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BB está melhor preparado para se adequar a Basileia, diz Moody’s

Publicado em: 23/03/2017

São Paulo – Os esforços do Banco do Brasil para moderar o ritmo de crescimento e reduzir custos colocaram-no em melhor posição para cumprir com padrões de capital de Basileia que entrarão integralmente em vigor até 2019, afirmou a Moody’s em relatório nesta quarta-feira.

Estas melhorias refletiram-se na recente afirmação do rating Ba2 do banco estatal e na revisão da sua perspectiva para estável, de negativa, afirmou a agência.

Mas o BB terá que ser ainda mais conservador na concessão de empréstimos, além de controlar custos e procurar oportunidades para ampliar spreads de crédito e aumentar a receita de taxas, afirmou a Moody’s.

Os comentários vêm após o BB ter anunciado em novembro um amplo pacote de medidas destinado a reduzir custos, incluindo um plano de aposentadoria incentivada que envolveu cerca de 10 mil funcionários e o fechamento ou redução de cerca de 800 agências, na tentativa de elevar sua rentabilidade.

Para a Moody’s, os riscos de ativos continuarão a diminuir à medida que a economia brasileira começa a se recuperar, permitindo uma melhora da carteira do BB de grandes corporações e pequenas e médias empresas, que se enfraqueceu bastante.

“Mas graças à sua decisão de reduzir sua exposição a segmentos de mercado de alto risco no ano passado, as métricas de qualidade de ativos do banco estão mostrando sinais iniciais de melhora, com a formação de empréstimos inadimplentes caindo nos últimos dois trimestres”, disse a Moody’s no relatório.

As provisões para perdas com empréstimos, que subiram para 4,6 por cento da média dos empréstimos em 2016, ante 2,7 por cento dois anos antes, começarão a cair este ano como resultado das melhorias já mencionadas na qualidade dos ativos, disse a agência.

Para cumprir sua meta de capital, o banco terá que manter um ritmo disciplinado de crescimento. O objetivo do BB é manter seu índice de capital principal de nível 1 igual ou superior a 9,5 por cento, próximo do nível atual.

A Moody’s calcula que o banco terá que limitar o crescimento dos chamados ativos de risco a um ritmo anual de 7,1 por cento nos próximos três anos. Este cenário pressupõe que o lucro do siga em elevação nos próximos anos.

As ações do BB fecharam em alta de 3,38 por cento nesta quarta-feira, ante alta de 0,86 por cento do Ibovespa.

 

Fonte: EXAME

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