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Concurso do BB: mudanças no perfil exigido para escriturários geram discussões

Publicado em: 16/03/2018

A divulgação do edital do concurso Banco do Brasil, para escriturários, foi comemorada por muitos concurseiros. Mas ao se depararem com as regras do edital, eles tiveram uma surpresa: o perfil exigido para essa função é de Tecnologia da Informação (TI), e não aquele clássico escriturário, que desempenha apenas rotinas bancárias e administrativas.

No programa da seleção, consta que a parte de Conhecimentos de Informática terá o maior número de questões (25) e não Conhecimentos Bancários, como ocorre rotineiramente. Além disso, foi incluída a disciplina de Probabilidade e Estatística (20 perguntas).

A representante da Comissão de Empregados da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo (Fetraf-RJ/ES), Rita Mota, reprovou essa atitude do banco. “Para mim, isso é desvio de função. Esses funcionários vão ganhar um salário de nível médio, mas precisarão ter um nível de conhecimento mais avançado, com foco em TI”, criticou.

Segundo a sindicalista, a maior necessidade é de escriturários com o perfil tradicional, que atuam presencialmente nas agências, lidando com o público, e não de profissionais com formação em TI. “Precisaríamos de um concurso com um número de vagas que suprisse toda a carência das pessoas que se aposentaram, adoeceram. Desde 2016, 10 mil empregados deixaram o BB e 400 agências fecharam em todo o Brasil. Com isso, os que permanecem estão sobrecarregados”, revelou.

Sem concurso para o escriturário tradicional, déficit é grande

Rita Mota ainda denunciou outra situação interna do BB: “As pessoas entraram nos concursos passados como escriturários tradicionais, com formação de nível médio. Mas quem já tem esse perfil de TI passa por uma seleção interna, dependendo das necessidades do banco. Se for aprovado, começa a atuar como analista (carreira de nível superior), obviamente ganhando um salário bem maior. Outro desvio claro de função”, desaprovou.

Rita ainda acrescentou que, em todo o Estado do Rio de Janeiro, faltam mil funcionários. “Não há como dizer em qual região a carência é maior, pois o déficit é grande em todo o Rio”, disse. A sindicalista citou também a falta de outro benefício que, a princípio, não será oferecido nesse concurso, já que não consta no edital: o plano de saúde. “Isso é um absurdo, pois os funcionários sempre tiveram direito”, reclamou.

Diretor do BB explica mudanças

Em entrevista exclusiva à FOLHA DIRIGIDA, concedida por e-mail, o diretor de Gestão de Pessoas do Banco do Brasil, José Caetano Minchillo, esclareceu as mudanças. Segundo ele, elas são resultado das necessidades atuais do BB.

“Ao longo dos últimos anos, o Banco vem inovando em seus concursos, incluindo e alterando o conteúdo programático a cada seleção, a fim de atender às necessidade de pessoal das diversas áreas do BB. Essa é uma dinâmica constante da instituição, pois cada concurso é único e realizado com base em um cenário econômico e financeiro que orienta as práticas de recrutamento e seleção do banco”, esclareceu, informando qual é o objetivo desse novo concurso. “Prover vagas de escriturário nas capitais incluídas no edital, com vistas a atender necessidades estratégicas do banco”, informou.

Questionado sobre o dia a dia do escriturário, ou seja, como ele atuará no Banco do Brasil, Minchillo assegurou que esses profissionais poderão atuar em “qualquer dependência do banco”, podendo, portanto, não serem lotados apenas em agências. “O local de trabalho será definido pela empresa no momento da contratação. A rotina será o desenvolvimento das atividades descritas no edital”, completou.

Entre atribuições mencionadas no edital estão “comercialização de produtos e serviços do BB, atendimento ao público, atuação no caixa (quando necessário), contatos com clientes, prestação de informações aos clientes e usuários. Estão previstas ainda a redação de correspondências em geral; conferência de relatórios e documentos; controles estatísticos; atualização/manutenção de dados em sistemas operacionais informatizados; e execução de outras tarefas inerentes ao conteúdo ocupacional do cargo”.

Fonte: Folha Dirigida

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