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Bancos públicos são essenciais para o crescimento do país

Publicado em: 04/12/2019

Os bancos públicos são instrumentos estrategicamente vitais para economia quando bem usados pelo governo com políticas de crédito, desenvolvimento e, consequentemente, criação de empregos e renda para os trabalhadores. “Os bancos públicos são fundamentais para o desenvolvimento igualitário do país, como determina a Constituição Federal e a legislação específica do sistema financeiro. São eles que concedem crédito para as regiões mais carentes. Os privados concentram sua atuação na região Sudeste”, e “têm como objetivo o lucro.”

A avaliação é da presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf/CUT), Juvandia Moreira, que participou do seminário nacional “O Brasil é nosso – Em defesa dos bancos públicos e da soberania nacional”, na sede do Sindicato dos Bancários do Distrito Federal. A proposta do seminário, realizado pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae) e a Contraf/CUT, foi discutir os impactos econômicos e sociais das privatizações dos bancos públicos e a violação da soberania nacional, um dos eixos definidos na 21ª Conferência Nacional dos Bancários, em agosto.

Segundo o presidente da Fenae, Jair Pedro Ferreira, o momento difícil vivido no país, marcado por retrocessos, exige uma postura de enfrentamento. Afirmou que o que o governo tem promovido é o fatiamento de empresas como a Caixa, com 158 anos de existência e que cumpre um papel relevante no desenvolvimento do Brasil. “Venderam a Loteria Instantânea, na semana passada, que repassava para programas sociais em torno de 37% do que arrecadava. Querem também retirar da Caixa a centralização do FGTS”, lembrou.

O ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Luciano Coutinho participou do evento e traçou um histórico sobre a importância dos bancos públicos como ferramentas imprescindíveis tanto para fomentar o crescimento do país como para executar políticas anticíclicas em momentos de crise, caso do tsunami mundial desencadeado a partir da quebra do banco norte-americano Lehman Brothers em setembro de 2008, paralisando o sistema de crédito internacional.

Coutinho explicou que enquanto os bancos privados se recolheram, as instituições públicas expandiram o crédito para investimento, o que transformou “uma recessão que seria longa e dolorosa em uma recessão que durou seis meses, e em meados de 2009 a economia brasileira voltava a crescer. Transformar a poupança interna em crédito é uma das bases da soberania nacional. Se não tem capacidade de poupança e crédito na sua moeda, o país tem que financiar o desenvolvimento com moeda estrangeira. A lição que fica é que o desenvolvimento de um país, especialmente em infraestrutura interna, requer financiamento em moeda nacional e em longo prazo.”

Coutinho afirmou que houve uma “guinada” em 2015, no segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff, “para uma politica econômica conservadora” que provocou “desaquecimento agudo da economia”, levando a um “grande retrocesso político, com impedimento presidencial sem causa e a adoção de política ultraliberal, com Temer, (que) se aprofunda no atual governo”.

A deputada federal e presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), também falou sobre a relação da soberania com bancos e empresas públicas. “Um país só é soberano se seu povo tem direitos e condições de vida. Para um país ser soberano, o Estado precisa ter força. E para isso precisa ter instrumentos.”

Fonte: Monitor Digital

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