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Fukunaga: “Se tivéssemos atuado como em 2008, não teríamos milhões de desempregados”

Publicado em: 16/07/2020

O convidado da Live Roda Reconta desta terça-feira (14) foi o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, João Fukunaga. Ele fez um balanço das discussões que ocorreram durante o 31º Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (CNFBB) e também sobre as pautas que serão levadas para a 22ª Conferência Nacional dos Bancários, nos dias 17 e 18 de julho.

Sobre as privatizações, ele explicou que o Governo Federal está aproveitando esse momento de pandemia para atacar o Banco. “Não é a toa que o Paulo Guedes anunciou quatro grandes privatizações no final da pandemia e a gente atribui uma delas ao Banco do Brasil”, explicou.

Durante a discussão, Fukunaga ressaltou ainda a importância de defender as empresas públicas. “Temos que fazer o debate com a sociedade sobre a importância dessas empresas e não deixar que essa narrativa do neoliberalismo chegue para a sociedade”.

Crédito para agronegócio

O Banco do Brasil sempre foi um grande financiador do agronegócio brasileiro. Mas com a pandemia do coronavírus, a direção do banco começou a dificultar o acesso ao crédito para esses pequenos empresários e produtores.

De acordo com Fukunaga, essa atitude está levando a sociedade a ter uma visão mais negativa em relação à instituição. “Precisamos combater essa visão negativista e mostrar que o Banco sempre atuou em momentos de crise pra salvar o País. E hoje ele não está atuando graças à esse governo que não respeita a sociedade”, alertou.

Ele lembrou ainda que durante o CNFBB, o presidente Unisol Brasil, Leonardo Penafiel Pinho, falou sobre esse bloqueio do crédito e que isso prejudicou muito os agricultores familiares da região atendida pela cooperativa.
Pronampe

Ao ser questionado sobre o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronampe), Fukunaga ressaltou que se os bancos privados tivessem consciência da real necessidade que passa o País, eles não iriam negar crédito para as pessoas. “Se os bancos privados tivessem compromisso com a sociedade brasileira, eles teriam atuado no crédito emergencial, assim como no Pronampe”, desabafou.

No entanto, Fukunaga disse que o Pronampe teve uma procura muito grande em poucas semanas. “Isso mostra a real necessidade daquelas micro e pequenas empresas que já estavam sofrendo processo de falência. E, muitas delas, faliram por falta de recursos financeiros”, destacou.

De acordo com ele, se o Banco tivesse atuando nessa crise do coronavírus como atuou na crise de 2008, o País não estaria hoje nessa situação com milhões de desempregados no Brasil.

“Uma crise de crédito pode levar a uma escassez de alimento para a mesa do trabalhador que já vem sofrendo com a falta de emprego e com a falta de remuneração. É um problema que ganha uma escala muito maior do que simplesmente aquele trabalhador ou aquele agricultor familiar, mas que atinge toda a sociedade”, alertou Fukunaga.

Fonte: Recontaaí

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