O vice-presidente de Controles Internos e Gestão de Riscos do Banco do Brasil, Márcio Hamilton Ferreira, disse nesta quarta-feira que a mudança de mix de linhas de crédito na instituição, com um foco maior para segmentos menos tradicionais e mais arriscados, tem sido feita “sem perder a metodologia de crédito” e, portanto, não deve ter tanto impacto em inadimplência e em provisões.
Desde o início da gestão de Paulo Caffarelli na presidência do Banco do Brasil, a instituição financeira tem focado em elevar o retorno sobre o patrimônio líquido para o mesmo patamar de seus pares no setor privado. Neste caminho, está oferecendo crédito em linhas menos tradicionais, como o crédito pessoal, que tem um risco mais elevado.
“Mudar o mix significa operar com linhas não tão tradicionais quanto operávamos, mas sem perder de vista a metodologia de crédito e a segurança para operar. Passaremos pelos mesmos critérios de crédito”, disse o executivo, durante reunião com analistas e investidores hoje em São Paulo.
De acordo com ele, o índice de inadimplência pode ter um reflexo pequeno dessa nova estratégia, bem como as provisões. “Se temos mais retorno, não há problema ter um pouco mais de provisão.”
Durante o ano de 2018, o Banco do Brasil focou em “limpar” a carteira de crédito, principalmente a de clientes na categoria micro e pequenas empresas, com faturamento anual até R$ 25 milhões. Para 2019, espera que essa carteira cresça em linha com o mercado.