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Gerente-geral do BB ainda pode ser chamado de gestor?

Publicado em: 12/04/2019

O cargo de gerente-geral em uma instituição financeira sempre teve muita relevância, especialmente em cidades do interior do país. Em uma agência do Banco do Brasil, então, sempre foi um cargo muito respeitado e importante não só na própria instituição, mas muitas vezes em toda a comunidade onde estava instalada. Em histórias de funcionários aposentados, era comum ouvir falar das três pessoas mais importantes do município: o prefeito, o padre e o gerente do BB. Esse último tinha, de fato, o poder de interferir no desenvolvimento e progresso daquele local.

Hoje, infelizmente, a realidade mudou. Diariamente, é possível observar o esvaziamento das atribuições do gerente-geral e seus reflexos são percebidos desde a redução de sua força e influência nas negociações de taxas com clientes e, consequentemente, na queda nos resultados das agências do BB.

Além de não poder mais decidir quais serão os focos a serem trabalhados por sua agência, ficando sempre refém das necessidades da Regional ou até mesmo da Super, o gerente-geral já não tem mais em suas mãos o poder para uma simples autorização de hora extra para funcionários ou mesmo uma migração de orçamento de metas entre as carteiras de sua própria agência.

Uma reclamação recente que tem chegado até a AGEBB, oriunda de associados que ocupam o cargo de gerente-geral, é quanto ao fato de hoje ele sequer poder escolher aqueles que farão parte de sua equipe. A alegação para tal ocorrência vem do fato de que, com os recentes descomissionamentos que têm assombrado os funcionários, essas vagam acabariam ficando abertas e à disposição da Super ou da Regional, para que o preenchimento pudesse atender a uma ou outra demanda dessas superintendências. Assim, o gerente acabaria apenas recebendo o nome da pessoa que seria nomeada para a vaga em sua agência.

Pela lógica, imagina-se que como esse funcionário a ser comissionado ficará sobre as ordens do gerente-geral, e trabalhando em sua equipe, que no mínimo, esse faça parte de todo o processo de seleção e que caiba a ele a palavra final sobre a nomeação. Infelizmente não é isso que acontece no BB atualmente.

A diretoria da AGEBB entende que alguns casos pontuais podem ocorrer e isso é comum dentro de uma organização do porte do BB. Porém, se a medida tornar-se uma regra, pode gerar entre as equipes uma situação incômoda para o gestor, onde o mesmo teria pessoas mais qualificadas para ocupar a posição e acabar aceitando a outra por uma imposição superior.

A AGEBB espera que o BB reveja essas práticas e possa devolver ao gerente-geral a última palavra em relação aos comissionamentos. Caso contrário, como aponta a diretoria da associação, o banco acabará criando conflitos desnecessários dentro de suas próprias unidades.

Fonte: AGEBB

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