O conselho de administração da BB Seguridade aprovou um reforço de capital na Brasilprev de até R$ 1,2 bilhão de reais. Segundo a empresa, “O reforço se faz necessário em virtude da forte alta do IGP-M, ocorrida principalmente no 2º semestre de 2020, com impacto nos planos tradicionais”.
O Fato Relevante foi divulgado pela seguradora (BOV:BBSE3) na quarta-feira, 30 de dezembro. De acordo com dados divulgados pela FGV nesta semana, o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) encerrou 2020 com alta acumulada de 23,14%, no resultado mais elevado para um ano em 12 anos.
Nesse contexto, segundo a companhia, considerando a manutenção da participação acionária de 74,995%, caberá à BB Seguros, subsidiária integral da BB Seguridade que detém o investimento direto na Brasilprev, subscrever e integralizar um valor de até R$ 899,94 milhões desse aumento de capital.
A BB Seguridade explicou que tal medida resultou em uma redução pontual do percentual do lucro líquido a ser distribuído aos acionistas da companhia sob a forma de dividendos.
“Nesse contexto, o conselho deliberou pela destinação de 70% do lucro líquido do exercício de 2020 para remuneração aos acionistas, o que implica em uma distribuição de aproximadamente 46% do lucro líquido do 2º semestre de 2020,considerando o pagamento antecipado de 95% do lucro líquido do 1º semestre de 2020 ocorrido no mês de agosto do exercício corrente.”
O braço de seguro e previdência do Banco do Brasil possui valor de mercado de R$ 59,3 bilhões.
Ainda de acordo com o fato relevante, os valores a serem distribuídos e outros detalhes serão informados após a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2020, prevista para o dia 8 de fevereiro de 2021.
Lucro liquido de R$ 1,096 bilhão no 3T20
BB Seguridade registrou lucro líquido de R$ 1,096 bilhão no terceiro trimestre, alta de 1,4% em relação a igual período do ano passado e de 11,6% na comparação com o trimestre anterior.
Entre os negócios da holding, a BB Corretora teve resultado operacional positivo de R$ 57,5 milhões, explicado pela alta nas receitas de corretagem, de 12%, decorrente do aumento nas vendas e melhora da margem operacional.