O Broto, plataforma de agronegócio do Banco do Brasil, vem registrando números relevantes no setor de energia solar, especialmente com a utilização da calculadora on-line que permite ao produtor rural estimar rapidamente quanto pode economizar ao implementar energia solar na propriedade. O uso da ferramenta cresceu 142% só nos dois primeiros meses de 2025 em relação ao mesmo período do ano passado.
Além disso, desde a criação da plataforma, 61% dos negócios realizados pelos anunciantes da seção de energia solar do marketplace ocorreram apenas em 2024, comprovando o forte e crescente interesse dos produtores em adotar soluções mais sustentáveis e rentáveis.
As regiões Sudeste e Nordeste lideram, com folga, a geração de leads para empresas de energia solar que anunciam no marketplace do Broto. Juntas, essas duas regiões respondem por mais da metade da demanda registrada: o Sudeste concentra 30,7% dos leads, seguido de perto pelo Nordeste, com 25,5%. Na sequência, aparecem as regiões Sul (17,9%), Norte (14,7%) e Centro-Oeste (10,6%).
O ticket médio dos negócios originados pela seção de energia solar da plataforma e financiados pelo Banco do Brasil é de aproximadamente R$ 233 mil. Esse valor sinaliza que muitos dos projetos contratados são de maior porte, voltados a propriedades com consumo energético mais intenso e foco em ganho de escala.
No entanto, José Evaldo Gonçalo, presidente do Broto ressalta que a adoção da energia solar também é estratégica para pequenas e médias propriedades, que enfrentam custos recorrentes com eletricidade – seja no bombeamento de água, na ordenha mecânica ou na refrigeração de alimentos. “Com as tecnologias mais acessíveis e as linhas de crédito disponíveis, produtores de todos os perfis têm a oportunidade de investir em soluções sustentáveis que geram economia real e previsibilidade no longo prazo”, afirma.
Além disso, até o momento, 738 produtores rurais de diferentes regiões do país já utilizaram a calculadora. O Sudeste lidera as simulações, com 37,8% dos acessos, seguido pelo Nordeste (21,5%), Sul (18,2%), Centro-Oeste (14,2%) e Norte (8,3%).
O cruzamento dos dados de negócios e da utilização da calculadora sugere uma correlação entre maior digitalização no campo e potencial técnico para geração solar. No caso do Sudeste, pesa também a concentração de propriedades mais tecnificadas. Já no Nordeste, a combinação de alta incidência solar e maior incentivo à autossuficiência energética tem impulsionado o uso das ferramentas. O comportamento consistente em todas as regiões mostra que o tema está ganhando espaço nacionalmente, mesmo com dinâmicas locais distintas.
A estimativa de economia proporcionada pela energia solar no campo pode ser bastante expressiva. Em uma simulação realizada na calculadora on-line que estima a economia gerada pela adoção de um sistema fotovoltaico, considerando uma propriedade rural em Indaiatuba (SP), com fornecimento da CPFL Piratininga e conta de energia média de R$ 1.500,00 por mês, o custo anual com eletricidade sem o uso de energia solar seria de R$ 19.080,01. Com a instalação de painéis solares, esse valor cairia para R$ 804,01, resultando em uma economia de R$ 18.276,00 já no primeiro ano.
A simulação considerou a instalação de 28 painéis solares em uma área descoberta de 84 m², com potência total do sistema de 15,3 kWp e geração média de 74,64 kWh por dia. O investimento inicial estimado varia entre R$ 62.204,35 e R$ 76.027,54, com retorno previsto em cerca de 3,66 anos. Além da economia financeira, o impacto ambiental também é relevante: a instalação evitaria a emissão de aproximadamente 33.885 kg de CO₂ por ano. Isso equivale ao que 484 árvores absorveriam no mesmo período.
É importante ressaltar que se trata de uma simulação e os valores podem variar conforme a localidade, o consumo real, o projeto do sistema e as condições da rede elétrica.
“A energia solar já se consolida como uma alavanca estratégica para reduzir custos e tornar a produção rural mais sustentável. Ao ampliar o acesso a soluções como essas, nós impulsionamos ganhos reais de eficiência no campo e fortalecemos a competitividade do agro brasileiro no longo prazo”, finaliza Gonçalo.