O Banco Central (BC) lançou nesta quarta-feira (19) o sistema de pagamento eletrônico Pix, que permitirá transações como transferências e pagamentos, incluindo de contas, em até dez segundos. Os bancos e instituições financeiras com mais de 500 mil clientes deverão se adequar à tecnologia até 16 de novembro, quando o sistema começa a funcionar efetivamente.
Além da velocidade, o sistema permitirá que sejam realizadas transações financeiras 24h por dia, sete dias por semana, inclusive em feriados. Atualmente, transações do tipo DOC e TED têm restrições.
Como ocorre nas modalidades normais de transferência, as empresas terão liberdade de definir tarifas aos clientes, mas Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, disse que o Pix irá baratear os custos dessas operações e permitir a entrada de novos players no mercado.
A maior diferença do Pix para as outras plataformas de pagamento via nuvem, como e-wallets, é a integração, já que todos os agentes do mercado poderão fazer parte.
Como funciona
Transferências entre pessoas, pagamento de contas e boletos, recolhimento de impostos e de taxas de serviços (como emissão de passaportes, por exemplo), estão entre as operações possibilitadas pelo sistema instantâneo do BC.
A efetivação pode ser realizada via QR Code, uso de chave de endereçamento (senha) ou tecnologias de aproximação, por exemplo. O BC acredita que os aplicativos de bancos serão os principais meios de uso do Pix.
Um exemplo é o uso para transferência a partir de um ícone do Pix no app. A pessoa que vai transferir poderá inserir apenas o número de celular do destinatário do montante e o sistema carregará automaticamente os outros dados necessários (como número da conta bancária). Bastará, então, inserir o valor a ser transferido e efetuar a transação, que será realizada em até dez segundos.