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Bancos disputam clientes para financiamento de imóvel com redução de taxas de juros

Publicado em: 17/08/2017

A alta do desemprego e queda na renda, causados pela crise econômica, derrubaram o volume de contratos fechados na compra de imóveis. Na disputa pelo trabalhador que sonha com a casa própria, os bancos começam a investir em facilidades. O Santander reduziu a taxa de juros do crédito habitacional para menos de 10% ao ano e terá um aplicativo para pedidos de empréstimos totalmente digitais. O Banco do Brasil também se prepara para lançar o aplicativo até o fim do ano, segundo fontes, há expectativa é de que outros bancos sigam o mesmo caminho. No entanto, especialistas alertam que é preciso cuidado na hora de fechar um empréstimo.

Simulações feitas pelo diretor executivo de Estudos e Pesquisas Econômicas da Associação Nacional dos Executivos de Finanças e Contabilidade (Anefac), Miguel José Ribeiro de Oliveira, mostram como as parcelas e, principalmente, o custo total de imóveis podem variar de acordo com as condições do financiamento (confira a tabela abaixo).

— Como os riscos para os bancos são baixos, há uma briga pelo cliente. Em um financiamento de longo prazo, qualquer diferença nos juros resultará em custo final bem mais alto — explica Miguel.

O risco é baixo porque, em caso de inadimplência, o banco retoma o imóvel do cliente e revende em um leilão.

— A lei de alienação fiduciária foi alterada no mês passado tornando a regra para retomada de imóveis mais rigorosa. Na prática, se o mutuário atrasa prestações, o imóvel pode ser retomado — alerta Lizia Jacintho, presidente da Associação de Mutuários.

Para o professor André Brown, da Escola de Negócios da faculdade Celso Lisboa, é importante obedecer o limite de comprometimento máximo de até 30% da renda com o pagamento das mensalidades.

— O banco faz esse cálculo com a renda bruta, mas recomendo utilizar o valor líquido, que aquilo que ele realmente recebe — observa Brown.

A operadora Cátia Martins, de 43 anos, financiou um imóvel, em 30 anos, e aplica 50% do salário atual.

— Estou conseguindo pagar em dia. Mas, em caso de uma eventualidade, tenho reservas financeiras para não ficar inadimplente — disse Cátia.

Confira alguns cuidados:

Cálculo

É importante utilizar os simuladores de crédito, disponibilizados pelos bancos, que permitem avaliar as taxas de juros e as condições para a concessão do crédito, como exigência de renda familiar.

Renegociação

Renegociar o financiamento com outro banco, por meio da portabilidade de crédito, por ser uma alternativa para tentar reduzir juros. O consumidor pode avaliar se alguma instituição oferece condições mais favoráveis e solicitar a migração da dívida para ele. Caso aceite, o novo credor se encarregará do processo junto ao banco “antigo”. A portabilidade não pode ser cobrada.

Histórico

Os Procons possuem histórico de reclamações de de bancos e construtoras.

Fonte: Jornal Extra

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