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Caffarelli diz não conhecer descomissionamento de funcionário em licença médica

Publicado em: 09/11/2017

No dia 4 de Novembro aconteceu em São Paulo o “Inspira BB”, evento de marketing interno do Banco do Brasil que possui como lema “compartilhar conhecimentos e experiências”. O modelo foi instituído em 2016 no formato de palestras curtas, de cunho motivacional, e conta com personalidades convidadas pelo banco e funcionários que se inscrevem para falar de suas experiências pessoais. Esta última edição contou com a participação de Leonardo Boff, conhecido defensor da Teologia da libertação, o maestro João Carlos Martins e o cantor e compositor Ivan Lins, e teve como mote “Mundo em Transição – O que nos move?”.

Uma das experiências compartilhadas ao público por um funcionário do banco não foi nada inspiradora. O colega relatou sobre seu afastamento médico para tratamento de câncer, que felizmente foi curado. Mas ao retornar para o trabalho havia perdido sua comissão, sofrendo uma forte perda salarial. No BB, afastamentos por saúde são passíveis de descomissionamento a partir de 120 dias, cabendo ao gestor da unidade manter ou não o cargo do bancário. Nos casos de afastamentos superiores a 180 dias a perda da função é automática, ou seja, nos afastamentos por contas de doenças mais graves, que exigem mais tempo de tratamento, o funcionário é, na prática, punido.

Mas o presidente da instituição, Paulo Caffarelli, presente no evento, alegou desconhecer que os funcionários do banco pudessem perder suas comissões por motivos de afastamento por doença, o que é algo corriqueiro na instituição e está normatizado nas instruções internas da empresa, sendo de conhecimento geral do funcionalismo. No momento em que o trabalhador em geral acumula gastos com o tratamento e medicação, além do prejuízo por não receber o vale alimentação, a empresa lhe vira as costas.

O fim do descomissionamento por adoecimento do trabalhador é uma demanda antiga do movimento sindical, que tem sido apresentada ao banco ano após ano na minuta de negociações com a empresa.

Muito mais do que palestras motivacionais, o que pode de fato “inspirar reflexões, ideias e ações sob uma perspectiva inovadora de pensar o ser humano, a sociedade, a família, o trabalho e as relações entre funcionários, clientes e empresa” é um tratamento mais justo, digno, humano e solidário para com o conjunto do funcionalismo.

Fonte: Oposição Cassi

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