio anual de 2.400 kWh.
A energia produzida entra no sistema da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). A distribuidora usa essa energia em sua rede e devolve o serviço como crédito na conta de luz do Banco do Brasil. Segundo a instituição financeira, o empreendimento permitirá a redução de 58% na conta de energia das agências em Minas Gerais e diminuirá a emissão de dióxido de carbono em 1 mil toneladas por ano, o equivalente ao plantio de cerca de sete 7 mil árvores.