O Banco do Brasil negocia uma possível joint venture (JV) com bancos estrangeiros para a criação de uma corretora de investimentos. De acordo com fontes ouvidas pela coluna do Broadcast, do jornal O Estado de S. Paulo, a instituição vem analisando as possibilidades de reforçar a área de mercado de capitais e também de separaro banco de investimentos do restante da operação. Entre os parceiros cotados, estão o suíço UBS e os americanos Citibank e Goldman Sachs. As negociações com o UBS foram reveladas no domingo (21) pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
A estatal nunca teve uma corretora de valores mobiliários – seus concorrentes Bradesco e Itaú Unibanco mantêm operações independentes das suas demais áreas de atuação. A parceria com um banco estrangeiro na área de investimentos ajudaria o BB a reforçar sua posição no setor. Além disso, com um sócio estrangeiro, a oferta de fundos internacionais pode ser ampliada.
Essa iniciativa esbarra, no entanto, em questões burocráticas, como a possibilidade de usar uma estrutura de cargos e salários diferente da adotada no BB, o que exigiria aval do Tribunal de Contas da União (TCU). A ideia da atual gestão do BB era fortificar a estrutura de mercado de capitais do banco até dezembro, já que o novo presidente da República irá nomear a alta cúpula de empresas estatais. No entanto, as fontes afirmaram que nenhum movimento será feito antes do novo governo assumir em janeiro. Procurado, o BB não comentou o assunto. UBS, Goldman e Citi também não se manifestaram.