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Conselho Deliberativo da Cassi aprova novo reajuste nas coparticipações

Publicado em: 27/06/2019

O Conselho Deliberativo da Cassi aprovou, por 5 votos a 3, novo aumento na coparticipação sobre exames e consultas – inclusive com voto favorável dos indicados do Banco do Brasil e de Sergio Faraco, representante eleito pelos associados. Pelo novo aumento, a coparticipação dos associados sobe para 50%, em consultas de emergência ou agendadas, sessões de psicoterapia e acupuntura e visitas domiciliares; e para 30%, nos serviços de fisioterapia, RPG, fonoaudiologia e terapia ocupacional que não envolvam internação hospitalar.

Para piorar a proposta acaba com o teto de 1/24 do salário, com incidência única, aprovado na reforma estatutária de 2007 e que ainda estava em vigor. Na época, a revista O Espelho nacional trouxe detalhamentos da proposta, assim como material elaborado pela própria Cassi. A reforma, na ocasião, foi amplamente debatida com o conjunto dos trabalhadores – veja, ao final da matéria, o gráfico com as transformações trazidas na reforma de 2007. Agora, com esta nova mudança, todo o custo dos procedimentos médicos passa a ser arcado pelos próprios trabalhadores.

“Essa mudança é um verdadeiro golpe contra os usuários, pois coloca no bolso dos trabalhadores todo o custeio de seu tratamento de saúde. Queremos que a negociação feita há 12 anos seja respeitada e que o Banco do Brasil efetivamente atue como patrocinador do plano de saúde dos funcionários”, afirmou o secretário de Assuntos Jurídicos do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, João Fulunaga.

Este já é o segundo reajuste nas taxas de coparticipação em 2019. No mês de janeiro, os associados já sofreram com o aumento de 30% para 40% na coparticipação de consultas médicas e psicoterapia, e de 10% para 20% nos serviços complementares. Vale ressaltar que o próprio Banco do Brasil não aporta nenhum valor sobre as coparticipações.

Entidades representantes dos trabalhadores já vinham se posicionando contra a medida. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), por exemplo, já havia enviado um ofício ao Conselho Deliberativo protestando contra a decisão da diretoria e pedindo voto contrário dos conselheiros. A Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (ANABB) também enviaram uma carta a Faraco, que preside o Conselho Deliberativo, cobrando a rejeição das mudanças.

“É importante também apontar o contrassenso que é o fato de o Faraco, eleito para representar os participantes, votar contra os próprios participantes que o elegeram. De que lado ele está, afinal? O Conselho Deliberativo, do qual Faraco é o atual presidente, está totalmente fora de sintonia com os trabalhadores”, criticou Fukunaga. “O BB está se utilizando dos instrumentos internos da Cassi para majorar, a título de contrabando, a contribuição dos associados sem a devida contrapartida. Essa tática visa evitar a instalação de nova mesa de negociação, sem responsabilização da empresa”, completou.

Tudo isso reflete, para os diretores sindicais, o descaso do banco e da operadora Cassi com a saúde dos funcionários. Esse aumento demonstra que não há preocupação com os associados que necessitam de um maior uso dos serviços de saúde, afetando a capacidade de pagamento daqueles que mais precisam da Cassi, além de desconsiderar o princípio da solidariedade e os preceitos de proporcionalidade contributiva e gestão compartilhada.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região (com Sindicato dos Bancários de Vitória da Conquista)

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