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BB é o único banco que deve ver queda no lucro no 3º tri, avalia Bradesco BBI

Publicado em: 16/10/2025

Nas estimativas do Bradesco BBI todos os bancos devem apresentar aumento anual no lucro líquido no terceiro trimestre de 2025, exceto o Banco do Brasil (BBAS3). A casa prevê desempenho robusto da Nubank, estabilidade com viés positivo em Santander e Itaú, e pressão sobre Banco do Brasil pelos custos de risco mais elevados, enquanto o Inter deve crescer, mas abaixo das expectativas do mercado.

Em relatório, os analistas Marcelo Mizrahi e Eric Ito estimam para o Santander Brasil um lucro líquido de R$ 3,7 bilhões, alta de 1,1% na comparação trimestral e de 0,9% em relação ao igual período de 2024, em linha com o consenso. Os profissionais avaliam que o avanço do resultado de juros com clientes e a redução das provisões devem compensar o aumento de despesas operacionais e outras linhas, enquanto as receitas de tarifas devem seguir em terreno positivo. O BBI também projeta deterioração relevante no resultado de tesouraria, efeito da trajetória da Selic, mas vê taxa efetiva de imposto mais baixa, sustentando leve expansão do lucro.

Para o Itaú, os analistas estimam lucro líquido de R$ 11,8 bilhões, avanço de 2,4% trimestre contra trimestre e de 10,4% em 12 meses, cifra 0,9% inferior ao consenso. A instituição acredita em estabilidade do lucro antes de impostos, com contração tanto da margem financeira com clientes quanto do resultado de tesouraria. Provisões devem ficar praticamente estáveis. Receitas de tarifas e seguros tendem a ter bom desempenho, ainda que possam ser neutralizadas pelo aumento de despesas decorrente do acordo coletivo. A menor alíquota efetiva deve assegurar crescimento do resultado.

Para o Banco do Brasil, a projeção é de R$ 3,2 bilhões de lucro, queda de 14,9% na comparação trimestral e de 66,2% em base anual. O relatório indica que o ganho de 4,9% no topo da linha, sustentado por expansão da margem de juros e da carteira, será mais que compensado pelo avanço de 8% nas provisões. O BBI também prevê controle das despesas operacionais, mas menor contribuição da Previ e aumento de outras despesas, o que levaria à retração de 9,6% no lucro antes de impostos. Uma alíquota de imposto mais elevada acentuaria a compressão do resultado.

Para a Nubank, a equipe de análise espera lucro líquido de US$ 728 milhões, alta de 14,3% no trimestre e de 31,5% em um ano, 1,1% acima do consenso. A previsão parte de expansão da margem financeira, impulsionada pela queda do custo de funding no México e pelo aumento de ativos rentáveis. O BBI projeta aceleração de 8,5% na carteira de crédito, que faria o resultado de juros crescer 14,1%. As estimativas de provisões foram elevadas para refletir o ritmo de originação, e as despesas operacionais devem avançar 6,7%. Ainda assim, o lucro antes de impostos deve subir 14,2%.

No caso do Inter, a projeção é de lucro líquido de R$ 340 milhões, crescimento de 8,0% no trimestre e de 40,2% em doze meses, número 6,4% abaixo do consenso da Bloomberg. A corretora aponta aceleração da carteira – tanto no núcleo quanto no total – combinada a margens melhores. As restrições ao resultado são o aumento das provisões e das despesas operacionais, ainda que as receitas de tarifas devam mostrar solidez.

Fonte: E-Investidor